quinta-feira, 31 de agosto de 2006

AMOR PLATONICO


Filosofar na vida, como Platão o fez....


Apregoar o amor, a honradez!


o amor ideal,  formoso sentimento,


amor que não é físico, nem real


sentimento de fantasia...


paradoxo sonhador, generoso


intercambio de ternos sentimentos.


 


Expressai-me tuas fantasias


mistura teus sonhos e desejos


atravessa o universo junto a mim


viaja nas assas da poesia


me acompanhe nesta travessia


fecha teus olhos e apenas medita


sente a minha mão na tua


sente teu rosto acariciar,


percorrer docemente teu corpo


como um feitiço de amor.


Se apóia no meu colo


num profundo sentimento roubado,


amor fantasioso, carícias inventadas


sonha noite e dia


no espaço dimensional.


 


Fusiona teu corpo no meu


numa formosa dança sexual


fecha teus olhos e escreve poesias


junto a mim,


versos e sonetos vão aparecendo


debaixo da luz de umas velas


rimas e odas sairão dançando


ao compasso de pianos e violinos.


 


Apenas continua a sonhar


segura na minha mão


Oh formoso amor platônico


continua buscando,


um beijo roubado, um beijo pálido


formosa minha, ainda sonho


de noite e de dia,


 


Não afoges estes versos.


Apenas peço que lhes dê vida


abre teu coração


a um amor proibido


sente que nem eu

Esta bela e formosa fantasia....

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

“Mulherzinhas” de Louise May Alcott


Sobre alguns Livros que nos transportam para o plano da aventura da fantasia, da descoberta e da ficção, apelando à imaginação de cada leitor para criar as imagens, as personagens e os cenários. Este em particular era largamente usado como leitura obrigatória em qualquer colégio feminino. Pois bem, levei um susto quando comentando com uma amiga, ela não conhecia o livro.. como assim?  se tem até filmes (na verdade quatro versões) baseados neste maravilhoso livro!.. que houve?


Assim, eu queria saber uma coisa: Alguém aqui já leu "Mulherzinhas" ou qualquer outro livro de Louise M. Alcott?  Considero ela uma excelente escritora, e parece que não tem muitas pessoas que já tenham ouvido falar dela. (antes que alguém estranhe que ando lendo até estes livros, sou o que chamam...um rato de biblioteca).


O livro em questão fala da vida de 4 irmãs durante a Guerra Civil Americana. O pai está na guerra e a mãe das meninas tem que trabalhar e manter o ânimo das filhas alto, apesar das dificuldades. Elas não tem muito dinheiro mas se divertem, inventando brincadeiras e atividades artísticas e nunca perdendo a esperança de que o pai logo, logo vá retornar.
Tem uma passagem que é fascinante: As meninas ganham um dólar cada como presente de Natal de uma tia rica. Felizes elas vão às lojas e compram presentes para si mesmas: uma compra partituras, outras lápis de cor, outra um livro e a última compra luvas... chegam em casa super felizes e percebem que sua mãe não vai ganhar nada. Bate uma tristeza... elas correm de volta até a loja e trocam os presentes por coisas para a mãe, que quando chega do trabalho, é surpreendida pelas filhas. Ali, aprende-se que não adianta você ter as coisas se não pode compartilhá-las com quem se ama.
Eu acho que a generosidade, esperança, bondade e muitos outros sentimentos são abstratos que só alcançam seu verdadeiro sentido quando vivenciados. É na experiência concreta que eles fazem sentido. Enquanto não se entende o significado na prática o objetivo daquele sentimento não se concretiza.


·         Mulherzinhas é um livro juvenil escrito no século XIX. Mas o melhor mesmo é não se deixar levar por preconceitos bobos. Mulherzinhas é um livro delicioso, com personagens profundamente bem delineados. Uma verdadeira obra-prima, do mesmo nível de um Charles Dickens - mas com um estilo diferente.


Ele conta a história dos March, família americana que perdera boa parte de seus bens quando o pai resolvera ajudar um amigo com problemas financeiros. Quando o livro começa, o pai já tinha ido lutar na Guerra da Secessão, e a mãe e as quatro filhas ficam em casa - onde, aliás, se passa praticamente toda a história. É grande o número de dificuldades pelas quais todas passam - mas há sempre espaço para um bom conselho e para um apelo à fé.


E é aí que reside uma grandeza de Mulherzinhas: por mais que ele seja um livro com "lição de vida", as personagens parecem de carne e osso, fugindo totalmente do estereótipo de pessoas perfeitas. Meg é a mais bela das quatro irmãs, e a que mais sofre com as dificuldades financeiras; Jô é inteligente, impulsiva, e passa grande parte do tempo tentando conter seus impulsos agressivos; Beth é a bondade em pessoa, mas excessivamente tímida; Amy é imatura, mas de um modo divertido. Estas quatro têm no rico Laurie um amigo divertido e fiel; e na mãe a pessoa que sempre dá opiniões sensatas - por mais que também lute contra seus próprios instintos agressivos. Os outros personagens - o complexo sr. Laurence, o avô de Laurie; a mal-humorada e rica tia March; o pai das meninas; o professor Brooke -, por mais que sejam menos importantes no enredo, são também marcantes e bem construídos.


A estrutura do livro é praticamente episódica, com cada capítulo se baseando em um diferente acontecimento ocorrido com as irmãs March. Os temas abordados - um piquenique no parque, a visita à casa de Laurie, as apresentações teatrais feitas pelas irmãs em casa, os trabalhos que cada uma tinha que fazer para ajudar em casa - são normalmente corriqueiros, mas se lê ‘Mulherzinhas’ com um interesse crescente.  Mas tem mais, afinal de contas. este livro tenta provar que se pode ser feliz sem ser rico.  E eu acho que consegue.


A narrativa foi inspirada na própria vivência da autora. Alcott, que foi convidada a escrever uma “história para mocinhas”, confessou em certa altura: “Nunca gostei muito das histórias sobre mocinhas, nem sequer conheci muitas para além das que vivera com as minhas irmãs. Talvez as nossas experiências se revelem interessantes, mas tenho algumas dúvidas”... Ironia das ironias, o livro tornou-se um “best-seller”, foi traduzido em diversas línguas e várias vezes adaptado ao cinema   Pela sua vez, a melhor versão para o cinema, ao meu ver é a ultima, que contou com as atuações de Wyona Rider e Susan Sarandon no elenco:


Ficha Técnica
Título Original:
 Little Women  (‘ADORÁVEIS MULHERES’ )
Gênero: Drama   Ano de Lançamento (EUA): 1994
Direção: Gillian Armstrong
 
Elenco
Winona Ryder (Josephine "Jo" March)
Gabriel Byrne (Friedrich "Fritz" Bauer)
Trini Alvarado (Margaret "Meg" March)
Samantha Mathis (Amy March)
Kirsten Dunst (Amy March - jovem)
Claire Danes (Elizabeth "Beth" March)
Susan Sarandon (Marmee March)
Florence Patterson (Hannah)
Corrie Clark (Belle Gardiner)

terça-feira, 15 de agosto de 2006

O Sistema Solar em crise


Nos últimos 76 anos, o nosso Sistema Solar era composto de 9 (nove) planetas. E os cientistas sempre debateram se o ultimo deles, o mais afastado, o planeta Plutão, era realmente mais um planeta. Faz um ano que foi descoberto mais um outro planeta por enquanto chamado oficialmente de “2003 UB313”  e essa descoberta esta envolvendo o cosmos como um todo e ao nosso sistema solar num caos. Esse objeto é realmente o 10º planeta?


Seria este novo objeto rochoso e gelado conhecido como "2003 UB313" vier a ser oficialmente o nosso DECIMO planeta?  Ou Plutão será destituído? e o mais intrigante: “O que é exatamente um ‘Planeta’?  Os cientistas NAO tem a resposta para essa pergunta. Já que, por décadas levaram este assunto com uma certo ‘desleixo’..mais com esta nova descoberta a polemica ficou acirrada.  Isso deverá mudar em breve, e juntamente os Catálogos de Ciência e cadernos escolares em todo o mundo....


Esta semana deu início a Conferencia Internacional da União Astronômica, em Praga, capital da República Checa, os cientistas deverão conduzir um censo galáctico de objetos, e vários assuntos: entre eles subtrair Plutão, ou batizar um ou mais planetas..possivelmente uma dúzia a mais...


“Está na hora de termos uma definição”, dizem os cientistas, e o senso generalizado da Conferencia é de certo desconforto, pois os astrônomos não tem uma de definição sobre o que seja ‘um planeta’ O debate ficou intensificado desde o ano passado quando o astrônomo Michael Brown do California Institute of Technology anunciou a descoberta de um objeto celeste quase da mesma massa que Plutão... e tal como Plutão forma parte do que os astrônomos chamam do “Cinturão de Kuiper”, uma zona misteriosa arredondada e no formato de disco situado além de Netuno e formado por miríadas de  cometas e objetos planetários (asteróides). Os cientistas pré-batizaram este objeto (ou planeta) de Xena por causa da heroína do seriado de Tv, e, ate ter um nome oficial consta como objeto “2003 UB313” E surpresa!  Este planeta ainda tem uma lua em sua órbita, que claro!, foi batizada de “Gabrielle”.....


O Telescopio Hubble tirou as medidas deste planeta, sendo que ele tem 1490 milhas de diâmetro, ou seja apenas 70 milhas maior que Plutão. Ele orbita a 9 bilhões de milhas do Sol, e atualmente é o objeto conhecido que fica mais longe da órbita do Sol.


Tudo bem, mais esta descoberta disparou novamente a polemica levantada quando da descoberta do Plutão lá por 1930. Muitos alegam que se deixar Plutão como ‘planeta’..assim também deverá ser com o novo planeta “Xena”, naturalmente seria o Décimo. Pois de fato é maior que o anterior. Mesmo assim, a ala dos ‘Puristas’ insistem em alertar que de fato são apenas OITO os planetas. E que Plutão e Xena seriam somente estranhos.   


Outros ainda sugerem dividir os planetas pelo seu tamanho e composição, tal como atualmente ocorre com as estrelas e as galáxias: Júpiter seria o “planeta gigante de gás”..enquanto Plutão e Xena seriam os “anões de gelo”  


"Plutão não tem o direito de ser chamado apenas como um planeta," diz Alan Boss, um astrofísico do Instituto Carnegie em Washington, D.C. "Porém,. Seria perfeitamente normal de chamá-lo de anão de gelo ou apenas um planeta histórico."


O número de planetas reconhecidos tem mudado ultimamente, sempre baseado em novas descobertas: Temos o caso de Ceres, o qual fora inicialmente catalogado como planeta lá por 1800, mais foi demovido para um asteróide quando outros objetos similares foram encontrados nas cercanias (Ceres é o maior asteróide no cinto de asteróides tradicional entre Marte e Júpiter)


O consenso dos cientistas, é de que tanto Plutão como Xena agora, tem todas as características de um planeta: eles orbitam ao redor do Sol, sua gravidade é a causa do seu formato arredondado. E ambos não foram formados no mesmo processo qual as estrelas. 


Durante anos a inclusão de Plutão foi sempre muito controvertida, alguns astrônomos achavam que era quase do mesmo tamanho da Terra, posteriormente, e graças a melhores métodos e mais apurados cálculos sabe-se que é apenas do tamanho de nossa Lua. Plutão é mesmo estranho de varias maneiras: tem uma órbita elíptica muito acentuada e faz com que fique mais perto do Sol do que Netuno durante cerca de 20 anos do seu período orbital de 249 anos. Foi o que aconteceu entre 1979 e 1989.


No início deste ano a NASA lançou uma espaçonave que levará 9 anos e meio para alcançar Plutão e que virá nos revelar mais sobre este estranho objeto.


Quando em 1990 novas e mais recentes observações do Cinturão de Kuiper mostraram que estaria recheado de numerosos objetos celestes similares com Plutão alguns cientistas piraram...Já em 1999 a União Internacional lançou diversos manifestos negando os rumores de que Plutão seria banido. Isso não conseguiu parar os grupos a favor de abolir Plutão. Em 2001 o Planetário Hayden do Museu Nacional de Historia Natural de New York levantou novamente esta já acirradísima polemica ao retirar Plutão da sua galeria do sistema solar. 


O desafio para este evento de astrônomos em Praga é estabelecer um critério que faça sentido cientificamente:  Deveriam os planetas serem divididos por tamanho, localização ou outro marcador? Que seja maior do que Plutão ou outro tamanho arbitrário? De ser assim poderiam então expandir o Sistema Solar para 23, ou 39, ou ate 53 planetas.  


Não é apenas um exercício acadêmico, o publico não esta preparado para uma enxurrada de novos planetas. Embora tudo leva a acreditar que os astrônomos votarão ‘Sim” e Plutão será abolido dos planetas, levaria ainda 20 anos para isto ser efetivado, e na memória das pessoas Plutão será ainda o nono planeta, e conhecido como sendo o primeiro objeto a ser descoberto em um mar de dúzias de outros objetos ou talvez ate centos de novos planetas anões. Pois sabe-se que no chamado Cinturão de Kuiper existem até muitos outros objetos maiores, incluindo ‘28978 Ixion’,  50000 Quaoar’,  2004 DW e possivelmente ‘2003 VB12


(Em tempo: estes são os nomes provisórios dos novos 'objetos' celestes, com aspiração a serem 'planetas'). 


Na imagem: Xena e seu satélite Gabrielle

domingo, 6 de agosto de 2006

A GUERRA NO LÍBANO e UMA DATA PECULIAR....



Hoje dia 6 de agosto, faz exatos 61 anos que o mundo presenciava o início da era atômica , e o maior Holocausto da nossa historia: o horror de Hiroshima. Por causa deste horror, e no intuito de tentar não repetir jamais tamanho crime, permito-me aqui, fazer estas considerações... Pois uma outra guerra esta bem no meio de todos nós: 


 


A GUERRA e O HEZBOLLAH


Nem sempre é fácil identificar o responsável por um novo surto de violência, especialmente no Oriente Médio. Na guerra no Líbano, no entanto, há o consenso de que o Hezbollah bateu primeiro. Em 12 de julho, seus guerrilheiros cruzaram a fronteira, mataram três soldados israelenses e seqüestraram dois. Desde que se retirou do sul do Líbano, há seis anos, o Exército israelense reagia com moderação às provocações do Hezbollah.


 


O EQUILÍBRIO NO LÍBANO ESTÁ AMEAÇADO


O equilíbrio entre dezessete ‘seitas’ religiosas era a grande façanha daquele país até meses atrás. Agora, há dúvidas se o delicado equilíbrio pode sobreviver à guerra provocada pelo Hezbollah. No Líbano, há cinco subdivisões entre os muçulmanos, e doze entre os cristãos. Um em cada dez habitantes é refugiado palestino. Na guerra civil, que castigou o país de 1975 a 1990 e causou a morte de 150.000 pessoas, as rixas entre os grupos sectários foram alimentadas por interesses externos. A Síria, Israel e os palestinos tomaram partido de alguém e acabaram por participar diretamente do conflito. O acordo de paz que pôs fim à guerra foi sacramentado por um líder carismático, o primeiro-ministro Rafik Hariri, assassinado no início de 2005. Muçulmano sunita, Hariri assumiu a chefia do governo em 1992. Sob o seu comando, Beirute voltou a atrair turistas e investimentos estrangeiros. Sobrou uma encrenca sem solução: todas as milícias foram desarmadas, exceto o Hezbollah.


 


A GUERRA NO LÍBANO MOSTRA A DIVISÃO NO MUNDO MUÇULMANO


Qualquer solução para afastar o perigo do Hezbollah provavelmente teria o apoio de três influentes países de maioria sunita: o Egito, a Arábia Saudita e a Jordânia. Os governos desses três países apressaram-se, logo de início, a criticar o ataque do grupo xiita libanês que deu início à guerra. O governo do Irã, de maioria xiita, só quer  aumentar seu poder regional influenciando grupos da sua mesma facção islâmica e radical, como o Hezbollah, no Líbano, e os políticos (todos xiitas) que atualmente dominam o governo iraquiano.


 


SE O HEZBOLLAH VENCER A GUERRA, O MUNDO MUDA PARA PIOR


Quanto mais a guerra se estende e o número de baixas israelenses aumenta, mais o Hezbollah ganha crédito como a única força árabe a enfrentar derrotar os israelenses. Se isso acontecer, será um desastre para o Oriente Médio. Os terroristas das outras facões: o Hamas e da Jihad Islâmica interpretariam o sucesso do Hezbollah como se fosse deles próprios. Isso estimularia novos atentados terroristas no território palestino e o crescimento do extremismo islâmico na Jordânia, no Egito e na Arábia Saudita, países que atualmente convivem com o terror de maneira estóica e sem alarde mundial...(por tratar-se de atentados entre eles mesmos!) Gente..! mais isso então não é mais terrorismo?. Realmente o mundo não conhece a realidade dos povos árabes... Por isso, o governo de Israel fez uma aposta pesada ao mergulhar tão fundo na guerra contra o Hezbollah. Se fracassar, o mundo todo terá o que lamentar.


 


A lógica do terrorismo


Nenhum pais no mundo toleraria que mísseis fossem atirados contra seu território sem tomar uma medida chamada agora de "razoável" para conter os ataques. A questão levantada pela ação israelense no Líbano são os limites desse "razoável". A resposta, de acordo com as leis da guerra, define como "razoável" atacar alvos militares, fazendo todos os esforços possíveis para reduzir o número de vítimas civis. 


A proporcionalidade de um conflito não é julgada apenas pela agressão sofrida. Há dois outros fatores igualmente importantes. O primeiro são as dimensões da ameaça (temos a chuva de foguetes e mísseis lançados contra o território israelense, que dá a dimensão do enorme perigo representado pelo Hezbollah). O segundo leva em conta a destruição que a guerra causa, em comparação aos benefícios que pode trazer. Se o Hezbollah for destruído ou contido, os benefícios serão enormes. Não apenas para Israel, mas também para o Líbano e para todo o mundo árabe, ameaçados pelo extremismo islâmico patrocinado pelo Irã.


Em Israel, a força aérea, as instalações nucleares e as bases militares estão localizadas em lugares remotos, longe de tudo e de todos. Deste modo os terroristas do Hezbollah conseguiriam atacar alvos militares israelenses porem sem causar "danos colaterais", ou seja, sem atingir a população civil. Já o Hezbollah e o Hamas colocam intencionalmente suas forças militares para operar muito próximas a áreas densamente povoadas. Lançam mísseis para fazer o máximo possível de vítimas civis entre os israelenses e, em seguida, escondem-se das retaliações em meio à população civil. Se Israel decide não perseguir os terroristas para não ferir inocentes, os primeiros saem ganhando. Continuam livres para atacar os israelenses com mais e mais foguetes. Se Israel ataca, causando vítimas civis, os terroristas saem vitoriosos no campo da propaganda: a comunidade internacional “condena” Israel por sua resposta "desproporcional". ESSE CORO ENCORAJA OS TERRORISTAS A CONTINUAR A OPERAR EM ÁREAS HABITADAS POR CIVIS.


Enquanto Israel faz tudo o que é razoável para minimizar as mortes entre os civis – nem sempre com sucesso –, o Hezbollah e o Hamas querem produzir o máximo de baixas... dos dois lados. Os terroristas islâmicos, como disse um diplomata há alguns anos, "são mestres na complicada aritmética da dor... tanto as vítimas palestinas quanto os feridos israelenses servem à sua causa". O uso de civis como escudos e espadas requer uma reavaliação das atuais leis da guerra. Diferenciar combatentes de civis é fácil quando os primeiros são parte de um exército uniformizado, que luta num campo de batalha. JÁ HOJE e no atual contexto, é mais complicado. Se existisse uma linha contínua na qual pudéssemos classificar os civis, em um dos extremos estariam os puros e inocentes – bebês, reféns e outros que não têm nenhum tipo de envolvimento com aqueles que instigam o conflito. No outro extremo, muitos civis que abrigam terroristas, que os ajudam a conseguir recursos e servem de escudo humano. E ainda tem aqueles que dão apoio político ou ate apoio “religioso e espiritual” ao terror.


Só queria que aqueles que costumam levantar a bandeira “dos direitos humanos”, e que por incrível que pareça são geralmente pessoa desinformadas,  dessem uma só justificativa para parar de tentar segurar o Hezbollah.... e que por um único instante essas mesmas pessoas imaginem o que aconteceria se deixássemos o terrorismo agir tranqüilamente de forma e quando e onde eles quiserem..


As regras que regem a guerra e as considerações morais devem adaptar-se a essas realidades. Uma analogia com as leis criminais americanas é elucidativa. Por lá, se um ladrão de banco utiliza um refém para se proteger enquanto atira nos policiais, esse ladrão é culpado de assassinato caso, numa tentativa de fazê-lo parar, os policiais matem o refém acidentalmente. O mesmo deveria valer para os terroristas que utilizam civis como escudos humanos para atirar seus foguetes. Eles precisam arcar com a responsabilidade legal e moral pelas vítimas civis, mesmo se a causa direta das mortes tiver sido um foguete israelense. É preciso deixar Israel acabar a guerra que o Hamas e o Hezbollah começaram, mesmo que isso signifique a morte de civis na Faixa de Gaza e no Líbano. Uma democracia tem o direito de preferir a vida de seus próprios inocentes civis à de um agressor. Especialmente se os últimos são cúmplices de terrorismo.


 


O problema desta guerra é que ela não tem fim.


O Hezbollah disse que nunca serão derrotados, e é verdade. Pois eles são o Islã.. e amigos, simplesmente: O Islã jamais será vencido, porque eles lutam com a força da fé em Deus, e a derrota não vem com a morte. Para qualquer islâmico morrer em uma guerra contra ocidente (que eles chamam e acreditam abertamente, é uma guerra santa). Chega a ser até uma benção.... A tragédia dessa guerra é que ela se acentuou e se agravou com a estupidez do maior flagelo que já surgiu no Ocidente: -Bush e sua ideologia doentia, fanática-  Nestas alturas já não dá para saber quem é mais fanático: se ele ou os xiitas.


Com loucos dos dois lados, com a falta de saída, tudo aponta para uma catástrofe maior. 


A falta de solução no horizonte, leva a uma lógica de extermínio. Se Israel tem bombas nucleares, o Islã também tem.  Pois ninguém fala no Paquistão, uma ditadura com poderio nuclear sob o general Musharraf.  Só para lembrar: Paquistão, é um pais islâmico, com arsenal atômico que pode cair nas mãos do BinLaden, e que não vacilará em fazer um “holocausto judeu parte II”   E pior: Esta situação está nos acostumando à idéia da destruição em massa. Foi rompido um limite. Um selo foi quebrado: Bush provocou uma infecção generalizada no Oriente, que pode nos contaminar.  Talvez já seja impossível reverter a violência pela diplomacia. Então vale esta expressão forte:  “Abriram-se as portas do inferno”  e o pior: elas não se fecham  mais.....Com essas palavras os dirigentes Libaneses se referiram ao inicio do ataque Israelense ao sul do Líbano.

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

A Companhia de Jesus


A Companhia de Jesus (do nome original em latim, Societas Iesu, que se abrevia S. J.), cujos membros são conhecidos como Jesuítas, foi fundada em 1534 por um grupo de estudantes da Universidade de Paris, liderados por Íñigo López de Loyola (Santo Inácio de Loyola). É hoje conhecida principalmente por seu trabalho missionário e educacional.


Esta organização foi fundada como uma ‘resposta’ ao movimento iniciado por Lutero, a Reforma Protestante, cujas doutrinas se tornavam cada vez mais conhecidas na Europa, em parte graças à recente invenção da imprensa (que, por ironia do destino era também um invento alemão, ou seja de Gutenberg). O que ocasionava a expansão do Protestantismo de Lutero, a quem posteriormente somou-se Calvino. Por causa disso, foi criada dentro da Igreja Católica a chamada Contra-Reforma.  Esta organização foi fundada como uma ‘reposta’ aos avanços protestantes.  Os Jesuítas pregaram a obediência total às escrituras e à doutrina da igreja  Uma das principais ferramentas dos Jesuítas era o retiro espiritual. No qual, várias pessoas reúnem-se sob a orientação de um padre durante um período que costuma ser de uma semana ou mais, meditando em silêncio enquanto atendendo a palestras e submetendo-se a jejum, preces e exercícios para se tornarem pessoas melhores.  Os jesuítas conseguiram obter grande influência na sociedade nos períodos iniciais da idade moderna (séculos XVI e XVII) porque os padres jesuítas foram por muitas vezes os educadores e confessores dos reis dessa altura. (Ver D. Sebastião de Portugal, por exemplo). Os jesuítas foram uma força líder da Contra-Reforma, devido à sua estrutura relativamente livre, o que lhes permitiu uma certa flexibilidade operacional. Em cidades alemãs, onde teve o início essa Reforma Protestante, por exemplo, os jesuítas tiveram um papel batalhador, contribuindo para a repressão de quaisquer conflitos e revoltas inspiradas pela doutrina de Martinho Lutero. Assim, Munique ou Bona por exemplo, cidades que apesar de iniciais simpatias por Lutero, permaneceram um bastião católico, em grande parte pelo empenho de jesuítas.


Os primeiros jesuítas participaram ativamente do esforço de renovação teológica da Igreja Católica, frente à Reforma Protestante. No Concílio de Trento, destacaram-se dois companheiros de Santo Inácio (Laínez e Salmerón). Desejando levar a fé a todos os campos do saber, os jesuítas dedicaram-se às mais diversas ciências e artes: Matemática, Física, Astronomia... Entre os nomes de crateras da Lua nomeadas pelos cientistas da NASA, sempre tentando honrar grandes nomes da ciência, há mais de 30 nomes de jesuítas. No campo do Direito, Suarez e seus discípulos desenvolveram a doutrina da origem popular do poder. Na Arquitetura, destacaram-se muitos irmãos jesuítas, combinando o estilo barroco da época com um estilo mais funcional.


Expansão


As missões iniciais ao Japão obtiveram como resultado a concessão aos jesuítas do enclave feudal em Nagasaki em 1580. No entanto, devido a receios crescentes da sua grande influência, este privilégio foi abolido em 1587. 


Dois outros jesuítas missionários, Gruber e D'Orville, chegaram a Lhasa, no Tibete, em 1661.  


Em 1549 chegou à América do Sul o primeiro grupo jesuíta, composto por seis missionários liderados por Manoel da Nóbrega, trazidos pelo governador-geral Mem de Sá. As missões jesuítas na América Latina criaram controvérsias em Espanha e em Portugal, onde eram vistas como uma interferência na ação dos governantes. Pelo simples motivo de que: ”Os jesuítas se opunham abertamente contra à escravatura”. O jeito jesuíta de colonizar e catequizar era o que mais incomodava: Eles fundavam uma liga de cidades-estado, chamadas de Missões ou Missiones no sul do Brasil, ou ainda ‘Reduções’, no Paraguai, que eram povoações inteiras organizadas que cultivavam a lavoura e ainda faziam trabalhos manuais, de acordo com o ideal católico. Porem éstes eram sistematicamente perseguidos e destruídos principalmente pelos portugueses à cata de escravos .


Períodos agitados


Na seqüência de uma série de “Acordos” visando exclusivamente manter a hegemonia e ao fluxo de riquezas para a Igreja, o Papa acabou aceitando os argumentos da coroa portuguesa junto com a espanhola, e a traves de decretos assinados pelo papa Clemente XIV, incluindo o Breve "Dominus ac Redemptor" os jesuítas foram suprimidos em todos os países (exceto a Rússia, onde a liderança da igreja ortodoxa recusou reconhecer a autoridade papal). Nessa altura havia 5 assistências, 39 províncias, 669 colégios, 237 casas de formação, 335 residências missionárias, 273 missões e 22589 membros.  Em Portugal, os Jesuítas já tinham sidos expulsos do país pelo Marquês de Pombal,


Houve também aqui uma manobra sem precedentes na Historia, pois ordens nesse sentido foram enviadas meses antes com instruções precisas de serem executadas numa data determinada ( e SOMENTE NESSA DATA), para assim ‘pegarem efetivamente todos eles’.... desta maneira em 3 de Agosto 1759 – Em uma operativa secreta, sincronizada e sem precedentes, são expulsos das Colônias Portuguesas na América os padres da Companhia de Jesús.
Em 1814, no entanto, é restaurada a Companhia no mundo inteiro pelo Decreto do Papa Pio VII "Solicitudo omnium Ecclesiarum".


Jesuítas famosos


A atividade educativa tornou-se logo a principal tarefa dos jesuítas. A gratuidade do ensino da antiga Companhia favoreceu a expansão dos seus Colégios. Em 1556, à morte de Santo Inácio, eram já 46. No final do século XVI, o número de Colégios elevou-se a 372. A experiência pedagógica dos jesuítas sintetizou-se num conjunto de normas e estratégias, chamado a "Ratio Studiorum" (Ordem dos Estudos), que visa à formação integral do homem cristão, de acordo com a fé e a cultura daquele tempo.   Temos São Francisco Xavier que percorreu a Índia, Indonésia, Japão e chegou às portas da China. Também temos:João Nunes Barreto e Andrés de Oviedo que empreenderam a fracassada missão da Etiópia. E finalmente:  Manoel da Nóbrega e José de Anchieta que ajudam a fundar as primeiras cidades do Brasil (Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro).


Outras considerações


Acima das inevitáveis ambigüidades, as missões dos jesuítas impressionam pelo espírito de inculturação (adaptação à cultura do povo a quem se dirigem). Ou seja: não tentavam impor pela força, e sim criar elos e despertar o interesse dos povos catequizados pela religião e culturas europeias.  As Missões (ou Reduções) do Paraguai e na China, a adoção dos ritos ‘malabares’ dos chineses são os exemplos mais significativos.


Em tempo: Para aqueles que gostariam de ter uma idéia mais “visual” do trabalho dos jesuítas na América, existe uma bela obra (por incrível que pareça), na forma de um filme de Hollywood sobre o tema, e aconselho assistir:


TÍTULO DO FILME: A MISSÃO (The Mission, ING 1986)
DIREÇÃO: Roland Joffé
ELENCO: Robert de Niro, Jeremy Irons, Lian Neeson, 121 min., Flashstar


“A Missão” foi lançado, em 1986.  O filme, dirigido pelo britânico Roland Joffé, com trilha de Enio Morricone, é riquíssimo. Como o nome indica, enfoca o trabalho de jesuítas na América Latina (no caso, na região onde hoje é o Paraguai e fronteira com o Brasil).


Ter fé e dedicar tempo, trabalho, conhecimento e a própria vida para fazer com que pessoas relegadas ao esquecimento possam atingir Deus. Superar o caos que tomou conta do cenário europeu em virtude do protestantismo de Calvino, Henrique VIII e, principalmente, Lutero. Fazer parte do exército de Cristo, sob o comando de Inácio de Loyola, e iniciar a Contra-Reforma (ou Reforma Católica) convertendo o “gentio americano” (os índios do Novo Mundo) aos ditames da Bíblia. Era mesmo uma tarefa digna de verdadeiros Hércules.  Pois essa é a história que nos é contada no filme de Rolland Joffé, "A Missão", vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes em 1986 (Melhor Filme). Contando a saga dos jesuítas que viveram na fronteira entre o Brasil, a Argentina e o Uruguai, na região de Fóz do Iguaçú, onde se estabeleceram os Sete Povos das Missões.  O filme contou ainda com uma direção de arte esmerada, figurinos que reproduzem fidedignamente o período retratado, uma belíssima fotografia e um roteiro qualificado produzido por Robert Bolt. O prêmio em Cannes foi conseqüência de todas essas qualidades.  A história do filme nos mostra um caçador de índios daquela região, capitão Mendonza (Robert De Niro).  Paralelamente a trama vivida por Mendonza, há o trabalho árduo dos jesuítas. Como o desbravamento de uma região virgem e inóspita, onde as densas florestas e os animais selvagens, constituíam obstáculos de difícil superação.  Além das tramas que orientam os caminhos dos personagens principais, "A Missão" consegue mais, discute a questão da disputa que se travava na região pela posse das terras envolvendo Portugal, Espanha e a Igreja (ameaçada de despejo de suas Missões Jesuíticas). Esse acontecimento histórico que se desenrolou por aproximadamente cem anos e foi discutido largamente em diversos acordos entre portugueses e espanhóis. 

terça-feira, 1 de agosto de 2006

O MITO DE NADIA


O Mito da romena Nadia Comanesci começou em 31 de Julho de 1976: foi a única ginasta a conseguir uma nota 10 em Jogos Olímpicos, Ela estava então com apenas 14 anos! Sua apresentação nas Olimpíadas de Montreal foi tão marcante que é considerada sinônimo de perfeição na ginástica.  O grande feito de Comaneci não foi simplesmente atingir uma nota 10 -pois sua principal rival em 1976, a soviética Nelli Kim, também o fez- mais a grande façanha foi conseguir repetir esta nota tantas vezes. Foram sete notas 10, contra “apenas” duas da rival soviética Kim. Aliás, essa comparação já dá uma boa medida do quão alto foi o nível técnico daquela competição. Nas apresentações válidas pela competição por equipes, Nadia Comaneci foi a melhor. Não era uma surpresa, pois a ginasta havia conquistado quatro medalhas de ouro no campeonato europeu da mesma modalidade no ano anterior; em 1975. Mas, somando a nota de seis ginastas da mesma equipe, a União Soviética ficou à frente de Romênia. Porêm a garota compensou com o ouro na prova  Individual geral, batendo Nelli Kim e Lyudmila Tourischeva.  Nas barras assimétricas, Comaneci recebeu o primeiro 10 da história da ginástica feminina em Olimpíadas. O placar do ginásio de Montreal não estava preparado para mostrar notas acima de 9,99 (só tinha uma casa antes da vírgula) e tiveram de improvisar com o 1,00. Na época, cada atleta fazia duas apresentações por aparelhos e vencia quem tivesse mais pontos somando as duas notas. A romena repetiu a nota 10 nas suas duas apresentações e atingiu os improváveis e inacessíveis 20 pontos! Na trave, a romena conquistou outra nota 10 e mais um ouro. Nos dois aparelhos restantes, Comaneci não foi muito bem, com um 4º lugar no salto sobre o cavalo e um bronze no exercício de solo. Mas já havia feito história. Sua imagem ingênua e infantil (lembremos: tinha apenas 14 anos!) correu o mundo. Milhares de meninas no mundo inteiro resolveram seguir os passos da romena e se matricularam em escolas de ginástica. Uma dessas “seguidoras” é nossa querida Daiane Dos Santos. Na Olimpíada seguinte, Em 1980, Comenaci já tinha o corpo formado. Com 18 anos, e não possuía mais a mesma leveza e flexibilidade de quatro anos antes. Ainda assim conseguiu o ouro na trave e a prata por equipes. No individual geral, ficou atrás apenas da soviética Yelena Davidova, conquistando a prata. Mas ainda teve capacidade de melhorar um dos resultados de Montreal. No exercício de solo, Comaneci empatou na primeira posição com Nelli Kim, conquistando um ouro que lhe escapara em 1976...


Nadia, nossa heroína e um verdadeiro Mito do mundo moderno, realizou assim um feito histórico, nunca antes conseguido por outra atleta. Assombrando ao mundo naquelas Olimpíadas de 1976. Ela uniu o que antes parecia impossível: audácia, vôos impressionantes e, principalmente, movimentos precisos. O mundo começava a acompanhar as competições olímpicas pela televisão, ao vivo, e aquela garotinha magra e graciosa mostrava sua intimidade com as barras assimétricas e paralelas. Foi perfeita em todos os exercícios. Nadia foi recebida como heroína em seu país, que fazia parte do antigo bloco comunista. Ganhou carro, apartamento e um bom salário do governo. A fama, porém, custou-lhe também a sua liberdade. Tratada como prisioneira de luxo, Nadia conseguiu fugir da Romênia exatamente um mês antes do ditador Nicolas Ceausescu ser deposto e posteriormente fuzilado (em dezembro de 1989). Obteve asilo nos Estados Unidos, onde hoje é uma pacata dona-de-casa e mãe de família