quarta-feira, 30 de março de 2005

A PAIXÃO DE CRISTO ( The Passion of Christ)


Sinopse: O filme conta como foram as últimas horas da vida de Cristo, antes de ser crucificado

Curiosidades: - Este é o 3º filme dirigido por Mel Gibson. Os outros foram O Homem Sem Face (1993) e Coração Valente (1995).

ELENCO:

Jesus – James Cazievel

Maria - Maia Morgernstern

Madalena - Mônica Bellucci

Caifás - Mattia Sbragia ( O Sumo Sacerdote)

Pilatos - Hristo Naumov Shopov

Judas - Luca Ionello

João - Hristo Jivkov

Pedro - Francesco De Vito

Abenader - Fabio Sartor (Oficial de Guarda de Pilatos) 

Claudia Procles - Claudia Gerini (a mulher de Pilatos)

  • Premiações
    - Recebeu 3 indicações ao Oscar, nas seguintes categorias: Melhor Fotografia, Melhor Maquiagem e Melhor Trilha Sonora.  - Recebeu uma indicação ao MTV Movie Awards de Melhor Ator (Jim Caviezel).

“vocês são meus amigos, e a o maior amor de alguém pelos seus amigos, é dar sua vida por eles"

O título original do filme seria "The Passion" ( A Paixão). Entretanto, como este título já havia sido registrado pela Miramax Films, ele foi posteriormente alterado para "The Passion of the Christ".  O filme  é inteiramente falado nas línguas usadas na época de Jesus Cristo. Inicialmente era intenção de Mel Gibson que o filme nem tivesse legendas, e apenas com a linguagem corporal contando a história, mas posteriormente decidiu por inserir legendas em algumas cenas. As filmagens de A Paixão de Cristo ocorreram em Roma. A cena da crucificação de Cristo levou 2 semanas até ser concluída da forma que o Diretor, Mel Gibson queria.  Numa das cenas da crucifixão o ator Jim Caviezel ( que faz o papel de Cristo) e o diretor assistente Jan Michelini foram atingidos por um raio. Apesar do susto, os dois não sofreram nada.

O orçamento de A Paixão de Cristo foi de US$ 25 milhões. E O diretor bancou do seu próprio bolso o custo do filme, pois nenhum dos costumeiros ‘capitalistas’ queriam dar seu apoio ao filme por considera-lo ‘polemico’.  O filme fez sua estréia nos EUA na Quarta Feira Santa de 2004, e só no seu primeiro dia de exibição arrecadou 27 milhões de dólares. Ao todo já arrecadou 607 milhões de dólares e foi reapresentado nos salas dos EUA na Quarta Feira de Cinzas de este ano de 2005. No Brasil já foi lançado em DVD e VHS, e o Canal Telecine o esta exibinho neste mês em diversos horários.

Gibson é sem duvida um diretor talentoso, O fato é que Gibson, como católico fervoroso, fez o filme que queria e tinha direito de fazer (a mão que aparece segurando o prego sobre a palma de Cristo é sua, o que indica seu envolvimento com a história). Da mesma forma, os católicos devem compreender que nem todos aqueles que apontam os elementos perniciosos do longa estão atacando sua Fé. É uma simples questão de respeito mútuo e bom-senso. Ele foi capaz de criar imagens impactantes e de criar um universo verossímil o bastante para 'sugar' o espectador para a história. Mantendo a câmera próxima de seus atores, o cineasta permite que compartilhemos de suas dores e sentimentos sem que precise apelar para os diálogos – que, por sinal, são ditos em aramaico, latim e hebraico, conferindo uma enorme verossimilhança à narrativa. Em alguns momentos, é como se tivéssemos sido transportados no tempo e estivéssemos, de fato, presenciando aqueles acontecimentos (sensação que seria arruinada caso ouvíssemos Jesus conversar em inglês, por exemplo). E, embora ocasionalmente se empolgue com o estilo e exagere na utilização de câmeras lentas, Gibson deixa a narrativa fluir sem muitas intervenções, o que é um sinal de sua maturidade como diretor.

Aliás, o mesmo primor técnico pode ser observado com relação à maravilhosa direção de arte, que recria a antiga Jerusalém com riqueza de detalhes, aos elaborados figurinos, à trilha sonora evocativa de John Debney e, principalmente, à fotografia de Caleb Deschanel, que utiliza as cores de forma sempre significativa. Observem, por exemplo, a seqüência inicial, no jardim de Getsêmani, onde Jesus encontra-se orando, aflito, ciente de que sua tortura está prestes a começar: mergulhado em um belo tom de azul (referência à natureza divina do personagem), o momento é finalmente 'manchado' pelos reflexos vermelho-alaranjados das tochas carregadas por aqueles que vieram prender Cristo – o que representa uma escolha elegante e inteligente por parte de Deschanel.

E chegamos, então, ao objetivo final de tanta técnica: como e para que Mel Gibson empregou tantos indivíduos talentosos? Para narrar as últimas horas da vida de Jesus Cristo, obviamente, mas que ignora as passagens mais significativas e belas da história do Messias. Qual é, afinal de contas, a mensagem do filme A Paixão de Cristo? A de que ele morreu na cruz para livrar-nos de nossos pecados? Sim!, qualquer cristão sabe disso, e sem a necessidade de testemunhar o espetáculo de violência promovido por Gibson, que faz questão de mostrar cada golpe desferido em Jesus. Porém, onde estão as lições de amor e compaixão deixadas pelo 'Filho de Deus'? Será que o mais importante sobre Jesus é sua morte? Não, esta é apenas a visão do Diretor, e nesses traços que ele decidiu reforçar a sua narrativa. Para isso ele é o Diretor....

Para evitar que o espectador pense que está assistindo a um snuff film, Gibson ainda procura introduzir flashbacks que mostram certos Momentos de Cristo, como a Santa Ceia, o quase apedrejamento de Maria Madalena e o sermão da montanha. Mais, graças à excepcional performance de Jim Caviezel, que com seus olhos bondosos e expressão serena supera as limitações impostas pelo roteiro (e sua capacidade de ilustrar a dor física do personagem é impressionante, levando-nos a considerar a possibilidade de que ele realmente estivesse sendo martirizado). O momento em de Maria, ao tentar consolar o filho, lembra-se de uma ocasião em que ele, ainda criança, se machucara.

O problema é que estas cenas são curtíssimas e em nada adiantam no sentido de conferir maior dimensão a Jesus –que só consegue provocar algum tipo de identificação- no espectador em sua ansiedade no Getsêmani (que salienta seu lado humano) especialmente pela presença de um personagem misterioso coberto com uma capa, e que vemos também em certos momentos do caminho ao Calvário, ele nada mais é que a ’tentação’ as forças perturbadoras que tentam fazer ele desistir da sua missão divina..

A ilustração do calvário de Jesus é de forma extremamente gráfica e violenta. Embora é um fiel reflexo a violência da época, pois devemos lembrar que era um época de barbárie a aquela era mais uma das províncias do extremo oriente. As línguas faladas eram: o aramaico, falado por Jesus e seus seguidores, pois ele era de Nazareth. O hebraico falado pelos Sacerdotes do Templo, aliás a classe dominante na época, e daí a sua insistência em se desfazer do estrangeiro,  pois estão lutando para conservar seu poder e hegemonia. E o latim, falado pelos romanos, e que devemos lembrar que a ação não se passa em Roma, eles ali são apenas os representantes do poder central, o Império Romano, a força militar de ocupação.

Com relação à questão central discutida sobre A Paixão de Cristo, passamos a pisar em um terreno infinitamente mais delicado: afinal, Mel Gibson, sem querer criou um manifesto anti-semita ou não? Definitivamente não, apenas que o seu filme reflete sem a máscara ‘hollywoodiana’ a crua realidade da época (uma época bárbara), e os tais Sacerdotes do Templo, lutam com todas as ferramentas ao seu alcance para se desfazer da ameaça que representa o “Nazareno”. Ainda, o fato deles insistirem que a pena seja a cruxifição, mostra o preconceito acirrado deles, pois esse tipo de penalidade era apenas reservada para os estrangeiros... Esta é uma questão clara no  filme: os altos sacerdotes judeus, liderados especialmente por Caifás. Compraram a traição de Judas, prenderam Jesus e o levaram até o pretor, Pôncio Pilatos, que era a única pessoa com autoridade para aplicar a pena de morte naquela lonlíngua província governada por Roma, e por isso ficaram insistindo que este o condenasse à morte. A situação da Palestina, naquele período, estava muito tensa: tinha havido nesses tempos duas revoltas e o pretor tinha como missão principal sufocar todas elas. Note-se o conflito e a política em jogo, pois o pretor romano não queria condenar a ninguém a morte, mas temia uma revolução incitada pelos Sacerdotes do Templo se assim não o fizesse, e desta forma poderia ser chamado a prestar contas, e ser substituído e ate condenado pela autoridade central em Roma, pois era seu dever evitar rebeliões; lembremos que Roma governava respeitando as costumes e religião de cada povo sob seu domínio. Sabedores disto, os sacerdotes chegam a manipular claramente a opinião da multidão e seus seguidores, levando-os a exigir a libertação de Barrabás (no lugar de Cristo) e a crucificação do 'estrangeiro'. Isso é inequívoco, não há discussão: é esta a versão que A Paixão de Cristo  apresenta.

Agora, isto é o bastante para classificá-lo como anti-semita? A princípio, não: afinal, basta ler os Evangelhos para constatar que a ação dos sacerdotes judeus consta das narrativas de Lucas, Mateus, João e Marcos. (ele chega a tentar transferir a responsabilidade para Herodes). E, embora alguns legionários romanos sejam vistos como bárbaros que sentem grande prazer em torturar Cristo, eram apenas os integrantes da soldadesca, as classes mais baixas da hierarquia militar romana, e que sempre estavam tentando fazer ‘media’ para galgar confiança e postos nas  suas unidades militares. Lembremos que as legiões romanas eram temidas pela sua bravura, que beirava a selvageria, como fica demonstrado pelo comportamento daqueles que acompanham o caminho ate o calvário, e em vários instantes vemos a reação (em close-up) de vários outros romanos que manifestam desconforto com relação ao que vêem. 

Tem um lance interessantíssimo no filme e na historia real: Diante do fato, dispara a centelha. O coração de homens tão diferentes e distantes uns dos outros – por temperamento e cultura – comove-se. Até Simão o Cireneu se descobre mudado. Ingressa nos Evangelhos quase que por acaso: enquanto está voltando para casa, depois de uma manhã de trabalho, topa na rua com Jesus sendo levado ao Gólgota, e o centurião força-o a carregar a cruz de Jesus. Um repulsivo contratempo. Nada nos leva a crer que esse Simão conhecesse Jesus ou fosse seu discípulo; portanto, a ordem recebida não lhe pareceu nem um pouco agradável. Mais ele é obrigado a cumpri-la e pega a cruz ... No final ele se comove e é arrepiante a cena onde ele sussurra para Jesus: “já esta quase por terminar, falta pouco”. E finalmente, quando termina a sua tarefa e o grupo chega ao local do martírio, pode-se vê-lo correndo espavorido do local, e nunca mais esqueceu do fato ... Uma vida que mudou para sempre, pela eternidade.

Novamente, no que tange ao ‘preconceito’: Para começar, mesmo que alguns sacerdotes judeus tenham sido responsáveis pela morte de Jesus há 2000 anos, não vejo como seus atuais descendentes poderiam ser culpados por isso (seria o mesmo que condenarmos todo o povo alemão, durante os próximos dois milênios, pelas ações de Hitler e seus subordinados). O mesmo que dizer hoje que todo alemão é nazista! Eu posso não ser católico, mais como teólogo, creio que estou correto ao afirmar que, se Jesus veio à Terra a fim de morrer por nossos pecados, então ninguém pode ser 'culpado' por sua morte que, afinal, já teria sido 'prevista' pelo próprio Deus.

Acreditar que o anti-semitismo é coisa do passado é, infelizmente, uma ilusão

E voltamos, portanto, ao grande problema de A Paixão de Cristo: com tantas mensagens relevantes e belas existentes na história de Jesus Cristo, Gibson optou por se concentrar na  mais crua das realidades, e mostrar enfim que, de acordo com a Bíblia, sofreu e morreu por nossos pecados.

Muitos passaram a compreender o significado das palavras de  Isaías 53:5: "e pelas suas feridas fomos sarados". A missão intrínseca deste filme é, seguramente despertar um amor mais profundo no interior de cada um que o assiste, e leve muitos outros a assumir um compromisso pessoal para com Aquele que morreu para nos salvar.
"A Paixão de Cristo" representa um oportunidade única de levar as pessoas a conversar e saber mais sobre Jesus e sua missão entre nós
   

 

CHARLES DICKENS


Escritor inglês. nascido em Landport, Portsmouth, 1812. De família modesta, quando criança viu seu pai, um homem afável porem desligado, ficar preso por dívidas, e desta maneira  é obrigado, sendo criança, a trabalhar numa fábrica de betume. Com estudos mínimos, autodidata na sua adolescência, passa a trabalhar como ajudante num escritório de advogados. Posteriormente foi cronista parlamentar (tirava as noticias do Parlamento ) onde habituo-se a efetuar descrições bem precisas dos fatos, qualidade que aplicaria posteriormente na sua obra. Mais tarde, redator de jornais humorísticos, até que, com sua obra: 'The Pickwick Papers' (comentada mais adiante),   aos vinte e seis anos, se torna de repente num autor de sucesso. Os seus romances posteriores, publicados em forma de folhetim mensal, conhecem grande êxito; desta maneira, redime-se de tantas misérias e dedica a sua vida, com êxito, à literatura e jornalismo. Publica quase a totalidade da sua amplíssima obra em fascículos, procedimento usual na época..   

Nos seus romances Dickens denuncia freqüentemente o poder dos políticos e os especuladores ricos vaidosos.  Como idealista une o romance sentimental a sensibilidade,no intuito de despertar no a sua consciência moral. O realismo de Dickens não é sombrio ou negativo, e sim amável e sorridente, cheio de humor. Os seus melhores relatos têm por heróis crianças e tipos extravagantes.   

A sua obra mais apreciada é The Pickwick Papers, romance imediatamente admirado. Nesta obra-prima do humor e da ternura apresenta o Sr. Pickwick, sábio distraído que viaja por Inglaterra. Dickens é um mestre das narrativas protagonizadas por crianças. Lembremos das sua obras primas: David Copperfield (que na realidade é uma descrição da sua infância e como teve que arrumar seu primeiro emprego) , Tempos Difíceis, Oliver Twist, etc.  Nelas reflete a sua própria infância infeliz, com o que a narrativa alcança o vigor e o colorido da autobiografia. E desta maneira, fustiga insistentemente uma sociedade insensível ao abandono das crianças, com a sua ácida crítica social é uma descrição aguçada das pessoas e locais, tanto reais como imaginários.

 

Sua primeira namorava foi Mary Beadnell, e ficou apaixonado por ela, mais a família dela interferiu dadas as suas precárias condições econômicas, embora tentou por mais quatro anos, acabou desistindo, Em Dezembro de 1833, Dickens publicou, com  o apelido de Boz, a primeira de uma série de breves e originais descrições do cotidiano em Londres no 'The Monthly Magazine; , do seu amigo George Hogarth. Após este sucesso um editor local encomendou um grande volumem de novas notas nesse seu estilo, para acompanhar as ilustrações do famoso artista George Cruikshank. O êxito deste livro, titulado As Anotações de Boz (1836), permitiram seu casamento com Catherine Hogarth, e animou-se a preparar uma colaboração similar, desta vez com Robert Seymour. Após o suicídio de Seymour, outro artista: H. K. Browne, apelidado Phiz, Passou a realizar muitas das ilustrações dos trabalhos de Dickens. O resultado desta colaboração foi: Os papéis do club Pickwick (1836-1837), obra de estilo muito próximo dos 'comics', que consolidou a fama do novelista, e teve notável influencia na industria editorial de seu país, uma vez que o formato inovativo: o de uma publicação  mensal de baixo custo (como falamos antes: tipo comics), marcou uma nova linha editorial. A fama que se produz com este interessante e curioso projeto ampliou-se com as próximas novelas que foi publicando. Era um homem de enorme energia e talento,  dedicou-se a várias outras muitas atividades. Editou os semanários Household News (1850-1859) e All the Year Round (1859-1870), escreveu dois livros de viagens, Notas americanas (1842) e Imágenes de Italia (1846), administrava sociedades de caridade e lutou para levar a cabo algumas reformas sociais. Em 1842, dissertava em seminários nos Estados Unidos a favor de um acordo internacional sobre a propriedade intelectual ( já existia a pirataria, especialmente nos EUA!!) e sempre foi contra a escravatura; e o trabalho infantil escravo.
Em 1843 publicou Canção de Natal, (ou Conto de Natal) onde um homem de negócios avarento que detesta o Natal recebe a visita dos fantasmas do Natal passado, presente e futuro e que acabou virando um clássico da narrativa infantil e da Literatura Universal. As atividades extra-literarias de Dickens incluíam a gestão de uma companhia teatral que funcionou ate a chegada ao trono da rainha Victoria, em 1851, e a divulgação da sua obra na Inglaterra e nos Estados Unidos. Porem , todos esses sucessos foram ofuscados pelos seus problemas familiares. A incompatibilidades de caracteres e o relacionamento  extra conjugal com a jovem atriz Ellen Ternan, acabaram com o seu casamento em 1858, fruto do qual tinha dez filhos. Falece em 9 de junho de 1870 e foi enterrado cinco dias mais tarde na Abadia de Westminster.

 

Entre suas obras temos  Nicholas Nickleby (1837-1838), e outras de grande relevancia social, análise psicológica e enorme complexidade narrativa. Entre as mais representativas podemos destacar: Casa desolada (1853), A pequena Dorritt (1857), Grandes esperanças (1861) e Nosso amigo comum (1865). As suas primeiras obras, pelo seu sentido do humor e transfundo trágico tinham enorme apelo entre o público da época. Mais, mesmo reconhecendo as suas qualidades dessa época, os críticos literários de hoje em dia colocam por cima dela as obras suas escritas na maturidade, pela sua coerência formal e sua percepção aguda da condição humana. Outras destaques são Oliver Twist (1839), A loja de antiguidades (1841), Barnaby Rudge (1841), Martin Chuzzlewit (1844), Dombey e filho (1848), Tempos difíceis (1854), Historia de duas cidades (1859) e O mistério de Edwin Drood, que ficou incompleta

quinta-feira, 24 de março de 2005

Era uma noite escura e fria, a chuva caia torrencialmente......


    Quem curte ler, reconheceu esta frase, que hoje em dia aparece em uma miríada de contos e novelas.. pois bem esta frase é do escritor e poeta Britânico Edward Bulwer-Lytton que viveu de 1803 á 1873. E é mais bem conhecido hoje em dia por costumar iniciar suas novelas, com certos versos típicos, caso da intitulada Paul Clifford de 1830: "Era uma noite escura e tempestuosa, e a chuva caia torrencialmente, -exceto em intervalos ocasionais, quando era parada por violentas rajadas de vento as quais limpavam as ruas...”

 


E aqui o original desta já famosa frase:


"It was a dark and stormy night;”


Gostarom?, podemos continuar?:  …“the rain fell in torrents--except at occasional intervals, when it was checked by a violent gust of wind which swept up the streets (for it is in London that our scene lies), rattling along the housetops, and fiercely agitating the scanty flame of the lamps that struggled against the darkness."


 --Edward George Bulwer-Lytton, Paul Clifford (1830)


Desde então quase todos os novelistas que iniciam suas obras com os mencionados parágrafos inspiram-se nas linhas acima mencionadas....


Se o lugar comum chamou a sua atenção saiba que existe anualmente um concurso ilustrado com o nome de Bulwer-Lytton para os escritores que redigirem a PIOR abertura possível de romance. Para obter detalhes deste concurso clique aqui:     http://sbr.best.vwh.net/


Visitem..e curtam..! Tem de tudo, desde romances, novelas policiais, ficção cientifica e contos eróticos....

quinta-feira, 17 de março de 2005

PEARL S. BUCK - Uma auténtica heroína


Nascida em Hillsboro, West Virginia filha de missionários Presbiterianos; em 1892 ainda com 3 meses de idade viajou com os pais para Zhenjiang, China. Ela aprendeu primeiro a falar chinês, e conhecer o jeito e costumes da China, posteriormente aprendeu inglês com a sua mãe. que a encorajou a escrever desde cedo. Com 18 anos voltou aos EUA para se formar e em 1914 retornava a China onde casou com um economista também missionário, tiveram uma filha Carol, que sofria de fenilquetonia. (desordem do metabolismo e da tiróide), com a criança tendo que viver com uma dieta rígida em fenilalanina (evitando nozes, queijos e todos os laticínios, alem de batatas, milho e pastas); posteriormente mudaram para Nanjing, onde Pearl lecionou Literatura inglesa na Universidade de Nanking. Em 1925, adotou uma criança: Janice (e posteriormente mais 8, sim oito!). Voltou aos EUA para a sua Postgraduação. Começou a sua carreira de escritora em 1930 com a sua primeira publicação de East Wind: West Wind. No ano seguinte escreveu a que seria sua melhor obra, The Good Earth, e por esta historia do camponês Wang Lung ganhou o Prémio Pulitzer. Sua carreira começa a florescer: em 1935 ganhou a Medalha “William Dean Howells”. Pearl deixou a China em 1934 devido as tensões políticas em que o pais estava, e em 1935, adotou outras seis crianças. Em 1938 ganhou o Premio Nobel de Literatura, após escrever as biografias dos seus próprios pais: O exílio, e O Anjo Lutador, Fui a primeira mulher a ganhar o Nobel de LITERATURA. Pelas suas descrições ricas e verdadeiramente épicas da vida na China.

Ela produziu mais de 100 obras, sendo a mais conhecida The Good Earth. Muitas das sus próprias experiências pessoais são descritas nos seus contos, novelas e historinhas pra crianças. Ela queria provar aos seus leitores que as diversas universalidades da humanidade podem coexistir apenas aceitando-se elas. Ela denuncio a prática de “footbinding”, ou seja enfaixar os pés das crianças meninas ainda pequenas, para terem seus pés fortemente enfaixados, deformados para serem diminutos e poderem calçar ‘sapatilhas’ de seda com apenas 7cm!. Esta pratica que existia na China desde 837, (foi relatada ate por Marco Pólo) foi finalmente abolida em 1911. e definitivamente excluída com a chegada da Revolução Cultural e as mudanças políticas na República de Mão Tse Tung, onde ele estabeleceu por decreto que homens e mulheres eram iguais. Em algumas províncias a mulher era mesmo considerava uma ‘escrava’. (Este era o termo exato da tradução da palavra chinesa para definir uma mulher). Ela soube lidar com diferentes tópicos tais como esta condição da mulher, as emoções (em geral), os asiáticos, a imigração, a adoção e todo tipo de conflitos que atingem a tanta gente ao longo de uma vida. Muitas frases de profundo sentimento foram cunho desta extraordinária mulher, tais como: ... as pessoas perdem as pequenas alegrias enquanto aguardam a grande felicidade." ... “O amor é o nosso estado natural quando não optamos pela dor, pelo medo ou pela culpa. O amor só acaba quando se detém o crescimento”....
...O homem inteligente pensa uma vez antes de falar duas vezes”... Em 1949, ela fundou a ‘Welcome House Inc’, a primeira agencia de adoção dedicada a integração de crianças bi-raciais especialmente as Amerasiaticas.
Pearl S. Buck faleceu em 6 Março 1973 em Vermont

Suas Obras são:

* A Bridge for Passing
* Come, My Beloved
* Command the Morning
* East Wind: West Wind (1930)
* The Exile
* Fighting Angel
* Fourteen Stories
* 'The Good Earth Trilogy'
1. The Good Earth (1931)
2. Sons (1932)
3. A House Divided (1935)
* Hearts Come Home and Other Stories
* The Hidden Flower
* Imperial Woman
* Letter from Peking
* The Living Reed
* The Long Love
* My Several Worlds
* Pavilion of Women
* Peony
* Portrait of a Marriage
* Satan Never Sleeps
The Townsman

NOTAS: Observe nas figuras a comparação com um sapato normal feminino (tamanho 37), e na outra a beleza dessa 'ferramenta' de tortura: de apenas 7 1/2 centímetros!

quarta-feira, 2 de março de 2005

LIMITES


Há uma linha de Grajaú que tornarei a recordar,
Há uma rua próxima que está vedada a meus passos,
Há um espelho que me viu pela última vez,
Há uma porta que fechei até o fim do mundo.

(Jorge Luis Borges – adaptação)

terça-feira, 1 de março de 2005

>REPASSANDO: CARTA PARA O PRESIDENTE

O negócio é repassar esse e-mail a 110.000.000 milhões de eleitores.

(Duvido que a coisa não mude!!!!)

Caro Sr. Presidente da República Federativa do Brasil.
Venho por meio desta comunicação manifestar meu total apoio ao seu esforço de modernização do nosso país. Como cidadão comum, não tenho muito mais a oferecer além do meu trabalho, mas já que o tema da moda é Reforma Tributária, percebi que posso definitivamente contribuir mais. Vou explicar:

Na atual legislação, pago na fonte 27,5% do meu salário. Como pode ver, sou um brasileiro afortunado. Sou obrigado a concordar que é pouco dinheiro para o governo fazer tudo aquilo que promete ao cidadão em tempo de campanha eleitoral. Mesmo juntando ao valor pago por dezenas de milhões de assalariados!
Minha sugestão, é invertermos os percentuais. A partir do próximo mês autorizo o Governo a ficar com 72,5% do meu salário. Portanto, eu receberia mensalmente apenas 27,5% do resultado do meu trabalho mensal.
Funcionaria assim: Eu fico com 27,5% limpinhos, sem qualquer ônus.
O Governo fica com 72,5% e leva também as contas de:
Escola,
Convênio médico,
Despesas com dentista,
Remédios,
Materiais escolares,
Condomínio,
Água,
Luz,
Telefone,
Energia,
CPMF,
IPVA,
IPTU,
ISS,
ICMS,
IPI,
PIS,
COFINS,
Supermercado,
Gasolina,
Vestuário,
Lazer,
Pedágios,
Cultura,
Segurança,
Previdência privada

e qualquer taxa extra que por ventura seja repentinamente criada por qualquer dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Um abraço Sr. Presidente e muito boa sorte, do fundo do meu coração!
Ass: Um trabalhador que já não mais sabe o que fazer para conseguir
sobreviver com dignidade.

PS: Podemos até negociar o percentual !!!


POR OUTRO LADO:

Agora vejam só a farra do Congresso Nacional :

ISTO PARA CADA UM DOS 514 DEPUTADOS !!!!

Salário:............................ . ...... .............R$ 12 mil
Auxílio-moradia........................................R$ 3 mil;
Verba para despesas "comprovadas"..........R$ 7 mil;
Verba para assessores.............................R$ 3,8 mil;
Para 'trabalharem' no recesso...................R$ 25,4 mil;
Verba de gabinete mensal........................R$ 35 mil;
Transporte: Passagens aéreas de ida e volta a Brasília/mês;
Direito a "contratar" 20 servidores para seu gabinete;
13º e 14º salários, no fim e no início de cada ano legislativo e ;
90 dias de férias anuais e folga remunerada de 30 dias.

Esse dinheiro sai dos cofres públicos, ou seja, do nosso bolso !!!
Mostre sua indignação e envie este texto a todos os seus amigos e conhecidos para que protestem junto aos deputados federais e senadores.
E ainda querem que você doe (bastante) para o "Fome Zero". TENHA SANTA PACIÊNCIA! ! ! !
PROTESTE VOCÊ. MANDE ESSA MENSAGEM A TODOS DE SUA LISTA !!!

George Augusto
(92) 8122-1873