quinta-feira, 15 de março de 2007

Caio Julius Cesar


Júlio César

(Roma, 100 a. C. -  44 a. C.)


 


Militar e estadista romano. Sobrinho de Mário, um proeminente aristocrata romano que se faz nomear, aos dezessete anos, sacerdote de Júpiter. Perseguido por Sila, refugia-se na Bitínia. Nestas terras asiáticas, inicia-se no ofício das armas. quando da morte do ditador, regressa a Roma, participa nas instituições civis e, a seguir, chega a Rodes para aperfeiçoar a sua eloqüência. Durante uma destas viagens é seqüestrado por piratas, que pedem 20 talentos de resgate; César oferece-lhes 50 e assegura-lhes que depois disso vai acabar com eles; e assim o faz. No ano de 74 a. C. é eleito membro do colégio dos pontífices. É, sucessivamente, tribuno militar, questor e edil. Após a revolta de Catilina é-lhe concedido o governo da "Hispânia Ulterior". Carregado de dívidas, pode sair de Roma graças ao seu amigo Creso que paga para ele. No ano de 69 a. C. inicia a sua administração da província hispânica, tornando-a próspera e enriquecendo ele próprio. Ao regressar César da Hispânia, Pompeu regressa da Ásia. Ambos hostilizados com o Senado, formam, com Crasso, o primeiro triunvirato. Contam com o apoio do exército e do povo. No ano de 60 a. C., César é nomeado cônsul. Adota medidas políticas e administrativas passando por cima do Senado. Nomeado governador da Gália, afirma o seu prestígio militar em longas campanhas bélicas. No ano de 51 a. C., a Gália fica completamente submetida ao poder das legiões romanas. O Senado, assustado com os seus êxitos, seduz Pompeu, encarregando-o da defesa da República. Então César, à frente das suas tropas, atravessa um pequeno rio fronteiriço, o Rubicão, e aproxima-se ameaçadoramente de Roma. Pompeu foge precipitadamente para o Oriente. César, então, dirige-se primeiro à Hispânia, onde vence as forças de Pompeu ali estabelecidas, e, de seguida, ao Oriente para o Egito. Em Farsalo (48 a. C.) vence definitivamente Pompeu, que perde a vida. César, seduzido  pelos encantos de Cleópatra, fica uma temporada no Egipto. Na volta a Itália, onde vence os seguidores de Pompeu em Thapsus, e combate os filhos de Pompeu na Hispânia, vencendo-os em Munda (Ronda) no ano de 45 a. C.  


De volta a Roma recebe as máximas honras e é nomeado ditador vitalício. Carregado de honras quase reais, adota diversas medidas legislativas e administrativas que molestam as famílias patrícias de Roma. Com a desculpa de evitar que se converta em rei, Catão, e mais Bruto (que era afilhado de César) e outros põem-se de acordo para o assassiná-lo, coisa que fazem no próprio Senado (era o mês de Março, no ano de 44 a. C.). 


 


Como escritor, Júlio César adotou posturas de político e militar. Neste sentido, tanto os seus discursos como as suas obras históricas tentam expor e justificar as suas ações. Para isso deformam os fatos e incorre em omissões e inclusive em falsificações, o que lhe permite oferecer uma imagem perfeita de si mesmo. Apesar disso, César é merecidamente considerado um autor clássico e um modelo da língua latina. Da sua clareza e concisão, da sua expressão precisa, do seu uso da terceira pessoa para se referir a si mesmo, depreende-se uma poderosa objetividade. O relato das suas campanhas contra os Galicos é um relato da sua campanha contra as tribos celtas que então viviam espalhadas pela Suíça, França, Bélgica e Inglaterra, denominando-o "Commentarii de Bello Gallico",  até à derrota de Vercingétorix, seu líder.


E em "Commentari de Bello Civile" narra as suas campanhas contra Pompeu


Uma das suas mais conhecidas frases dizia: "Gallia est divisa in partes tres", "-a Gália está toda dividida em três partes-". E, de fato, assim era. Bem ao norte, a Terra dos Celtas era habitada pelos belgas, no centro pelos gauleses propriamente dito, e, ao sul dela, pelos aquitânios. Politicamente, a parte meridional encontrava-se nas mão dos romanos desde 222-121 a.C., que a denominavam de Gália Narbonense, tendo como principal centro o que hoje é o porto de Marselha.  A organização política dos gauleses, ou a ausência dela, foi sua perdição. A Terra dos Celtas era uma barafunda de tribos que ora eram governadas por um pequeno número de nobres guerreiros, outra por reis ou chefes de clãns, e até por um curioso tipo de magistrado, o Vergobret, ou: "eleito", tal como o cônsul romano, por um período de um ano. Para o César fica evidente que a diversidade política dos galos, e o desacerto que dai decorre, facilitou sua capitulação final frente aos romanos. Contra estas tribos chamadas de 'os galos cabeludos', César pôde exercer na sua totalidade a máxima "Divide ut regnes"  (divide e vencerás),  tática que os lideres romanos sempre souberam tão bem aplicar contra os outros povos. Com apenas quatro legiões (a 7ª, a 8ª, a 9ª, e a 10ª), ou seja: uns 24 mil homens, fora as importantes Tropas Auxiliares, este gênio romano deslocou-se pelos seis anos seguintes, entre os anos 58 a 52 a.C., por quase todo o território da Gália, impondo ao gládio a obediência e à lei de Roma. Sob seu comando, e à sua disposição, ele tinha a maior invenção de Roma em todos os tempos: a Legião


- A Legião Romana


Impressionante parte da máquina de guerra romana, cada legião tinha um efetivo de 5000 a 5500 soldados engajados no grupo por contrato. Disciplinados e bem treinados, divididos em coortes, em centúrias e decúrias, os legionários, auxiliados por uma cavalaria audaz, realizavam maravilhas nos campos de batalha. Não só neles: Mesmo quando estavam no descanso, eles não tinham descanso. No acampamento era o momento em que o pilus (a lança) era substituída pela pá.


Com ela cavavam uma trincheira retangular ao redor das barracas e erguiam paliçadas no perímetro delas para nunca serem pegos de surpresa pelos inimigos. Eram capazes de, arrumados em linhas (veliti, manipoli di astati, principi, e di triarii), onde recrutas e veteranos se intercalavam, enfrentar contingentes de forças muito superiores as suas, graças à coesão e às táticas de luta em conjunto em que se exercitavam.


Em geral, os bárbaros, atacavam em hordas, onde cada clã, quase cada guerreiro, tratava de vencer por si só a batalha, tornando-se presa fácil das organizadas tropas romanas. Mesmo quando depois de ter recebido reforços (seu efetivo parece ter saltado para 50-55 mil homens), não deixa de ser impressionante o fato de César ter submetido um território de 600 mil km2 com tão pouca gente.


 


O próprio César revelou-se um comandante notável. Vestindo o paludamentum, uma cota militar vermelha para poder ser visto de qualquer canto da batalha pelos seus soldados, foram inúmeras as vezes em que ele empunhou um escudo e foi para as linhas de frente dar ânimo aos seus soldados. bateu os helvécios, os germanos, os belgas, os vênetos e armóricos, os bretões e finalmente sufocou a resistência dos gauleses arvernos.


 


- César e as suas tropas


Suas tropas marcharam pelas margens do Rio Reno (chegando a construir pontes para atravessá-lo), pelas florestas das Ardenas, pelos Montes Jura,  pelas planícies do Flandres, pela costa do Atlântico, e, atravessando o Canal da Mancha, chegaram às ilhas britânicas. Idolatrado pelos soldados, César os acompanhava a cavalo ou a pé, procurando estar sempre presente nos pontos mais frágeis da defesa para que o seu exemplo de destemor e tranqüilidade, não permitisse os soldados a desandarem ou a desertarem.


O levante de Vercingetórix, o chefe dos galos arvernos, foi um dos mais impressionantes e emocionantes acontecimentos da história antiga. O grande caudilho, decepcionado pelo conformismo da nobreza gaulesa com a ocupação romana, "e o que faz nos campos", narrou César, arrumou um alistamento de pobretões e homens perdidos. Com esta tropa chama a seu partido todos na cidade que vai encontrando; exorta-os a tomarem armas pela liberdade comum".


A essa altura a Gália inteira ferveu. O gaulês insurgente consegue impor uma derrota parcial às legiões de César que tentaram capturá-lo em Gergóvia (perto de Clermont-Ferrant), conclamando então o povo a uma guerra total contra os romanos. Queimam tudo, as palhoças e as colheitas, nada deixando ao invasor. César, porém, se recupera e aplica sucessivas derrotas à cavalaria gaulesa.


Vercingetórix, foge em retirada com 80 mil homens e 9 mil cavalos para Alésia, no alto do Monte Auxois, onde planeja repetir Gergóvia, onde resistira com êxito ao sitio do romano. Só que desta vez foi diferente. César tomou-se de precauções. Os seus engenheiros traçaram rapidamente um plano de "circunvalação do oppidum", a fortificação dos gauleses. De novo os 55 mil legionários empunharam a pá. Em seis semanas(!!) eles abriram mais de vinte quilômetros de trincheiras, e ainda montaram um complexo sistema de valas, fossas, armadilhas das mais diversas, e uma paliçada completa, com torres erguidas a cada 120 metros. César decidira-se matar os gauleses pela fome.


Vercingetórix, liberando sua cavalaria, ordenou que eles trouxessem reforços de todas as partes da Gália. Novamente César se precaveu. Uma outra circunvalação foi escavada, desta vez voltada para fora, para poder resistir ao inevitável ataque que poderia vir de fora. De fato, uma massa de 250 mil gauleses de quase todas as tribos, partira em socorro do capitão gaulês preso pelo garrote romano em Alésia.



Enquanto isso no interior da cidade cercada, a fome fazia seus estragos. Casos de antropofagia começaram a ocorrer. As esperanças de Vercingetórix de ser salvo se esvaíram quando ele viu lá dos altos da sua paliçada, os romanos de César aplicarem uma derrota atroz  nos reforços que viriam tirá-lo do sufoco. Sim pois César pôs a correr aquela multidão formidável. A batalha pela liberdade estava perdida. A Gália cativa.

 



- A atitude nobre de Vercingetórix


No dia seguinte ao desastre. Quando não havia na Gália inteira nenhuma força organizada para poder fazer reverter o sitio de Alésia, Vercingetórix convocou o conselho militar dos seus oficiais. Nas palavras de César "demonstra-lhes que havia iniciado a guerra, não por interesse particular, mas pela liberdade comum do seu povo", e  se lhes oferecia uma das duas coisas:  ou a morte, para satisfazer aos romanos, ou que se entregassem vivos aos mesmos, como melhor entendessem.


E foi assim que aconteceu.  Montando seu corcel, vestido de reluzente armadura, Vercingetórix cavalgou para o acampamento do inimigo. César o recebeu num tablado improvisado, onde estava sento em um pequeno trono. Ordenou ao vencido que entregasse o cavalo e suas armas ao guarda.


Vercingetórix se desfez de tudo e foi sentar-se aos pés de César. Os demais gauleses sobreviventes foram entregues aos legionários como prisioneiros de guerra. O bravo Vercingetórix foi posteriormente conduzido à Roma onde talvez uns cinco anos depois de Alésia,  terminou decapitado.


 


- Depois de Alésia


Para César essa batalha foi decisiva na sua carreira. Vitorioso na Gália, ele decidiu-se três anos depois, ao atravessar o Rubicão em 49 a.C., disputar com Cneu Pompeu a hegemonia sobre a República Romana, tornada império universal. O que acabou conseguindo.


 


Tornou-se ditador em 46 a.C. e morreu assassinado nos idos de março de 44 a.C. numa conspiração de senadores, entre os quais Bruto que, uns anos antes, estava com ele, ajudando-o a derrotar Vencingetórix. O poder depois da morte de César foi disputado entre seu sobrinho-neto Otávio, e um antigo auxiliar de César, Marco Antônio (também um veterano das Guerras da Gália).


 


Para a Gália, a derrota em Alésia significou a derrocada da cultura celta e sua substituição pela romana. César, ao ordenar que o latim se tornasse a língua oficial das tribos gaulesas submetidas, foi, de certa forma, um dos forjadores da língua francesa atual, uma das mais belas heranças da Roma Antiga. Deste então, surgiu na Gália uma nova civilização: a Galo-romana.


 


Bem mais tarde, no século III, na época da anarquia militar, aproveitando-se da situação caótica em que o império romano se encontrava, durante 14 anos seis chefes galo-romanos proclamaram-se imperadores (de 259 a 273). Este surto independentista pode ser considerado como a última manifestação dos gauleses de tentarem reaver sua independência, ainda que abrigados sob o manto do imperador de Roma


[Na foto: "O Gaulês Agonizante" escultura clássica que representa a cultura do povo celta].


 



Esta é a minha homenagem pessoal para as "Legiões de Julio César" e a memória dos  grandes soldados em toda a Historia. Faz pouco mais de dos mil anos, apenas 50.000 homens derrotaram exércitos de mais de 3.000.000, isso durante quase doze anos de campanha continua ao longo de três continentes: Sempre em inferioridade numérica. Sempre com uma grande falta de mantimentos. Sempre na luta , não só contra o inimigo, mas também contra um terreno desconhecido, hostil

domingo, 11 de março de 2007

OOXML

Rating:★★★★★
Category:Computers & Electronics
Product Type: Other
Manufacturer:  n/a
Porque É Importante Lutar Contra O Formato: OOXML

Como usuário de OpenOffice.org / BrOffice.org, sei das várias vantagens do BrOffice.org, sendo que uma das principais é o fato de que o OpenOffice.org / BrOffice.org é dele suportar o Open Document Format (ODF), um formato de documentos livre que tem como objetivo acabar com o “Pesadelo do Update”, onde sempre que atualizamos a versão de nosso pacote Office, perdemos a compatibilidade reversa com versões antigas do mesmo pacote. Além disso, pelo Open Document Format ser padronizado agora pela ISO (padrão ISO26300:2006) e ter suas especificações disponibilizadas pela OASIS, mantenedora do padrão, temos a garantia de que o formato dificilmente irá simplesmente “sumir”, suprimido pelos concorrentes com maior força econômica.....
Além disso, outra vantagem é o fato do formato ser baseado em XML permite que use-se parsers XML padronizados para facilitar o desenvolvimento de aplicações compatíveis, sem falar do uso de tecnologias baseadas em XML, como XPath ou XSLT para conversões e pesquisa em conteúdo ODF.

Claro que uma iniciativa desse porte não poderia passar incólume, e realmente isso não aconteceu: a Microsoft liberou recentemente sua especificação própria dela chamada de Microsoft Open Office XML (MSOOXML), desenvolvida para o recém-lançado Microsoft Office 2007. Esse formato difere dos formatos tradicionais da Microsoft na medida em que eles deixaram de ser formatos binários para partir para uma estratégia similar à do ODF: pacotes compactados contendo arquivos XML com o conteúdo dos documentos, anexos e metadados. Para poder colocar mais força nesse padrão, a Microsoft conseguiu uma aprovação “recorde” na rapidez.... do OOXML na ECMA, desse modo conseguindo aprovar seu formato como padrão ECMA-376. Após isso, a Microsoft vem tentando colocar o formato OOXML na fast-track da ISO, ou seja, realizar uma aprovação rápida baseada no padrão já colocado pela ECMA. Se não houvesse questionamentos, o padrão OOXML seria definido como um formato ISO.

Mas houve o questionamento, e pelos mais diversos motivos:
• Embora o ECMA 376 esteja disponível para download e análise do site da ECMA, são downloads de quase 36 MB de documentos PDF zipados, que totalizam mais de 6000 páginas de documentação técnica para ser analisadas no curto período do fast-track (30 dias). Como foi questionado pelo Bureau of Indian Standards (BIS), seriam necessárias a leitura de 200 páginas de documentação TÉCNICA por dia, sem falar em analisar as referências cruzadas dentro do documento, o que torna inviável sua análise criteriosa, como fora feito com o ODF, que possui 700 páginas de documentação. Devido a isso, 19 países responderam com contradições (questionamentos) contra o OOXML, principalmente baseando-se no seu grande tamanho;
• Além disso, conforme mencionado no blog PlexNex, cita um questionamento feito por Yoon Kit onde ele afirma que a Microsoft, ao submeter o OOXML, manteve uma padronização do tamanho de página interno, específica ao registro do Windows, ignorando solenemente os padrões de tamanho de páginas, como o ISO 216. Desse modo, é perceptível que uma migração de formatos, principalmente fora do ambiente Windows, com certeza resultaria em muita dor de cabeça, senão em total impossibilidade de tal conversão;
• Novamente segundo o blog PlexNex, a Microsoft continua ignorando padrões dos mais diversos, como incompatibilidade de cores com o formato SVG (que segue o padrão de cores definido pela W3C), o que poderia acarretar em problemas na importação e exportação de imagens SVG;
• Pesquisando a partir do PlexNex, pode-se alcançar vários tipos de questionamento, além do fato de não poder ser avaliado adequadamente no período de 30 dias. Como exemplo, cita-se o artigo da Groklaw “Deadline Looms to Express Concerns about ECMA 376 Office Open XML“, que cita quase todos os questionamentos possíveis, como a dependência de formatações binárias que dificultam a extração e manipulação do OOXML por ferramentas baseadas em XML puro; o fato de o OOXML ignorar sumariamente formatos de data e usar formatação que foge ao padrão ISO 8601; além de mais uma incrível quantidade de problemas de dependência de informações não disponíveis de maneira aberta a todos (o que é uma obrigatoriedade para um padrão ISO);
• Um dos maiores questionamentos é a necessidade de um segundo padrão de formato de documentos, sendo o ODF já um padrão reconhecido e adotado por empresas do porte de Sun e IBM e por países como a Itália e a Bélgica;
• Um questionamento também é o fato de ele trazer “lixo” de compatibilidade que poderia ser resolvido por um estudo das necessidades do documento. Por exemplo, o formato OOXML traz tags específicas para compatibilidade com WordPerfect ou Word 95 (?!);
• Outro problema é a falta de verbosidade (ELE não É AMIGÁVEL), de um documento OOXML. Embora ele seja um documento bem-formado segundo XML (ele possui uma DTD - Data Template Definition - disponível e segue as regras do XML), não é facilmente identificável o que cada tag faz. Embora isso não possa ser considerado um questionamento grave, combinado com a documentação enorme, essa falta de verbosidade torna o padrão pouco intuitivo.
Tudo isso leva-nos a entender porque precisamos impedir a aprovação do OOXML como ele está: ele é um formato pesado e desnecessário. ODF é mais elegante e simples, além de seguir XML em quase tudo (existe apenas uma crítica com o fato de o ODF utilizar em Fórmulas uma formatação similar à do TeX, mas como TeX é um formato de domínio público, não houve impedimentos à adoção do ODF como padrão ISO).
Existem armadilhas sérias no “padrão” OOXML, como as questões relacionadas a codificações de data e de tamanho de página, o uso de códigos de página diferenciados conforme o país e sua identificação por seqüências binárias, ao invés do uso da codificação de letras da ISO, uso de Namespaces XML diversos e específicos da Microsoft, entre outras milhares de coisas.
Por isso, defenda o formato ODF contra o OOXML. Pressione as autoridades de padronização. Existem muitas formas de fazer isso. O Portal Software Livre Brasil divulgou métodos de ação, que inclusive envolve enviar email para a ISO questionando o fast-track do OOXML.
Lembre-se: ODF é apoiado por grandes companhias como Corel, IBM, Sun e outras.
ODF está sendo adotada em larga escala, é livre, royalty-free e totalmente independente de plataforma. É verbosa, o que a torna facilmente explorável por seres humanos e facilita a construção de parsers e extratores de dados dos documentos ODF.

Me permiti fazer esta Tópico, em apoio ao Software Livre...!.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Mudou?..de novo???... nao!!!!!!

Rating:
Category:Other
Bem, aconteceu: o Multiply mudou mais uma vez...Affff..!!!!!
Começou o jogo de rato e gato com os Menus, novas ferramentas... aonde estão as antigas..etc.. Ou seja: o que já estamos sabendo: um longo período de transição.

Por exemplo onde esta o Menu para fazer o Login?..como entrar na minha Page e ler mensagens, postar novos Artigos, Fotos, etc, etc..????
Putzzzz!!!!!

Essa vou dizer: para fazer o login clique no LOGO parte superior esquerda, da Tela principal da sua Page....que vai aparecer uma nova tela para digitar seu Login e Sua Senha ... Pronto!
Porem seja paciente, nao parece nenhum indicador de que por ali é a entrada para sua pagina pessoal...

Ao invés disso, tem ate tres novos Menus tentando "convencer" ao visitante a fazer um Cadastro no Multiply...
Honestamente?..se nao tivessem essa mania de mudar sempre tudo..seria mais fácil ser assíduo ...como era antigamente. Alguem concorda comigo?


"A Terra é Azul...!"

Yuri (ou Iúri) Gagarin Nasceu em 9 de março de 1934, e foi o primeiro homem em ir ao espaço, e orbitar a Terra em 1961.  Gágarin era major do Exército soviético, piloto e conhecedor do que havia de melhor em termos de aeronaves da época. Escolhido para esta missão, acabou virando herói da propaganda comunista da época da famigera "Guerra Fría" . Após o vôo da Vostok, continuou no programa espacial e em seus treinos militares na aeronáutica. Foi em um desses treinos, com um avião MIG-15, que morreu em 27 de março de 1968, com a idade de 34 anos: o aparelho se espatifou no solo, na região de Kirzhach, na Rússia.




A HISTORIA
Depois de colocarem o primeiro satélite em órbita terrestre, o Sputnik, e tambem lançarem a cadela Laika no espaço, os russos preparavam seu primeiro cosmonauta. Cerca de 2000 pilotos militares russos foram inicialmente selecionados e apenas 20 ficaram para os primeiros testes intensivos. Destes, os seis primeiros cosmonautas russos seriam selecionados, mas dois eram os mais bem cotados: Iúri Gágarin e German Titov. Além das capacidades físicas e de pilotagem, os russos valorizavam a resistência à solidão e fatores psicológicos. Os futuros astronautas precisariam enfrentar problemas sozinhos, na vastidão do Espaço Estelar 
Para o primeiro vôo, Gágarin acabou sendo recomendado pela Força Áerea e assim foi então escalado. Titov teria sua chance mais tarde, na segunda missão soviética.
Yuri viveria assim, um sonho inspirado sessenta anos antes pelo cientista russo Constantin Tsiolkowsky, que no início do século XX já tinha arquitetado a base da astronáutica moderna. Durante a Segunda Guerra Mundial, a tecnologia se juntaria à teoria.  Virou uma corrida entre as duas superpotências, os Estados Unidos e a União Soviética. Desde o início os soviéticos ficam na dianteira. Em 1957 lançam o primeiro satélite artificial, o famoso Sputnik.  Primeiro foram insetos, depois ratos, depois um cachorro.(Na verdade uma cachorra: a Laika), uma verdadeira heroina.
Quatro anos depois lançam um novo foguete, o Vostok I, dessa vez com um homem a bordo. Assim foi que Yuri Gagarin viu o nosso planeta Terra do espaço.

A ESPAÇONAVE VOSTOK 1
Data: 12 de abril do ano de 1961. Aquele seria um dia histórico. Um astronauta, instalado dentro de uma minúscula nave de pouco mais de três metros, montada sobre um foguete de 40 metros de altura, preparava-se para ser lançado no espaço. Na manhã daquele dia, na base espacial de Baikonur, todos os envolvidos no projeto não esperavam outra coisa que não fosse o sucesso da arriscada missão.  O astronauta era um jovem de 27 anos, Yuri Gágarin, piloto militar do Exército soviético e consciente do perigo e da responsabilidade da viagem que faria. Com sues 1,58m de altura e 69 quilos, espreme-se na cápsula espacial Vostok I, uma esfera desconfortável com menos de 2,50m de diâmetro, que será lançada rumo ao espaço por um foguete de mesmo nome. Levava uma câmara de televisão em sua cabine, apontada para si.
Seu nome: Yuri Alekseyevich Gagarin, major e piloto da Força Aérea Soviética. Local: o "cosmódromo" em Baikonur, Hoje conhecido como Casaquistão (Kazakhistan-Ásia Central).
Duas horas antes do lançamento, Gágarin aproximou-se da torre de serviço ao lado do foguete, vestindo seu uniforme vermelho de cosmonauta e o capacete branco. Subiu no elevador os 40 metros até sua nave, no topo do foguete e aguardou a contagem regressiva.
Eram cerca de nove horas da manhã, pela hora oficial de Moscou, quando o foguete lançador começou a subir.


Na viagem, Gágarin faria uma órbita completa da Terra, a bordo da astronave batizada como Vostok 1. Durante seu vôo, e apos dar uma olhada pela escotilha, falou assim: -"Eu vejo, estou vendo!....  a Terra.... Ela é azul"-. Nunca nenhum homem tinha observado seu próprio planeta até aquele instante.  Sua viagem espacial durou pouco mais de uma hora e meia, o suficiente para fazer uma volta em torno do nosso planeta.
A missão durou exatamente 1h48min. Às 9h57min passou sobre a América. Das 10h às 10h13min Moscou perdeu contato com a Vostok I. (Nao existiam antenas de transmissao em territorio americano) Reiniciadas as comunicações, às 10h32min a nave do módulo de descida se separou do foguete propulsor e começou a reentrada na atmosfera numa queda vertiginosa a quase 30.000 Km/h. O atrito com as camadas mais altas da atmosfera elevou a temperatura externa da cápsula a mais de 1000 graus Celsius. Às 10h55min Gagarin foi ejetado da cápsula e desceu de pára-quedas em Saratskaia (Sibéria), são e salvo. Terminava com um final feliz o primeiro vôo orbital feito pela humanidade.
 
Hoje.. parei para pensar..nem foi tanto tempo assim, e como mudamos enormemente nosso planeta..nao?...
Aquecimento global, inundações, secas, terremotos, tormentas de neve com até 3 metros de altura....etc,
Que estamos fazendo dessa terra azul....  tão bonita?
Qual será a herança que deixaremos para nosso filhos..?... Nossa!   


 

quinta-feira, 8 de março de 2007

NO DIA DA MULHER...




Meu Nome é...
Mulher...

 

No princípio eu era Eva
Nascida para a felicidade de Adão
Meu paraíso tornou-se trevas
Porque ousei libertação !

Mais tarde fui Maria
Meu pecado remiria
Dando à luz aquele
Que traria salvação
Mas isso não bastaria ...     Para eu encontrar perdão

Passei a ser Amélia
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade
Mas sonhava com igualdade !

Muito tempo depois decidi:
“Não dá mais ! Quero a
minha dignidade,
tenho os meus ideais !”

 

Mas o preconceito atroz
Meus 129 nomes queimou
Então o mundo acordou
Diante da chama Lilás !

Hoje não sou só esposa
ou filha,  e também sou pai,
mãe, arrimo de família;

Sou ourives, taxista,
piloto de avião.
Policial feminina,
operária em construção!

Hoje ao mundo peço licença
Para atuar onde quiser !!!

Meu sobrenome é
Competência
e, definitivamente: O meu nome
é Mulher.

Viva a Mulher!!

 

segunda-feira, 5 de março de 2007

Os Sefardies

Os sefardíes ou Sefarad (que em hebreu significa:  'España') são os descendentes dos judeus que se instalaram na Península Ibérica (Espanha e Portugal) e viveram por lá até 1492,  os mesmos estão ligados á cultura hispânica por meio da tradição e a língua. Calcula-se que atualmente, a comunidade sefardí chega aos dois milhões de integrantes, a maior parte deles residem em Israel, os Estados Unidos da América e na Turquia.


 


Caracterizam-se também os sefardíes pela sua tradicional língua vernácula, o "ladino", e pela sua fidelidade aos rituais da  tradição babilônica, em contraposição ás tradições  palestinas e a língua "yiddish" conservadas pelos askenazis.


Lembremos que a primeira Comunidade de judeus, relevante no tamanho e força na sua fé eram os judeus que moravam nas terras babilônicas sob o domínio de Nabucodonosor.  Aproximadamente no ano de 606 a C, o Império Babilônico dominava o mundo de então. Nabucodonosor, o rei deste império, havia subjugado o povo de Israel e muitos foram levados para suas terra, para uma vida no cativeiro. Dentre os cativos estava o jovem Daniel, da Tribo de Judá. A Bíblia conta-nos a historia deste jovem líder do seu povo, no Livro de Daniel.... Nele, existem belas passagens onde mostra-se a força e a coragem da fé deste jovem e seu povo... Oriundos deste mesmo povo são os sefardíes, e seus descendentes atuais. Eis o motivo pelo qual prezam pelos ritos da antiga tradição 'babilônica'.


 


Estes judeus desenvolveram prósperas comunidades na maior parte das cidades espanholas (exceção do "País Vasco"). Com destaque nas comunidades de  Toledo, Sevilha, Córdoba, Ávila, Granada, Seguia, Soria e Calahorra. Na região conhecida como o Reino de Aragão as comunidades (também conhecidas como Calls) de Zaragoza, Gironda, Barcelona, Tarragona, Valencia e Palma de Malhorca encontram-se entre as mais prósperas. Algumas cidades , como Lucena, Ribadavia, Ocaña e Guadalajara eram  habitadas principalmente, por judeus. Em Portugal, de onde muitas ilustres famílias Sefardíes são originarias, desenvolveram-se comunidades ativas nas cidades de Lisboa, Évora, Beja e na região de Trás-os-Montes.


 


Enquanto viveram nos reinos cristãos da península Ibérica, al igual que os que moravam perto de áreas muçulmanas, sofreram grandes perseguições, porem viveram também por longos períodos de prosperidade e tolerância, seja debaixo da proteção dos reis cristãos como dos "taifas" muçulmanos. Os judeus espanhóis era normalmente aceitos  pelos monarcas, não exatamente por carinho ou desinteresse, mais pelos grandes benefícios que representavam ás coroas baixo das quais procuravam proteção. Estabelecia-se assim uma relação simbiótica entre a autoridade real e as "aljamas". As comunidades destes judeus serviam para aumentara a população dos territórios que, após os ataques e avanços militares, ficavam desertas, sem ocupantes, também forneciam lucros e conselheiros  ao rei, pois eram médicos, mercadores e outros profissionais qualificados e, que tinham conhecimentos de matemáticas, arquitetura e outras ciências que faziam  florescer a economia do lugar onde se assentavam.


 


O ano de 1492 é uma data fatídica para os judeus espanhóis, que estavam na Península Ibérica desde o início do cristianismo, embora é um consenso entre os  historiadores de afirmar que os primeiros assentamentos ocorreram apos a a primeira dispersão realizada por Nabucodonosor II, rei de Babilônia, (atual Irã) no ano de 587 a.C.


 


Conversão ou expulsão,  não era possível outra opção. Alguns viraram Cristãos, porem outros tantos optaram pelo exílio, segundo o  historiador judeu Yitzak Baer cerca de 170.000 sefardíes marcharam em amarga caminhada atravessando toda a  Espanha, de tal forma, que no tinha cristão que no sentisse dor pela triste caravana conta-nos o Padre  Bernáldez nas suas crônicas- em direção dos portos marítimos e rumo á Portugal, de onde seriam expulsos também, em pouco tempo.


Já nos portos embarcaram para o norte da África e os territórios orientais do Império Otomano (hoje a Turquia); más tarde conseguiram ser aceitos e se assentar na França, Holanda, Inglaterra, Itália, os Bálcãs e outros países europeus.


 


Atualmente os sefardíes compõem em 60% a população dos judeus no mundo, entre as que cabe destacar a comunidade estabelecida em Marrocos e nas cidades espanholas do norte de África: Ceuta e Melilla.


 





Os sefardíes adquiriram especial renome pelos seus logros intelectuais,. seu aporte a música espanhola em geral é enorme e reconhecida ate os dias de hoje, e, já dentro do contexto da cultura judaica, basta mencionar o pensador R. Moshe ben Maimón, também conhecido como Maimónides ou pelo apelido de: Ramban. Ele é considerado como o maior pensador judeu da Idade Média. Controverso, criou polemica infinita entre os seus seguidores e opositores. A contribuição de Maimónides na evolução do judaísmo proporciono-lhe o mote  do segundo Moisés. Sua grande obra no campo da legislação judaica é o Mishneh Torah, desenvolvida em 14 livros e escrita em hebreu (1170-1180). Alem disso, formulou os Treze Artigos de Fé, que nada mais é que um dos diversos credos aos quais os numerosos judeus ortodoxos ainda hoje prezam pela adesão nesses Artigos.


É considerado o filósofo judeu mais importante da idade media.