quinta-feira, 17 de março de 2005

PEARL S. BUCK - Uma auténtica heroína


Nascida em Hillsboro, West Virginia filha de missionários Presbiterianos; em 1892 ainda com 3 meses de idade viajou com os pais para Zhenjiang, China. Ela aprendeu primeiro a falar chinês, e conhecer o jeito e costumes da China, posteriormente aprendeu inglês com a sua mãe. que a encorajou a escrever desde cedo. Com 18 anos voltou aos EUA para se formar e em 1914 retornava a China onde casou com um economista também missionário, tiveram uma filha Carol, que sofria de fenilquetonia. (desordem do metabolismo e da tiróide), com a criança tendo que viver com uma dieta rígida em fenilalanina (evitando nozes, queijos e todos os laticínios, alem de batatas, milho e pastas); posteriormente mudaram para Nanjing, onde Pearl lecionou Literatura inglesa na Universidade de Nanking. Em 1925, adotou uma criança: Janice (e posteriormente mais 8, sim oito!). Voltou aos EUA para a sua Postgraduação. Começou a sua carreira de escritora em 1930 com a sua primeira publicação de East Wind: West Wind. No ano seguinte escreveu a que seria sua melhor obra, The Good Earth, e por esta historia do camponês Wang Lung ganhou o Prémio Pulitzer. Sua carreira começa a florescer: em 1935 ganhou a Medalha “William Dean Howells”. Pearl deixou a China em 1934 devido as tensões políticas em que o pais estava, e em 1935, adotou outras seis crianças. Em 1938 ganhou o Premio Nobel de Literatura, após escrever as biografias dos seus próprios pais: O exílio, e O Anjo Lutador, Fui a primeira mulher a ganhar o Nobel de LITERATURA. Pelas suas descrições ricas e verdadeiramente épicas da vida na China.

Ela produziu mais de 100 obras, sendo a mais conhecida The Good Earth. Muitas das sus próprias experiências pessoais são descritas nos seus contos, novelas e historinhas pra crianças. Ela queria provar aos seus leitores que as diversas universalidades da humanidade podem coexistir apenas aceitando-se elas. Ela denuncio a prática de “footbinding”, ou seja enfaixar os pés das crianças meninas ainda pequenas, para terem seus pés fortemente enfaixados, deformados para serem diminutos e poderem calçar ‘sapatilhas’ de seda com apenas 7cm!. Esta pratica que existia na China desde 837, (foi relatada ate por Marco Pólo) foi finalmente abolida em 1911. e definitivamente excluída com a chegada da Revolução Cultural e as mudanças políticas na República de Mão Tse Tung, onde ele estabeleceu por decreto que homens e mulheres eram iguais. Em algumas províncias a mulher era mesmo considerava uma ‘escrava’. (Este era o termo exato da tradução da palavra chinesa para definir uma mulher). Ela soube lidar com diferentes tópicos tais como esta condição da mulher, as emoções (em geral), os asiáticos, a imigração, a adoção e todo tipo de conflitos que atingem a tanta gente ao longo de uma vida. Muitas frases de profundo sentimento foram cunho desta extraordinária mulher, tais como: ... as pessoas perdem as pequenas alegrias enquanto aguardam a grande felicidade." ... “O amor é o nosso estado natural quando não optamos pela dor, pelo medo ou pela culpa. O amor só acaba quando se detém o crescimento”....
...O homem inteligente pensa uma vez antes de falar duas vezes”... Em 1949, ela fundou a ‘Welcome House Inc’, a primeira agencia de adoção dedicada a integração de crianças bi-raciais especialmente as Amerasiaticas.
Pearl S. Buck faleceu em 6 Março 1973 em Vermont

Suas Obras são:

* A Bridge for Passing
* Come, My Beloved
* Command the Morning
* East Wind: West Wind (1930)
* The Exile
* Fighting Angel
* Fourteen Stories
* 'The Good Earth Trilogy'
1. The Good Earth (1931)
2. Sons (1932)
3. A House Divided (1935)
* Hearts Come Home and Other Stories
* The Hidden Flower
* Imperial Woman
* Letter from Peking
* The Living Reed
* The Long Love
* My Several Worlds
* Pavilion of Women
* Peony
* Portrait of a Marriage
* Satan Never Sleeps
The Townsman

NOTAS: Observe nas figuras a comparação com um sapato normal feminino (tamanho 37), e na outra a beleza dessa 'ferramenta' de tortura: de apenas 7 1/2 centímetros!

4 comentários:

  1. Uma autora que eu gosto muito. Tenho alguns livros dela, como a Mulher Imperial. Há pouco tempo comprei um livro muito interessante, não lembro o nome, mas era sobre a vida dela, depois da morte do marido, quando voltou às origens, para as filmagens dum livro dela.

    ResponderExcluir
  2. Sempre admirei Pearl....

    Especialmente pelo fato de ter ido a coragem de volcar em seus livros todas as suas experiencias na China...

    A pouco tempo, decidi aprender Mandarim, então ela virou uma importantísima fonte de consulta....

    ResponderExcluir
  3. Mandarim.....uau! Incluindo aqueles caracteres chineses?

    ResponderExcluir
  4. Sim.. e como são complicados.. !

    ... são os chamados 'pinyin'
    Pinyin, ou formalmente conhecido como Hanyu Pinyin, é a sistema de romanizaçao (poderia ser chamado também de 'ocidentalizaçao') mais comum do Mandarin Standard atualmente em uso. Em 1954 o Ministerio de Educação da China determinou que esse seria o idioma oficil a ser ensinado em todas as escolas do pais.
    Muitos caracteres chineses nao tem som, nem correspondentes em nenhuma linguagem baseada no alfabeto "Romano"

    ResponderExcluir