sábado, 23 de dezembro de 2006

Feliz NAVIDAD!!

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Nesta data TÃO ESPECIAL nao podia deixar de lembrar de VOCES!!!
Desejo um Natal maravilhoso
E um Ano Novo melhor ainda....
Com todo o meu afeto

Miro


In this VERY SPECIAL celebration, I'm here to said YOU!!!
my best wishes for a wonderful XMAS
and still a better NEW YEAR EVE

with all my love
Miro (a.k.a. volperine)

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

NATAL dos CORREIOS

Rating:★★★★★
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Natal Solidário: campanha dos Correios
"adote" cartas endereçadas ao "bom velhinho"

A campanha de Natal da Empresa Brasileira de Correios (ECT) surgiu há 14 anos, a partir da iniciativa de um grupo de carteiros, que liam as cartas endereçadas a Papai Noel. Totalmente sensibilizados com o conteúdo de algumas delas, eles procuravam atender aos pedidos por meio de ação solidária entre os colegas ('vaquinhas' internas mesmo!) . Em 1997, esta ação transformou-se em projeto corporativo, passando a ser desenvolvida em todas as Diretorias Regionais.

Muitas cartinhas emocionaram e sensibilizaram pelo teor do seu pedido. São de crianças pedindo coisas simples, tais como material escolar, um agasalho para a avô, uma boneca para a irmazinha mais nova, cesta básica para a família, todo tipo de vestuário, cadeiras de roda ou até mesmo uma simples bola.

Crianças nem tão jovens também chamaram a atenção, como uma senhora de 79 anos que pedia um espelho comprido, "seu sonho de criança". E também um garoto de 7 anos, que pedia uma "cama para sua mãe, que sofria de dor nas costas por dividir o leito com o filho mais novo".

Sua participação é um singelo exemplo do que cada empresa, associação e pessoa poderiam fazer para tentar proporcionar um Natal mais feliz para os que mais necessitam.

Atualmente, cerca de 12 mil voluntários da ECT em todo o Brasil participam do Projeto. Organizados em grupos, eles fazem a triagem das correspondências e recebem a comunidade interessada em "adotar" as cartinhas. Após o recebimento das doações, feitas até o dia 15 de dezembro, os Correios entregam em cada endereço os presentes às crianças. As empresas e ate as pessoas que "adotam" as cartinhas também podem fazer a entrega pessoalmente.

Mesmo que nem todos os pedidos sejam atendidos, os Correios garantem que todas as crianças receberão uma resposta do Papai Noel.
Além da entrega dos presentes, uma das principais ações do Projeto é enviar uma carta do "Papai Noel" a cada criança que escreveu. O objetivo é demonstrar carinho e atenção, procurando preservar a magia do Natal, seja por meio da realização de um sonho infantil, ou por meio da mensagem de amor e esperança contida em cada carta-resposta.

Qualquer empresa ou pessoa pode "adotar" cartinhas e participar do Natal dos Correios. Para maiores informações sobre a Ação dos Correios ou para participar, entre em contato com os telefones do responsável no seu estado.

VEJA AQUI A RELAÇAO:

ESTADO TELEFONE
ACRE (68) 3222-8066 ou 3223-4408
ALAGOAS (82) 3326-3132
AMAPÁ (96) 3223-0196
AMAZONAS-RORAIMA (92) 3621-8417 ou 3621-8418
BAHIA (71) 3346-2825 / 2826
BRASÍLIA (61) 3361-4059 ou 3234-4973
CEARÁ (85) 3255-7274 ou 3255-7118
ESPÍRITO SANTO (27) 3334-3158
GOIÁS (62) 3226-2034 / 2035
MARANHÃO (98) 3232-0262 ou 2107-2380
MINAS GERAIS (31) 3271-1094 ou 3271-1059
MATO GROSSO (65) 3901-2808 ou 3901-2811
MATO GROSSO DO SUL (67) 3389-5233
PARÁ (091) 3211-3140
PARAÍBA (83) 3216-3518 ou 3216-3640
PERNAMBUCO (81) 3425-3810
PIAUÍ (86) 3221-8410 ou 3221 3541/3543-R-224/226
PARANÁ (41) 3310-2360 ou 3310-2356
RIO DE JANEIRO (21) 2503-8110 / 8820 / 8872
RIO GRANDE DO NORTE (84) 3220-2405
RIO GRANDE DO SUL (51) 3220-8917 / 8910
RONDÔNIA (69) 3217-3664 / 3643
SANTA CATARINA (48) 3229-4345 / 4307
SERGIPE (79) 2107-6364 ou 2107-6353
TOCANTINS (63) 3215-1118
SÃO PAULO - INTERIOR (só interior) (14) 4009-3571 ou 4009-3510
SÃO PAULO - METROPOLITANA (cidade) (11) 2112-8443 / 8444 / 8439 / 8445




terça-feira, 12 de dezembro de 2006

SOBRE O AMOR E AS TRADIÇÕES CELTAS:

 

Quando falamos ou ouvimos falar em Guinevere, devemos saber que estamos na presença das mais ricas tradições das rainhas celtas. Da mesma maneira, atrás de Morgana e até a Dama do Lago, se ocultam tradições das Sacerdotisas e Deusas. A rainha celta reinava por direito próprio, comandava exércitos como Boadicea, que com seu exército e junto a uma outra tribo marcharam sobre a cidade de Colchester que acabaram arrasando e seus habitantes (todos colonos romanos) mortos. Boadiceia derrotou ainda a Nona Legião romana e incendiou Londres para afugentar os romanos; uma façanha de estrategia e coragem... bem continuando, elas todas eram independentes, tinham, opinião própria e podiam ter amantes! Para os autores medievais influenciados pela estrutura castradora da sociedade chamada de cristã, esta liberdade e igualdade da mulher era inaceitável e incompreensível. Ela foi considerada libertina e atrevida e foi declarada infiel.

 

Da mesma forma, e imposto por esta mesma cultura çristã, dado que o mito pagão e a magia são considerados os piores dos pecados, Morgana passa a ser uma bruxa que conspira contra Arthur, e Nimue ( ou Viviane), a Dama do Lago, passa a ser a ruína do mago Merlim, agora embrutecido pela paixão e pela figura dessa Dama. Mas a história poderia ter sido bem diferente, não é mesmo? Pois aceita-se hoje, que o amor não é um sentimento que precise testemunhas, muito menos ser negociado, como foi imposto à Guinevere. 

 

No nosso Tempo, as mulheres já conquistaram seu espaço e o respeito dos homens e hoje estão todos unidos através do amor... Na tradição celta existe um belo entendimento do amor que resume-se a uma palavra: "anan cara". Vejamos o que isto significa: Anam é a palavra gaélica para alma e cara é a palavra para amigo.

 

Na vida de todos, existe uma grande necessidade de um anam cara, um amigo da alma (uma amiga).  Assim, embasados nesse amor, somos compreendidos tal como somos, sem máscara ou afetação. As mentiras e meias-verdades superficiais e funcionais das relações sociais se dissolvem e pode-se ser como realmente se é. Em resumo: alcançar mesmo a felicidade, ao saber aceitar ao outro, e poder aceitar-se pela amizade do nosso par.

 

 

O amor permite que a compreensão se manifeste, pois quando se é compreendido, fica-se à vontade. A compreensão alimenta a relação. Quando nos sentimos realmente compreendidos, sentimo-nos desembaraçados para nos libertar à confiança e abrigo da alma da outra pessoa. 

 

 

Este reconhecimento é descrito neste belo verso:

 

"TU NÃO TE PARECES COM NINGUÉM PORQUE TE AMO"

Pablo Neruda

 

Morgana representa na lenda arturiana, a figura de uma Deusa que pode ao mesmo tempo, ser da morte, da ressurreição e do nascimento, incorporando uma jovem e bela donzela, uma vigorosa mãe criadora ou uma bruxa portadora da morte. Seu grupo consta de um total de nove sacerdotisas (Gliten, Tyrone, Mazoe, Glitonea, Cliten, Thitis, Thetis, Moronoe e Morgana) que, nos tempos romanos, habitavam uma ilha diante das costas da Bretanha. Falam também das nove donzelas que, no submundo galês, vigiam o caldeirão que Arthur procura, como pressagiando a procura do Santo Graal. Morgana faz seu debut literário no poema de Godofredo de Monntouth intitulado "Vita Merlini", como feiticeira benigna.

 

 Mas sob a pressão religiosa, os autores a convertem em uma irmã bastarda do rei, ambígua, freqüentemente maliciosa,  tutelada por Merlim, perturbadora e fonte de problemas. 

 

Nenhum personagem feminino foi tão confusamente descrito e distorcido como Morgana ou Morgan Le Fay. A tradição cristã a apresenta como uma bruxa perversa que seduz seu irmão mais novo, Arthur, e dele concebe o filho. Entretanto, é bom esclarecer, nesta época, nas tribos celtas, como em muitas outras culturas, o sangue real não se misturava, e por tanto era muito comum casarem irmãos, sem que isso acarretasse o estigma do incesto.

 

Morgana  e Arthur tiveram um filho fruto de um Matrimônio Sagrado entre a Deusa (Morgana encarna como Sacerdotisa) e o futuro rei.  O "Matrimônio Sagrado" era um ritual, no qual a vida sexual da mulher era dedicada à própria Deusa através de um ato carnal executado no templo. Essas práticas parecem, sob o ponto de vista da nossa experiência puritana, totalmente licenciosas. Mas não podemos ignorar que elas faziam parte de uma cultura, uma crença e finalmente uma religião, ou seja, eram um meio de adaptação ate atingir o reino interior ou o sublime entendimento espiritual.

 

 

Práticas religiosas são baseadas em uma necessidade psicológica. A necessidade interior ou espiritual era aqui projetada no mundo concreto e encontrada através de um ato simbólico Se os rituais sexuais praticados dentro do templo fossem examinados sob essa luz, torna-se evidente que todas as mulheres devessem, uma vez na vida, dar-se não a um homem em particular, mas à Deusa, a seu próprio instinto, ao princípio Eros que nela existia.

 

Para a mulher, o significado da experiência devia residir na sua aceitação do instinto, não importando que forma a experiência lhe acontecesse. Depois de passar por essa iniciação, os elementos de desejo e de posse ficam para trás, transmutados através da apreciação de que sua sexualidade e instinto são expressões de força de vida divina dentro do plano humano.

 

A nível pessoal, o "matrimônio sagrado" envolve o mistério da transformação do físico para o espiritual, e vice-versa. Cada pessoa conecta-se com o universo como se fosse célula única no organismo do campo planetário da consciência. A partir da união do humano com o divino, a "Criança Divina" nasce. A "Criança Divina" é a vida nova, vida com nova compreensão, vida portadora de visão iluminadora para o mundo.

 


 

 

QUEM ERA MORGANA?

 

Como muitos indivíduos legendários e românticos, há versões conflitantes sobre quem o que foi Morgana. Como já mostramos acima, o historiador e cronista do século XII, Geoffroi de Monmouth, escreveu que "sua beleza era muito maior do que a de suas nove irmãs. Ainda: Seu nome é Morgana e ela aprendeu a usar todas as plantas para curar as doenças do corpo. Ela também conhece a arte de mudar de forma, de voar pelo ar...ela ensinou astrologia às irmãs."

 

Relatos antigos contam-nos que ela era uma Velha Deusa da Sabedoria, a Senhora e Rainha de AVALON, a Alta Sacerdotisa da Antiga Religião Celta. Aprendeu magia e astronomia com Merlim. Alguns achavam que ela era uma "fada arrogante", pois era símbolo de independencia, quase rebeldia feminina contra a autoridade masculina. Quando zangada, era difícil agradar ou aplacar Morgana; outras vezes, podia ser doce, gentil a afável. Também era descrita popularmente como "a mulher mais quente e sensual de toda a Grã-Bretanha."

 

Morgana era um enigma aos seus adversários políticos e religiosos. Os escrivões cristãos transformaram-na em demônio, talvez devido ao seu papel como sacerdotisa de uma Antiga Religião, que eles estavam tentando desacreditar nas suas investidas para cristianizar a estrutura de poder da Grã-Bretanha. Ela, entretanto, defendeu valentemente a sua fé, a cultura da Fadas e as práticas dos Druidas, achando entre os camponeses seus mais fiéis seguidores. Ela negou as acusações de prostituição dos monges e missionários cristãos.

 

É Morgana, que depois da batalha final, ampara o irmão ferido de morte e o cuida com o zelo de uma mãe e consoladora espiritual.   O cristianismo menospreza o poder e o conhecimento de Morgana, do mesmo modo com que impediu a mulher à ascender ao sacerdócio, anulando completamente o seu poder místico e pessoal.

 

Layamon, autor de um poema narrativo inglês é o primeiro a descrever como a mulher levou Arthur pelas águas e não simplesmente recebendo-o na sua chegada. Morgana é a fada mais bela das que habitam Avalon. Não existem fundamentos suficientes para se acreditar que Avalon seja o lugar que a cultura celta atribuí como residência dos mortos. O que se sabe é que quando Arthur é transportado sobre as águas em companhia das mulheres com destino a Avalon, se perde no horizonte do mito inmemorial.

 

Este é o pano de fundo sobre o qual se desenvolvem as diferentes lendas relativas à partida e imortalidade de Arthur, que supostamente continua vivo dentro de uma caverna ou em uma ilha. Estas mulheres que acolheram Arthur pertencem ao mundo das fadas, que provavelmente foi antes um mundo dirigido por deusas.

 

 

Segundo Robert Graves e Kathy Jones, a Morg-Ana "surgiu da união das estrelas com o ventre de Ana". Muitas vezes foi equiparada as Deusas Morrigan e Macha, que presidiam as artes da guerra. Entretanto, como fada controlava o destino e conhecia as pessoas.

 

Famosa por seus poderes de cura, seu conhecimento de plantas medicinais e sua visão profética, era uma xamã capaz de alterar a sua forma, tomando o aspecto de diferentes animais para utilizar seu poder.

 

 

DEUSA-MÃE PRIMITIVA

 

Em "Estoire de Merlin", temos uma descrição bastante detalhada de Morgana, indicando seu verdadeiro caráter e também os estreitos vínculos que estabelece com a Deusa Mãe primitiva:

 

"Era a irmã do rei Arthur. Era muito alegre e jovial, e cantava de forma muito agradável; seu rosto era moreno, mas bem metida em carnes, nem demasiadamente gorda nem demasiadamente magra, de belas mãos, de ombros perfeitos, a pele mais suave que a seda, de maneiras afáveis, alta esguia de corpo, em resumo, sedutora até o milagre; a mulher mais quente e tesuda de toda a Grã Bretanha. Merlim havia lhe ensinado astronomia e muitas outras coisas, e havia se aplicado ao máximo, de maneira que havia se convertido em uma boa sacerdotisa, que mais tarde recebeu o nome de Morgana a Fada, em virtude das maravilhas que realizou. Se explicava com uma doçura e uma suavidade deliciosas, e era melhor e mais atrativa que tudo no mundo, embora tivesse sangue frio. Porém quando queria alguém, era difícil acalmá-la..."

 

Esse é decididamente o retrato da Deusa Mãe primitiva, com toda sua ambigüidade, as vezes boa, outras nem tanto, "cálida e luxuriosa", como a Grande Deusa oriental e, "virgem", pois não se submete à autoridade masculina. Observemos também que Merlim ensinou-lhe magia do mesmo modo com que fez com Viviane, a Dama do Lago.

 

Outras versões da história do Merlim, versões hoje perdidas, porém cujo rastro encontramos na célebre obra do século XV na mão de Thomas Mallory: "La muerte de Arthur", vasta compilação dos relatos da Távola Redonda, e outras versões levam a pensar que Merlim foi amante de Morgana antes de sê-lo de Viviane.

 

MORGANA, A DEUSA VIRGEM

 

Trecho de uma lenda atribuída a Morgana:  

O VALE SEM RETORNO

 

A Fada Morgana, abandonada por seu amante Guyomard, decide vingar-se dos homens. Encanta o Vale Perigoso, de tal maneira que todos os cavaleiros infiéis a sua Dama que passem por ali, ficam aprisionados nele para o resto da vida. Permanecem dentro de um paraíso de sonhos; bebem, cantam, celebram festas, dançam, jogam xadrez, porém não podem franquear as ladeiras do vale, que estão vigiadas por gigantes, animais monstruosos e barreiras de fogo. O encantamento só pode ser levantado por um herói excepcional, um homem sempre fiel a sua dama. E, embora Morgana tenha feito todo o possível para seduzir Lancelot do Lago, é ele quem destrói o encantamento e libera os cavaleiros, demonstrando-lhes que as barreiras de fogo, os monstros e os gigantes não passavam de produtos de sua imaginação. Assim derrotou Morgana."

 

Morgana, em todas as versões das lendas faz o papel de Deusa Mãe Virgem que guarda em seu colo os homens igual guardaria seus filhos. Pois seus filhos também são seus amantes. A atitude de Lancelot é uma atitude repressiva contra tudo que recobre a noção de feminilidade. Essa é também a história da feiticeira Circe, que transforma seus amantes em porcos. Lancelot, aqui, representa Ulisses, que rechaça à submissão e dissipa o que acredita ser miragens, ilusões.  Circe e Morgana são a "Virgem" que dá medo, a "Virgem" que engole, a Indomável.

 

Os homens, que se crêem dominadores do mundo e os reguladores da ordem estabelecida, não se imaginam, nem por um instante, que seu poder no é mais que passividade, e que o poder da mulher, que depreciam ou temem, é o poder ativo.

 

Quando o homem contemporâneo suprimiu a Mãe Divina e a substituiu pela autoridade de um Deus Pai, desarticulou o mecanismo instintivo que produzia o equilíbrio primitivo. Daí surgiu a neurose e outros dramas das sociedades paternalistas, que se dizem pretender devolver a mulher sua honra e seu verdadeiro lugar, um lugar escolhido pelo homem.

Buscou-se estabelecer uma "lei racional" contra uma "lei natural". Mas, a "lei natural" se concretiza através do instinto e esse, é algo que não se pode negar. Todo nosso comportamento se apóia na natureza e portanto, a disputa entre a natureza e a razão é uma falsa disputa, mas é a responsável pela cegueira que vive nossa sociedade hoje, que, querendo corrigir o instinto, separou o ser humano da sua verdadeira natureza.

 

 

AVALON, A ILHA DAS FADAS

 

 Poucos são os autores que especulam sobre o tema "Avalon, residência dos Mortos" e menos ainda os que se atrevem a situá-la. Alguns o fizeram de uma forma extravagante, situando-a no Mediterrâneo.   A crença de alguns de que esta ilha não era outra que a Sicília, explica o fenômeno de miragem que se produz no estreito de Messina e ficou conhecido com o nome de "fata morgana", lembrando a feiticeira.

  

Avalon está inserida em uma agrupação de ilhas, algumas são verdadeiras, outras fruto de diversas obras literárias.  Avalon se encontra em lugar indeterminado, que está vinculada aos celtas, não só os de Gales, mas também da Irlanda.

 

Os irlandeses tinham a idéia de um enorme paraíso ocidental. Lá havia uma Ilha das Maçãs de sua propriedade. Emain Ablach, doce lugar onde habita o deus dos mares Manannan. Emain Ablach só era uma das ilhas do arquipélago atlântico, que se ampliava em direção ao sol sem limites conhecidos. Lá se encontrava Tir Nan N-Og, a "Terra dos Jovens", Tirfo Thuinn, Tire Nam Beo, Terra dos Vivos; Tirn Aill, e Outro Mundo; Mag Mor, Mag Mell, entre outras.

 

 

Havia também uma "Terra de Mulheres", habitada por fadas parecidas às da irmandade de Morgana. Acreditava-se que essa ilha era um vasto país sustentado por quatro pilares de bronze e habitado unicamente por mulheres.

 

Essas ilhas eram terras onde tudo era felicidade, paz e abundância. Não existe o envelhecimento nem o trabalho, porque tudo cresce sem necessidade de semear e nas árvores sempre há frutos.

 

Algumas dessas ilhas flutuam e outras ficam submersas e só saem a superfície à noite. O rei Artur navegando em sua mágica embarcação "Prydwen", visitou muitas dessas ilhas.

 

Avalon, para quem ainda a procura, é na realidade uma viagem ao coração. É conhecida também como o "Céu de Arthur", uma ilha do amor incondicional, onde tudo se harmoniza com a transmutação da energia luminosa do amor. Avalon é um reino interior. É a maravilhosa essência do verdadeiro ser nascendo a cada dia em nosso interior. É a nascente do amor no íntimo. E Morgana é a fada que nos faz refletir sobre tudo isso, pois foi ela, com todo seu amor, que empregou todas as suas artes para curar as feridas de Arthur.

 

A jornada dos homens e mulheres pela vida assemelha-se à jornada épica de muitos mitos. O herói que busca a verdade, poder ou amor reflete-se em nós, que buscamos o significado da vida e os tesouros, como o amor, que dão razão à vida. No entanto, cada um deve descobrir seus elementos de busca pessoais.

Morgana chega para despertar sua atenção para a independência. Você depende de outra pessoa até para respirar?  Pois saiba que se plantarmos uma árvore lado a lado elas se asfixiarão. O que cresce necessita de espaço, talvez um pequeno espaço para se exalar o perfume da rosa.

 

Neste ponto, o poeta Khalil Gibran diz:

 

"Deixai que haja espaço em vossa união. Deixai que os ventos dos céus dancem entre vós."

 

O espaço permite que a diversidade encontre ritmo e contorno. Você desperdiça sua vitalidade focalizando os problemas dos outros, relegando os seus para um segundo plano? Você move-se com o rebanho sem exprimir suas idéias ou opiniões?

 

É a hora para que você, pare, reflita e dimensione suas potencialidades, tentando se libertar de todas suas dependências físicas e psíquicas. É hora de mudar o ritmo! Morgana, a fada, chegou dançando com seus tambores e sua magia para convidá-la a descobrir e viver seus ritmos.

 

Talvez você nunca tenha descoberto seu ritmo porque você só quer agradar àqueles com quem convive. Mas é de vital importância que você tenha seu próprio ritmo. Fluir com ele lhe dará mais energias, porque você deixará de reprimir o que lhe é natural. Morgana diz que a vitalidade, a saúde e a totalidade são cultivadas quando você flui com sua pulsação única.

O GRITO

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Hoje, abrindo o Google, (normalmente nem uso ele, gosto mais do "www.answers.com/"), deparei-me com uma versão de “O Grito” de Edvard Munch…Fiquei extasiado com a homenagem, e não pude então, evitar falar ao respeito:

Edvard Munch: Foi Um Existencialista Norueguès na Arte Expressionista, foi um homem educado por um pai controlador (estamos em 1880), e sofreu muito com a mão de ferro dele, ainda, em criança assistiu à morte da mãe e de uma irmã. Foi quando decidiu se dedicar à pintura. Para isso, Munch cortou com o pai e integrou-se a cena artística de Oslo. A escolha não lhe trouxe a paz desejada, bem pelo contrário. Munch acabou se envolvendo com uma mulher casada que só lhe trouxe mágoa e desespero e para piorar sua irmã favorita, Laura, foi diagnosticada com doença bipolar e internada num asilo psiquiátrico.
Neste cenário que Munch idealizou o seu tão famoso quadro:
Primeiramente pintou uma versao inicial que chamou-o de O Desespero, que representa um homem de cartola e meio de costas, inclinado sobre uma vedação num cenário em tudo semelhante à da sua experiência pessoal. Não contente com o resultado, Munch tentou uma outra composição, desta vez com uma figura mais andrógina, de frente para o observador e numa atitude menos contemplativa e por certo, mais desesperada. Tal como o seu percursor, esta primeira versão de O Grito recebeu o também nome de O Desespero. Segundo um trabalho de Robert Rosenblum (um especialista da obra do pintor), a fonte de inspiração para esta figura humana estilizada teria sido um objeto que ele viu na exposição universal de Paris em 1889: uma múmia peruana!
O quadro foi exposto pela primeira vez em 1893, como parte de um conjunto de seis peças, intitulado Amor. A ideia de Munch era representar as várias facetas de um caso amoroso, (concretamente, o dele) desde o encantamento inicial ate uma rotura traumática. O Grito representava a última etapa, envolta em sensações de angústia.
A recepção crítica foi duvidosa e o conjunto Amor foi classificado como arte demente. Um crítico considerou o conjunto, e em particular O Grito, tão perturbador que aconselhou mulheres grávidas a evitar a exposição. A reação do público, no entanto, foi totalmente oposta e o quadro tornou-se um motivo de sensação. O nome O Grito surge pela primeira vez nas críticas e reportagens da época.
Com tal sucesso, Munch acabou por pintar quatro versões de O Grito, para substituir as cópias que ia vendendo. O original de 1893 (91x73.5 cm), ao óleo e pastel sobre cartão, encontra-se exposto na Galeria Nacional de Oslo. A segunda (83,5x66 cm), em tempera sobre cartolina, foi exibida no Munch Museum de Oslo até ser roubada em 2004. A terceira pertence ao mesmo museu e a quarta é propriedade de um colecionador particular. Porem, e para responder ao interesse do público, Munch realizou também uma litografia (em 1895) que permitiu a impressão do quadro em revistas e jornais. Dai a sua popularizaçao. Esse tema já foi copiado ate pelo cinema. Em 1991, o pintor e muralista Robert Fishbone criou uma versão boneco inflável que vendeu milhares de cópias em todo o mundo. E milhares de versões… é dele aquele boneco inflável que vemos diariamente ate nos Postos de Gasolina, só que agora, já modificado para uma carinha mais alegre…..Temos tambem Ghostface, o assassino psicopata da série de filmes Scream (em português: “Panico”), onde o vilão esconde a sua identidade sob uma máscara inspirada nesse ’O Grito’. Ate o roubo das duas versões da pintura foi ainda satirizado num episódio da série Os Simpsons

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

A morte púrpura

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O MUNDO 'EM GUERRA'. VIRUS MISTERIOSO PERCORRE O MUNDO E ATINGE CENTENAS DE PESSOAS.
OS CIENTÍFICOS LUTAM PARA ENCONTRAR UMA CURA.

Esta não é uma manchete de nossos dias, porem de mais de 90 anos atrás. Foi em 1918, onde centenas de milhares de soldados americanos chegaram na Europa para o que seria uma das últimas ofensivas da Primeira Guerra Mundial! E trouxeram consigo algo bem mais mortal…..

A epidemia de gripe de 1918
A influenza, ou mais exatamente a gripe espanhola, deixou um rastro de devastação, tanto no seu pais de origem: os EUA como no mundo todo. Foi a última grande epidemia conhecida (hoje chamada de PANDEMIA) que se alastrou pelo mundo em apenas 4 meses ceifou mais de 21 milhões de vida. Nos Estados Unidos matou 675.000 pessoas —mais vitimas que na Primeira e a Segunda Guerra Mundial juntas, contando ainda a guerra de Coréia e Vietnam juntas.
Foram mais de quarenta milhões de pessoas em todo o mundo. Foi a epidemia mais grave do século XX, e que causou somente na Espanha 300.000 mortos. Porque estou falando disso aqui e agora?, porque foi na primeira semana de Dezembro no ano de 1918 em que finalmente o vírus começou a ceder.
As companhias farmacêuticas trabalhavam dia e noite para encontra e produzir uma vacina, mas o vírus desapareceu antes de que se possa sequer isolá-lo.
A pesar do nome, os investigadores tem certeza que a gripe “española” teve sua origem nos Estados Unidos. Um dos primeiros casos conhecidos aconteceu no dia 11 de março de 1918, na base militar de Fort Riley, Kansas. As condições de aquartelamento nessa base, lotados e com pouquíssima higiene criaram o caldo de cultivo fértil para o aparecimento do vírus. Somente em uma semana deram entrada no Hospital da base 522 homens adoentados de uma gripe forte. Este vírus era também mutante, teve sua origem na gripe do porco, e daí (devido as péssimas condições de higiene), passou para o ser humano, onde ele acabou mudando para uma nova espécie. Existe o fato de ter sido o resultado de uma recombinación (mutação) genética entre um vírus de um animal, concretamente a gripe do porco, e de um outro humano doente também de gripe, nessa combinação houve a fatídica mutação do vírus, perante o qual a memória imunológica da humanidade era inexistente.
Mais tarde, o Exército informou de outros casos similares na Virginia, Carolina do Sul, Geórgia, Florida, Alabama y Califórnia. Os navios da Marinha, ancorados nos portos da costa leste, também informaram surtos de influenza e pneumonia graves entre seus homens. A gripe parecia atacar somente militares e nenhum civil; e em grande parte devido ao conflito armado na Europa, e mais outros fatos tais como a Lei Seca e o movimento das “sufragistas” e outros, o fato ficou sendo tratado com displicência.
Lá pelo final de maio de 1918, a gripe parecia a ceder nos Estados Unidos. Porem o sofrimento no acabou por ali. Os soldados de Fort Riley, que já estava prontos para embarcar rumo à Europa, para engrossar a frente de batalha, incubaram o vírus durante seu longo e incomodo viaje ate a França. Ao desembarcar em solo francês, o vírus voltou a atacar violentamente e com igual força as tropas aliadas e as do “Comando Central” da guerra em território europeu. Os americanos ficavam doentes com “febre de três dias” ou como a chamaram no início na Europa da “morte púrpura". Os franceses contraíam uma "bronquites com pus". Os italianos sofriam a "febre das moscas da areia". E os hospitais da Alemanha se enchiam de gente vitima da Blitzkatarrh ou "febre de Flandes". E assim o vírus espalhou-se pela Europa.

Entretanto, as crianças americanas, cantarolavam enquanto brincavam de pular a corda:
I had a little bird (Eu tinha um passarinho)
And its name was Enza (E seu nome era Enza)
I opened the window (Ai abri a janela)
And in-flew-Enza (e ele voou Enza)

(Se voces repararam, aqui tem um trocadilho de palavras:: “in-flew-Enza” está para: ”influenza” que é o nome dado as gripes nos Estados Unidos).

Seja qual fosse o nome que lhe davam, o vírus atacava a todos por igual. As autopsias mostrava pulmões enrijecidos, vermelhos e cheios de líquido..Enquanto faziam a triagem de centenas de pacientes, as enfermeiras costumavam examinar os pés, antes de nada. Aqueles que apresentavam pés pretos eram considerados desenganados e eram afastados para deixá-los morrer.
O mais desconcertante era o fato deste vírus atacar principalmente os adultos sãos e fortes. Assim, esta gripe chamada injustamente de “espanhola”..mudou todos os padrões na medicina existente á época.

A "DAMA ESPANHOLA", que nao era nem espanhola....
A doença recebeu esse nome devido, em parte, à censura da guerra. Tanto as forças aliadas como do Comando Central europeu tinham grandes perdas por causa da gripe, porem todos restringiam a informação para que não chega-se ate o inimigo, pois poderia utilizá-la no seu proveito. E a imprensa ficava então amordaçada. Entretanto, os jornais espanhóis, que no estavam sob censura, falavam abertamente dos milhares de cidadãos que tinham falecido desde Maio e Junho de 1918 devido a gripe, esta informação acabou chegando a todos os jornais do mundo. E os jornais passaram a mencionar a doença como a gripe da Espanha. Este nome e esse erro perduraram ate nossos dias.
Mais não tinha ainda acabado, desde os campos de batalha da Europa, a epidemia evolucionou rapidamente e se alastrou pelo norte ate Noruega, pelo leste rumo á China, pelo sudeste ate a Índia (só neste pais foram 11 milhões de vítimas) e, pelo sul , ate a Nova Zelândia. Nem sequer os habitantes das ilhas permanecían inmunes. De carona em navios e porta-aviões da Marinha, em navios da marina mercante e ate trens, o vírus viajou ate os cantos mais longínquos. Já no verão de 1918, havia assolado o Caribe, Filipinas e Hawaii. A epidemia fez estragos em Porto Rico porem, milagrosamente, apenas tocou a zona do Canal de Panamá, a encruzilhada do mundo nessa época. Culpa-se ao vapor "Harold Walker" de ter levado a gripe ate Tampico, México. E assim em apenas quatro meses, o vírus deu a volta ao mundo e acabou retornando ás praias dos Estados Unidos.
Esta segunda e terceira onda da gripe espanhola arremeteu contra Estados Unidos nos meses de inverno de 1918. Nesta oportunidade, os civis também adoeceram. Os povos indígenas do país, especialmente as tribos do Alaska, sofreram enormemente. Em alguns povoados a gripe dizimou a população indígena, enquanto que outros perdiam totalmente a sua população adulta. Não foi diferente nas grandes cidades: Nova York enterrou 35.000 vítimas. Filadelfia perdeu mais de 15.000 pessoas em questão de semanas. Em muitas cidades, nao tinha mais caixões nas funerárias.
O cotidiano ficou em suspense. Em Boston, o governo fechou as escolas públicas, os bares e outros espaços públicos. A policia de Chicago tinha ordens de prender todo aquele que espirra-se em público.
O historiador Crosby narra o quadro de desespero: "Muitas famílias, em especial nos bairros pobres, não tinham nenhum adulto suficientemente bom e são para sequer preparar as comidas, em alguns casos, não tinham mesmo nem comida porque o adulto que mantinha a casa estava doente ou morto.."
Crosby descreve os horrores com que se deparam as enfermeiras, pois a maioria dos médicos estavam na Europa, na frente de guerra. Algumas delas recém formadas e sem nenhuma experiência prática: Quando chegavam nas casas dos doentes se deparam com cenas comparáveis aos anos da peste, iguais ao do século 14.... Uma enfermeira encontrou uma mulher, que acabara de ter gêmeos, no mesmo quarto onde estava o seu marido morto, ela estava também quase desfalecendo por causa dos esforços do parto que fez sozinha. Só tinha uma maça na mão, que foi o seu único alimento fazia 24 horas.. e somente comeu isso, porque estava ao alcance da sua mão..
Nessa época de 1918, os investigadores médicos não tinham recursos para identificar e isolar a origem da gripe, sem o qual era quase impossível achar uma vacina. Alem disso, a penicilina só foi descoberta 10 anos mais tarde, ou seja em 1928, os pacientes que superavam a gripe faleciam mais tarde devido ás infecções e complicações secundárias, como a pneumonia bacteriana.

Ano após ano, o mundo adoece com um novo vírus da gripe. Algunas morrem. Mas, porque foi mortal assim a pandemia de 1918? Ao igual que outros vírus, o da gripe muda constantemente. Em essa mutação o variação antigênica costuma ocasionar somente câmbios menores; por tanto, as companhias farmacêuticas conseguem controlar a ‘nova’ cepa a cada ano com a vacina adequada. Porem, segundo os registros históricos, a cada 10 a 40 anos o mundo sofre uma variação antigênica maior. O vírus atravessa uma mutação drástica de tal magnitude que o humano não mais a reconhece e torna-se indefenso. A epidemia resultante se alastra antes que os cientistas possam isolar o vírus, para logo produzir una vacina. Isto foi o que aconteceu em 1918.

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

As linguagens do Amor


  Existe, e a maioria de nós vivenciou, um "feitiço" chamado amor, onde perdemos todo (ou o pouco) raciocínio que ainda temos, onde a lógica não tem mais lugar, e onde qualquer acontecimento é possível, tal como a euforia, o riso, o choro, raiva, frustração e ate ódio, aumentos incontroláveis da adrenalina, etc., que podem alcançar níveis extremamente altos e nos fazer passar momentos incríveis e alucinantes, porem no final (embora para a maioria "pagamos mico"), só nós sabemos o quão prazeroso, esfuziante ou ate doloroso poder ser este 'feitiço'.

Eu vou tentar me remeter a literatura para ilustrar melhor este assunto que é simplesmente fascinante e que tem incentivado as mentes de centenas de  poetas e escritores....

 

O romance de Laura Esquivel, "Como Água para Chocolate" acompanha a história do personagem chamado Pedro que, ambientado lá por volta de 1910, (e tendo como cenário de fundo uma revolução), se apaixona por Tita . Ele quer voltar para a Guerra, mas ela o enfeitiça com seu amor e seus dotes culinários. Podia ser apenas mais uma história de amor.

O amor desta jovem (chamada de Tita) é reprimido por uma tradição estabelecida por gerações: Sendo ela a filha mais nova, deve ficar solteira para poder cuidar da mãe na velhice. Apaixonada por Pedro, um jovem promissor da região onde vive e, sendo correspondida nesse amor, vê sua mãe primeiramente negar o pedido de casamento feito pelo rapaz e, para piorar a situação, incita e sugere que o moço se case com uma outra filha (sua irmã mais velha). Ele acaba aceitando casar-se com essa sua irmã Rosaura, apenas para permanecer perto da mulher que ama.

 

Apesar de, aparentemente, ter se conformado com a situação (que é apenas a submissão imposta pelos padrões culturais à época). Tita não consegue esquecer o grande amor e, inconscientemente por médio da sua suprema habilidade culinária, introduz em suas iguarias o sabor de uma ardente paixão não correspondida. Seus pratos despertam no jovem Pedro a certeza de que o seu casamento não o afastou dos pensamentos de Tita.  A mãe, sempre castradora, tenta a todo custo evitar qualquer encontro amoroso dos jovens e, por isso, vigia atentamente os passos de Tita. Só não consegue conter a comunicação estabelecida entre eles por meio dos alimentos, do paladar... Tita, que crescera nos braços de Nacha, cozinheira da fazenda, envolta nos aromas mágicos da cozinha, e orientada pela sabedoria desta, desenvolve o dom como ninguém, transpondo para os alimentos todas as suas emoções, e destes, inexoravelmente... pra os comensais. É o que acontece quando, sem querer, numa crise de choro e pensando no amado, derrama lágrimas sobre a massa do bolo de casamento de Rosaura com Pedro, e como resultado causa em todos que o experimentam, além de uma extrema comoção, uma grande tristeza e a seguir uma incontrolável ânsia de vomito. Logo a seguir, e já para as codornas com molho de pétalas de rosa (as quais lhe haviam sido oferecidas por Pedro), Tita transfere toda a sensualidade, no despertar da recordação do grande amor de cada um que se delicia com este prato, que potencializa a exaltação deste sentimento, e faz desabrochar toda a libido. Ficando todos extremamente excitados. É neste momento que, Gertrudis, uma solteirona e sempre inibida mulher de meia idade, contagiada pelo sentimento impregnado no molho, e exalando em toda a sua plenitude o odor das rosas, atrai para si um dos comensais, eterno ‘paquera’ e capitão revolucionário, e foge com ele, para profundo desgosto da mãe, na conquista da sua própria liberdade.

Desde os biscoitos de nata, ao “mole” (prato típico mexicano), todos os alimentos são preparados, envoltos num ritual onde a magia do elo alimento/vida, aroma/perfume, sabor/sensação, e mais textura/sensualidade... se exacerba numa magnitude que deleita o paladar do corpo e especialmente da alma.

 

A compreensão dos homens e de suas comunidades passa necessariamente pelo estudo de seus hábitos cotidianos, como se prega na Nova História, da escola francesa dos Annales. O estudo da alimentação e da gastronomia são parte essencial desta importante visão.

Este assunto que acabou virando um esplendido filme, nas mãos do Diretor mexicano Alfonso Arau pode ser ponto de partida para um exame dos costumes alimentares da cidade e da região onde vivemos. É uma boa dica de pesquisa a ser pedida por aqueles que estão interessados em conhecer mais sobre a natureza humana e a sensibilidade aos fatores externos e internos de cada hum de nós.

 

O Filme: 

Como Água para Chocolate

Baseado no romance homônimo de Laura Esquivel, e um best seller em 20 países, este filme que mais se parece com um conto de fadas, repleto de fantasia, onde amor e ódio, abnegação e egoísmo, poesia e praticidade, se compõem numa obra-prima que conquistou o prémio de melhor filme no Festival de Gramado de 1993, sucesso de público, que concedeu a Lumi Cavazos (Tita) e Claudette Maillé (a solteirona Gertrudis)  o premio de melhor atriz e melhor atriz coadjuvante, respectivamente.

Este filme mostra também, cómo impulsionados pelo amor e desejo os dois apaixonados podem estabelecer um elo único de comunicação. E não apenas por meio da fala, da escrita ou da leitura... O filme de Alfonso Arau nos desperta para outras possibilidades, como no campo da comunicação ao transformar o paladar num instrumento de envio e recepção de mensagens. Um excelente tema para a filosofia, e ainda na arte e na área de códigos e linguagens próprias dos ‘apaixonados’.


 

domingo, 3 de dezembro de 2006

GAZPACHO clássico


Description:
Um dos mais procurados no verão da Península Ibérica
Dica: Aproveite para colocar no centro da mesa um bom presunto defumado fatiado, ou salame fatiado para beliscar entre gole e gole de “gazpacho”!


Ingredients:
1 Kilo de tomates
1/2 cebola pequena (60 gramas)
1 pimentão verde pequeno
1 pepino (pequeno)
1 colher de azeite de oliva
2 colher (de café) de vinagre
200 gramas de miolo de pão dormido e molhado em água
- Acompanha tomate, pimentão, pepino, cebola, pão dormido. Tudo picadinho pequeno
- Alho

Directions:
Preparo:

1: Coloque no liquidificador os tomates, a cebola, o pimentão o pepino, e mais o vinagre, o alho, o azeite e mais o pão dormido. Deve ficar fino e bem liquido. Pode colocoar mais água de quer que fique mais leve.

2: É importante deixar na Geladeira para servir bem gelado. E não faz mal incluir cubos de gelo na hora de servir, para deixá-lo gelado mesmo

3: Sirva acompanhado das verduras picadas pequeninhas em pires pequenos para se servir misturado á gosto.

- Tem também o "Gazpacho Andaluz" que apresenta uma variante, a inclusão de cominho, um ingrediente indispensável para essa variedade.

- Outra Variante: "Gazpacho de Almería" com pepino e cebola: Picar o pepino e a cebola. Em um vasilhame colocar água fria, um pingo de azeite e outro de vinagre e sal, misturar com o pepino e a cebola.

Segredos: Servir bem gelado. As verduras devem ser de boa qualidade assim como o azeite.

Pode colocar também nos pires uvas soltas, ovo cozido, pedaços de pão torrado; para que o tal pires individual fique cheio!

SANGRIA


Description:
Autentica e tradicional receita espanhola
Este "suco espanhol" faz a delicia dos turistas e o povo local, é sinônimo de alegria e festa.
Acompanha os momentos mais festivos ao longo de todo o Mediterrâneo.
É tradicional e muito simples de fazer para refrescar no verão e esquentar o coração.
* * * * *
Umas palavras sobre a NECTARINA: A nectarina é uma fruta que resulta do cruzamento do pêssego com ameixa vermelha resultando em uma fruta mais doce e nutritiva. De caroço solto. Rica em beta-caroteno, contém vitaminas A, C e do complexo B, além de sais minerais como cálcio, ferro e fósforo. Semelhante ao pêssego, contém grandes quantidades de pectina que ajuda a controlar os níveis de colesterol no sangue.


Ingredients:
1 Litro de vinho tinto
2 Laranjas exprimidas (suco)
4 nectarinas ou pêssegos em pedaços
5 colheres de açúcar
2 cascas de limão
2 pitadas de canela em pó

Directions:
Preparo

1: Escolha um vinho bom e barato. No importa que seja muito seco. Colocar o mesmo num recipiente e adicionar o açúcar, dissolver bem.

2: Exprimir as laranjas e misturar ao vinho. Pode deixar uma rodela de laranja como enfeite.

3: Lavar a nectarina ou pêssegos, tirar a pele e cortar em pedaços pequenos (em seis pedaços, por exemplo). Juntar tudo. A nectarina (ou o pêssego) podem ser substituídos por frutas da estação.

4: Colocar tudo em uma jarra. Guardar na geladeira. Sirva-se bem gelada. Para diminuir um pouco o teor de álcool do vinho, colocar cubos de gelo e umas rodelas de limão.
Já ao contrário, se quiser que fique mais forte ainda, incluir um pouco de rum ou conhaque.

Segredos: Pode substituir a nectarina e/ou pessego com frutas ao gosto. Como maça, pêra, kiwi, banana, e frutas tropicais em geral. Também pode mudar um pouco o sabor aumentando o suco de laranja (sempre é preferível o suco feito na hora da fruta natural) e finalmente pode fazer ele ficar bem forte com a adição de outras bebidas alcoólicas: tais como bitter, conhaque, rum, gim e ate vodka. Com um pouco de coca-cola também fica ótimo. (embora não seja mais a receita tradicional da sangria evidentemente fica mais suave). UM ultimo conselho: fique por perto da cama, vai desejar tirar um cochilo e, ..claro!, não dirija... embora possa ficar bastante animado...
:)

sábado, 2 de dezembro de 2006

Mulher atingida por uma estrela cadente


Ana Hodges ou, Ann Elizabeth Hodges da cidade de Sylacauga, no Alabama é a única pessoa eu se tenha notícia, a ser atingida por um meteorito!. Sim, aconteceu no dia 30 de Novembro de 1954, Ela estava na sua Sala se balançando em uma cadeira de balanço quando um objeto do tamanho de uma bola pequena atravessou o teto da casa vindo do céu, ricocheteou na tampa de madeira de cedro do seu aparelho de radio destruindo-o totalmente e atingiu ela de lado na barriga e na altura do braço, derrubando-a. Ela ficou muito chocada pelo impacto mais ainda saiu andando.


Assim que atravessou a atmosfera ao meteoro virou uma bola de fogo visivel em 3 estados, mesmo tendo caído no inicio da tarde. Sendo o primeiro caso documentado de um objeto extraterrestre a atingir uma pessoa, o evento recebeu notoriedade no mundo inteiro.


A Força Aérea enviou um helicóptero para pegar o meteorito, o esposo da senhora Ann, o Sr. Eugene, contratou um advogado para te-lo de volta. O senhorio deles também queria ter a propriedade do meteorito. alegando que iria vendê-lo para arcar com os reparos na casa. Na época houve ofertas de ate 5,000 dólares pelo meteorito. Na época em que o meteorito finalmente retornou aos Hodges, perto de um ano depois, o interesse do publico tinha diminuído e por conseguinte não havia mais quem pudesse pagar tal quantia por ele.

A Sra. Hodges ficou extremamente chateada com a notoriedade publica e a disputa pela propriedade do meteorito. Mesmo contra o desejo do marido ela doou a pedra para o Museu de Historia Natural de Alabama. Ele é uma pedra comum chamada de “pedra chondrita ordinária” ou também de ‘Tipo H4’, um dos tipos de meteoritos mais comuns a atingirem o nosso planeta e pesa perto de 4 kg. Atualmente pode ser visto na Universidade de Alabama. Ela veio a falecer naturalmente em 1972, e na época do incidente do meteorito estava com 31 anos.