quarta-feira, 28 de junho de 2006

Jean-Jacques Rosseau


Nesta semana recordamos o seu aniversário (28/06). E vamos aqui honrá-lo: Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Foi um dos mais polêmicos pensadores no século XVIII. Sua obra inspirou reformas políticas e educacionais, e tornou-se, mais tarde, a base do chamado Romantismo. Formou, com Montesquieu e os liberais ingleses, o grupo de brilhantes pensadores pais da ciência política moderna. Em filosofia da educação, enalteceu a "educação natural" conforme um acordo livre entre o mestre e o aluno, levando assim o pensamento de Montaigne a uma reformulação que se tornou a diretriz das correntes pedagógicas nos séculos seguintes. Foi um dos filósofos da doutrina que ele mesmo chamou "materialismo dos sensatos", ou "teísmo", ou "religião civil". Lançou sua filosofia não somente através de escritos filosóficos formais, mas também em romances, cartas e na sua autobiografia. Foi na sua obra Emílio”, que lançou as bases de uma pedagogia naturalista que confia nas tendências espontâneas da criança, que visa atender às suas necessidades mais profundas, ao invés de submetê-la a constrangimentos difíceis.


A obra de Rosseau que foi mal compreendida no seu tempo, e que ainda é até hoje nos meios do catolicismo tradicional, na realidade representa uma reação espiritualista contra a filosofia das luzes e o otimismo dos enciclopedistas, desses filósofos do "conventículo holbáquico" (dos grupos de quem não sabe do assunto, e passa  simplesmente a ser contra). que ele fazia questão de destacar e pelos quais era odiado.


Em seu primeiro livro, Discurso sobre as Ciências e as Artes, ele escreve para responder a uma questão que a Academia de Dijon colocara em pauta: Rosseau declara-se inimigo do progresso. Para ele, o progresso das ciências e das artes tornou o homem vicioso e mau, corrompendo sua natureza íntima. Freqüentemente se resume a tese de Rosseau aos seguintes termos: o homem é bom por natureza, a sociedade é que o corrompe. Mas seria uma grave erro confundir o "naturalismo" de Rosseau com o dos filósofos das luzes. Na realidade, a moral e a filosofia de Rosseau, tais como se encontram em seu romance A Nova Heloísa (1761) e na Profissão de fé do Vigário saboiano, peça mestra do Emílio (1762), recaem nos temas do espiritualismo mais tradicional. É certo que a “profissão de fé do Vigário” suscitou as iras dos poderes públicos e das igrejas constituídas. A obra foi solenemente queimada, um mês apenas após sua publicação, em Paris e em Genebra. O arcebispo de Paris o condenou em uma célebre homilía (perseguido por toda parte, Rosseau só encontra refúgio na Inglaterra, junto a David Hume, com quem, aliás, se desentende pouco depois). É censurado por escolher a religião natural (aquela que o homem encontra no próprio coração) e rejeitar a religião constituída. Por ele declarar que todas as religiões são boas e que cada crente pode conseguir a salvação na sua (o que é contrário ao que, na época, era pensado nas igrejas católicas e protestantes). Também é certo que ele desconfia das interpretações que cada Igreja possa dar dos Evangelhos ("quantos homens entre mim e Deus!"). No entanto, prende-se aos ensinamentos de Jesus, cujos atos, diz, são melhores atestados do que os da vida de Sócrates, por exemplo.  Rosseau adota o dualismo moral popular. "Somos tentados pelas paixões e detidos pela consciência", essa consciência moral que, segundo ele, é uma exigência inata em nós e não, como dizia Montaigne, o reflexo do costume. Para Rosseau, os maus triunfam neste mundo, ao passo que o justo é infeliz. Todavia, a justiça divina recompensará os bons ("a vida da alma só começa com a morte do corpo") e punirá os maus que são culpados de serem assim ("dependia deles não se tornarem maus"). A Nova Heloísa apresenta-se como uma apologia da religião e da moral, dessa "lei divina do dever e da virtude" em nome da qual a paixão amorosa se sacrifica heroicamente.


A assunto mais famoso porém é no campo político, nele Rosseau, expõe no Contrato Social,  as condições de um Estado social que fosse legítimo, que não mais corrompesse o homem: "Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja de toda força comum a pessoa e os bens da cada associado e pela qual cada um, unindo-se a todos, não obedeça, porém, senão a si próprio e permaneça tão livre quanto antes; ele,, o problema fundamental cuja solução é dada pelo contrato social". Todavia, o pacto social não tem por fim conciliar todos os interesses egoístas, mas antes desprender e encontrar (o que é possível com a maioria das vozes, nos debates do povo reunido) uma vontade geral. Esta última faz abstração dos interesses divergentes e das paixões de cada um para só cuidar do bem comum. Entenda-se bem: "cada indivíduo pode, como homem, ter uma vontade particular contrária ou diferente da vontade geral que ele tem como cidadão". Por conseguinte, nessa vontade geral descobriremos outra coisa que não o interesse, o desejo de felicidade, etc. Encontraremos aí, no fundo, a regra da consciência, esse juízo inato do bem e do mal que cada um descobre em si mesmo, quando dissipa seus desejos egoístas "no silêncio das paixões".


 A Consciência segundo Rosseau


(Trechos do “A Profissão de Fé do Vigário Saboiano”)


-Não tiro dessas regras, os princípios de uma alta filosofia, mas as encontro, no fundo do meu coração, escritas pela natureza em caracteres indeléveis. Basta-me consultar-me sobre o que quero fazer; tudo o que sinto ser bem é bem e tudo o que sinto ser mal é mal: o melhor de todos os casuístas é a consciência; e só quando se comercia com ela é que se recorre às sutilezas do raciocínio. O primeiro de todos os cuidados é consigo mesmo: todavia, quantas vezes a voz interior nos diz que, ao fazer nosso bem a expensas de outrem, fazemos o mal! Acreditamos seguir o impulso da natureza e lhe resistimos, escutando o que ela diz dos nossos sentidos, desprezamos o que diz aos nossos corações; o ser ativo obedece e o ser passivo ordena. A consciência é a voz da alma, as paixões são a voz do corpo. É espantoso que muitas vezes essas duas linguagens se contradigam? A qual delas se deve ouvir? A razão freqüentemente nos engana, não temos senão o direito de recusá-la; mas a consciência nunca engana; é o verdadeiro guia do homem: ela está para a alma assim como o instinto está para o corpo; quem a segue, obedece a natureza e não teme se perder. Este ponto é importante, prosseguiu meu benfeitor, vendo que eu ia interrompê-lo: esperai que eu me detenha um pouco mais a esclarecê-lo.

A filosofia moderna, que só admite  o que explica, não deixa de admitir essa obscura faculdade chamada instinto que parece guiar os animais, sem qualquer conhecimento adquirido, no sentido de algum fim. O instinto, segundo um de nossos mais sábios filósofos (Condillac), nada mais é do que um hábito privado de reflexão, mas adquirido por reflexão; a maneira pela qual ele explica esse progresso obriga-nos a concluir que as crianças refletem mais do que os adultos, paradoxo muito estranho para valer a pena ser examinado. Sem entrar aqui nessa discussão, pergunto que nome devo dar ao ardor com que meu cão faz guerra às toupeiras no meu quintal, que não come, à paciência com que as aguarda, derrubando-as por terra no momento em que saltam,  matando-as em seguida para deixá-las ali, sem que jamais alguém o tenha dirigido para essa caça ou lhe ensinado que existem toupeiras. Pergunto ainda, e isso é mais importante, por que, na primeira vez em que ameacei esse mesmo cão, ele se jogou de costas no chão, as patas dobradas, numa atitude suplicante e mais própria para me comover, postura em que não permaneceria se, sem me deixar dobrar, eu lhe batesse. Quê?! meu cão, pequenino, mal acabado de nascer, já teria adquirido idéias morais? Sabia o que era clemência e generosidade? Em virtude de que luzes adquiridas esperava me acalmar, abandonando-se assim à minha discrição? Todos os cães do mundo fazem quase o mesmo no mesmo caso, e nada falo aqui algo que não possa ser verificado por todos. Que os filósofos, que tão desdenhosamente rejeitam o instinto, queiram explicar esse fato apenas pelo jogo das sensações e dos conhecimentos que elas nos fazem adquirir; que o expliquem de maneira satisfatória para todo homem sensato; então não teria mais nada a dizer e não mais falarei de instinto. (Nota de Rosseau)

sábado, 24 de junho de 2006

OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA



Em 25 de Junho de 1967, Cassius Clay [hoje conhecido como Muhammad Ali] o mais famoso boxeador e esportista da historia recente foi condenado a prisão por declarar-se com “objeção de consciência”, e recusar-se a prestar o alistamento militar.


 


O que é Objeção de Consciência?


 


O exercício do direito de objeção de consciência introduz uma isenção do comprimento do serviço militar obrigatório baseada em uma convicção de ordem religiosa, ética, moral, humanitária, filosófica ou outras da mesma natureza.   E isto é de fato, um dos mais fascinantes temas relacionados ao Direito que ainda, infelizmente, é muito pouco estudado e divulgado no âmbito nacional. Pretendo aqui dar uma noção simples do que é essa figura jurídica.


 


História 


A objeção de consciência é fenômeno típico do século XX. Embora, desde a Antigüidade já se tem notícia de acontecimentos que lembrem a figura objeto do presente estudo mas é muito recente a noção de direito a objeção de consciência a qual estamos tratando aqui. Sófocles, em sua peça Antígona, nos remete a uma das primeiras manifestações afins à objeção de consciência. Na Idade Média a Igreja ajuda a lançar bases à objeção de consciência quando opõe-se ao serviço com armas e à prestação de culto ao imperador. A primeira afirmação do direito à objeção de consciência em texto escrito surgiu em 1793, durante a Revolução Francesa, nela, com o ‘Decreto’, e por fortes motivos religiosos, os anabatistas (religiosos da linha dos Batistas) seriam dispensados do serviço militar. Destacaram-se dois intelectuais no século XIX como importantes na formação do direito de consciência. Afirmando que: os cidadãos não deveriam se sujeitar a atividades empreendidas pelo governo quando contrários a elas, e sem ser anarquista, o americano Henry David Thoreau, em sua obra "A Desobediência Civil", constrói importante marco no assunto. Além de Thoreau, o russo Leão Tolstoi criticou, em toda sua obra, a miséria social e os horrores militares, colocando-se  entre os grandes apóstolos da objeção de consciência. Dentre outras tendências que ajudaram na definitiva aceitação do direito à objeção de consciência, durante o século XX, podemos destacar a opção por sistemas de governos democráticos, a falência das soluções bélicas e a importância dada à proteção dos direitos fundamentais. Citaremos cinco importantes figuras do presente século que defenderam os ideais supra citados, ajudando, por conseqüência, na formação do direito à objeção de consciência. Objetivando a independência da Índia, Mohandas Karamchand GHANDI, é o mais célebre objetor da opressão, discriminação e da violência. Além dos pensamentos de Thoreau e Tolstoi também constituíram as bases dos alicerces morais de Ghandi o Alcorão e o Gita, que acabou abalando a opinião pública mundial com seu movimento não violento em defesa dos direitos do homem. Decidido a consagrar a mensagem de Ghandi, o italiano Lanza Del Vasto destacou-se em ações contra a tortura e os campos de concentração, além de reivindicar o estatuto do objetor de consciência na França e na Espanha. Discípulo de Ghandi, Martin Luther King, através da não-violência também destacou-se nas décadas de 50 e 60 nos Estados Unidos, como mártir-defensor dos direitos dos negros. Ele traçou seis aspectos essenciais da resistência não-violenta:


 


a) Não procurar vencer o adversário, mas buscar sua compreensão;


b) Ter como missão vencer o mal e não as pessoas que se apresentam com instrumento desse mal;


c) Saber aceitar o sofrimento sem espírito de represália;


d) Recusa de violência;


e) Convicção de que a lei que rege o universo é a justiça.


f) Não estar esta resistência destinada aos medrosos ou ser própria de covardes;


No Brasil, o defensor de uma alteração nos tradicionais padrões de troca entre nações, a fim de que se constitua uma nova ordem internacional, o bispo Helder Câmara, ‘D. Helder’, é uma das principais figuras do século XX na luta não-violenta em defesa dos direitos fundamentais. Já o italiano Danilo Dolci e mais outros objetores organizou campanha contra as condições sociais reclamando uma intervenção decisiva do Estado. Colocou em sua obra a objeção de consciência como o instrumento primordial da salvação da humanidade, principalmente quando se tem em questão a guerra.


 


Conceitos Afins


Três conceitos podem ser confundidos com o objeto do presente estudo caso não sejam bem definidas suas diferenças e seus limites, esses conceitos são: a) Direito de resistência - Pode ser visto em três níveis diferentes (resistências passiva, defensiva e agressiva), que se diferenciam pela quantidade de violência usada mas que se forma quando são observados, basicamente, dois aspectos: uma ordem injusta que ofenda direitos individuais e a impossibilidade de se recorrer à autoridade pública para repelir uma agressão, derivada da ordem injusta. O direito de resistência pode ser invocado por todos, a objeção não, pois baseia-se em crenças subjetivas. b) Desobediência civil - Basicamente pode-se dizer que trata-se de fenômeno com objetivos bem determinados, destinados a alterar a ordem estabelecida e causar impacto na consciência social. c) Não-Violência - Na realidade este conceito é apenas uma prática usada por muitos grupos para garantirem uma pretensão por uma maneira que não a armada, Ghandi, foi o mais célebre utilizador desse método, visando à independência do seu pais. Com rigor a não-violência não é conceito afim da objeção de consciência mas um dos princípios desta.


 


Os Limites


A objeção de consciência pode servir para mostrar o grau de consciência social em um Estado e de liberdade dos cidadãos desse mesmo Estado ou comunidade política, bem como a intensidade da intervenção do Estado na esfera particular dos cidadãos. António Damasceno Correia não fornece, em sua obra, ele aponta requisitos (três) que, juntos, vêm a dar a uma atitude o caráter da objeção de consciência. Esses requisitos são os seguintes: a) A desobediência de norma jurídica ou autoridade pública, ou comportamento oposto ao imposto pela ordem social; b) Ser essa desobediência resultante de convicção do foro íntimo do objetor (razão religiosa, social, política, moral...); c) Apesar de não considerada essencial, é relevado por Damasceno a questão da não utilização da violência para se constituir a objeção de consciência. Entretanto, existem casos em que o objetor age ferindo bens de terceiros mas tem-se a certeza de que em situação igual ele agiria contra esse seu bem também. É o caso do pai que não permite transfusão de sangue do filho, colocando em risco a vida deste, a solução para este caso foi tirar a tutela do pai para se salvar o filho, sendo incabível punir-se o pai, pois agiria contra a própria vida se estivesse em situação igual a que estava seu filho. c) Exercício de obrigação profissional - Como já demonstrado anteriormente, bens de outrem são limites intransponíveis à atuação do objetor, sendo assim, somente são consideradas legítimas situações as quais, por motivos de foro íntimo, o objetor vem a deixar de realizar certo trabalho mas pode ser, sem prejuízo algum a bens de outrem, substituído.


Fascinante, como dito anteriormente, não?


sexta-feira, 23 de junho de 2006

Multimidia

Rating:
Category:Other
Até pouco tempo atrás, em se tratando de escrever, seja para um jornal, ou apenas fazer uma redação sobre qualquer acontecimento, éramos ensinados a escrever assim: uma história seguindo regras de alinhamento dos fatos de tal maneira que o mais importante vinha em cima e, em seguida, vinham os detalhes até o menos importante, que encerra o assunto. Essa visão linear da maneira de mostrar uma história foi para os ares com a informática e, sobretudo, com os recursos da Internet. Não se espera mais que o leitor siga o fio da meada do princípio ao fim. Ele interrompe a leitura a qualquer momento (encontra um LINK para outro texto, etc) , desloca-se para outro tema, volta novamente, ou do outro tópico e de um novo salto ‘navega’ para várias possibilidades. E isso que estamos vivendo agora é mais profundo ainda. Saber que o leitor não vai percorrer o texto de ponta a ponta, que pode se jogar do barco em qualquer palavra grifada, que, por sua vez, o levará para outros rumos imprevistos. Mas, se a leitura já estava se aproximando do olhar de quem vê um filme, ela continua sendo o filme, porem agora dotada de um poderoso controle remoto (o clique do mouse), possibilitando saltos e mais saltos como um cabrito montanha abaixo.
Quando do surgimento do cinema entrou em pauta o peso da imagem, o texto clássico estava em mutação. A tela sugeria mais que descrevia, movia-se em cortes bruscos. Sim, estávamos entrando na era da imagem e o reinado do mundo do audiovisual, um antecessor do mundo chamado ‘virtual’. Agora com o mote mais popular de ‘multimídia’. O questionamento é aonde iremos parar? Estatisticamente lê-se cada vez menos, a palavra impressa esta em detrimento, as cores vívidas, os sons cada vez mais refinados e límpidos (leia-se MP3 e outros padrões da nova era digital), ganham cada vez mais espaço. Agora vem a onda de podermos ver TV em qualquer lugar, no Celular, na tela de nosso monitor....
Este século será marcado pela imagem.. e quem saber manipula-as será quem dita as regras...Bom ou pior para nós?.. só o futuro tem a reposta.

quarta-feira, 21 de junho de 2006

O Solstício de Inverno




Para a astronomia, solstício é o momento em
que o Sol,
durante seu movimento na esfera celeste, atinge o seu maior
afastamento, sua maior distancia do equador.



Em 22 de
junho a Terra se encontra em posição tal que, o hemisfério norte está mais
voltado para o Sol, de maneira que recebe mais luz, marcando assim o início do
verão neste hemisfério e ao contrario, o início
do inverno no hemisfério sul
.



Da mesma
forma, entre 21 de março e 23 de setembro a Terra se encontra em posições tais
que ambos os hemisférios são igualmente iluminados, marcando assim o início das
'meias estações', que seriam o outono e a primavera.



Chama-se
de solstício às posições em que a Terra se encontra entre 22 de dezembro e 22 de junho. Por exemplo, dizemos que
dia 22 de Junho é o início do solstício de inverno no hemisfério sul.





Este solstício de inverno, marca para os povos
da América do Sul e especialmente nos povos Andinos (para os índios aymaras), o
início do ano novo, o de 5510.   Mais de
um milhar de indígenas inauguram o seu ano novo no meio de ritos e oferendas ao
deus Inti (Sol) e a Pachamama (Terra), no templo de Kalasassaya e a Porta do
Sol, localizado nas ruínas arqueológicas más importantes da AMÉRICA do Sul, em Tihawanaku,
no planalto andino próximo á cidade de La Paz.   

A tradição assinala que os primeiros raios do sol, perto das  06.00 da manhã hora local (10.00 GMT), fecundam
a terra no início de um novo ano agrícola para os aimaras que celebram simultaneamente
este ritual de Tihawanaku ainda nas ruínas arqueológicas de Cochabamba e em Samaipata,
em Santa Cruz, no leste da Bolivia.  Tihawanaku,
possivelmente é a cidadela mais antiga de América o mesmo acontece com as ruínas
de Samaipata, onde temos um bloco megalítico, posterior á cultura tihawanakota.
Ambos detentam o titulo de Patrimônio Cultural da Humanidade, outorgado pela UNESCO.


 

É interessante também notar que, na literatura universal, encontramos apenas
referencias ao solstício do Inverno do Hemisfério Norte. Um caso interessante é
este da cultura romana:  Foi na Roma
imperial que o solstício de Inverno (que ocorre em 22 de Dezembro) passou a ser
conhecido como sendo a data fixa do nascimento do salvador da humanidade, do
filho de Deus e não mais do Sol, filho da Luz. (coincidência com as divinidades
da América do Sul?)... Foi no ano de 336 de nossa era, que o Imperador romano
Constantino I, aproveitando os festejos do solstício da luz, anunciou para os
povos do império a nova religião de Roma e contou a historia de seu salvador. Essa
religião tomou como base para sua formação, muitas das valiosas e preciosas informações
mais antigas: O nascimento do filho humano de Deus na Terra na mesma data do
nascimento do sol, foi uma dessas adaptações feitas para a nossa era. Roma simplesmente
usou uma data que já existia como festejo tradicional dos povos e criou um novo
motivo para que as pessoas de todas as religiões continuarem comemorando.   Desde que Roma modificou os motivos dos
festejos, o solstício perdeu o seu significado real e com o tempo, este festejo
passou a ser comemorado como o "Nascimento do filho de Deus", essa
data que hoje conhecemos como Natal. Posteriormente, e para retirar de vez
qualquer conotação mística e sua relação com crenças antigas e pagãs... Esta data foi fixada para o dia 24 de
dezembro
. Essas informações do solstício ainda estão registradas nos hieróglifos
dos monumentos egípcios e nos registros dos povos indianos. O solstício também
estava registrado nos Livros das antigas escrituras sagradas e em muitos livros
que foram destruídos e queimados pelo Império Romano. Os chamados Livros
Apócrifos, aqueles que continham dados que não interessavam aos anseios de
dominação do Imperador Constantino. 
Muitas das informações eram sobre o nascimento da luz pela virgem mãe na
Terra, sobre os seres de luz que estavam na Terra, sobre os mestres que
curavam, e ressuscitavam. Quase todas estas informações foram recolhidas pelo
império Romano. foram interpretadas e readaptadas pelos ministros do imperador
com o intuito de formar uma religião única para o Império: A  religião Católica.  Baseando-se nos escritos antigos encontrados
na Índia, no Egito, e nas escolas iniciáticas antepassadas e nos templos
sagrados, foi que os estudiosos de Roma elaboraram essa “nova” religião para o
até então império pagão. Roma era um império que tinha como objetivo recolher
taxas dos territórios ocupados pelo Imperador e não dominar os povos por motivo
 religiosos. Sim, Roma era uma potencia
de guerra que implantava um poderoso comercio financeiro entre os povos. Até
Constantino I, Roma deixava os territórios ocupados livres para praticarem suas
próprias religiões cada um, depois de Constantino, Roma passou a ser conhecida
como sede da religião que ele abraçou e impôs aos povos sob o seu domínio: a  Católica Apostólica Romana.


terça-feira, 20 de junho de 2006

O Século de Sartre


Esta semana, mais exatamente no dia 21 de Junho, lembramos o nascimento do francês Jean Paul Sartre (1905-1980). Este filósofo nasceu e cresceu em meio à marcas históricas, principalmente guerras. Em 1905, quando nasceu, terminava a guerra russo-japonesa. Em 1914, quando ele tinha 9 anos, começava a Primeira Guerra Mundial.  Os alemães invadiram seu país, a França, mas os franceses juntamente com os ingleses conseguiram detê-los. Essa foi a primeira vitória significativa da guerra que persistiu até 1918. No ano seguinte, 1919, houve um fato importante para os franceses : O Tratado de Versalhes.  Este Tratado marcou novas linhas fronteiriças na Europa e privou a Alemanha de um oitavo de seu território, além de todas as colônias, limitou os efeitos de seu Exército e obrigou-a ainda a pagar vultosa indenização de guerra, provocou profundos ressentimentos na população inconformada com essa "paz imposta".  Neste período o Brasil passam por agitação tenentistas , pela Coluna Prestes, até chegar a "Era de Vargas"  Já na década de 20 nos Estados Unidos teve um progresso econômico, que colocaram a disposição do grande público inovações tecnológicas tais como o rádio, a vitrola, o cinema, a luz elétrica e os eletrodomésticos, enquanto os automóveis começaram a tomar conta das ruas e o avião oferecia a opção de transporte aéreo. O ritmo desses "anos loucos" era o ‘charleston’, dança inventada no sul dos Estados Unidos, Mais logo logo em seguida este pais passou pela crise econômica. O “Crack” das Bolsas de  1929.  A Europa, começando por Itália, conheceu o fascismo, que foi instaurado por Mussolini.  Enquanto isso na América Latina assistia-se à Guerra Civil Espanhola, que em 26 de abril de 1937 fez a cidade de Guernica ser bombardeada pela aviação alemã. Este lamentável  evento foi magistralmente perpetuado por Pablo Picasso. A tragédia de Guernica chocou às consciências democráticas do mundo inteiro.  Sartre assistiu também a Segunda Guerra Mundial, quando os franceses, além de pouco preparados, não dispunham dos recursos das forças alemãs. O Primeiro ataque alemão contra a França ocorreu em maio de 1940 (em 22 de junho); o país foi obrigado a assinar uma armistício humilhante, que estabelecia a ocupação da região setentrional ( inclusive Paris ), e toda costa Atlântica pelos alemães. Após o término da II Guerra , houve também a Guerra Fria, que já estava estabelecida desde 1945.  A década de 60 foi um período emocionante, revolucionário e turbulento, de grandes mudanças sociais e tecnológicas: assassinatos, grande revolução no mundo da moda, novos estilos musicais, direitos civis, libertação de mulheres e homossexuais, a guerra do Vietnã, as primeiras expedições à Lua, campanhas de paz, flower power dos hippies, grandes filmes e programas de TV, liberdade sexual. Nessa época, os indivíduos nascidos no baby boom do pós-guerra já haviam crescido e formado um novo e poderoso exército de consumidores. Tornavam-se adultos numa época de otimismo e autoconfiança inigualáveis e incontidos: a guerra e a austeridade do pós-guerra haviam acabado; os homens viajavam pelo espaço e logo iriam chegar à Lua; o primeiro transplante de coração fora realizado.  Lá pelos anos 80 os juvenilistas (ou "darks e punks", como ficaram conhecidos por aqui) já evocaram estes predecessores. O problema é que eles acreditavam apenas em si mesmos. Agora não. Para a reciclagem bastam o look e o glamour desse estilo. Seriam os góticos, darks, e etc. atuais....Depois dessa euforia dos anos 80, e já no Século XXI a moda recupera um estilo dos anos 50. Ao contrário daquela, o conceito de neo-existencialismo não interessa mais, apenas a atitude. Esta é a herança da escola filosófica liderada pelo francês Jean-Paul Sartre. O lema conceitual de Sartre era "a existência precede a essência". Isto quer dizer: o homem não possui uma essência eterna e imutável, ele é uma criatura que se constrói na história. As eventuais mudanças de rumo da história estão, portanto, nas suas mãos.  Mas não foi a consciência do conceito que fez a popularidade do existencialismo. Ela derivou do momento histórico que surgiu quando à ressaca da Liberação se misturou a desilusão frente aos pecados da guerra. Diante da barbárie recente o espírito existencialista reagiu destilando niilismo.  Não é a toa que o Século XX e chamado também do ‘Século de Sartre’.


Neste caldeirão de acontecimentos, Sartre descreveu e definiu o chamado Existencialismo:


O Existencialismo Básico


Para entender o significado de existencialismo, é preciso entender que a visão americana do existencialismo derivou das obras de três ativistas políticos, não puristas intelectuais. A América aprendeu o termo existencialismo depois da II Guerra. O termo foi criado por Jean-Paul Sartre para descrever suas próprias filosofias. Até 1950, o termo era aplicado a várias escolas divergentes de pensamento clássico.


Muitas pessoas confundem entre a falta de fé ou crenças do tipo religioso, com ideais existenciais. O existencialismo pouco tem a ver com fé. Segundo Walter Kauffmann, "Certamente, o existencialismo não é uma escola de pensamentos. Os três escritores que sempre aparecem em toda lista de existencialistas - Jaspers, Heidegger e Sartre - não concordam em sua essência. Considerando Rilke, Kafka e Camus, fica claro que a característica essencial compartilhada por todos é o seu individualismo exagerado."


Apesar das variações filosóficas, religiosas e ideologias políticas, os conceitos do existencialismo são simples:



  • A espécie humana tem livre arbítrio;

  • A vida é uma série de escolhas, criando tensão, stress;

  • Poucas decisões não têm nenhuma conseqüência negativa;

  • Algumas coisas são absurdas ou irracionais, sem explicação;

  • Se você toma uma decisão, deve levá-la até o fim.

Fé e Existencialismo


Como mencionei anteriormente, o existencialismo não é uma simples escola de pensamento, livre de qualquer e toda forma de fé. Para entender isto é preciso saber que, muitos dos existencialistas eram, de fato, religiosos.  Vejamos: Pascal e Kierkegaard eram cristãos dedicados: Pascal era católico, Kierkegaard, um protestante radical e defensor dos ensinamentos de Lutero. Dostoievsky era greco-ortodoxo, a ponto de ser fanático. Kafka era judeu; Hegel era muito, mas muito religioso, acreditando que nenhum poder era obtido sem o consentimento do criador. Nietzsche, apesar da sua famosa frase "Deus está morto", também parecia acreditar em um criador, mesmo desprezando as religiões organizadas que eram para ele, ferramentas de manipulação e controle de massas (lembra uma certa Igreja Universal, não?).  Sartre era o único que realmente não acreditava em força divina. Embora Sartre não foi criado sem religião, mas as guerras que presenciou e sobretudo a  II Guerra Mundial e o constante sofrimento no mundo levou-o para longe da fé, de acordo com várias biografias, incluindo a de sua famosa companheira, Simone de Beauvior. Curiosamente, Sartre passou seus últimos anos de vida explorando assuntos de fé e a dedicação, com um certo amigo judeu ortodoxo. Apenas podemos imaginar suas conversas, já que Sartre não as registrou.

Para os existencialistas cristãos, a fé defende o indivíduo e guia as decisões com um conjunto rigoroso de regras. Para os ateus, a ironia é a de que não importa o quanto você faça para melhorar a sim mesmo ou aos outros, você sempre vai se deteriorar e morrer. Muitos existencialistas acreditam que a grande vitória do indivíduo é perceber o absurdo da vida e aceitá-la.   Resumindo, você vive uma vida miserável, pela qual você pode ou não ser recompensado por uma força maior. Se essa força existe, por que os homens sofrem? Se não existe, por que não cometer suicídio e encurtar seu sofrimento? Essas questões apenas insinuam a complexidade do pensamento existencialista.

domingo, 18 de junho de 2006

Basta Olhar nos teus Olhos

Rating:★★★★★
Category:Other
Basta olhar nos teus olhos
Para saber que existes
Para saber que pisas
O chão que eu piso
Para saber que amas
O mesmo mar que eu amo,
Para saber que o sol que nos ilumina
É o mesmo sol.
Basta olhar nos teus olhos
Para saber que estás viva,
Para saber que o céu
Esta neles contido,
Para saber que o mar
Com seu silencio ou seu rumor
Banhou-os com a sua cor
E seu mistério infinito.
Basta olhar nos teus olhos
Para saber que existes,
Para saber que moras
Aqui onde eu moro,
Para saber que estas aqui
Embora eu não esteja contigo,
Para saber que o céu
Aquele que nos rodeia
é o mesmo.
Basta olhar nos teus olhos

Apenas isso...
E eu não canso de olhá-los.

quinta-feira, 15 de junho de 2006

Ronaldo esta doente?


Como se não bastassem o peso, a febre e as bolhas, Ronaldo se viu às voltas ontem com fortes dores de cabeça e tonturas. Ele fez exames numa clínica em Frankfurt e nada foi diagnosticado. Os médicos o liberaram para treinar.
O médico da Seleção Brasileira, José Luiz Runco, disse que Ronaldo deve melhorar sua performance física ao longo da Copa do Mundo...


Então ele esta bem! Menos mal... E que seria então o que se passou no jogo contra a Croácia?. Bem acho que ele mistura muito as coisas,  é algo do tipo bem somático mesmo, e chega a ser o tipo de paciente mais temido pelos médicos, aquele que só tem dores e sente as coisas dentro da mente dele, e não falo apenas de uma dor, falo das muitas sensações de mal-estar e diversas outras “dores” que estão apenas na cabeça dele... o paciente psicossomático.


Será que ele é carente? Se éste for o problema então ele é cheio de frescura mesmo! Será que ele está sentindo demais o peso da responsabilidade?. Acho que até o comentário “besta”, do Lula acabou pesando nele e se juntarmos outras coisa pessoais, tipo do excesso de ‘mistura’ de tudo (pois sim, acho que ele mistura tudo o tempo todo). Outro dia se viu durante o treino, a mãe dele com o namorado, do outro lado o pai, por sinal com uma tremenda cara de alcoólatra, com a respectiva ‘namorada’ que a esta altura nem 26 anos ela tem.  A própria namorada de Ronaldo a Raiça, esta fazendo sessões de nudismo em São Paulo, e já declarou que está com a agenda lotada que não pretende viajar para Alemanha. Será que ele está sentindo falta dela?


Oras! Um cara famoso, novo, até jeitoso, com uma bela conta bancária e ainda cheio de frescuras?  Acho que se vamos começar com essa ladainha de Ronaldo está assim ou assado, ele tem isso ou aquilo.. Pôxa!! De novo não!!!  NÃO!!, me poupem! O melhor mesmo é deixá-lo no banco de reservas, lá ele que fique remoendo suas carências e deixe a gente em paz, chega desses sobressaltos!!!  e vamos ganhar esta Copa!


Não se esqueçam que a copa envolve muitos fatos, interesses, além dos esportivos... financeiros, emocionais  etc...

segunda-feira, 12 de junho de 2006

ROTINA

Rating:★★★★★
Category:Other
De novo, o mesmo de ontem
As mesmas ruas, a mesma gente,
O mesmo sorriso, as mesmas coisas...
Tudo é igual. É igual minha saudade.
Tudo é igual a ontem,
E talvez tudo seja igual amanha, nada cambia.
No mesmo espelho no qual vejo o meu rosto,
A mesma luz que ilumina meu travesseiro
O mesmo relógio, a mesma cama,
Tudo igual, nada cambia.
O escritório, o telefone,
O café das quatro,
E para não perder o costume,
Algumas gargalhadas.
Um horário a cumprir,
um chau, um até amanha,
e de novo sozinho.
Tudo é igual, nada cambia,
Nada cambia, porque eu não mudo.
. . . . .
Tenho que mudar!! A partir de agora.

São Petersburgo


Em um dia como hoje: 13 de Junho e por meio de um Plebiscito, a cidade russa de “Leningrado” recuperou seu nome antigo: São Petersburgo: Este nome significa "castelo de São Pedro". (Pedro o Grande nomeu-o assim em homenagem ao seu patrono: San Pedro). Foi fundada com o propósito de descentralizar a capital, e de fato foi capital da Rússia de 1712 a 1918. Pela sua situaçao geográfica ganho o mote de "a janela da Europa". Foi tambem o cenário das revoluçoes de 1905 e de 1917 (da revolucão bolchevique, ou a tomada dos comunistas do poder).   A cidade trocou de nome várias veces: Chamou-se Petrogrado (Петроград Petrograd, que significa cidade de Pedro), entre 1914 e 1924, e mais tarde Leningrado (Ленинград Leningrad em homenagem ao lider comunista Lenin), ficou com esse nome de 1924 até 1991; onde novamente voltou a ser San Petersburgo através de um plebiscito. Coloquialmente los peterburgueses y russos em geral chaman a esta cidade de Peterburg ou de maneira mais familiar ainda: Piter.


Esta cidade, ás margens do Rio Neva fica na desembocadura deste rio no golfo de Finlândia e foi construída com muito esforço: O Zar ordenou aos nobres que abandonaram Moscou e se mudaram para San Petersburgo, nesta empreitada morreram milhares de serviçais e foi proibida as construções de pedra em outras cidades, e cada visitante tinha que pagar um imposto na forma de enormes rochas utilizadas depois nas construções.  Assim a cidade conta com inumeras amostras da arquitectura barroca e neoclássica, e inumeras igrejas que na era soviética eram utilizados como depósitos!, mais se conservaram fantásticamente, a exemplos tal como a  catedral de San Isaac  famosa por su cúpula dorada


As noites Brancas


Um fenomeno natural e muito visitado é o das “noites brancas” Una maravilha que dura um par de semanas. Especialmente no dia do solstício de verão, ou seja  22 de Junho quando o dia dura mais de 18 horas: O céu durante a noite não chega a escurecer e a cidade como um fantasma passa apenas um par de horas entre duas luzes. São algumas noites com céu claro. E acontecem no final de junho - principio de julho, é a temporada mas bela  e romântica para visitar San Petersburgo. As pessoas sem pela noite, vão ao centro para ver como sobem as pontes e passam os barcos pelo rio Neva


Entre algumas maravilhas desta cidade temos o museu do Ermitage situado no Palácio imperial de Inverno. Este museu é considerado como um dos melhores não apenas da Rússia como do mundo inteiro. O Ermitage ocupa 5 edifícios históricos de San Petersburgo e conta com 3 milhões de amostras de arte desde os tempos antigos até nosso dias. Nas 400 salas se encontram amostras maravilhosas de arte primitivo, de arte egípcio e antigo assim como objetos de ouro pertencentes as culturas antigas, vastas coleções de arte da Europa Ocidental e muito mais.


Locais super-interessantes para visitar:  O Hermitaje- centro histórico, museu da pintura, escultura e arte decorativa mundial.
La Plaza del Palácio,  
Museu de Arte Russa - museo de la pintura y escultura russa
Fortaleza de San Pedro e Paulo, Catedral de Santo Isaak,   Teatro Mariinsky, Teatro Musorgsky – que são teatros de opera y balé russo   
Ainda:
Peterhoff - residência Real de verão, Palácio e chafarizes maravilhosos
Pushkin - Palácio de Catarina a Grande
, Liceu. Parque
Pavlovsk - Palácio de Paulo - museu de arte decorativo


Imagens: 1) a esquerda: A Fortaleza de Pedro e Paulo,  2) a direita: Catedral de São Issac, 3) abaixo: as noites brancas - Foto tirada exatamente ás 23:40 da noite)