Amanha faz mais de 50 anos, que o Disco de Vinil, chamado de ‘Long-Play’, ou Longa Duração, foi inventado. É uma boa hora para lembrar esta interessante evoluçao
Os diferentes tipos:
LP
Abreviatura de "Long Play". Um dos quatro principais formatos de discos, um LP‚ literalmente um disco de longa duração (Long Play ou LP) no qual normalmente existem (pelo menos) seis músicas de cada lado e gira a 33 1/3 rpm. Quase sempre vem com uma capa impressa em papel cartão. Desenvolvido por Peter Goldmark, o vinil, micro-sulcado de longa duração foi apresentado para o mercado pela Columbia em junho de 1948. Um toca-discos com uma plataforma giratória melhorada com um braço ultra-leve e agulha fono-captora de safira acompanhou o seu lançamento, o que fez destes, os primeiros discos de longa duração eficientes e de qualidade. Esforços para produzir um disco que tocasse por mais de quatro ou cinco minutos não eram novos, como Edison e Victor empreenderam durante anos antes da Columbia lançar o produto definitivo. Até que, finalmente em 1948 com o já amplo emprego do plástico, finalmente o LP atinge o topo do mercado fonográfico, onde reinou absoluto por quase 40 anos. LPs são agora o mais novo item nas prateleiras de colecionadores.
Vinil
Era o Material durável e barato com o qual eram feitos os discos, tendo sido introduzido quando do lançamento dos 45 rpm e dos LPs em 1949. Alguns discos tidos como vinil na realidade eram feitos de poliestireno (polystyrene), um tipo mais econômico de material que perdia a qualidade de reprodução após ser utilizado algumas vezes
Vinil Colorido
Em geral os discos de vinil apresentavam a cor preta. Como recurso promocional, alguns lançamentos tiveram o vinil colorido, especialmente no segmento de discos infantis. Os discos de vinil colorido tem grande aceitação entre os colecionadores, por serem bastante raros e caros.
O fato de poder ser gravado nos dois lados deu lugar aos famosos Lado ‘A’ e Lado ‘B’:
Lado A
Os melhores "hits" do artista, figuram no lado A dos discos. Ocasionalmente, um sucesso do lado B fica mais conhecido do que os do lado A como foi o caso de "I Wanna Be Your Man" dos Rolling Stones do álbum "Stoned", considerado raro entre os colecionadores
Lado B
Lado destinado às músicas de menor sucesso do disco. Virou sinônimo de músicas sem muita importância entre os audiófilos.
Mono
Mono Abreviação de Monoaural. Gravação na qual um canal contém todos os instrumentos e vozes. Nos primórdios do Rock n'Roll os álbuns eram lançados apenas em mono. Em 1960, eram lançados discos em mono e estéreo. Discos mono foram extintos por completo por volta de 1968.
Estéreo
Abreviação de Estereofônico. Discos com som que saem de dois canais em vez de um. Experiências com gravações de multi-canal começaram em 1898. Mas só se tornaram viáveis comercialmente em 1958, quando os discos estéreo estouraram no mercado. Em 10 anos os discos estéreo suplantaram os tradicionais mono. Os primeiros lançamentos entre os anos de 1958 a 1963 são bastante raros, especialmente os de Rock n'Roll.
Hi-Fi
Abreviação de High Fidelity. Qualidade extra de tratamento de som nos canais estéreo, através de filtragens que conferia uma "limpeza" acústica maior dos instrumentos, produzindo Alta Fidelidade de reprodução.
Quadrifonia
Com as gravações quadrifônicas feitas pelo sistema matricial, conseguia-se a reprodução em quadrifonia, ou melhor, de efeito quadrifônico. Com discos estéreos comuns obtinha-se o efeito quadrifônico (de outro gênero) pela restituição da reverberação original da gravação, permitindo uma sensação de presença, profundidade e maior realismo
Antes deste tipo de Disco ficar popular e ser o mais usado tinha estes outros:
78
Abreviatura de 78 rpm. Um dos quatro principais formatos de discos, são em geral de 10 polegadas de diâmetro e giram a 78 rotações por minuto. Os primeiros discos variavam de 60 rpm (disco da RCA Victor de 1903) a 120 rpm (os discos de cilindro da Pathé). Ajustes no giro dos motores helicoidais eram necessários para se obter a melhor velocidade para audição. Este disparidade de velocidades, logo caiu para um intervalo entre aproximadamente 76 e 82 rpm. Por volta de 1910, a Victor Talking Machine Company (antecessora da RCA Victor) adotou o 78 rpm como a velocidade "standard", e esta foi adotada logo pelo resto da indústria de discos. Foram produzidos 78 rpm em vários tamanhos - sendo o de 10 polegadas para sucessos populares e o 12 polegadas para seleções de clássicos. No iníco os 78 rpm (1894-1901) eram fabricados em 7 polegadas de diâmetro. Este formato reinou soberano, até 1949, quando a RCA introduziu no mercado o 45 rpm e a Columbia o seu 33 1/3 rpm. Os últimos 78 rpm, foram produzidos nos EUA em 1960. Hoje, os 78 rpm que não se quebraram, habitam as prateleiras dos brechós e antiquários.
45
Abreviação de 45 rpm. Um dos quatro principais formatos de discos (45 rpm, 78 rpm, EP e LP), um 45 rpm é um disco de vinil com 7 polegadas de diâmetro, com um furo no meio, que gira a 45 rotações por minuto. O disco de 45 rpm foi concebido originalmente pela RCA Victor como uma tentativa de criar um substituto para todos os os tipos de discos, apesar de seu formato. Foi lançado em fevereiro de 1949. A RCA lançou estojos com coleções de sinfonias inteiras em 45 rpm e um toca-discos com a sua marca, que possuía uma única velocidade - 45 rpm, a fim de reproduzir apenas os seus discos. Logo, ficou evidente que toca-discos com uma única velocidade, não eram um bom negócio, já que o formato LP de 33 1/3 rpm da Columbia se mostrava superior para música clássica e discos com várias faixas de um artista ou de conjuntos, enquanto o 45 rpm era ideal para discos simples (compactos simples). Graças a um acordo de licenciamento mútuo, o 33 1/3 rpm e o 45 rpm co-existiram durante 35 anos ou assim, permitindo ao grande público a compra de bens duráveis e principalmente o direito de escolha mais conveniente de acordo com as preferências particulares. Mas, o 45 rpm, surgiu também, e principalmente para substituir o 78 rpm que era um produto mais caro, pesado e que se quebrava com facilidade. Em meados dos anos 50 eram produzidos na mesma escala dos 78 rpm. Em 1958, foram fabricados pouquíssimos discos de 78 rpm - os últimos produzidos comercialmente foram lançados em 1960. Hoje, os discos de 45 rpm são uma fatia enorme do mercado de colecionadores de discos nos EUA.
33
Abreviação de 33 1/3 rpm . Um disco de normalmente 12 polegadas de diâmetro que gira a 33 1/3 rotações por minuto - a velocidade padrão para os discos de Longa Duração usado em LPs (Long Plays). Introduzido em 1948 pela Columbia, ganhou popularidade nos anos 50 e início dos 60. Nos anos 60 se definiu a preferência do grande público no mundo inteiro pelos discos de 33 1/3 rpm.
E agora: O CD
Isso nos dá uma idéia como os formatos sofrem modificações e passam a cair no gosto do grande público. Não podia ser diferente com o novo item que substitui o disco de vinil..
O Compact Disc , ou CD:
Foi lançado em 1982 pela Philips holandesa e a Sony japonesa em uma feira de áudio no Japão
É um disco de material plástico (policarbonato) com 1.2mm de espessura, 12cm de diametro e 16g de peso com uma superfície refletora, na qual o laser é refletido.(LASER:Light Amplification by Stimulated Emission of radiation) assim o LASER é um amplificador de luz produzindo um feixe de luz condensada com altíssima intensidade. A luz do laser é monocolor (um único comprimento de onda) e altamente coerente, sem variações; assim todos os componentes do feixe não apenas estão na mesma freqüência como estão todos em fase, isso faz com que a luz possa ser projetada e focalizada com absoluta precisão.
O feixe do CD PLAYER é um laser de baixa voltagem, estado sólido com radiação de um cristal semi condutor, a radiação é infra vermelha, ou seja, não emite luz visível e têm potência de apenas um miliwatt. A trajetória do feixe do laser, é a seguinte: o feixe partindo do laser, passa diretamente
através do prisma semirefletor para a superfície refletiva do disco. Na trajetória de retorno, o feixe não encontra passagem pelo prisma sendo então refletido para o fotodiodo, podendo fazer uma leitura e levando consigo a informação contida no disco.
O CD contém várias camadas. Primeiro, para proteger os 8 trilhões de pits (micro-buraquinhos) microscópicos da sujeira e danos, o CD dispõe de uma camada plástica protetora que permite a fácil penetração do raio laser. Logo abaixo, um revestimento de alumínio refletivo contém os pits. Por fim, o disco apresenta um suporte transparente. A camada protetora do lado do rótulo é bastante fina: somente 0,002 mm. A falta de cuidado ou a presença de poeira granular pode causar pequenas rachaduras ou trincas, permitindo a penetração de ar na camada de alumínio evaporado e esta camada começa oxidar-se imediatamente neste ponto. Os pits contém informações binárias, ou seja que podem ser lidas pelo microprocesador
Como acontece a Leitura do disco
Os bits são prensados contra o disco prateado na forma de uma trilha de pits em espiral. Eles são lidos durante a reprodução através de um raio laser de espessura microscópica. A leitura se inicia pelo centro, e segue em direção a borda. Durante a reprodução, o número de rotações do disco é reduzido de 500 para 200 rpm, a fim de manter uma velocidade de leitura constante. Os dados contidos no disco são convertidos em pulsos elétricos através da reflexão do raio laser em uma célula fotoelétrica.
Quando o raio laser atinge um land, toda a sua luz é refletida e a fotocélula libera corrente. Quando o raio laser brilha sobre um pit, somente metade da intensidade da luz atinge a superfície; a outra metade segue para a parte profunda do pit. A diferença em altura entre os dois locais é de exatamente um quarto do comprimento da onda da luz do raio laser, de modo que o raio original é totalmente eliminado pela interferência entre o raio refletido da superfície do disco e o raio refletido o pit. Neste caso a fotocélula não produz corrente/
A leitura deve ser bastante precisa pois a trilha do pits é 30 vezes mais fina que um único fio de cabelo humano. Em um disco compacto há 20.000 trilhas
Fases da produção de um CD.
1–Matrização: O CD original (que é de vidro) tem um revestimento fotossensível, que recebe a gravação dos códigos ao ser varrido por um feixe de laser. 2–Injeção: A matriz gera um molde, sobre o qual é injetado o policarbonato, a matéria prima do disco, que assume as ranhuras impressas. 3–Aluminização: A estrutura de plástico é recoberta, em um único lado, por uma camada de alumínio de alto brilho, que adere ao relevo e reflete o laser. 4–Envernizamento: A fim de proteger o alumínio, ele é envernizado automaticamente com uma película de laca, sobre a qual é impresso um texto qualquer. 5–Estamparia: Com a máxima precisão, a prensa, também automática, estampa os furo central do disco e assim ele está pronto para ser ouvido. 6–Controle: A toda velocidade, o equipamento de raio laser checa a superfície e as dimensões do disco e verifica se ele apresenta algum defeito.
FORMATOS DE CD
No momento da sua invenção ficou um debate sobre qual seria a duração do mesmo, lembremos que na sua conceição ela era apenas para ser um substituto dos discos de vinyl. Então ficou decidido que teria a duração da musica mais extensa conhecida: o da Quinta Sinfonia de Beethoven que tem na versão completa uma duração de 74 min. E desta maneira esse foi o formato a ser fabricado, que, uma vez padronizado, dá ao todo ate 80 min ou 700Mb de dados.
As variações disponíveis são: CD single (vibe): 8cm, tempo máximo de música de 20 min.
CD: 12cm, tempo máximo de música de 74 min.
CDR:(CD Gravável) Foi desenvolvida exclusivamente para gravações de som.
CDRW: (CD Regravável).tempo máximo 74 min. Pode ser reaproveitado muitas vezes, a prova de riscos e insensível a pó.
DVD:Digital Vídeo Disco, pode conter filmes, jogos, música, imagens diversas e softwares para computador
O fato de existir o modo digital de manipular dados faz desta ferramenta uma opção com variações incríveis: Por exemplo, quando se trata de colocar somente musicas de um artista qualquer , e dependendo do comprimento das músicas pode ter sua capacidade entre 18 e até 20 trilhas de diferentes musicas. Agora, se utilizamos uma musica que já vem, com um formato de compressão como o popular MP3, o número de musicas (trilhas), que caberiam nesse mesmo CD muda assustadoramente: um único CD de musicas no formato MP3, pode conter ate 100 trilhas de músicas!. (ou mais: sempre dependendo do tamanho das músicas). Eu tenho uma coleção de musicas dos anos 70 com 191 delas!.. num único CD!
E a mesma coisa quando falamos de gravar nossas fotografias nele: aquelas nossas fotos (de 9x11, ou 10x13), do nosso Álbum de Família, de Casamento, de Formatura, etc. podem caber mais de 100 fotos num único CD... Sempre dependendo do formato das fotos: isto é: se for JPG, ou GIF, ou BMP, ou ainda PDD, PSD, TIFF...cada um desses enumerados aqui, varia de tamanho (vão do menor ao maior conforme listados), e eles que determinam a quantidade que podem caber num único CD... Apenas para remeter-nos ao exemplo anterior, num formato JPG, cabem mais de 120 fotografias de nítida resolução num único CD.
E finalmente veio o DVD:
DVD é a sigla para Digital Video Disc. Trata-se de uma mídia de armazenamento, com capacidade muito maior que o CD e que já provou ser uma mídia de ótima qualidade para vídeos e recursos multimídia em geral. Tanto que esse é seu uso principal hoje em dia. No início de seu desenvolvimento, a intenção dos fabricantes era conseguir mercado voltado às aplicações de vídeo, até então dominada pelas tradicionais fitas VHS. Com isso, o DVD conseguiu obter sucesso rapidamente, mas enfrentou vários problemas também: os primeiros DVDs (com 4,7 GB, conhecidos tecnicamente por DVD-5) produzidos foram testados em vários modelos de equipamentos, de diversos fabricantes e apresentaram alguns problemas relacionados com a qualidade de vídeo. Dependendo da marca, o disco nem era lido.
Tipos de DVD
O grupo DVD Fórum criou alguns formatos para a fabricação de mídias DVD. A diferença entre os formatos esta na capacidade de armazenamento. Temos o DVD-5, já citado anteriormente e que conta com 4,7 GB, tem-se o DVD-9 (8,5 GB) e o DVD-10 (9,4 GB). Este último é, na verdade, dois DVD-5 fundidos. Explica-se: no DVD-10 os dois lados da mídia são usados. Como cada lado possui 4,7 GB, logo tem-se 9,4 GB de capacidade de armazenamento. Os grandes problemas do DVD-10 e que certamente o fez não ser popular foi o fato de não é possível utilizar algum lado do CD para escrita e na grande maioria dos aparelhos leitores era necessário trocar o DVD de lado, caso um chegasse ao final, assim como acontecia com os clássicos discos de vinil
O porquê de tanta capacidade
O DVD-5, conforme já foi dito, possui 4,7 GB de espaço. Um CD comum tem 650 MB de capacidade, porém possui as mesmas dimensões que o DVD. Sendo assim, como é possível ao DVD ter tamanho poder de armazenamento? A "mágica" ocorre no processo de constituição da mídia do DVD, onde o espaçamento entre as trilhas foi reduzido de 1,6 mícrons (usado nos CDs) para 0,74 mícrons. Já o menor tamanho do dado que pode ser gravado na superfície do disco caiu de 0,83 (usado nos CDs) para 0,40 mícrons. Por fim, o comprimento de onda do laser dos aparelhos leitores caiu de 780 nanômetros (usado com CDs) para 640 nanômetros, o que é suficiente para a leitura. Como o feixe do laser é menor, a camada protetora do DVD tem que ser mais fina, do contrário o laser não consegue atravessar as camadas e realizar leituras e gravações.
Controle geográfico
As empresas de filmes são as principais beneficiárias do DVD atualmente, principalmente pelo fato desta tecnologia estar substituíndo as tradicionais fitas de vídeo VHS. No entanto (e na sua paranóia de evitar a pirataria), tais companhias se uniram para criar uma divisão geográfica, onde um DVD fabricado em uma determinada região não funciona nas outras. Essa divisão é feita em seis partes, conforme mostra a tabela abaixo. Se por exemplo, um DVD fabricado no Canadá (região 1) for lido num aparelho fabricado no Japão, o DVD não será acessível. Para que isso seja possível, é dado aos aparelhos leitores de DVD um código da região na qual ele foi vendido. Assim, o aparelho só rodará filmes que tiverem o código da região compatível com ele:
Região | Continentes/países |
1 | Estados Unidos e Canadá. |
2 | Europa, África do Sul, Oriente Médio e Japão. |
3 | Sudeste e leste da Ásia, incluindo Hong Kong. infowester |
4 | América Central e do Sul, Caribe, Austrália, Nova Zelândia e Ilhas do Pacífico. (aqui esta o BRASIL) |
5 | Rússia, Índia, África, Coréia do Norte e Mongólia. |
6 | China. |
Finalizando
Já existem meios de quebrar os códigos da divisão geográfica dos DVDs. Eles foram desenvolvidos por programadores que estudaram a criptografia dos códigos do DVD e desenvolveram métodos para ignorá-los. São os chamados aparelhos ‘desbloqueados’.
Por fim, vale citar que, assim como existem CDs regraváveis, também existem DVDs que obedecem a mesma condição e estes certamente ser tornarão um padrão do mercado, assim como o CD é hoje.