quinta-feira, 28 de abril de 2005

AS CRUZADAS - O outro lado da Historia



Vamos ver hoje uma descrição desse acontecimento fabuloso e mítico que foram, para os europeus ocidentais, as cruzadas, mas desde um ponto de vista que para nos é absolutamente estranho e desconhecido: o dos árabes. Ficamos sabendo que nós, os guerreiros santos, os famosos mártires da fé cristã, cometemos as maiores barbáries e atrocidades, algumas bem hediondas, em nome de um Deus justo e misericordioso. Só por essa razão, a de apurarmos a responsabilidade dos nossos cruzados, os nossos antepassados glorificados, ao longo dos séculos, pela Igreja, vale a pena lermos atentamente isto aqui.


O outro lado da questão, a outra versão que ignoramos e que temos de conhecer obrigatoriamente (mais do que questão moral, converte-se numa questão ética), é o que nos permite decidir e ajuizar acerca da legitimidade das cruzadas, e da tão apregoada evangelização, e o que nos permite igualmente apurar acerca da responsabilidade, não só dos fatos históricos em si, como também dos historiadores e da historiografia que contribuíram para a consagração desse fenômeno.


     Por estas tardes que adormecem o corpo e em que o tédio cresce como uma cortina parda e amolecida, apetece ler com lentidão, para quebrar o fluxo contínuo das horas, "matar o tempo", expressão que se encontra francamente em desuso, com uma boa leitura, capaz de arrastar a nossa imaginação num vôo ilimitado pela história dos longínquos séculos da Reconquista.


Assim, temos hoje aqui uma resenha inversa às correntes comuns entre nós, ocidentais. relatando os fatos belicosos, as batalhas... Contadas pelas vítimas, pelos povos massacrados, pelos árabes. Mostrando os cristãos na sua real ótica, detalhando o seu verdadeiro comportamento, como cruéis e selvagens, como ignorantes e culturalmente despreparados.  Nós devemos pensar:  Afinal, naquela época, quem eram os verdadeiros bárbaros?


Os árabes chegam a Jerusalém


Em 638 os árabes tomaram a cidade de Jerusalém, ao mando de Omar Ibn al-Khattab, mais conhecido apenas como “Omar” e desde então viviam em pacífica convivência com a cultura, o povo, e os sacerdotes cristãos ali já existentes... ate oficiavam seus cultos juntos!    Já os chefes dos cruzados francos não tiveram essa magnanimidade. Na sua vez (anos mais tarde),  após a retomada de Jerusalém, festejaram seu triunfo com uma matança indescritível, depois saquearam selvagemente a cidade que pretendiam venerar...
"Atrasados", "Desconhecedores das regras elementares de ética social", “Invasores"... Era assim que os mulçumanos viam os cruzados: europeus cristãos que invadiam suas terras na tentativa de reconquistar Jerusalém, a "Cidade Santa". Desde as primeiras invasões, no século XI, até a derrocada final dos cruzados no século XIII


Os canibais de Maara
“Eu não sei se o lugar onde nasci é um pasto de bestas selvagens ou minha casa!”   (Abul-Ala al Maari) poeta.


O que aconteceu de tão monstruoso na cidade síria de Maara no final do ano de1098?

Até a chegada dos franj (os árabes chamavam os cruzados de “franj”, provavelmente um termo vindo de ‘francos, franceses’), os habitantes viviam pacificamente ao abrigo de sua muralha. Tinham seus vinhedos, os campos de oliveiras e pés de figos que forneciam-lhes uma modesta prosperidade. O orgulho de Maara era ser berço de uma das maiores figuras da literatura árabe, Abul-Ala al Maari, poeta cego, livre-pensador, falecido em 1057. Ele ousara atacar os costumes da época. E era mesmo preciso audácia para escrever:


Os habitantes da Terra dividem-se ao meio: Os que têm um cérebro, mas nenhuma religião e os que têm uma religião, mas nenhum cérebro”.


Esse grito de aflição de um poeta de Maara não é um simples recurso retórico. Temos infelizmente que tomar suas palavras ao pé da letra


Quarenta anos após sua morte, um fanatismo vindo de longe viria, aparentemente, dar razão ao poeta de Maara. Nos primeiros meses de 1098, os habitantes da cidade acompanharam com preocupação a batalha de Antioquia, a três dias dali. Após a vitória dos franj, estes vieram saquear alguns vilarejos vizinhos e Maara fora poupada. Mas algumas famílias preferiram fugir para lugares mais seguros.

Seus temores foram justificados quando, no final de novembro, milhares de guerreiros francos cercaram a cidade. A maioria dos habitantes não teve escapatória. Maara não possuía exército, tinha apenas uma milícia urbana à qual se juntaram centenas de jovens sem experiência militar. Por duas semanas resistiram corajosamente aos temíveis cavaleiros, chegando a jogar sobre eles ate colméias cheias de abelhas, numa tentativa desesperada de se livrar deles.

Até que chega a noite de 11 de Dezembro. Os franj ainda não ousaram penetrar na cidade. Os notáveis de Maara entram em contato com Bohémond e o chefe franco promete garantias se cessarem o combate. Agarram-se à palavra dada. Na alvorada, chegam os franj. É uma carnificina. Durante três dias matam mais de 10 mil pessoas pela espada e fazem muitos prisioneiros.  Nem os animais como os cachorros dos árabes foram poupados! Diz  o cronista Ibn al-Athir


Adultos fervidos, crianças assadas
Os números podem ate ser um pouco fantasiosos, pois a população de Maara era provavelmente inferior a 30 mil habitantes. Mas o horror está menos presente no número de vítimas do que no destino inimaginável que lhes foi reservado. “Em Maara os nossos faziam ferver os pagãos adultos em caldeiras, fincavam as crianças em espetos e as devoravam grelhadas”, confessou o cronista francês Raoul de Caen. Até o fim de suas vidas os árabes das redondezas se lembrarão do que viram e ouviram. A lembrança dessas atrocidades fixará nos espíritos uma imagem dos franj difícil de ser apagada.
Jamais os povos árabes esquecerão o canibalismo dos ocidentais. Em toda a sua literatura épica, os franj serão invariavelmente descritos como antropófagos.

Será injusta essa visão? Terão os invasores devorado os habitantes de Maara com o único objetivo de sobreviver? Seus chefes tentarão explicar ao Papa: “Uma fome terrível assolou o exército em Maara e o colocou na cruel necessidade de se alimentar dos cadáveres dos sarracenos.” (sarracenos, ou mouros, eram os nomes que os europeus davam aos árabes em geral).  Mas essa explicação parece um pouco fácil. Pois os habitantes da região assistem, naquele inverno, a comportamentos que a fome não pode explicar. Vêem bandos de franj fanatizados (os tafurs), clamando alto que querem devorar a carne dos sarracenos e que efetivamente, se reúnem noite após noite, ao redor do fogo, para devorar suas presas.

Canibais por necessidade? Os testemunhos são acusadores. Uma frase do cronista francês  Albert de Aix, que esteve na batalha de Maara, permanece inigualável em horror: “Aos nossos não repugnava comer não só a carne dos turcos e dos sarracenos mortos como também a carne dos seus cães!”


A sabedoria dos camponeses
O suplício da cidade só terá fim em janeiro de 1099 quando os franj armados de tochas põem fogo em cada casa. Uma a uma... Os episódios de Maara vão contribuir para cavar entre os árabes e os franj um fosso que vários séculos não serão suficientes para preencher.

Porém, quando os francos retomam sua caminhada ao sul, os outros emires sírios se apressam em enviar presentes para assegurar-lhes sua boa vontade (no intuito de evitar sua selvageria). Ninguém mais ignora o itinerário dos franj. Não bradam eles que seu objetivo final é Jerusalém, onde querem tomar posse do túmulo de Jesus? Todos que estão nessa rota tentam precaver-se contra o flagelo que representam.

Muitos se escondem nos bosques, outros na fortaleza mais próxima. Foi esta última solução a escolhida pelos camponeses da planície de Bukaya, quando em janeiro de 1099 são avisados da aproximação dos francos. Reunindo gado, óleo e trigo sobem para Hosnel-Akrad. Mesmo estando há muito abandonada, a fortaleza tem difícil acesso e muralhas sólidas.

Os franj vêm sitiá-los. A 28 de janeiro seus guerreiros começam a escalar os muros da fortaleza. Sentindo-se perdidos, os camponeses imaginam um estratagema. Abrem subitamente os portões e deixam escapar uma parte de seu rebanho. Esquecendo o combate, os franj se lançam sobre os animais. A desordem é tanta que os sitiados, encorajados, efetuam uma saída e chegam a atingir a tenda de Saint-Gilles, onde o chefe franco, abandonado por seus guardas, escapa de ser capturado por um fio...

Os camponeses ficam entusiasmados, mas sabem que os sitiantes voltarão. No dia seguinte, quando Saint-Gilles lança-se ao assalto, os camponeses não aparecem. Os atacantes perguntam-se que novo truque terão inventado. Foi o mais sábio de todos: aproveitaram-se da noite para sair sem ruído e desaparecer no horizonte.

Biblioteca de 100 mil livros
A cidadela torna-se por alguns dias o quartel-general dos franj. E nela assiste-se a um espetáculo desconcertante. Das cidades vizinhas chegam delegações com mulas carregadas de ouro, tecidos, provisões. A fragmentação política da Síria é enorme. Cada um tentando parecer simpático aos olhos dos bárbaros invasores, numa tentativa de salvar a pele.  
De todas as delegações que desfilam nas imensas salas de Hosnel-Akrad, a mais generosa é a de Trípoli. Na época em que os franj surgiram, Trípoli vivia um tempo de paz e prosperidade. Tinha uma imensa “casa da cultura”, que encerrava uma biblioteca de 100 mil volumes, uma das mais importantes daquele tempo, é o orgulho dos cidadãos. A cidade era rodeada por campos de oliveiras, alfarrobeiras, cana-de-açúcar e frutas de toda espécie. Seu porto é movimentado. É essa opulência que vai valer à cidade seus primeiros dissabores com os franj. Na mensagem que manda a Saint-Gilles, o xeque de Trípoli convida-o para negociar uma aliança. Um erro imperdoável. Ao chegarem, os emissários francos ficam tão maravilhados que só pensam em tudo que poderiam pilhar ali. A 14 de fevereiro, o xeque, aterrorizado, fica sabendo que os franj sitiaram Arqa, a segunda cidade do principado de Trípoli.

A força do povo de Arqa
Na capital, acumulam-se reservas na espera de um longo sítio. Fevereiro passa, depois Março e Abril. As notícias são reconfortantes: os franj ainda não tomaram Arqa, cujos defensores estão tão espantados quanto os atacantes. O que faz a força de Arqa é que seus habitantes estão convencidos, desde o primeiro instante, que se uma única brecha for aberta eles serão massacrados. Dia e noite velam, impedindo a menor infiltração. Os invasores acabam se cansando. A 13 de maio de 1099 se afastam, frustrados. A tenacidade dos moradores foi recompensada. Arqa está exultante.

Os francos retomam sua marcha ao sul. Passam defronte de Trípoli com uma lentidão inquietante... mas não param. Seguem em frente e alcançam Nahr el-Kalb, o “Rio do Cachorro”. Ao transpor o rio, colocam-se em estado de guerra com o califado do Egito.

Anos antes, porém, o homem forte do Egito, o corpulento Al-Afdal Chahinchah — um ex-escravo de 35 anos que dirigia sozinho a nação egípcia de 7 milhões de habitantes — ficara satisfeito com a chegada dos cavaleiros francos na cristã Constantinopla.

“Alguns dizem que quando os senhores do Egito viram a expansão do império seleúcida, foram tomados de medo e pediram aos franj que marchassem sobre a Síria e formassem uma barreira entre eles e os muçulmanos. Só Deus sabe a verdade.”

Essa explicação de Ibn al-Athir sobre a origem da invasão franca diz muito da divisão que reinava no seio do mundo islâmico entre os sunitas, vinculados ao califado abássida de Bagdá e os xiitas, ligados ao califado fatímida do Cairo.

Na chegada dos ocidentais, em 1097, Al-Afdal tentara até um acordo de partilha: para aqueles, a Síria do Norte; para ele, a Síria do Sul, (onde hoje é a Palestina). Os francos mostraram-se amigáveis com os diplomatas egípcios, chegando até a oferecer-lhe o espetáculo das cabeças cortadas de 300 turcos inimigos. Mas, curiosamente, recusaram-se a concluir qualquer acordo.


Como loucos
Em julho de 1098, ao chegar a notícia da queda de Antioquia, o homem forte do Cairo decide agir imediatamente, sitiando Jerusalém. Por vários meses, os acontecimentos parecem dar razão a Al-Afdal, pois tudo se passa como se os franj, ao se deparar com o fato consumado, tivessem renunciado a Jerusalém. Mas quando em janeiro de 1099 os francos retomam sua marcha ao sul, ele fica preocupado.

Faz chegar novas propostas aos franj. A resposta: “Nós iremos a Jerusalém todos juntos, em ordem de combate, lanças erguidas!” É uma declaração de guerra. Em maio, os invasores atravessam sem hesitar o chamado “Rio do Cachorro”, o limite norte do território egípcio.

Na manhã de 7 de junho os habitantes de Jerusalém já podem vê-los aparecer ao longe. O comandante Iftikhar ad-Dawla, “Orgulho do Estado”, comandante da guarnição egípcia, observa com serenidade do alto da torre de Davi. Há meses tomou todas as providências para um longo sítio. Mas o comportamento dos franj é desconcertante. Iftikhar esperava vê-los construir, tão logo chegassem, torres móveis e instrumentos para um longo sítio á cidade, cavar trincheiras. Ora, longe desses preparativos, eles começam organizando uma procissão em volta dos muros, conduzida por sacerdotes que oram e cantam, antes de lançarem-se como loucos ao assalto das muralhas, sem dispor de escada alguma.

Uma semana de massacre
As procissões cantantes dos franj irritam Iftikhar, mas não o preocupam. Somente após a segunda semana é que ele sente nascer a preocupação quando o inimigo inicia a feitura de duas imensas torres de madeira.

“Uma das torres móveis construídas pelos franj”, contará Ibn al-Athir, “estava do lado de Sião, ao sul, e a outra ao norte. Os muçulmanos conseguiram queimar a primeira, matando todos aqueles que se encontravam nela. Porém, mal tinham acabado de destruí-la, um mensageiro chegou, pedindo ajuda, pois a cidade estava sendo invadida pelo outro lado; com a outra torre móvel. De fato, ela foi tomada pelo norte, numa sexta-feira de manhã, sete dias antes do final do tempo de chaaban do ano islâmico de 492 (julho de 1099).”

Segundo al-Athir,“a população da Cidade Santa foi morta pela espada e os franj massacraram os muçulmanos durante uma semana. Na mesquita al-Aqsa, eles mataram mais de 70 Mil pessoas.” Ibn al-Qalanissi, que evita manipular números que se podem verificar, disse apenas que muitas pessoas foram mortas e que os francos destruíram até os monumentos dos santos (!). Entre as construções saqueadas estava a mesquita de Omar, feita em memória do segundo sucessor de Maomé, Omar Ibn al-Khattab, que tomara Jerusalém dos cristãos em fevereiro de 638 (eu falei dele no início, lembram?). Os árabes não deixaram de evocar este acontecimento para ressaltar a diferença entre seu comportamento e o dos franj.    Lembravam que Omar assegurou a vida e os bens de todos os habitantes da cidade. E que quando ele e o patriarca grego do local (chefe cristão de Jerusalém, recém deposto), estavam visitando o Santo Sepulcro, Omar perguntou onde poderia estender seu tapete para orar, pois chegara a hora da reza a Alá. O patriarca disse-lhe para orar ali mesmo, mas o árabe não quis. “Se eu fizer isso, amanhã os muçulmanos vão querer apropriar-se deste local dizendo: “Omar orou aqui...” E, levando o seu tapete, foi ajoelhar-se em outro local. Pensou corretamente, pois foi naquele exato local que se construiu a mesquita que traz seu nome.


Cristãos torturam cristãos
Voltando ao invasores em 1099:  Seus correligionários (os cristãos do Oriente) não foram poupados: uma das primeiras medidas dos franj foi expulsar da igreja do Santo Sepulcro todos os sacerdotes cristãos (que eram das igrejas gregas, georgianos, etc.) e, que oficiavam juntos, segundo uma tradição que todos os conquistadores haviam respeitado até então! 
Pasmos, os dignitários das comunidades cristãs orientais decidiram resistir. Recusaram-se a revelar aos invasores o local onde estava escondida a cruz verdadeira onde Cristo morreu. Para aqueles homens, a devoção religiosa era acrescida de orgulho patriótico. Não eram eles, afinal, os concidadãos do Nazareno?  Mas os invasores não se deixam impressionar. Submetendo os sacerdotes à todo tipo de tortura, e conseguiram tirar daqueles cristãos moradores antigos da Cidade Santa, pela força, pela tortura brutal, a mais preciosa de suas relíquias.


Quem eram os bárbaros?
Os chefes francos não tiveram nem um ápice dessa magnanimidade. Festejaram seu triunfo com uma matança indescritível, depois saquearam selvagemente a cidade que pretendiam venerar...

”Bárbaro” ou seja: Desumano, Cruel, Sanguinário. Qualidade que todos os antigos impérios ocidentais, europeus  atribuíam aos povos que desejavam dominar ou que já dominavam, assim como o conceito de selvagem.  A barbárie está situada entre a selvageria e a civilização, período em que se aprende a incrementar a produção na natureza por meio do trabalho humano.  E Não por pilhagem, matança generalizada e exploração. Assim fica a pergunta: quem eram os ‘bárbaros’..?


Concluindo:  fica a preocupação pois o Papa Bento XVI já declarou que pretende a ‘aproximação’ com os islâmicos...Será apoiado em que bases?.


Lembremos que: para atender aos fiéis desejosos das peregrinações religiosas e escoar o excesso de mão-de-obra ociosa na Europa, em 1095 o papa Urbano II declarou guerra aos “infiéis” muçulmanos conclamando as multidões sob o brado de “Deus o quer! Deus o quer!” E assim, o fervor religioso espalhou-se por toda a Europa como uma peste. As pessoas acreditavam firmemente que o cristianismo estava em perigo! e que defendê-lo, portanto, era cumprir a vontade de Deus. Urbano II prometeu a todos os que partissem para a guerra contra os “infiéis” que teriam seus pecados perdoados e iriam para o céu após a morte....


Quando lembramos que um Papa iniciou esta série de matanças que alastrou-se por quase três séculos... e o recentemente escolhido papa Bento XVI é notadamente ultra-conservador..que poderemos pensar?..Tempos difíceis vem por ai!

       Para saber mais:

As Cruzadas Vistas Pelos Árabes
Amin Maalouf


ISBN - 85-11-13078-0   254 páginas

Livraria Brasiliense
Rua Emília Marengo, 216 - Tatuapé
São Paulo - SP - 03336-000
Telefone/Fax:
(0xx11) 6675-0188

quarta-feira, 27 de abril de 2005

Brizola vai ter monumento?...no RIO?


    Deu no Jornal: será levantado um monumento a Brizola na Av.Presidente Vargas, quase enfrente aos Correios.... e, adivinhem quem será o arquiteto dessa obra? Sim! Acertaram: Oscar Niemeyer...

Ate aqui tudo bem.... nada contra o que será mais uma obra da qualidade de Niemeyer.


Mais e o objeto da homenagem?  Logo ele!..essa ‘coisa’ que ACABOU com o Rio. Sim! para quem não se lembra (ou não quer lembrar): a camelotagen explodiu no Rio na época do Brizola, foi ele também que incentivou a bandidagem e a corrupção da polícia ao determinar (por Decreto!), que ninguém podia mais ser preso para averiguações, e que mesmo no flagrante, devia ser muito, mais muito evidente mesmo!, Foi ele que incentivou para que as favelas se alastrassem. Pois ele fazia comícios de forma direta nos  morros, maciçamente..e adivinhem, em troca de que?, pois é...foi ele que possibilitou que as tais “Associações de Moradores” nos morros virassem esconderijo e centro de operações do tráfego; e os camelôs? Ora! Hoje de cada 10 apenas UM é mesmo um ‘trabalhador’.. o resto são ‘olheiros’ e bandidos tomando conta dos passantes, reparado nos seus hábitos, para dar um golpe!, são receptadores de roubos e furtos dos inúmeros trombadinhas espalhados pelas ruas da cidade, isso, sem contar a maneira como invadem nosso espaço, ninguém mais tem direito de ir e vir, pois eles tomaram conta das calçadas.. a AI de você se por acidente esbarrar numa barraca deles! Todo o peso da lei cai encima de você!!! .  Disso eu mesmo posso falar, pois aconteceu comigo: um belo dia, tive a infelicidade de esbarrar numa barraca dessas no Largo da Carioca, que vendia doces e balas, e quando o camelô veio encima de mim para reclamar e pedir ressarcimento do prejuízo, eu inocentemente aleguei que era nada mais que um acidente e pedi desculpas, e ainda tentei dar algum dinheiro a ele, mais não era o bastante, não! Ai ele achou que nada disso bastava e  decidiu criar um tumulto, (eles criam tumulto do nada, pois são todos eles uma corja de bandidos, e torcem para criar tumultos, pois eles odeiam o povo que transita por lá, zombam deles, fazem piadas maldosas..de quem é supostamente seus ‘fregueses).. bem, continuando:  eu acabei solicitando a presença de policia para esclarecer tudo (que ingenuidade a minha...), quando os policias chegaram, nem quiseram saber, foram me botando na patrulhinha e me levaram para a 5ª DP e por cima, depois de um bate-boca lá o camelô foi liberado e eu fiquei detido, e ainda me achacaram um dinheiro, e tive que pagar TODO o ‘prejuízo’ do dito camelô, que alegou ser uma quantia que seguramente era a venda do dia todo!!. Que foi que eu fiz?: paguei para me ver livre do achaque e do problema...Obrigado sr. Brizola!


Não é atoa que a carreira política dele afundou depois de seu ultimo mandato no Rio, pois todo o Brasil percebeu que ela era mesmo um demagogo e um péssimo administrador, só o povo do Rio que não percebeu isso, e pelo visto nunca vai perceber... 


Esse sr. acabou com nosso sistema de transportes, acabou com um dos nossos cartões postais: os Bondinhos de Santa Tereza, ainda, mal tinha acabado de inaugurar o nosso Metrô e ele acabou com ele: De todas os países e cidades que conheci; e que tinham sistema de metrô, e mais tarde pesquisando, confirmei: Só o do Rio era tão ‘fresco’.. explico: não funcionava aos Domingos, iniciava diariamente suas operações muito tarde, e terminava muito cedo á noite..! Era o que mais tempo demorava para rodar entre uma e a próxima composição... e toda a vida durante todos os governos dele era seu cabide favorito de empregos...e etc, etc.. Uma piada de transporte!

Alguém desabafou aqui acerca de como era difícil viver atualmente no Rio, pois bem, alem mesmo de estar cada dia mais difícil, grande parte desse sofrimento e das atuais mazelas, é a herança que esse sr. deixou para o povo carioca.... uma pena!

domingo, 24 de abril de 2005

Quando vem?


 Envolve-me amorosamente
Na cadeia de teus braços
Como naquela tardinha...
Não demores, amor ausente;
Tem pena da minha mágoa,
Vida minha!

Vai a penumbra desabrochando
Na alcova
Aonde estou aguardando
A tua vinda...
Não demores, amor ausente!
Anoitece. O dia finda...

As pétalas das rosas desfalecendo
Vão caindo e murmurando:
Queremos que Ele nos pise!
Mas, quando vem Ele, quando?...

sábado, 23 de abril de 2005

Já começou!



EUA prendem brasileiros que entraram ilegalmente no país


Por Tim Gaynor

MONTERREY (Reuters) - Autoridades norte-americanas prenderam só nos últimos dois dias um total de 232 brasileiros que entraram ilegalmente no Texas vindos do México nesta semana. Entre eles havia crianças, o que chamou a atenção das autoridades. O caso preocupa pelo aumento do fluxo ilegal de pessoas para os Estados Unidos,  afirmaram autoridades do EUA nesta sexta-feira.

Agentes de Patrulha de Fronteira dos EUA no sul do Texas disseram que prenderam os brasileiros em cinco regiões diferentes entre a cidade de Rio Grande e McAllen na quinta-feira, depois que eles atravessaram por Tamaulipas, nordeste do México.

As autoridades dos EUA afirmaram que as detenções elevaram o número de brasileiros presos atravessando a fronteira do México para 15.428 desde o mês de Outubro 2004 ate Março deste ano.  O numero de detidos esta numa media de 58 por dia.. .Só de brasileiros ilegais.  Em 2004, foram 8.629 detenções.

Fontes do governo dos EUA e do México atribuem o aumento ao fato do fim da obrigatoriedade de visto por ‘turistas’ brasileiros para entrar no México.  "Muitos brasileiros estão chegando ao México como turistas e usando a permanência no país para tentar chegar aos Estados Unidos", disse à Reuters o porta-voz do Instituto Nacional de Imigração, Mauricio Juarez.  Nenhuma estatística estava disponível sobre a quantidade de brasileiros que entraram no México desde o ano de 2000, quando o visto deixou de ser obrigatório.

Fonte: Reuters

sexta-feira, 22 de abril de 2005

VERDADES II


 Para meus amigos... juntei mais esta esta coletânea de frases, para podermos descontrair um pouco e esboçar um sorriso....


 Celulites não são apenas celulites, elas querem dizer..."Eu sou gostosa” -Só
que em braille! (Rita Cadillac)
 
De nada adianta ter barriga de tanquinho se a torneira for pequena. (Reinaldo Gianechini)
 
Fumo maconha, mas não trago,quem traz é um amigo meu! (Marcelo Anthony)
 
O que te engorda não é o que você come entre o Natal e o Ano Novo,mas o que
você come entre o Ano Novo e o próximo Natal". (Hebe Camargo).
 
Se o horário oficial é o de Brasília, por que a gente tem que
trabalhar na segunda e na sexta? Porque não fazer igual a eles? (Marta Suplicy)
 
Para seu marido não acordar com a macaca... Depile-se! (Vera Fischer)
 
O homem é um ser tão dependente que até pra ser corno precisa da ajuda da
mulher. Para ser viúvo também...(Dercy Gonçalves)
 
Por maior que seja o buraco em que você se encontra, pense que, por
enquanto, ainda não há terra em cima dele!.(Arafat)
 
Cabelo ruim é igual a bandido...Ou tá preso ou tá armado! (Belo)
 
Não me considere o chefe, considere-me apenas um colega de trabalho que tem
sempre razão. (Presidente Bush)
 
Malandro é o pato, que já nasce com os dedos colados para não usar
aliança!. (Zeca Pagodinho)
 
Mulher gorda é que nem Ferrari...Quando passa na balança vai de zero a cem
em um segundo! (Rubinho)
 
Se um dia, a vida lhe der as costas...Passe a mão na bunda dela... (Nelson
Rodrigues)
 
Os psiquiatras dizem que: uma em cada quatro pessoas tem alguma deficiência
mental... "Fique de olho em três dos seus amigos. Se eles parecerem normais, então o
retardado é você!" (Palloci)
 
Todo mundo tem cliente. Só traficante e analista de sistemas é que tem
Usuário. (Bill Gates)
 
Mulher de amigo meu é igual a muro alto...sei que é perigoso, mas eu
trepo. (Antonio Fagundes)
 
Casamento começa em motel e termina em "pensão"! (Daniel Filho - Falando
das suas quatro ‘ex’)...

H.R. GIGER


As trombetas de Jericó

HR Giger (Hans Ruedi Giger) Nasceu em Chur, na provincia de Grisons. Suíça, em 5 de Fevereiro de 1940, e é mais conhecido pelo seu trabalho de designer no filme Alien. Pelo qual ganhou um Oscar em 1980; e pela sua vez baseou-se num dos seus trabalhos anteriores: "Necronom V". Este era seu quarto trabalho publicado, os anteriores foram Necronomicon (seguido por Necronomicon II de 1985), e continuou a elevar sua presença no mundo do arte conceitual, com constantes aparições na revista de arte Omni. Giger é tambem conhecido pelos desenhos de várias capas de Discos, incluindo Emerson Lake and Palmer's Brain Salad Surgery e Debbie Harry's KooKoo. Especialmente pelo seu trabalho do grupo Dead Kennedys' no album Frankenchrist, conhecido como ‘Penis Landscape’, ou 'work 219: Landscape XX', e que esteve no centro de uma batalha judicial por obscenidade contra Jello Biafra.

Na maioria das sua obras, Giger trabalhou predominantemente com a técnica de airbrush, criando estranhas formas e texturas monocromáticas notadamente surreais, e paisagens que mais parecem os pesadelos de alguém. Sua maior inovação estilística foi o seu trabalho ‘biomechanics’ uma representação de corpos humanos e máquinas fundidas e interconectadas em um relacionamento frio. Suas pinturas por vezes, beiram o fetichismo sexual e são consideradas perturbadoras por alguns.... (espero que não seja o caso de vocês). Ele confessou ter se inspirado largamente em Salvador Dalí e era amigo pessoal de Timothy Leary (que foi escritor, psicólogo, e um ativista a favor das drogas. Ele era o mais fervoroso defensor do tratamento terapêutico com LSD (???). Na década do 60, foi ele que acunhou a frase "Turn on, tune in, drop out", (‘Ligue, sintonize, caia fora’). Leary Faleceu em 1996.

Continuando com nosso herói: Ele é também desenhista de mobília e criou algumas peças para uma versão do Filme DUNA como a cadeira do chefão dos Harkonnen que acabou não sendo produzido pois estava escalado como Diretor Alejandro Jodorowski (vários anos depois David Lynch dirigiu o filme, desistindo das obras de Giger). Giger tambem aplicou seu estilo biomecânico no design de interiores, e vários "bar de Giger" aparecem em Tokyo, New York, e na sua nativa Suíça , embora alguns tenham sido fechados desde então. Sua arte tem uma forte influencia nos trabalhos de “Tattoo” dos tatuadores do mundo todo (as famosas ‘tribais’) , assim como uma forte conotação fetichista.

H. R. Giger criou arte conceitual para os seguintes filmes:

* Alien (Alien 1, 2, 3, A Ressurreição), e o ultimo Alien VS Predador
* Species ( a Experiencia I e II)

Artistas de Musica:

* Celtic Frost
* Magma
* Emerson Lake and Palmer
* Deborah Harry (do Blondie)
* hide
* Jonathan Davis, dono dos Teclados Korn convidou Giger a esculpir seu suporte de microfone.

Praças públicas:

* Giger Bars em Chur and Gruyères, ambos na Suiça

Museus:

* Museum H. R. Giger em Gruyères, provincia de Fribourgo, na Suiça

Games para PC :

* Dark Seed e todas suas seqüências, de adventure games para PC

Referencia na cultura Pop:

O Novelista William Gibson se refere a Giger no seu livro Virtual Light, no qual um personagem secundário faz uma tatuagem em uma das pinturas do museu New York. Assim como na novela Idoru, no qual os edifícios nanotecnológicos são estilo Giger.

Alem de espalhar um ciclo de imitações em filmes trash, tais como Xtro, Insemnoid, e em certa maneira no filme de John Carpenter The Thing. (O Enigma De Outro Mundo)

Livros:
H.R. Giger's Necronomicon I

Primeira ediçao 1991 – primeira Hardcoveredition, Edition C, Zürich,
H.R. Giger's Necronomicon 2

Terceira edição 1992 - primeira Hardcoveredition, Edition C
H.R. Giger's Alien

Terceira edição 1992, Edition C, Zürich
H.R. Giger's ARh+

Primeira ediçao 1992, Benedikt Taschen Verlag Gmbh
H.R. Giger's Watch Abart '93

Primeira ediçao 1993, ARh+ Publications, N.Y.C

Species Design (do filme A Experiência): o personagem de Sil
Primeira ediçao outubro 1995, Titan Books, London.

quarta-feira, 20 de abril de 2005

Detesto novela



...e agora estão ate brigando na tal AMÉRICA... já trocaram Diretor, já trocaram a trilha sonora, já incluíram mais personagens.... (é claro que BEM mais melodramáticos..)


Pessoal!..Essa novela foi escrita “por encomenda”... Do Depto. De Estado dos EUA para angariar simpatizantes no Brasil e tentar reverter nossa postura frente a ALCA. E Que por sinal, podem falar o que quiserem de nosso Presidente LULA, mais neste assunto (política Externa), esta de parabéns!.  Bem, continuando: Os EUA precisam da ALCA, para introduzir seus produtos e realizar seu comercio livre de taxas e sem nenhum tipo de trava alfandegária, já a recíproca: ou seja nós vender e introduzir os produtos brasileiros no pais deles NÃO EXISTE e nunca vão existir, ou seja um ‘livre comercio’ porem só de uma via; a que interessa a eles!


Como aqui ninguém é bobo, o Brasil nega-se reiteradamente a entrar nessa furada, e menos ainda, a aceitar os termos dos americanos!


Então como eles são os mestres do disfarce, precisam reverter um pouco as coisas, daí a necessidade de criar algum médio de aumentar os simpatizantes da causa deles.. e que melhor que usar um meio massivo de comunicação?...  uma novela da Globo!..por exemplo?


Tudo ai é um engodo, falar dos ‘ilegais’..de como são tratados, etc, etc.


E ainda: em um pais pseudodemocrático como USA, esse tal de Busch foi reeleito roubando!..SIM, simplesmente roubou para que a contagem seja favorável a ele.. e sabem como? Foi no Estado da Flórida, onde o pai dele era o governador.. e claro que facilitou para o Filho!  arrumou uma confusão na contagem e mandou refazer mais de três vezes! Ate que a conta final deu favorável ao Filhinho!.. E tem mais, nesse pais tão 'desenvolvido' tecnologicamente, o sistema de votos ainda é no PAPEL, um pedaço de papel onde se marca com um ‘X’ e coloca-se numa urna..(Fácil de roubar!, não??)


Assim como nós os detestamos... eles também detestam brasileiro: vejam só: dias passados voltou (repatriado), um par de jovens brasileiros que foram  presos no aeroporto por suspeita... de tráfico. Ate as averiguações correrem eles ficaram presos, incomunicados, e depois ate o Juiz expedir a sentença tiveram que ficar em uma casa, controlados por um aparelho preso no tornozelo.. Depois vi uma reportagem deles e da mãe falando disso: com uma revolta!.. que não tinha mais tamanho!.. Pêra ai!... Estavam onde mesmo? Curitiba? Rio?, Sampa?...  Eles pensam que lá é igual que aqui?: ACORDEM! São as Leis DELES e o jeito deles lidar com suspeitos... Temos que lembrar que estamos falando de um outro pais.. e em pouquíssimos deles é como aqui: Tudo fácil, tudo se ajeita com uma boa conversa, tudo cede a um bom apelo!, tudo tem um ‘Jeitinho’!!!  NÃO, Nada disso senhores!!!  Lá é a terra de outras leis que por sinal estão cada dia mais e mais duras para lidar com estrangeiros, especialmente:  brasileiros!!! Tenha dó!

Mais não é nada disso que me incomoda: o ruim e mesmo a ingenuidade e capacidade de ser manipulado, a santa ignorância do povão, especialmente os fanáticos por essa Globo; fico fulo da vida quando vejo nas lojas e nas pessoas, as modas, objetos, manias que passam na novela.. Agghhhhh!  E por se fosse pouco, e isso alguém já falou aqui: o momento não está para festas, para aqueles que pensam ou daqui para frente vão tentar entrar lá como ‘clandestinos’. Pois com essa novas Leis anti-terrorismo a fronteira é controlada por radar, infravermelho, visão noturna, helicópteros, muros cheios de obstáculos e o escambau...  Ainda mais que o Departamento Anti-Terrorismo considera a Brasil como uma  “fonte potencial de terror”.. especificamente na região da Tríplice Fronteira: Brasil Paraguai Argentina. E tem estudos (eles) afirmando que os terroristas treinam no Brasil e depois tentam entrar lá via México, ou simplesmente ‘compram’ passaportes falso de brasileiros para tentar entrar normalmente por qualquer aeroporto.  Pra quem não sabia, o Brasil é o paraíso dos passaportes falsos, ou “arrumados” sabem porque?, pelas diferentes etnias aqui presentes: vejam só: pode ter cara e sobrenome de alemão de japonês, de árabe ou indiano, mais são 100% brasileiros, e isso é algo que poucos países tem:  essa diversidade, essa miscigenação...

sábado, 16 de abril de 2005

Verdades

Decidi filosofar...e juntei esta coletânea de frases, para podermos descontrair um pouco e esboçar um sorriso....


 


A única coisa necessária é o supérfluo.
(Oscar Wilde)

Amor e tosse não dá para esconder.
(Provérbio  Romano)

Brincar é condição fundamental para ser sério.
(Arquimedes)



A bicicleta ergométrica é uma viagem sem ida.
(Casseta & Planeta)

Quem decide pode errar. Quem não decide já errou.
(Herbert Von Karajan)

A mentira é uma verdade que se esquece de acontecer.
(Mário Quintana)

Não compro bilhetes. Já ganhei na loteria quando nasci.
 (Roberto Irineu Marinho)

A lesma é lenta. Ainda bem.
 Já pensou se esse bicho nojento corresse?
(Sérgio Maldonado)


 


Uma ex-mulher é para sempre.
(João Fernando Camargo)

Um ex-marido também!
( Tânia Zen )

Não interessa se o remédio é ou não farinha,
 o que cura é a bula.
(Luis Fernando Veríssimo)

O único homem que não pode viver sem mulheres
 é o ginecologista.
 
(Arthur Schopenhauer)

Criar filho é como jogar videogame:
 a fase seguinte é sempre mais
difícil.
 
(Silvio A. D. da Silva)

Não me lembro do que ele morreu.
Só me lembro que não era nada sério.
(Carlos  Leonam)

Mestre não é quem sempre ensina,
mas quem de repente aprende.
 
(Guimarães Rosa)

A única coisa certa do planejamento
é que as coisas nunca ocorrem como
foram planejadas.
(Lúcio Costa)

A lei é como uma cerca:
 quando é forte a gente passa por baixo;
 quando é fraca
a gente passa por cima.
 
(Coronel Chico Heráclito)

A gente só diz SIM ou NÃO no casamento e,
 ainda assim, às vezes erra.
(Itamar Franco)

Quando se começa a DISCUTIR A RELAÇÃO é,
 quase sempre, porque não existe mais relação.
 Apenas discussão.


(Mário Prata)



É impossível ser ridículo dentro de um Mercedes.
(Nelson Rodrigues)

Hippie é alguém que parece o Tarzan,
caminha como a Jane e cheira como a Chita.
 (Ronald Reagan)

Se não fosse o Van Gogh, o que seria do amarelo?
(Mário Quintana)

Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo.
(José Saramago)

Há pessoas tão chatas
 que nos fazem perder um dia em cinco minutos.
(Jules  Renard)

Quem não se ocupa, se preocupa.
(Otto Lara Resende)
 
A gente importa de fora e exporta daqui
(Pres.Luiz Ignácio Mula da Silva)

quinta-feira, 14 de abril de 2005

Pandora



Tenho observado que este nome atiça o imaginário feminino, é grande a quantidade de pessoas que conheço que adoram usar este nome, no mundo ‘digital’ então!... e pode ser explicado: como em 99% dos casos para poder acessar, cadastrar, visitar Pages, enviar/receber E-Mails, freqüentar as famigeradas Salas de Chat (chamadas de Bape-Papo, num intuito de aportuguesar o termo), é condição quase sine-qua-non ter um apelido, um ‘nick’, um nome de ‘login’... Bem, ai... adivinhem então qual é um dos mais usados?: sim, Acertaram!


Vamos conhecer agora onde encontramos esse nome:


1) Pandora é a quarta das luas conhecidas de Saturno. Este planeta foi visitado pela primeira vez pelo Pioneer 11 da NASA em 1979 e posteriormente pelo Voyager 1 e o Voyager 2. Atualmente esta em órbita no planeta o satélite chamado de Cassini (uma empreitada em conjunto da NASA / e o ESA italiano) o satélite chegou em 1º de Julho de 2004 e ficará orbitando Saturno pelos próximos quatro anos.


Cassini já mandou belíssimas fotos de Prometheus e Pandora, as duas luas que na realidade são satélites pastor dos anéis externos “F” de Saturno (os famosos anéis).  Pandora é do chamado Anel F-1. Eles são considerados muito  particulares por terem órbitas imprevisíveis, pois mudam a cada instante, e que tem fascinado astrônomos do mundo inteiro.  Estas luas, que foram descobertas em 1980 pelo espaçonave Voyager 1 e, tem órbitas caóticas que mudam de forma inusitada quando os dois satélites ficam perto um do outro. Este comportamento estranho foi confirmado pela primeira vez  pelo Telescópio Espacial Hubble em 1995.


2) A Segunda versão conhecida deste nome é de um gerador linear de estudos de colisão de átomos, usado em estudos de Física avançada    O programa pandora é um  gerador de eventos de uso geral a nível ‘parton’, o qual incluem strahlung de feixes, radiação no estado inicial e tratamento total dos efeitos de  polarização. (com uma interface que produz eventos de total hadronização).


3) Finalmente, e o mais conhecido: na mitologia, para os gregos Pandora foi a primeira mulher a habitar a Terra; Zeus ordenou a Efestos, e deidade dos trabalhos manuais e artísticos para criar uma mulher a partir de água e terra. Cada um dos deuses brindaram ela com muitos talentos: Afrodite deu-lhe a beleza, Apolo a música e uma belíssima voz , Hermes a persuasão, e por ultimo Hades deu-lhe o nome de Pandora que significa “todas as dádivas”


Enquanto isso Prometheus, o primeiro homem,  robou o fogo dos céus, o qual era ate então apenas um privilégio dos deuses, e Zeus visando a vingança ofereceu Pandora para o irmão dele Epimetheus, junto com ela, como um presente dos deuses, ela  carregava uma caixa, que não deveria abrir sob nenhuma circunstância... Levada pela curiosidade natural feminina Pandora abriu a caixa e seu conteúdo maligno escapou e espalhou-se pelo mundo. E desde então afligem e assolam a humanidade, embora ela tenha tentado fechar rapidamente a caixa, não conseguiu segurar as pragas e males, exceto por uma única coisa que ficou no fundo da caixa: a Esperança...


Assim, Pandora ao abrir a caixa espalhou pelo mundo toda sorte de males (doenças, pestes, etc.) e para outros, na realidade deixou escapar da caixa todos os bens que os deuses tinham lhe dado, como presente de casamento. De uma forma ou de outra, esta mulher curiosa causou alguns transtornos... que nos assolam ate hoje...


Temos ainda, algumas outras elucubrações que surgem naturalmente, quando evocamos o Mito de Pandora, vamos ver alguns?:


Os três grandes projetos científico-tecnológicos mais importantes do século XX foram: o Projeto Manhattan que resultou na bomba atômica em 1945, o Programa Espacial que levou o homem à lua em 1969, e, mais recentemente o Programa Genoma com a variedade de projetos de seqüenciamento de DNA, entre eles o genoma humano, e no Brasil, o genoma de patógenos e o do câncer.


Certamente, esses projetos, cada um à sua maneira, pelas características que lhes são próprias, estão entre os mais espetaculares que a humanidade já conheceu. Um deles, o do genoma, com promessas de redenção e de salvação, e de poder obter finalmente a cura para a maioria das doenças conhecidas, e que o contrapõe ao apocalipse anunciado pelo projeto Manhattan (em 1945) e confirmado pela força destruidora da bomba de hidrogênio, medida em megatoneladas de dinamite, mil vezes mais poderosa que a bomba de Hiroshima.  O físico J. R. Oppenheimer fora categórico ao responder afirmativamente sobre a necessidade da fabricação e da utilização da bomba. Dois anos depois, qual um Hamlet moderno, angustiado pelas dúvidas e, por isso mesmo, sem as credenciais de segurança, que lhe foram retiradas pelo governo americano, proferiu, em 1947, no MIT (Massachussetts Institute of Technology) uma conferência sobre o questionamento dramático que ele fazia sobre o uso bélico da energia nuclear e sobre o potencial destruidor que o homem tinha adquirido através do conhecimento e o domínio do processo de fusão nuclear. A analogia da situação com a do pecado original, que leva à expulsão do homem do paraíso, foi retomada em 1961, agora por um personagem que também marcaria para sempre a história da humanidade: John F. Kennedy, em seu discurso de posse na presidência dos U.S.A., ecoa o sentimento de culpa de Oppenheimer e posa de anjo apocalíptico, Disse Kennedy em seu discurso: "O mundo está muito diferente, pois o homem detém em suas mãos mortais o poder de abolir todas as formas da pobreza humana e todas as formas da vida humana."

Quarenta anos depois, Bill Clinton, faria o contrário , trocando agora a postura, para a de anjo salvador.  A propósito do Projeto Genoma Humano, que realizou o mapeamento do DNA de todos os povos deste nosso planeta...

segunda-feira, 11 de abril de 2005

Maya Angelou


A NOVA Literatura Americana


Na literatura americana moderna, a primeira fase deste renascer foi representado pelo imagismo, um movimento iniciado pelos poetas Amy Lowell e Ezra Pound. Assim como outros poetas importantes como: Robert Frost e Edna Saint Vincent Millay.


As obras do poeta anglo-americano T. S. Eliot e as de William Charles Williams significaram uma mudança radical no panorama poético.  A poesia de protesto da Beat Generation comunica de modo direto e com grande impacto.  Neste contexto e destacando-se pelo tom diferente está a linha da tradição narrativa oral negra do sul que se observa na obra de Gwendolyn Brooks, Nikki Giovanni e especialmente, nossa heroína: Maya Angelou. Vamos então falar dela hoje:  


 


Maya Angelou é talvez a figura mais vibrante da poesia contemporânea nos Estados Unidos.  Nascida como Marguerite Johnson em 1928, foi violentada pelo namorado da mãe quando tinha 7 anos. Aos 17, tornou-se mãe solteira ao dar a luz ao seu primeiro filho, numa época em que, obviamente, isso não era visto com naturalidade.  No mesmo ano, tornou-se a primeira motorista negra de trolleybus ou ônibus (streetcars) em São Francisco, Califórnia.  Foi também cozinheira até, finalmente, entrar no meio artístico, a princípio como dançarina e cantora em um cabaret.  Nos anos 50, já usando o pseudônimo Maya Angelou, ela se afirmou como atriz, cantora e dançarina em várias montagens teatrais que percorreram o país, tais como Porgy and Bess, Calypso Heatwave, The Blacks e Cabaret for Freedom
      Nos anos 60, começa a escrever suas próprias peças teatrais.  Na década seguinte, já era um nome conhecido nos meios culturais, é convidada a narrar os dez capítulos de um especial para a televisão sobre a influência do elemento africano nos Estados Unidos.  Publica livros de poesia e recebe uma indicação para o prêmio Pulitzer. Trabalha também como narradora, entrevistadora e apresentadora em vários programas de televisão e teatro sobre a situação do negro nos Estados Unidos.  Recebe uma indicação para o prêmio Tony de teatro por sua atuação na peça Look Away na Broadway. 
      Nos anos 80, publica vários livros de poesia e uma série autobiográfica que atinge consagração quase instantânea, colocando-a na lista de best-sellers por vários meses, um feito até então inédito para uma mulher negra.  Recebe a premiação Emmy da televisão por sua atuação na série Raízes, a história do escravidão na America do Norte. 
Nos anos 80, a convite de Bill Clinton, prepara um longo poema (On the Pulse of Morning) e o lê na cerimônia de posse do presidente, outro feito inédito.  Recebe o Grammy de melhor texto recitado pela leitura de seu poema na posse presidencial.
      Maya hoje mora em Winston-Salem, Carolina do Norte, onde trabalha como professora adjunta  da universidade local e escreve seus poemas fora de casa, em um quarto de hotel, único lugar onde, segunda ela, ainda consegue o isolamento que precisa para escrever.  É justo dizer que, hoje, nenhum outro poeta contemporâneo nos Estados Unidos pode ser comparado à popularidade que Maya Angelou conquistou, feito este amplamente atestado pela enorme tiragem de seus livros de poesia.
 


 


Notas: A poetisa Maya Angelou é considerada: – a queridinha da esquerda –


 


Todos nós sabemos que o trabalho é uma parte fundamental da nossa vida produtiva. Maya Angelou disse que o trabalho é "uma coisa enobrecida por nós, e que por sua vez, nos enobrece". Cada um de nós deseja alcançar o total aproveitamento na vida. E precisamos ter uma chance para isso.


Todavia: Há 50 anos, o UNICEF escolhe artistas, cantores, personalidades para serem seus Embaixadores ou Representantes Especiais. Não só pela fama que essas pessoas possuem, mas, principalmente, pela credibilidade que têm perante seu público e pela disposição para trabalhar em prol da infância, mesmo tendo uma agenda profissional cheia de compromissos... E, nos Estados Unidos, o UNICEF conta com  Maya Angelou, Laurence Fishburne, James Kiberd, Alyssa Milano, Edward James Olmos, Jane Curtin, e Sarah Jessica Parker, entre outros...


Só para saber, no Brasil: eles são: Renato Aragão e Daniela Mercury

UM PEDIDO


Olha pra mim, amor, olha pra mim;
Meus olhos andam doidos por te olhar!
Cega-me com o brilho de teus olhos
Que cego ando eu há muito por te amar.

O meu colo é ninho imaculado
Duma brancura que encandeia

Tua linda cabeça loira e bela
Deita em meu colo, deita e adormece!

Tenho um manto real de negras trevas
Feito de fios brilhantes d'astros belos
Pisa o manto real de negras trevas
Faz cafuné, oh faz, nos meus cabelos!

Os meus braços são brancos como o linho
Quando os fecho de leve, docemente...
Oh! Deixa-me prender-te e cobrir-te
Nessa cadeia assim eternamente! ...

Vem para mim,amor...Ai! não desprezes
A minha adoração de escravo louco!
Só te peço que deixes exalar
Meu último suspiro na tua boca!...

sábado, 2 de abril de 2005

Partidas



Partidas são sempre difíceis,
distâncias são doloridas,
despedidas inevitáveis.



 Vai então,
segue teu caminho,
fico te esperando voltar.


Deixa comigo um resto do teu calor
(noites vazias são tão frias).
Deixa comigo a saudade,


deixa o brilho do teu olhar.
Leva contigo um beijo,
um carinho, leva meu sonho.


Sei que não posso mais te ter,
e que nunca ficarás nos braços meus,
então eu digo até breve


quantas vezes forem preciso
pois prefiro dar-te mil até breves
a um dia te dar adeus.