quarta-feira, 21 de junho de 2006

O Solstício de Inverno




Para a astronomia, solstício é o momento em
que o Sol,
durante seu movimento na esfera celeste, atinge o seu maior
afastamento, sua maior distancia do equador.



Em 22 de
junho a Terra se encontra em posição tal que, o hemisfério norte está mais
voltado para o Sol, de maneira que recebe mais luz, marcando assim o início do
verão neste hemisfério e ao contrario, o início
do inverno no hemisfério sul
.



Da mesma
forma, entre 21 de março e 23 de setembro a Terra se encontra em posições tais
que ambos os hemisférios são igualmente iluminados, marcando assim o início das
'meias estações', que seriam o outono e a primavera.



Chama-se
de solstício às posições em que a Terra se encontra entre 22 de dezembro e 22 de junho. Por exemplo, dizemos que
dia 22 de Junho é o início do solstício de inverno no hemisfério sul.





Este solstício de inverno, marca para os povos
da América do Sul e especialmente nos povos Andinos (para os índios aymaras), o
início do ano novo, o de 5510.   Mais de
um milhar de indígenas inauguram o seu ano novo no meio de ritos e oferendas ao
deus Inti (Sol) e a Pachamama (Terra), no templo de Kalasassaya e a Porta do
Sol, localizado nas ruínas arqueológicas más importantes da AMÉRICA do Sul, em Tihawanaku,
no planalto andino próximo á cidade de La Paz.   

A tradição assinala que os primeiros raios do sol, perto das  06.00 da manhã hora local (10.00 GMT), fecundam
a terra no início de um novo ano agrícola para os aimaras que celebram simultaneamente
este ritual de Tihawanaku ainda nas ruínas arqueológicas de Cochabamba e em Samaipata,
em Santa Cruz, no leste da Bolivia.  Tihawanaku,
possivelmente é a cidadela mais antiga de América o mesmo acontece com as ruínas
de Samaipata, onde temos um bloco megalítico, posterior á cultura tihawanakota.
Ambos detentam o titulo de Patrimônio Cultural da Humanidade, outorgado pela UNESCO.


 

É interessante também notar que, na literatura universal, encontramos apenas
referencias ao solstício do Inverno do Hemisfério Norte. Um caso interessante é
este da cultura romana:  Foi na Roma
imperial que o solstício de Inverno (que ocorre em 22 de Dezembro) passou a ser
conhecido como sendo a data fixa do nascimento do salvador da humanidade, do
filho de Deus e não mais do Sol, filho da Luz. (coincidência com as divinidades
da América do Sul?)... Foi no ano de 336 de nossa era, que o Imperador romano
Constantino I, aproveitando os festejos do solstício da luz, anunciou para os
povos do império a nova religião de Roma e contou a historia de seu salvador. Essa
religião tomou como base para sua formação, muitas das valiosas e preciosas informações
mais antigas: O nascimento do filho humano de Deus na Terra na mesma data do
nascimento do sol, foi uma dessas adaptações feitas para a nossa era. Roma simplesmente
usou uma data que já existia como festejo tradicional dos povos e criou um novo
motivo para que as pessoas de todas as religiões continuarem comemorando.   Desde que Roma modificou os motivos dos
festejos, o solstício perdeu o seu significado real e com o tempo, este festejo
passou a ser comemorado como o "Nascimento do filho de Deus", essa
data que hoje conhecemos como Natal. Posteriormente, e para retirar de vez
qualquer conotação mística e sua relação com crenças antigas e pagãs... Esta data foi fixada para o dia 24 de
dezembro
. Essas informações do solstício ainda estão registradas nos hieróglifos
dos monumentos egípcios e nos registros dos povos indianos. O solstício também
estava registrado nos Livros das antigas escrituras sagradas e em muitos livros
que foram destruídos e queimados pelo Império Romano. Os chamados Livros
Apócrifos, aqueles que continham dados que não interessavam aos anseios de
dominação do Imperador Constantino. 
Muitas das informações eram sobre o nascimento da luz pela virgem mãe na
Terra, sobre os seres de luz que estavam na Terra, sobre os mestres que
curavam, e ressuscitavam. Quase todas estas informações foram recolhidas pelo
império Romano. foram interpretadas e readaptadas pelos ministros do imperador
com o intuito de formar uma religião única para o Império: A  religião Católica.  Baseando-se nos escritos antigos encontrados
na Índia, no Egito, e nas escolas iniciáticas antepassadas e nos templos
sagrados, foi que os estudiosos de Roma elaboraram essa “nova” religião para o
até então império pagão. Roma era um império que tinha como objetivo recolher
taxas dos territórios ocupados pelo Imperador e não dominar os povos por motivo
 religiosos. Sim, Roma era uma potencia
de guerra que implantava um poderoso comercio financeiro entre os povos. Até
Constantino I, Roma deixava os territórios ocupados livres para praticarem suas
próprias religiões cada um, depois de Constantino, Roma passou a ser conhecida
como sede da religião que ele abraçou e impôs aos povos sob o seu domínio: a  Católica Apostólica Romana.


2 comentários:

  1. Este solstício de inverno, marca para os povos da América do Sul e especialmente nos povos Andinos (para os índios aymaras), o início do ano novo, o de 5510. Mais de um milhar de indígenas inauguram o seu ano novo no meio de ritos e oferendas ao deus Inti (Sol) e a Pachamama (Terra), no templo de Kalasassaya e a Porta do Sol, localizado nas ruínas arqueológicas más importantes da AMÉRICA do Sul, em Tihawanaku, no planalto andino próximo á cidade de La Paz.

    vry interesting..

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  2. As the same for the 'Mochicas' in Peru... A lot of interesting mysteries.
    And a nice heritage for South Americans.... as we are... isn't?
    +kisses
    Miro

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