quarta-feira, 29 de dezembro de 2004

Acredite...Ele existe..!


(trechos do BBC news)

EXISTE Papai Noel?.... vamos pegar uma referencia do final do século 19 e certa historia (famosa) nos anais da Imprensa...Internacional

1897, uma menina linda, irlandesa, chamada Virginia O'Hanlon morava em Nova York na casa número 115 da rua 95. Naquele ano, Virginia sentou na escrivaninha e escreveu uma carta: "Tenho oito anos e alguns amigos dizem que Papai Noel não existe. Papa diz que tudo que é verdade sai publicado no jornal The Sun. Então, diga-me, por favor, a verdade. Papai Noel existe?"
A resposta "Sim, Virginia, Papai Noel existe", publicada em 21 de setembro de 1897, É um dos mais famosos senão o mais famoso editorial na imprensa americana. Foi escrito por Francis Church (conhecido pela família como Francis Ph) e dizia num parágrafo: "Ele existe tão certamente como existem o amor, a generosidade e a devoção que dão à sua vida o mais alto sentido de beleza e alegria. Aliás, que triste seria o mundo sem Papai Noel. Tão triste como se não existissem meninas como vocé Virgínia." Este Editorial foi reproduzido no país inteiro e publicado ano após ano no Jornal The Sun até sua a data da sua Última edição, em 1949.
Só depois da morte de Francis Church, em 1906, o jornal revelou que ele tinha sido o autor do editorial. E a menina? Virginia O'Hanlon estudou artes, fez mestrado na Columbia, acabou como diretora de escola. A casa onde ela morou e de onde escreveu a carta ainda esté de pé embora anda meio decadente. Virginia morreu aos 81 anos, no dia 13 de maio; e vejam que coincidéncia!: no mesmo dia da aparição da Virgem para as trés crianças em Fátima. (portugal) Na Gruta da Iria.
Até Einstein, dizia que: só há duas maneiras de viver a vida: ou acreditando que nada é milagre, ou que tudo é um milagre. Acho que nessa época ele ainda não tinha inventado a Teoria da Relatividade, que por sinal está fazendo os cem anos neste ano de 2005....

A continuação deste texto, a Íntegra da Versão Original....

...nas fotos: o Autor (do famoso Editorial) e Virginia

"Frank's Answer:
"Yes, Virginia, there is a Santa Claus"
The managing editor of The Sun, spoke of Francis Ph. Church's writing as "infused with well-bred humor, sometimes gentle, sometimes sly, occasionally even mordant, but with a bite that never deposited venom. It was employed on a wide range of subjects." He said that sometimes "this unmistakable individuality occupying a column or so with a discussion of other newspapers ... displayed, an insight into journalistic character."
It was Mitchell who had assigned Church to reply to a request from a young reader - Laura Virginia O'Hanlon. In Mitchell's 1924 words: "One day in 1897 I handed to him (Frank) a letter that had come in the mail from a child of eight, saying: 'Please tell me the truth: is there a Santa Claus?' Her little friends had told her no. Church bristled and pooh-poohed at the subject when I suggested that he write a reply to Virginia O'Hanlon; but he took the letter and turned with an air of resignation to his desk. In a short time he had produced the article which has probably been reprinted during the past quarter of a century, as the classic expression of Christmas sentiment, more millions of times than any other newspaper article ever written by any newspaper-writer in any language."

READ BELOW THE COMPLETE ORIGINAL READ:
From the editorial page of the New York Sun, 1897.

We take pleasure in answering thus prominently the communication below, expressing at the same time our great gratification that its faithful author is numbered among the friends of The Sun:

I am 8 years old. Some of my little friends say there is no Santa Claus. Papa says, "If you see it in The Sun, it's so." Please tell me the truth, is there a Santa Claus?
Virginia O'Hanlon

"Virginia, your little friends are wrong. They have been affected by the skepticism of a sceptical age. They do not believe except what they see. They think that nothing can be which is not comprehensible by their little minds. All minds, Virginia, whether they be men's or children's, are little. In this great universe of ours, man is a mere insect, an ant, in his intellect as compared with the boundless world about him, as measured by the intelligence capable of grasping the whole of truth and knowledge.

Yes, Virginia, there is a Santa Claus.

He exists as certainly as love and generosity and devotion exist, and you know that they abound and give to your life its highest beauty and joy. Alas! how dreary would be the world if there were no Santa Claus! It would be as dreary as if there were no Virginias. There would be no childlike faith then, no poetry, no romance to make tolerable this existence. We should have no enjoyment, except in sense and sight. The external light with which childhood fills the world would be extinguished.

Not believe in Santa Claus! You might as well not believe in fairies. You might get your papa to hire men to watch in all the chimneys on Christmas eve to catch Santa Claus, but even if you did not see Santa Claus coming down, what would that prove? Nobody sees Santa Claus, but that is no sign that there is no Santa Claus. The most real things in the world are those that neither children nor men can see. Did you ever see fairies dancing on the lawn? Of course not, but that's no proof that they are not there. Nobody can conceive or imagine all the wonders there are unseen and unseeable in the world.

You tear apart the baby's rattle and see what makes the noise inside, but there is a veil covering the unseen world which not the strongest man, nor even the united strength of all the strongest men that ever lived could tear apart. Only faith, poetry, love, romance, can push aside that curtain and view and picture the supernal beauty and glory beyond. Is it all real? Ah, Virginia, in all this world there is nothing else real and abiding.

No Santa Claus? Thank God he lives and lives forever. A thousand years from now, Virginia, nay 10 times 10,000 years from now, he will continue to make glad the heart of childhood."

terça-feira, 28 de dezembro de 2004

Wicked Game

Rating:★★★★★
Category:Music
Genre: Alternative Rock
Artist:Chris Issak
Lyrics (translation below each one)

The world was on fire and no one could save me but you.
O mundo estava em chamas e ninguém poderia me salvar a não ser você
It's strange what desire will make foolish people do.
É estranho o que o desejo pode fazer com pessoas tolas
I never dreamed that I'd meet somebody like you.
Eu nunca sonhei que encontraria alguém como você
I never dreamed that I'd love somebody like you.
Eu nunca sonhei que amaria alguém como você

I don't want to fall in lost. (This world is only gonna break your heart)
Eu não quero me apaixonar (Esse mundo só vai quebrar seu coração)
I don't want to fall in love. (This girl is only gonna break your heart)
Eu não quero me apaixonar (Essa garota só vai partir seu coração)
With you! With you!
Com você! Com você!

What a wicked game to play, to make me feel this way.
Que Jogo cruel para jogar, para fazer me sentir desse jeito.
What a wicked thing to do, to let me dream of you.
Que coisa cruel para fazer, para me deixar sonhar com você.
What a wicked thing to say, I never felt this way.
Que coisa cruel para dizer, eu nunca me senti assim.
What a wicked thing to do, to make me dream of you and,
Que coisa cruel para fazer, para me fazer sonhar com você,

I don't want to fall in lost. (This world is only gonna break your heart)
Eu não quero me apaixonar (Esse mundo só vai partir seu coração)
I don't want to fall in love. (This girl is only gonna break your heart)
Eu não quero me apaixonar (Essa garota só vai partir seu coração)
With you!
Com você!


Islá: a segunda maior religião do planeta


(trechos do BBC news)

Com cerca de 1,2 bilhão de seguidores, o islamismo, fundado pelo profeta Maomé faz 1400 anos no que hoje é a Arábia Saudita, é a segunda maior religião do mundo em número de fiéis. Os países com as maiores populações islámicas nao estão no Oriente Médio, onde a religião surgiu, mas em outras partes da Ásia:
Com 170 milhões de musulmanos, a Indonésia é o maior país islámico do mundo, seguido do Paquistão (136 milhões), e de Bangladesh (105 milhões) e ainda da Índia (103 milhões).

O que são Xiitas e Sunitas?
Há dois grupos de islámicos: os sunitas que formam 90% de todos os fiéis, atualmente espalhados por toda Ásia (inclusive a parte asiática da antiga Rússia), e os xiitas, que são maioria nos países Árabes mesmo, tais como o Irá e o Iraque.
Para pensar: esta é a religião que, atualmente mais cresce no Mundo, e estima-se que para 2025 os islámicos serão maioria no Mundo... em maior número ainda que todas as religiões cristás juntas ( católicos + protestantes).... o qual não deixa de ser meio preocupante porque historicamente Ocidente e Oriente nunca puderam conviver pacificamente...

Os islámicos acreditam que tudo na vida deve ser submetido a Deus. Por isso, musulmanos tém dificuldade de entender a separação que nós ocidentais fazemos entre a vida religiosa e a vida secular (vida particular). Onde, depois de sair da Igreja, parecemos "esquecer totalmente" todo o foi dito no Sermão e todas as atitudes que mostrava-mos quando dentro da Igreja, enquanto participamos do culto... Para os muçulmanos, isso é uma atitude completamente errada, pois não somente os indivíduos, mas todas instituições de uma sociedade também devem servir a Alá.

Islamismo é mais do que um mero conjunto de convicções religiosas. A fé islámica proporciona um sistema social e legal e estabelece diretrizes para administrar a vida em família. O islamismo oferece ainda códigos de vestimenta, higiene e ética, lei e ordem, assim como rituais religiosos da devoção a Deus.

Os pilares da fé islámica são cinco:
1- A declaração da fé (chamada de shahada): "Confesso que não há outro Deus a não ser Alá¡ e que Maomé é o profeta de Alá". Essa frase tem a força de uma prece e que ser dita pelo muçulmano todos os dias ao levantar e ao dormir.
2- O ritual de oração realizado cinco vezes por dia por todos os islámicos (que tenham idade acima de 10 anos). A oração é feita em direção á cidade de Meca, na Arábia Saudita.
3- Observar o jejum durante o més sagrado do Ramadã (tempo especial para recolhimento espiritual, oração intensa e auto-exame), que ocorre no nono més do calendário islámico. (e que normalmente, coincide com o més de Setembro/Outubro ocidental)
4- Dar esmolas aos pobres, o equivalente a 2,5% das economias de um ano.
5- Pelo menos uma vez na vida , fazer o hajj, a peregrinação á cidade de Meca (durante o hajj, o islámico se dedica inteiramente a Alá.

Cada peregrinação destas, costuma reunir dois milhões de muçulmanos de todo o mundo em Meca. O alvo da peregrinação é a Caaba: uma construção em forma de cubo na qual se reverencia um meteorito negro que fica no centro da Caaba (ou grande mesquita de Meca). Na peregrinação, os islámicos dão sete voltas ao redor da Caaba, que acreditam tenha sido construída por Abraão (ou Ibrahim, em árabe) e que com o decorrer do tempo se tornou um lugar pagão repleto de ídolos. Maomé retirou as imagens do local após a conquista de Meca em 630, e hoje o local é o mais sagrado do mundo islámico. Os lugares considerados mais sagrados pelos muçulmanos são: as cidades de Meca, Medina e Jerusalém, todas localizadas no Oriente Médio

Para participar do hajj (a peregrinação), a pessoa tem que ser islámica, entender o significado espiritual da jornada, estar fisicamente capaz, pagar sua própria viagem e sustentar a família enquanto estiver na sua peregrinação em Meca. Quando o Ramadá termina, os muçulmanos celebram o Eid Al Fitr, há¡ troca de presentes, orações, refeições especiais, e os fiéis vestem roupas novas.

Durante o Ramadá, os fiéis se abstém dos prazeres do corpo desde o amanhecer até o anoitecer. Não se podem fazer refeições, fumar, mascar chicletes e manter relações sexuais. Os fiéis também devem se abster de maus pensamentos, fazer o bem e exercer o auto-controle.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2004

A Pumpkin Roll in Ukraine

(extracted from The Christian Science Monitor)
According to a Ukrainian custom, a woman rejects an unwanted suitor by handing him a pumpkin. So it was that pro-democracy supporters said "no" to corruption and autocratic rule by dumping pumpkins on a street in Kiev Sunday - and voting for the reform-minded Viktor Yushchenko for president.
These pumpkin-rolling Ukrainians, along with 52 percent of their fellow citizens, succeeded in overturning a rigged election Nov. 21. In backing Mr. Yushchenko in a vote that this time was far fairer, they have proven to the world that they want to join the march of newly free nations.
And it is a forward march, despite backsliding, most notably in Russia. Over the past 15 years, the number of electoral democracies has risen from 69 out of 167 states (41 percent) to 119 out of 192 states (62 percent) - more elections, more democracies, more rights.
This is according to Freedom House, a nongovernmental organization which keeps an annual tally of the globe's "free" nations. The group, which announced its count last week, found that freedom progressed the world over in the past 12 months, with 26 countries (such as Ukraine and Georgia) showing gains, and 11 nations (such as Belarus and Armenia) registering setbacks.
Freedom has moved ahead in some surprising regions, like the Middle East and North Africa. There, where Saudi Arabia ranks among the worst in civil liberties and political rights, some modest gains have been made. Egypt, Jordan, Morocco, and Qatar showed improvement in such areas as women and family rights, as well as press and academic freedoms.
In the last century, world wars and the cold war led to the defeat of despots responsible for killing or oppressing millions of their own people, and those in conquered lands.
At the dawn of this new century, global terrorism represents a different kind of challenge. But the answer is still the same: more freedom, more democracy, more rights.
Exactly how these freedoms come to be is still the challenge for today's political leaders. President Bush has tried to impose freedom militarily, first in Afghanistan, with pretty good success, and then in Iraq, where the jury is still out.
Ukraine illustrates what can happen when the surge for freedom bubbles up from within. While the US and other countries helped the democratization process by providing funds, training, and people for election monitors, pollsters, judges, and others, the Ukrainians themselves led their own "orange revolution."
From the rise of democracy in Asia and Latin America in the 1980s, to Eastern Europe from the late '80s on, countless examples show how important it is to have "the people" themselves want and push for freedom.
Next month, Iraq will have its first elections, and embark on the road to greater determination of its own destiny. For democracy to survive against suicide bombers, Iraqis will have to want it as badly as the Ukrainians did.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

I Ching


O I Ching foi criado na China há cerca de cinco mil anos e não tem uma história com dados precisos e exatos. No entanto, é possível afirmar que ele nasceu antes da escrita chinesa, pois trabalha com linhas básicas, formando os trigramas, de três linhas, e finalmente o hexagrama, contendo seis linhas, cada uma com um significado. É daí que vem a resposta do oráculo.
O I Ching é considerado o mais antigo livro da China. Sua origem, ou pelo menos a de seus oito símbolos fundamentais, denominados trigramas, é atribuída a Fu Hsi (ou Fu-Xi), por volta de 5500 anos a.C. (antes de Cristo). É pela combinação dos 8 trigramas que se formam os 64 hexagramas, portadores do corpo de ensinamentos do Livro.

Fu Hsi, esse lendário imperador, também é representado como um deus .. da “montanha”. A fonte inspiradora do Livro remonta à Era de Ouro da humanidade, durante a qual se diz que os guias e instrutores bebiam direto da fonte da consciência.

O segundo personagem ligado ao I Ching é o Imperador Wen, fundador da Dinastia Chou (1121-256 a.C.), a quem se atribui a autoria dos 64 “Julgamentos”, ou seja, os textos que explicam os hexagramas. Pois já tinham decorridos mais de 4000 anos desde os tempos de Fu Hsi, e estando mais afastados da fonte, mesmo os pesquisadores do conhecimento tinham necessidade de mais orientações para compreender os símbolos primordiais que começavam a parecer herméticos.

Ao Príncipe Chou, filho do Imperador Wen, são atribuídos os textos das 6 linhas de cada um dos 64 hexagramas, num total de 384 "Julgamentos das linhas". Com ele completaram-se os textos tradicionais do Livro, que hoje contam mais de 3000 anos.

Finalmente, (e este é o momento de ouro desta filosofia) coube a Confúcio (551-479 a.C.) dar ao I Ching a feição que conhecemos modernamente. Seus comentários, registrados em sete obras, boa parte das quais agregadas ao corpo do próprio Livro, facilitam a aproximação aos ensinamentos esotéricos dessa corrente de transmissão espiritual. Lembremos que Confúcio, é considerado mais profundo que Aristóteles, é a mais antiga sabedoria tanto escrita como oral, transmitida incólume ate nossos dias. E mais: considerada com maior numero de leitores que a Bíblia...

O I Ching e o Ocidente
O contato do mundo ocidental com o I Ching se estabeleceu a partir do final do século 14, através dos relatos dos jesuítas que residiam na corte de Pequim. A primeira tradução completa do livro para o latim, feita pelo Padre Regis, surgiria apenas em 1834. No final do século 19, outras duas versões, de Legge e Filastro, ampliam a divulgação do livro na Europa.

Atualmente, a mais respeitada versão ocidental do I Ching é a obra de Richard Wilhelm, um pastor protestante que viveu muitos anos na China. Feita de início para o alemão, foi a seguir traduzida para praticamente todas as línguas ocidentais.
É um acontecimento extraordinário que religiosos católicos e protestantes tenham reconhecido a profundidade dos ensinamentos do I Ching e enfrentado todas as dificuldades que trazem a tradução de um clássico escrito em mandarim, linguagem utilizada apenas pela nobreza chinesa... para torná-lo acessível a nós, ocidentais. Trata-se de mais uma evidência do poder incomparável desse legado para a humanidade, que encontrou uma linguagem a tal ponto universal, que não levanta reações de natureza religiosa nem obstáculos culturais intransponíveis para tocar a alma de todos os seres que buscam qualidade.

domingo, 19 de dezembro de 2004

Chester...com farofa!


Description:
Uma receita classica... que fica dificil dispensar!
Acompanhe com qualquer Vinho BRANCO...(recomendo: Chardonnay)

Ingredients:
* 1 chester de 3 kg
* 2 dentes de alho
* 1 colher de sopa de páprica
* 1 cebola ralada
* 1/2 copo de vinho branco seco
* 1/2 copo de vinagre
* 1/2 copo de óleo
* 1/2 litro de água
* 1 colher de chá de pimenta do reino
* 1 colher de chá de pimenta malagueta
* 1 colher de sobremesa de sal
* Barbante e palito

Para a farofa:

* 500gr de farinha de mandioca
* 50gr de castanha de caju
* 50 gr de passas
* 30 gr de ameixa pretas
* 100gr de margarina
* 1 cebola ralada
* 2 ovos cozidos cortados em rodela
* 200gr de azeitonas cortadas
* miúdos de chester, cozidos
* 1 molho de cebolinha picada.

Directions:
Tempere o chester de véspera. No liquidificador bata todos os ingredientes. Coloque sobre o chester e deixe descansar por uma noite. No dia seguinte ele pode ir ao forno, coberto com papel de alumínio por uma hora. Depois, retire o papel e deixe dourar por mais 20 minutos, em forno médio. Aproveite o caldo que ficou para usar daqui a pouco.
Para a farofa:
Doure a cebola na margarina e aos poucos acrescente as passas, os miúdos, as azeitonas e por último a farinha. Retire do fogão e aí coloque o caldo do chester, as castanhas e a cebolinha. Em uma forma distribua os ovos cortados e as ameixas e por cima a farofa. Tire da forma e coloque ao lado do chester. Para dar o toque final ao prato use frutas da época (e ate fios de ovos).

Natal e o Chester!

Rating:★★★★★
Category:Other
Chester (e Bruster) são nomes comerciais de frangos com grande concentração de carne no peito e nas coxas. Ambos são resultados de um melhoramento genético de frangos, obtido a partir de seguidos cruzamentos entre fêmeas e machos selecionados. OU seja um exemplo típico de seleção por cruzamentos.

O chester, vendido desde o início dos anos 80, foi desenvolvido a partir do cruzamento de diferentes linhagens de aves da espécie Gallus gallus, de origem escocesa. Nas coxas e no peito estão concentrados 70% de sua carne, que também tem baixo teor de gordura, resultado da dieta dessas aves, baseada em milho e soja. (Nao aesqueça, que hoje o Brasil é o principal produtor de soja no Mundo)

Já o Bruster vem do cruzamento de aves de uma linhagem chamada Ross. O mapa genético do bruster, assim como o do chester, é mantido em sigilo porque senão qualquer pessoa poderia produzir essas aves, afirma o veterinário Luiz Alberto Conte, gerente de um dos grandes frigoríficos do Brasil que comercializa tais carnes. Assim como o chester, o bruster recebe alimentação exclusivamente vegetal, sem aditivos. A cria e manejo desses dois tipos de aves também é especial. Enquanto um frango normal é abatido após 44 dias de vida, pesando cerca de 2,5 quilos, um bruster fica até 60 dias na granja, atingindo 3,6 quilos. Já o chester vive por 62 dias e alcança 4,3 quilos, em média.

Resultado: o Chester é uma excelente opção para o bolso (é mais barato que o Peru e a carne de porco), é definitivamente mais saudável, pois o teor de gordura e colesterol são muito mais baixos.

CURIOSIDADE: Ele foi inicialmente criado pensando exclusivamente no mercado europeu, mais “um incidente” fez ele ser conhecido e popular no Brasil: lá pelos idus de 1985 uma grande encomenda...já pronta e embalada para exportar. (lembremos que por norma, nesta industria de aves, os abates para suprir a demanda de fim de ano começam em Agosto/Setembro/Outubro) congelando e estocando as aves já abatidas para atender a demanda sazonal...) Bem...esta encomenda foi cancelada na ultima hora! E estávamos no mês de Outubro, inícios de Novembro. O produtor encontro-se de repente com um grande estoque, e sem comprador! O jeito era tentar vender no mercado interno, assim foi oferecido a um preço que na época era ate 40% menor que o Peru tradicional. E assim começou a ser vendido maciçamente no Brasil, pois era época de crise financeira (mais uma das nossa crises..! quando não é! não?), onde acabou caindo no gosto do povo, e a partir daí converteu em mais um item da tradicional Ceia natalina...!

(Veja uma receita tradicional na Seção de Receitas: "Recipes")

quarta-feira, 15 de dezembro de 2004

Blogs, e outros “ogs” que me atormentam....

Rating:
Category:Other
No começo era tudo divino e maravilhoso.
Entrar na Internet, abrir Outlook, responder... fim de papo!

Mais, pouco a pouco foi crescendo: olhar fotolog, olhar blog, postar no Flog.
Ler email, responder e-mail, abrir MSN, mudar o nick, adicionar....excluir aquela chata!
Ler comentários, olhar o flog do povo... Alguém comentou?
Ninguém? Ué... Quem é esse que comentou aqui? Vou bisbilhotar...
(Preciso atualizar este Blog)... mas não tenho a menor idéia do que escrever...
E a polêmica naquele outro blog??? Aff Maria! Tchiiii...passou dos 60 comentários!
Sim e ainda tem o Orkut! Alguém me adicionou! Olhaaaaaa fazia tempo que eu não via essa figura! Vou colar no meu albumzinho! Caramba! e o outro já tá com quase mais de 60 amigos putz!, vou deixar um scrap... deixo? Sei não...
E pegue suruba no MSN, e agora também no Skype... e no que mais inventarem....

E assim a gente vai vivendo essa vidinha fácil de fotos “photoshopadas” e emoticons animados, entrando pelas madrugadas e passando as tardes grudados no computador... E o pessoal lá em casa,.. só reclamando... só escutando indiretas... piadinhas decoradas e manjadas... (vida de artista...não é fácil, não!)

E AGORA?: Mas eu não sou uma foto! Eu não sou um emoticon!!!
Quero a minha vida de volta!!
Vou tentar controlar a máquina antes que ela me controle, porque pelo menos a vida real é mais honesta que a virtual.

’Anyway’, não vamos nos perder por aí... larga essa máquina..huay! quer papo furado..? lá no boteco do ‘seu’ Manoel é mais animado....não?

terça-feira, 14 de dezembro de 2004

DECIFRA-ME OU DEVORO-TE


No limiar do terceiro milênio, a humanidade parece definitivamente condenada a resolver os paradigmas que ela mesma criou: ou é capaz de desvendar o mistério da modernidade, ou sucumbirá diante de seu imenso poder. A mundialização do processo produtivo, também chamada de globalização; a automação proporcionada pelos imensos avanços tecnológicos; a biotecnologia, que rompeu definitivamente com todos os limites estabelecidos pela natureza na área de produção de alimentos e mais recentemente a Internet, que tornou possível, pela primeira vez na história da humanidade, a construção de uma identidade global, a partir do fluxo contínuo e ilimitado de informações, oriundo de todas as partes do planeta e acessíveis à qualquer um que esteja conectado á grande rede, são os elementos constituintes daquilo que podemos chamar de modernidade...

Tudo seria simples se esses avanços NÃO tivessem ocorrido dentro de um contexto global marcado pelos interesses econômicos, políticos, sociais, culturais, sexuais e ideológicos, se a modernidade não carregasse consigo a ambigüidade característica de todas as criações humanas: a globalização econômica provocou um surto de crescimento só comparado ao verificado no período subseqüente à Revolução Francesa; que como naquela época, também condenou à barbárie mais de um terço da população global; essa mesma população que hoje permanece alijada do processo produtivo; os excluídos da era digital... da biotecnologia, que utiliza a engenharia genética para produzir alimentos, (pesquisas de DNA) e tanto pode significar a erradicação definitiva da fome, quanto pode submeter completamente toda humanidade à sanha de lucro e uma só empresa mundial produtora de sementes (Mosanto?); os avanços tecnológicos, por sua vez, podem conduzir à libertação do trabalho braçal ou a uma exclusão ainda maior de trabalhadores da sociedade produtiva; e a Internet, a grande ferramenta do conhecimento humano deste século, tanto pode ser utilizada por um pesquisador quanto por um terrorista que a usa para difundir técnicas de terrorismo.

No olho deste furacão, temos o homem moderno, com seus conceitos milenares, (a sub-educação: os analfabetos de nossa era que apenas tem primeiro Grau e por cima incompleto), e o corja da população que graças a TV pensam que sabem, pensam que PENSAM! com seus preconceitos ainda mais antigos, incapaz de responder aos seus mais simples questionamentos, perseguido pela paranóia do apocalipse (e a expansão desordenada de múltiplas religiões... mais uma vez: graças a TV!), e alienado de tal forma que se transforma em objeto de sua própria criação: não parece capaz de decifrar o mistério da modernidade que ele mesmo criou. Como não podemos travar ou fazer girar ao contrário a roda da história, cabe a esta geração a tarefa árdua, contudo instigante, de superar a ambigüidade, de decifrar a esfinge e de utilizar para o bem do homem e para a felicidade geral da humanidade aquilo que ela mesma criou. Para isso, não existem receitas prontas nem um caminho predeterminado, mas talvez seja necessário aliar à nossa genialidade um sentimento muito antigo, mas que encontra-se em desuso: Amor pelo homem e pela vida: “Ama ao teu próximo como a mim mesmo”... soa familiar, não?

quinta-feira, 9 de dezembro de 2004

O Caminho de Santiago


A Origem de Santiago
O nome Tiago (deriva do latim Iacobus) é uma latinização do nome hebraico Jacob.
Com o decorrer do tempo, o nome evoluiu em diversas direções consoante as línguas: manteve-se Jakob em alemão e outras línguas nórdicas, foi James em inglês, e ainda Jacques em francês.
Na própria Espanha há diferenças substanciais: no lado leste, tornou-se Jácome, Jaume ou Jaime (todas formas correntes no catalão), mas na faixa ocidental da Ibéria tornou-se simplesmente Iaco ou Iago, por queda da terminação -bus (entendida como uma desinência de dativo/hablativo plural em latim, quando na verdade não o era), e assim passou ao português, galego, leonês e castelhano: Santo Iago
Na pronúncia corrente, tornou-se Sant’Iago, originando-se a partir daí São Tiago, e o moderno antropônimo em português e castelhano: acabando em Santiago. Além disso, em castelhano, por uma falsa etimologia, Santiago derivou também para San Diego, originando também o nome Diogo.
Santiago na Bíblia
Segundo o Novo Testamento, Tiago era filho de Zebedeu e Salomé, e irmão do apóstolo São João Evangelista. Tal como o seu pai e o irmão, era pescador no Mar da Galileia, onde trabalhava com André e Simão Pedro (Mateus, 4, 21-22, e Lucas, 5, 10). Tiago, Pedro e João seriam, assim, os primeiros a abandonar tudo para seguirem Jesus como seus discípulos (Mateus, 17, 1 e 26, 37; Lucas, 8, 51), tendo sido dos seus mais próximos colaboradores, ao participarem na Transfiguração, na agonia de Cristo no Monte das Oliveiras. Por fim, segundo Marcos (3, 17), Tiago e João são chamados por Jesus como «Boanerges», isto é: Filhos da Tempestade.
Tiago é depois citado por entre os testemunhos relativos à terceira aparição de Cristo após a sua morte e ressurreição, nas margens do lago de Tiberíades.
Pouco se sabe acerca sua vida, exceto que teria sido mandado decapitar por ordem de Herodes Agripa I, rei da Judeia, cerca do ano 44, em Jerusalém. É, aliás, o único apóstolo cuja morte vem narrada na Bíblia, nos Atos dos Apóstolos, 12, 1-2 («ele (Herodes) fez perecer Tiago, irmão de João pelo fio da espada »).
Santiago na Espanha
Muitos são os que afirman que Santiago tenha visitado a província romana da Hispania, (atual Espanha) para pregar os ensinamentos da doutrina cristã, antes de regressar à Judeia onde foi martirizado e morto por Herodes.
A tumba de Santiago em Compostela
Segundo uma tradição, o seu corpo teria sido então levado de volta para a Hispania (Espanha), e sepultado na região da Galizia, no local de Compostela (depois chamado, em sua honra, Santiago de Compostela).
O certo é que em 814, na Galizia, um monje (de nome Pelaio, ou Pelayo), seguindo umas revelações que tivera durante o sono, passou a trilhar um caminho..onde a cada noite tinha o mesmo sonho, e finalmente descobriu um túmulo contendo umas relíquias, e estas foram associadas a Santiago e veneradas, confirmando a lenda que afirmava que este se havia deslocado à região que é hoje a Espanha para dar testemunho de Cristo. Sobre esse túmulo viria a ser erguida a Catedral de Santiago de Compostela.
Por isso mesmo, Santiago tornou-se o santo patrono, primeiro da Galizia, depois de toda a Espanha, e o seu santuário em Santiago de Compostela. Este local, sobretudo na Idade Média tornou-se um dos mais famosos locais de peregrinação do mundo cristão. O caminho de Santiago passou por isso a designar um conjunto de rotas, plenas de albergues e hospedagens dedicados ao santo, que cruzavam a Europa Ocidental até Santiago de Compostela, através do Norte de Espanha. Ainda hoje, dezenas de milhares de peregrinos se dirigem anualmente a Compostela.
Santiago Mata-Mouros
De acordo com outras tradições, Santiago teria aparecido miraculosamente em vários combates travados em Espanha durante a Reconquista Cristã, nas lutas contra os árabes, que na Espanha era chamados de “moros” (ou mouros) sendo a partir de então apelidado de Matamoros (Mata-Mouros). Santiago e “cierra España” foram deste então o grito de guerra dos exércitos espanhóis. Santiago foi também protetor do exército português até à crise de 1383-1385 ( o Interregno),
Mais tarde, o escritor Cervantes registrou, no seu livro Don Quixote de la Mancha, que Santiago Mata-Mouros é um dos mais valorosos santos e cavaleiros que o Mundo teve alguma vez ; e foi dado a Espanha por Deus, como seu patrono e para sua proteção.
A Ordem de Santiago
No contexto da Reconquista, a Ordem Militar de Santiago foi fundada precisamente para combater os muçulmanos, e pertencer a esta Ordem tornou-se uma grande dignidade. Mais tarde dividir-se-ia em dois ramos, um na Espanha, e outro em Portugal.

Dia de celebração
Santiago é aceite como santo por todas as confissões cristãs. É festejado a 25 de Julho, nas Igrejas Católica e Luterana. Os ortodoxos comemoram-no a 30 de Abril, os coptas a 12 de Abril, e os etíopes a 28 de Dezembro.

Santo Patrono
Tiago, além de Patrono da Galizia e da Espanha, é também o santo protetor de:
· dos cavaleiros, dos peregrinos / das peregrinações e dos caminhos;
· de inúmeras profissões: camionheiros (*), chapeleiros, fabricantes de peles, tintoreiros, farmacêuticos, veterinários…;
· do exército espanhol;
· do Chile, da Guatemala e da Nicarágua, para além de inúmeras localidades ibero-hispanas;
· é também invocado para a prosperidade das macieiras e outras árvores de fruto e contra o reumatismo.
(*) Por este símbolo usado por ele: o de uma vieira (uma concha de mar), que a empresa americana Shell, no intuito de atingir todos aqueles que rodam pelas estradas..e os caminheiros como clientes, idealizou seu símbolo, hoje o logotipo mais conhecido do mundo...! (a tal vieira de Santiago)

Iconografia
Na iconografia, Santiago é freqüentemente representado como peregrino, usando aquele que se tornou o símbolo de Santiago por excelência – a Vieira, um tipo de mexilhão (chamada concha de Santiago), a qual era usada freqüentemente pelos peregrinos nos seus chapéus ou mantos – assim como um cajado, para auxiliar os peregrinos nas suas difíceis viagens por montes e vales. Atualmente ao longo do local conhecido como “Caminho de Santiago”, pode-se identificar as trilhas e a direção certa sinalizada por postes onde encontra-se na ponta aquela concha.

terça-feira, 7 de dezembro de 2004

Paelha


Description:
A Paelha.. é um prato magnifico. E por este motivo é quase impossí­vel fazer uma panela pequena, digamos apenas para 2 ou 3 pessoas... Esta receita rende 10 pratos

Ingredients:
INGREDIENTES

1 lata de azeite de oliva (250 ml)
1/2 kg de peito de frango cortado em cubos
1 kg de lula cortada em rodelas
1/2 kg de polvo já cozido e cortado
1 kg de camarão branco sem casca
1/2 kg de vieira (mexilhões)
1 kg de marisco sem casca
1/2 kg de salmão cortado em cubos
1 kg de arroz branco cru
2 pimentões verdes
2 pimentões vermelhos
1/2 kg de cebola picadinha
1/2 kg de tomate picadinho
1 colher de açafrão
Sal e pimenta a gosto
2 tabletes de caldo de camarão dissolvidos em dois litros de àgua quente
10 camarões pistola com casca e cozido
2 lagostas cozidas

Directions:
MODO DE PREPARO
Esquente bem o azeite e frite a cebola, o tomate e um pimentão de cada; em seguida coloque o frango e o açafrão, deixe fritar mais um pouco e acrescente os frutos do mar, obedecendo a ordem acima. E, por último, o arroz com caldo de camarão. Tampe e deixe cozinhar durante 15 minutos, retire a tampa e mexa os ingredientes pelas laterais da panela, formando um "monte". Por fim, coloque 10 camarões pistola, o restante do pimentão em tiras e a lagosta já cozida. Cubra por mais cinco minutos e sirva.

Recents: December


Latety...the climate is all Cloudy in Rio...

At my place

Science Fair at Gaudium College


Located in quarter of Taquara-Jacarepagua-Rio

this was the Science Fair event at my goddaughter and the backgroung Theme was "Old Greece"...a fun! including a Representation about the Homer's Iliad

terça-feira, 30 de novembro de 2004

Este é nosso Trem da Vida?....


Um amigo falou-me de um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma comparação extremamente interessante,quando bem interpretada. Isso mesmo. A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros:

Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que, julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituível. Mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes, e que virão a ser super especiais para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos.

Muitas pessoas tomam esse trem apenas a passeio. Outros encontrarão nessa viagem muitas tristezas. Ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém nem sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; assim somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante a viagem atravessemos, com grande dificuldade, nosso vagão e cheguemos até eles. Só que infelizmente jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar. Não importa. É assim a viagem - cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas. Porém, jamais, retornos.

Façamos essa viagem da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando, sempre, que em algum momento do trajeto eles poderão fraquejar, e provavelmente precisaremos entender isso, porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.

Amigos, façamos com que a nossa estada, nesse trem, seja tranqüila, que tenha valido à pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem.

domingo, 28 de novembro de 2004

De minha série: "em espanhol"

Rating:★★★★★
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""Mi Lema"

Nadie puede excusarse de hacer el bien,
bajo el pretexto de que es pequeño,
pues cada cual tiene algún modo
para valorizar su destino.

La solidaridad es como un himno
que felices cantamos, cuando alguien
recibe de nosotros el bálsamo divino,
que un gesto amigo y fraternal contiene.

Es parte de un proceso social,
trabajar siempre por el bien general
constituye un sagrado deber nuestro.

Mi lema de vida lo describo así:
Si no puedo hacer todo lo que debo,
debo, al menos, hacer todo lo que puedo !!!

sábado, 27 de novembro de 2004

Some views on me...


Nice view..isn't?

These pics are recents...taken last month

SIM...SOU UM TREKKIE..!


Data Estelar 050114.1218

Sim sou um Trekkie!

Após me encantar durante anos com a presença de Spok, e sua saudação: “Vida longa e prospera” e que hoje é um dos ícones dos anos 70 e 80 e considerado como um marco do cinema e a televisão do Século XX... Temos uma nova séria do Grupo de Gene Roddenberry, o seu criador original... Estamos falando de: “Enterprise”: que cronologicamente estaria situada no ano de 2151 (um século antes do Capitão Kirk), a série mostra entre outras coisas, o primeiro contato com os Klingons, além de introduzir os primeiros passos na exploração espacial. Sendo os pioneiros a vasculhar as profundezas do espaço, a tripulação da Enterprise terá que provar que está pronta para viver além das estrelas... Bem, como ia dizendo agora temos a Oficial T`Pol e desta vez o oficial de ciencias do Comandante Archer, o novo comandante da nave Enterprise, é uma mulher vulcana....charmosa, belíssima e como sempre: compenetrada...séria... resumindo: austera e sensual; e será difícil ver o seu sorriso... assim como do seu predecessor: Senhor Spok!... o personagem é interpretado por Jolene Blalock. Ela foi designada para servir a bordo da Enterprise por insistentes pedidos do Alto Comando Vulcano, é a primeira oficial a servir por um período prolongado a bordo de uma nave estelar humana. T'Pol ira permanecer a bordo da Enterprise a pesar dos insistentes e intensos esforços dos seus superiores para retornar ao seu posto original no Planeta Vulcano. Esta decisão de T'Pol, de permanecer na Enterprise trará uma considerável e permanente vigilância do seus superiores, acerca do seu comportamento. E por outro lado, ira aumentar ainda mais o apoio do seu capitão.

Mesmo cuidadosa e defensiva em relação aos humanos, que ela considera primitivos e irracionais, ela desenvolveu um certo respeito pelo capitão Archer e se tornará um de seus mais leais e confiáveis tripulantes.

Agora já na terceira temporada, T'Pol acompanha a tripulação da Enterprise a penetrar na Expansão Délfica, um fenômeno cósmico, atrás dos Xindi, uma misteriosa raça acusada de matar milhões de humanos na Terra em 2153...

Ainda temos: Linda Park, a Alferes Hoshi Sato é Oficial de Comunicações, japonesa, tem entre 25 e 30 anos. Arrebatadora e inteligente, Hoshi tem um espírito mal-humorado que costuma testar a paciência da tripulação. Ela é responsável pelas comunicações, assim como tradutora na nave. Especialista em exolinguística, ela aprendeu a manipular suas cordas vocais para emitir uma ampla categoria de sons alienígenas que nenhum humano jamais produziu. Hoshi tem uma afinidade natural para aprender línguas, não gosta da idéia de estar presa em uma "lata de metal" (como ela mesma defina a nave) e em velocidades impossíveis. Toda vez que a nave entra em dobra ela se segura no console e fecha os olhos...



CONHEÇA MAIS....

Um dos aspectos que fazem de “Jornada nas Estrelas” o seriado com maior numero de fás, ser diferente é sua atualidade, mesmo tendo sido feita nos anos 60. Embora não teve o devido sucesso na época, deixando de ser produzido no seu terceiro ano (dois anos antes dos cinco previstos). Embora fale de viagens estelares e oponha humanos a alienígenas às vezes estranhos, “Jornada...” nos dá lições de tolerância e respeito. Pois, mesmo equipada com poderosos torpedos fotônicos e raios phaser, a nave leva tripulantes pacifistas, com missão de “pesquisar novos mundos e civilizações”, sem desprezar a aventura, “audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve”. Coloca humanos (e vulcanos, klingons...) em situações de conflito não somente com outras culturas, mas consigo mesmo. Gravada no auge da guerra fria, Star Trek já condenava o belicismo humano e o racismo, no país e na época em que Martin Luther King seria assassinado. Ainda se falava nos mísseis soviéticos retirados de Cuba, apenas quatro anos antes, quando Gene Roddenberry criador de “Jornada”, colocou um russo (!) em posição de comando na nave. E ainda: o primeiro beijo inter-racial da TV mundial foi dado em “Jornada", o que causou polêmica e ameaças de censura nos EUA. Numa época em que os EUA invadiam o Vietnã, a Frota Estelar, tinha como Primeira Diretriz a não-interferência em outras culturas e civilizações, respeitando o processo evolutivo de cada uma. O que era ficção científica pura no “Jornada” é hoje realidade: Quando o capitão Kirk pedia um relatório médico das condições de saúde dos tripulantes da Enterprise, o doutor McCoy lhe entregava um quadradinho de plástico, que era inserido numa fenda, mostrando o resultado em um dos muitos monitores coloridos que havia em qualquer parte da nave Hoje a leitura seria: um disquete colocado no drive e imediatamente reconhecido pelo hardware, um gesto corriqueiro.

E mais: todos os monitores tinham, acesso a esta informação, porque estavam em REDE! Mas estávamos em 1966! A palavra “computador” (que já era usada em “Jornada”) era pouco conhecida, e os “cérebros eletrônicos” de então, com capacidade menor que a dos primeiros PCs que conhecemos, (que um simples PC-XT de 1982) ocupavam andares inteiros de um prédio.

Star Trek sempre respeitou a inteligência do espectador. Todos os seus episódios levam a uma reflexão e utilizam as descobertas da ciência e suas perspectivas como recurso dramático e argumentativo, conduzindo à aventura e à emoção.

CRONOLOGIA:

Para assistir e curtir “Jornada nas Estrelas” hoje, é importante você se atualizar um pouco. Existem CINCO séries chamadas Star Trek. A primeira, que tem Kirk e o Sr. Spock (atenção, ele nunca foi “doutor” Spock!), é conhecida como “série clássica”, foi produzida entre 1966 e 1969, e sua ação acontece no século 23. Anos depois, em 1987, começaria a “Nova Geração” (Star Trek: The Next Generation), com uma nova Enterprise, comandada por um capitão de meia idade, calvo, francês e comedido (Jean-Luc Picard).. O seriado gerou algum ciúme no início, não só por substituir o intrépido Kirk por outro bem diferente, mas também por apresentar novos heróis e ambientar a Frota Estelar 85 anos depois da era “clássica”. Além disso, os inimigos de antes, os klingons, na “Next” se tornariam aliados, o que prova que, para Star Trek, e todos os “trekkies”nenhum ódio é eterno (que bom se o Oriente Médio fosse assim...). Mesmo com toda essa revolução, acabou arrebanhando mais trekkers no mundo todo e colecionando vários prêmios Emmy e Hugo, ficando no ar até 1994, três anos depois da morte de seu criador. Como a série “clássica”, deixaria personagens memoráveis, como o andróide Data e o klingon Worf, além do carismático capitão. Mas a saga continuaria. Em 1993 a TV exibia Emissary (“Emissário”), episódio- piloto de Star Trek: Deep Space Nine, sobre uma estação espacial alienígena administrada pela Federação, sob o comando de Benjamin Sisko e apresentando novas raças e impérios alienígenas, como os bajoranos e os cardassianos. Foi exibida até 1999, quando já era exibida a quarta temporada de uma outra série: Star Trek: Voyager, nome de nave da Federação, desta vez perdida nos confins da Galáxia. Mantendo a tradição de pioneirismo de “Jornada”, agora era uma mulher forte, decidida no comando, a capitã Kathryn Janeway. A serie Voyager terminou em 2001.
Neste ano foi criada a outra serie: a da espaçonave: Enterprise. (objeto deste nosso comentário). Ao contrário de todas as anteriores, cujo universo concentrava-se no século 24, ou mais adiante...a ação de Enterprise se passa quase um século antes da saga da série clássica, ou seja, no século 22...Ou seja: Amanha... pelo andar da carruagem... certo???

segunda-feira, 22 de novembro de 2004

SOBRE O ISLAMISMO


HISTÓRIA - Surgido no século 7º, como a última das três religiões monoteístas, o islamismo viveu um período de expansão que durou 800 anos, ultrapassando as fronteiras da península Arábica.

Vários fatores contribuíram para essa rápida propagação. Entre eles as disputas que levaram o fundador da religião, o profeta Maomé, a ser expulso de Meca, (na Arábia Saudita), hoje centro de peregrinação onde se encontra a Caaba ou “santuário” o local mais sagrado do islamismo.

Refugiado na cidade de Medina, Maomé consegui a traves da sua pregação aglutinar todo o povo árabe, organizou seus seguidores num exército que no ano de sua morte, 632, já dominava a maior parte da península Arábica. Os seus sucessores, chamados de califas, que o sucederam continuaram a conquista, aproveitando-se do enfraquecimento do Império Romano e, ao leste, dos últimos estertores do Império Persa.

No ano 711, os chefes muçulmanos atravessaram o estreito de Gibraltar e dominaram boa parte da Espanha. No Oriente, ao lado da atuação de guerreiros e missionários, a atividade de comerciantes muçulmanos ajudou a propagar o islamismo na Índia e até as regiões das atuais Indonésia e Malásia. Atualmente, dos 6 bilhões de habitantes do planeta, cerca de 1,3 bilhão são muçulmanos, divididos em diversas correntes e presentes em quase todos os países. 20 milhões estão na Europa. A maioria, porém, se encontra na Ásia e no Oriente Médio. A Indonésia é o país com o maior número de muçulmanos: cerca de 200 milhões. No Brasil, há mais de um milhão de muçulmanos. Atualmente, esta é a religião que mais cresce no mundo todo!....SEGUNDO ESTIMATIVAS, UM DE CADA QUATRO HABITANTES DO PLANETA SERÁ MUÇULMANO POR VOLTA DE 2020.

Embora a religião esteja historicamente ligada aos árabes, pois nasceu nessa região, atualmente a maioria dos muçulmanos é de povos não-árabes.

Donos das maiores reservas de petróleo do planeta, os árabes também são, em sua maioria, moderados, embora estejam concentrados no Oriente Médio, onde o radicalismo religioso tem sua origem e seu braço mais forte focalizado em Israel, sendo este o maior ponto de conflito. Cercado por estados islâmicos, Israel vem recebendo apoio militar e econômico dos EUA desde sua fundação e é considerado, por todos os povos vizinhos, um país hostil e invasor.

Que são os Fundamentalistas?: são grupos religiosos que pregam pela “pureza”dos ensinamentos do profeta, alavancados pelas diferenças internas, aliadas à miséria e à carência de educação, que contribuíram para o surgimento destes grupos chamados de “fundamentalistas” no seio do islamismo. Movidos pelo fanatismo e interpretação ao pé da letra de textos sagrados, eles vêem Israel e o Ocidente como o inimigo,. O “infiel” (que são todos aqueles que não seguem a Maomé) o seja: “grande satã”. Dentro desta minoria radical, existe ainda uma outra minoria que estaria disposta até a matar e morrer, convicta de que um “devoto fiel e ate suicida” garante um lugar de honra no paraíso.

A traves da Historia ocidente e o islamismo nunca conviveram bem...Depois dos embates das Cruzadas, que na verdade tinham, como único objetivo pilhar todos os tesouros árabes, para recuperar as fortunas feudais já falidas na época e ainda fortalecer o poderio econômico do papado; e não contente com roubar cada cidade e povoado atacado, ainda “em nome da Fé cristã” barbarizaram todo o povo árabe, matando e massacrando qualquer ser vivo no caminho das cruzadas, sem perdoar nem crianças, nem mulheres, ate os cachorros os cruzados matavam. o Segundo choque dos muçulmanos com a Europa veio com a expansão colonial sobre a África, a Ásia e o Oriente Médio. A força militar, econômica e cultural das potências européias lançou os países, de maioria islâmica, numa onda de choque.

No entanto, não é possível falar em um só mundo islâmico, assim como não existe um mundo cristão homogêneo. Associar os supostos autores dos atentados nos EE.UU a todos os muçulmanos é o mesmo que relacionar os radicais evangélicos (chamados genericamente de protestantes) e que atacam crianças, colocam bombas nas escolas, etc.na Irlanda do Norte e dizer que todos os evangélicos, ou pior todo o cristianismo é terrorista. E AQUI NÃO HÁ NENHUM EXAGERO. POIS ESSA É EXATAMEMTE A LINHA DE RACIOCINIO.

A palavra árabe Jihad é traduzida freqüentemente como “guerra santa”, mas a tradução mais literal seria “esforçar-se” ou “estar empenhado” no benefício da comunidade ou para evitar os pecados pessoais. A Jihad é uma obrigação religiosa. Assim como os evangélicos ou católicos tem “obrigação” de visitar os enfermos, e de ensinar o catecismo, ensinar a Bíblia a todos aqueles que não a conhecem.

Só que no islamismo esta responsabilidade de ensinar a religião é mais profunda: Se a Jihad é convocada para proteger a fé contra terceiros, podem-se usar meios legais, diplomáticos, econômicos ou políticos. Se a alternativa pacífica não for possível, o islamismo permite o uso da força. MAS HÁ regras rígidas a serem seguidas: inocentes, como mulheres, crianças ou inválidos, não devem ser feridos e qualquer iniciativa de paz do inimigo deve ser aceita. Dessa forma, a “ação militar” é apenas um dos modos de levar adiante a Jihad, e um dos modos mais raros de fazê-lo!. O conceito de Jihad foi desvirtuado por grupos políticos e religiosos ao longo da história a fim de justificar as várias formas de violência.
Vale notar que o Alcorão refere-se especificamente a judeus e a cristãos como “pessoas do livro” (uma analogia á Bíblia) e que adoram o mesmo Deus. Portanto, eles devem ser protegidos e respeitados.

A palavra “islam” vem de “aslama” (submeter)

a palavra “muslin” quer dizer “submisso”. (daí deriva muçulmano) Assim, quem segue o islamismo é chamado de muçulmano. Mas nem todo árabe, como freqüentemente se pensa, é muçulmano e nem todo muçulmano é árabe. Os muçulmanos consideram Maomé o último e o mais importante de uma série de profetas (Depois de Adão, Abraão, Moisés, Jesus....). Afirmam também que somente a mensagem a ele transmitida por Deus se conservou intacta, sem deteriorações e mutilações, como aconteceu com outros livros sagrados.

O preceito “Alá é o único Deus e Maomé é seu profeta” é um dos cinco pilares do islamismo, junto com: a oração, a esmola, o jejum e a peregrinação à Meca. E como todas as grandes religiões do mundo, o islamismo também prega a paz e o amor ao próximo.
A palavra “islam” vem de “aslama” (submeter)

a palavra “muslin” quer dizer “submisso”. (daí deriva muçulmano) Assim, quem segue o islamismo é chamado de muçulmano. Mas nem todo árabe, como freqüentemente se pensa, é muçulmano e nem todo muçulmano é árabe. Os muçulmanos consideram Maomé o último e o mais importante de uma série de profetas (Depois de Adão, Abraão, Moisés, Jesus....). Afirmam também que somente a mensagem a ele transmitida por Deus se conservou intacta, sem deteriorações e mutilações, como aconteceu com outros livros sagrados.

O preceito “Alá é o único Deus e Maomé é seu profeta” é um dos cinco pilares do islamismo, junto com: a oração, a esmola, o jejum e a peregrinação à Meca. E como todas as grandes religiões do mundo, o islamismo também prega a paz e o amor ao próximo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2004

CUIDA DE MINHA MAQUININHA....TA?


Oração

Todas as noites eu me deito,

e agradecido pelo dia que recebi,
rezo em minha mente:
"Deus, abençoe a Humanidade ...

Proteja sempre meus amigos
que tanta alegria me trazem ...

Deus, ainda só um favor
eu gostaria de pedir ao Senhor -
caso a isso não se oponha -
abençõe meu computador...
Eu sei que não é normal
abençoar engenhocas de aço
mas caso o senhor me ouça
já¡ lhe explico sem embaraço:

Veja, essa caixinha metálica
não encerra apenas essa barafunda de dados ...
Dentro de cada um desses componentes diminutos
está um amigo que aprecio muito.
É verdade que alguns eu nunca mais vi ...
E alguns deles nem conheço pessoalmente ...
Nunca nos olhos nos olhamos ou
Um abraço demos, mas enfim......
Eu sei do carinho deles por mim e o meu por eles
pelo afeto que trocamos,

E é por meio dessa maquininha de metal
que eu chego até onde eles estão ...
Da mesma forma como conheço ao Senhor
a eles conheço... - pela fé.
Portanto, Deus, estando ok com o Senhor
Reserva um minutinho a mais
para abençoar essa torrezinha de lata
mas cujo recheio é puro amor.

--Deus! Abençoa o meu computador mas especialmente
as pessoas queridas
com as quais me encontro através dele!--
Amém."

A HISTORIA DO Neoqeav : MEUS AVÓS...


Meus avós já estavam casados há mais de cinqüenta anos e continuavam jogando um jogo que haviam iniciado quando começaram a namorar. A regra do jogo era que um tinha que escrever a palavra "Neoqeav" num lugar inesperado para o outro encontrar e assim que a encontrasse deveria escrevê-la em outro lugar e assim sucessivamente. Eles se revezavam deixando "Neoqeav" escrita por toda a casa, e assim que um a encontrava era sua vez de escondê-la em outro local para o outro achar: Eles escreviam "Neoqeav" com os dedos no açúcar dentro do açucareiro ou no pote de farinha para que o próximo que fosse cozinhar a achasse. Escreviam na janela embaçada pelo sereno que dava para o pátio onde minha avó nos dava pudim que ela fazia com tanto carinho. "Neoqeav" era escrita no vapor deixado no espelho depois de um banho quente, onde a palavra iria reaparecer depois do próximo banho. Uma vez, minha avó até desenrolou um rolo inteiro de papel higiênico para deixar "Neoqeav" na última folha e enrolou tudo de novo.Não havia limites para onde "Neoqeav" pudesse surgir. Pedacinhos de papel com "Neoqeav" rabiscado apareciam grudados no volante do carro que eles dividiam. Os bilhetes eram enfiados dentro dos sapatos e deixados debaixo dos travesseiros. "Neoqeav" era escrita com os dedos na poeira sobre as prateleiras e nas cinzas da lareira. Esta misteriosa palavra tanto fazia parte da casa de meus avós quanto da mobília. Levou bastante tempo para eu passar a entender completamente e gostar deste jogo que eles jogavam. Meu ceticismo nunca me deixou acreditar em um único e verdadeiro amor, que possa ser realmente puro e duradouro. Porém, eu nunca duvidei do amor entre meus avós. Este amor era profundo. Era mais do que um jogo de diversão, era um modo de vida. Seu relacionamento era baseado em devoção e uma afeição apaixonada, igual as quais nem todo mundo tem a sorte de experimentar. O vovô e a vovó ficavam de mãos dadas sempre que podiam. Roubavam beijos um do outro sempre que se batiam um contra outro naquela cozinha tão pequena. Eles conseguiam terminar a frase incompleta do outro e todo dia resolviam juntos as palavras cruzadas do jornal. Minha avó cochichava para mim dizendo o quanto meu avô era bonito, como ele havia se tornado um velho bonito e charmoso. Ela se gabava de dizer que sabia como pegar os namorados mais bonitos. Antes de cada refeição eles se reverenciavam e davam graças a Deus e bênçãos aos presentes por sermos uma família maravilhosa, para continuarmos sempre unidos e com boa sorte. Mas uma nuvem escura surgiu na vida de meus avós: minha avó tinha câncer de mama. A doença tinha primeiro aparecido dez anos antes. Como sempre, vovô estava com ela a cada momento. Ele a confortava no quarto amarelo deles, que ele havia pintado dessa cor para que ela ficasse sempre rodeada da luz do sol, mesmo quando ela não tivesse forças para sair. O câncer agora estava de novo atacando seu corpo. Com a ajuda de uma bengala e a mão firme do meu avô, eles iam à igreja toda manhã. E minha avó foi ficando cada vez mais fraca, até que, finalmente, ela não mais podia sair de casa. Por algum tempo, meu avô resolveu ir à igreja sozinho, rezando a Deus para zelar por sua esposa. E então, o que todos nós temíamos aconteceu. Vovó partiu."Neoqeav" foi gravada em amarelo nas fitas cor-de-rosa dos buquês de flores do funeral da vovó. Quando os amigos começaram a ir embora, minhas tias, tios, primos e outras pessoas da família se juntaram e ficaram ao redor da vovó pela última vez. Vovô ficou bem junto do caixão da vovó e, num suspiro bem profundo, começou a cantar para ela. Através de suas lágrimas e pesar, a música surgiu como uma canção de ninar que vinha bem de dentro de seu ser. Sentindo-me muito triste, nunca vou me esquecer daquele momento. Porque eu sabia que mesmo sem ainda poder entender completamente a profundeza daquele amor, eu tinha tido o privilégio de testemunhar a beleza sem igual que aquilo representava. Seguramente, você a esta altura você deve estar se perguntando: "Mas o que Neoqeav ao final significa?" Não está entendendo?
"NEOQEAV" = NUNCA ESQUEÇA O QUANTO EU AMO VOCÊ!

EU QUERIA TE DIZER....


Um pedido Especial....!

Eu queria que o tempo voltasse atrás
para reviver os momentos mais felizes da minha vida.

Eu queria controlar meus sentimentos
e hoje não ter tanto querer.

Eu queria te sentir bem de pertinho
pois estando ao teu lado, todo meu ser
se embriagaria de tanta paz.

Eu queria te fazer um carinho
e com as minhas mãos, em teu rosto,
sentir a suavidade do teu olhar.

Eu queria ouvir a tua voz
e em cada palavra, sentir o tom do teu desejo.

Eu queria me envolver em teus braços
e sentir num abraço, teu corpo todo me querer.
Eu queria sentir os teus lábios
e em deliciosos beijos roubados, perder a conta
dos inúmeros beijos trocados.

Eu queria te sentir só minha
pois quando se ama, é difícil aprender a dividir.

Eu queria ver o teu sorriso
pois saberia avaliar a intensidade da tua felicidade.

Eu queria ser teu companheiro
para juntos, construirmos um futuro de amor e paz.

Eu queria dormir em teus braços
e ao despertar, sentir a suavidade de tuas mãos
a me afagar.

Eu queria te dar o meu colo
e te sentir Menina, a procura do meu aconchego.

Eu queria enxugar as tuas lágrimas
para não deixar em teu rosto, vestígios de tristeza e dor.

Eu queria para mim a tua dor
para sentir a intensidade de tudo o que te fizer sofrer.
Eu queria ao teu lado estar
pois palavras seriam dispensáveis, bastaria apenas
um simples olhar.

Eu queria não ser só um sonho ou fantasia
pois para mim, você é a mais linda realidade.

Eu queria ser a tua felicidade
pois a minha felicidade já é você.

Eu queria te dizer palavras doces
para te alimentar de paixão.

Eu queria transmitir para você a serenidade
quando em teu peito o coração se sentir apertado.

Eu queria te dar o "Meu Coração".
Mas ele..... já é "Seu"!

Então, eu queria o "Seu Coração".
Ah!!! ... Este pedido vai muito além, é bem Especial !
Preciso esperar para conversar a sós, com "Deus",
nas minhas Orações.


Amor...
Muitos o julgam como palavra fácil...
Fácil de pronunciar...
Pois muitos a sabem dizer...
E poucos sabem amar...
Os que sabem não querem provar...
Têm medo de se apaixonar...
Outros muitos amam o poder...
Mas poucos têm o poder de amar...
O que não é o meu caso...
Pois amo...
Mas tenho medo...
Não de me apaixonar...
Pois...
Já estou ha muito tempo apaixonado!
Assim apenas tenho fôlego e sinto medo para dizer:
Te amo...!!!!

quinta-feira, 18 de novembro de 2004

Minha ultima inspiração: em espanhol:....Estoy Libre!

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ESTOY LIBRE!
Cuando me recuerdo de ti
Una tristeza inmensa
Mi corazón invade, y,
Como un velo oscuro
Empaña mis ojos.

Las lágrimas, en mi rostro,
Son un rosário de perlas
Que caen, una a una, a mis pies
y con febril deseo busco en mi vida,
restos de tu amor.

Soy un pájaro herido sin tus cariños,
Soy una nave sin rincón, sin ruta,
Esperanzado de hallar
El puerto seguro de tu brazos
En este mar de desengaños...

Tu ausencia es un azote
Que a mi corazón golpea...
Desgraciado yo, que
Por tus cariños me perdí
Y, hechizado, no supe
De ti alejarme...

La borrasca se calma,
No es tarde para alcanzar
La orilla del mar tranquilo.
Un rayo de luz brilla
en el Horizonte de mi vida,
Estoy olvidándome de tus besos...

Y cuando en ti no piense más,
Ni sienta falta de tus cariños
Quiero, como un corcel sin freno,
Correr por el universo y
A todos los vientos gritar:
¡Estoy libre...!

quinta-feira, 11 de novembro de 2004

Mais um Poema....

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O SONHO

Foi naquela noite chuvosa,
que contigo sonhei
O meu amor perdido,
aquele por quem eu tanto desesperei

Fiquei a perceber
que o amor não tem sentido
pois por ti tanto lutei
para acabar por te perder.

Onde errei eu não sei
Mas sei que cada dia sem te ter
Da me vontade de morrer,
Pois a tua mera visão

Da me a volta a cabeça
E faz parar o meu coração.
O meu coração ficou destroçado
Pois percebeu que tinha sido enganado

Pela mulher que eu considerava a mais bela
Mulher essa Que nem o Da Vinci reproduziu na tela
Depois disto tudo ainda me vieste culpar
E chegas-te a dizer que eu
não te sabia amar.

Foi nesse momento
Que fiquei chocado
Pois foi ai que percebi
Que tu nunca me tinhas amado

Se tu me pedisses
Eu para ti voltava
E sabes bem que por ti
Eu tudo mudava

Mas não podia viver nesse sufoco
Pois viver assim
Faria de mim um louco
Mas louco do que eu pelo teu amor

Não pode haver, pois por ti eu faria tudo
Apenas para sentir o teu calor.
Voltar a ter aquele sentimento
Que com o passar do tempo

Foi caindo em esquecimento.
Com a madrugada a chegar
E eu ainda a sonhar
Com o amor da minha vida

Amor esse que deixou uma ferida.
Agora que a manhã chegou
Terei de me levantar
Para trabalhar tenho de ir

Para com os amigos estar
Mas não sem antes me despedir
Do amor que me fez sonhar...
Voce!

RAGNAROK - A batalha do Fim do Mundo


Esta é uma lenda nórdica, e Ragnarok significa: "o destino fatal dos deuses" também conhecido como “Gotterdammerung"
A mitologia escandinava é um reflexo do rude ambiente subpolar em que os audazes nórdicos viviam. É um mundo em que homens e mulheres desempenham papéis secundários e no qual o drama se desenrola num conflito entre deuses e gigantes, conflito esse no qual os deuses aparecem em franca desvantagem. Os deuses enfrentam os "gigantes de gelo" (uma alusão aos longos e cruéis invernos escandinavos) e eles são invencíveis. A natureza impera e decide todos os ciclos de vida do homem.

Ragnarok é a batalha final entre os deuses e seus inimigos. Seus oponentes são gigantes e monstros de natureza cruel, liderados pelo malvado Loki (o renegado, a personificação do Mal). Um por um os deuses caem, embora os monstros e gigantes - inclusive Loki - também morram. Na luta, a Terra e o universo perecem. O Sol e a Lua são caçados pelos “lobos”, e finalmente engolidos por Fenrir o lobo (filho de Loki o Renegado) que os perseguiam desde a criação . A Terra pega fogo, arde e se fragmenta, num holocausto universal. E finalmente é engolido pela águas Quase como um detalhe insignificante da grande batalha, a vida e a humanidade são extintas. E esse, dramaticamente, deveria ser o fim
-- mas não é--

De algum modo , uma segunda chance ocorre é um mundo novo emerge das ondas. Outro Sol e outra Lua passam a existir, uma nova Terra surge, um novo par humano vem a existência. Um anticlimax feliz se opõe à grande tragédia da destruição.

A lenda de Ragnarok chegou ate nós extraída por um historiador islandês, Snorri Sturluson (estamos no ano de 1230). Naquela época, a região nórdica já tinha sido cristianizada e esta lenda do fim de um reino e seus deuses parece ter sofrido forte influencia cristã Havia lendas cristãs sobre a morte e regeneração do universo que há muito precediam a lenda islandesa de Ragnarok; que pela sua vez, essas lendas cristãs eram influenciadas pelas lendas dos povos judeus. .

Vejamos com cuidado:
Expectativas messiânicas
Enquanto o reino davidico de Judá existiu, antes de 586 a.C., os judeus estavam convictos de que Deus era o divino juiz que atribuia recompensas e punições aos indivíduos de acordo com seus méritos. As recompensas e punições eram aplicadas nesta vida. Esta certeza foi anulada em certo momento: Após o reino de Judá ter sido arrasado pelos caldeus sob Nabucodonosor, seu Templo destruído e milhares de judeus levados para o exílio em Babilônia. Depois deste fatos começou a crescer, entre os exilados, um desejo da volta do reino e de um rei da velha dinastia de Davi.

Na medida em que tais desejos representavam uma espécie de traição para com os novos dirigentes (não-judeus), na verdade:persas. Surgiu o hábito de apenas fazer-se alusões à volta do rei. Uns falavam do "Messias"; (quer dizer "o ungido", já que o rei era ungido com óleo como parte do ritual de entronização). A imagem do rei que retornava era idealizada como algo que prenunciava uma maravilhosa época dourada e, realmente, as recompensas da virtude eram removidas do presente (onde manifestamente não estavam ocorrendo) e transferidas para um futuro dourado.

Alguns versos descrevendo essa época dourada foram incluídos no livro de Isaias, que propagou as palavras de um profeta já atuante em 740 a.C :

"E ele (Deus) julgará as nações e convencerá de erro a muitos povos: os quais de suas espadas forjarão relhas de arados e de suas lanças, foices, uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem daí por diante se adestrarão mais para a guerra" (Isa.11,4).

"...mas julgará os pobres com justiça e tomará com eqüidade a defesa dos humildes da terra e ferirá a terra com a vara da sua boca e matará o ímpio com o sopro dos seus lábios" (Isa. 11,4).

O tempo passou e os judeus retornaram do exílio, mas isso não trouxe alívio. Havia hostilidade de seus vizinhos não-judeus mais próximos e eles se sentiam indefesos em face do poder avassalador dos persas, então dominadores de todo o país. Os profetas judeus tornaram-se mais incisivos, portanto, em seus escritos sobre a idade dourada vindoura e, particularmente, sobre a condenação que aguardava seus inimigos.

"Juntarei todas as gentes e conduzi-las-ei ao vale de Josafá e ali entrarei com elas em juízo acerca de Israel, meu povo e minha herança..." (Joel 3,2) .Esta foi a primeira expressão literária de um "Dia do Juizo Final". UM momento desejado do tempo em que Deus poria fim à presente situação do mundo. Tal noção se tornou mais forte e extremada no século II a.C., quando os selêucidas, dirigentes gregos que haviam sucedido na dominação persa depois de Alexandre Magno, tentaram suprimir o judaísmo.

Os judeus, sob os macabeus, se rebelaram e o Livro de Daniel foi escrito para apoiar a rebelião e prometer um futuro brilhante. O livro baseava-se, parcialmente em antigas tradições relativas a um certo profeta Daniel. Da boca de Daniel vieram descrições de visões apocalípticas. Deus (chamado como "o Ancião dos dias") faz sua aparição para punir os perversos.

"Eu estava, pois, observando estas coisas durante a visão noturna e eis que vi um personagem que parecia o Filho do homem, que vinha com as nuvens do céu...e Ele deu-lhe o poder, a honra e o reino; e todos os povos, tribos e línguas o serviram; o seu poder é um poder eterno que não será tirado; e o seu reino não será jamais destruído" (Dan. 7, 13-14).

Este "ser semelhante ao Filho do homem" se refere a alguém de forma humana, em contraposição aos inimigos de Judá, que haviam sido previamente representados sob a forma de diversas feras. A forma humana pode ser interpretada como representando Judá em abstrato, ou o Messias em particular (o ungido).

A rebelião macabéia foi bem sucedida e um reino judeu foi restabelecido, mas isto também não trouxe a idade de ouro. Entretanto, os escritos proféticos mantiveram vivas as expectativas dos judeus durante os dois séculos seguintes. O Dia do Juizo Final permaneceu sempre como eminente; o Messias estava sempre para chegar; o reino da justiça estava sempre a ponto de ser estabelecido.

Então, os romanos sucederam os macabeus e, no reinado do imperador Tibério, houve um pregador muito popular na Judéia, chamado João Batista, cuja mensagem continha a seguinte temática:

"Fazei penitência porque está próximo o reino dos céus" (Mat. 3,2).

Com a expectativa universal assim constantemente reforçada qualquer um que se proclamasse o Messias certamente teria seguidores; sob os romanos houve muitos pretendentes que, politicamente, conduziram a nada. Dentre esses, contudo, figurava Jesus de Nazaré, a quem alguns judeus humildes seguiram e se mantiveram fiéis mesmo depois de Jesus ter sido morto crucificado sem que uma mão se erguesse para salvá-lo.

Assim, aqueles que acreditaram em Jesus como o Messias poderiam ter sido chamados de "messiânicos". Todavia, a língua dos seguidores de Jesus veio a ser o grego, na medida em que mais e mais gentios se convertiam e, em grego, a palavra para Messias é "Christos". Deste modo, os seguidores de Jesus passaram a ser denominados "cristãos".

O sucesso inicial na conversão de gentios deveu-se às pregações missionárias carismáticas de Paulo de Tarso (o apostolo Paulo, que foi prolífico com suas Epistolas) e, começando com ele, o cristianismo iniciou um caminho de expansão que trouxe para a sua bandeira primeiro Roma, depois a Europa, depois grande parte do mundo. Os primeiros cristãos acreditavam que a chegada de Jesus o Messias ( isto é "Jesus Cristo") significava que o Dia do Juízo Final estava prestes a vir.

Ao próprio Jesus são atribuídas predições do iminente fim do mundo:

"Mas naqueles dias, depois daquela tribulação , o Sol se escurecerá., a Lua não dará seu resplendor ; e as estrelas do céu cairão e se comoverão as potestades que estão nos céus. Então verão o Filho do homem vir sobre as nuvens com grande poder e glória . . . Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que se cumpram todas estas coisas. O céu e a terra passarão ... A respeito, porém , daquele dia ou daquela hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem mesmo o Filho, mas só o Pai" (Mat. 13,24-27, 30-32).

Em aproximadamente 50d.C., vinte anos após a morte de Jesus, o apóstolo Paulo ainda aguardava o Dia do Juízo Final de um momento para o outro:

"Nós, pois, vos dizem isto, segundo a palavra do Senhor, que nós, não passaremos adiante daqueles que adormeceram . Porque o mesmo Senhor, ao manto de Deus, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, descerá do Céu e os que morreram em Cristo ressucitarão primeiro. Depois nós, os que vivemos, os que ficamos, seremos arrebatados justamente com eles sobre as nuvens ao encontro de Cristo nos ares e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras. Quanto ao tempo e ao momento (desta segunda vinda de Jesus Cristo) não tendes necessidade, irmãos que nós escrevamos. Porque vós sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como um ladrão durante a noite" (I Tess. 4,15,5,2).

Jesus fazia notar que o Dia do Juizo Final viria logo, mas tinha o cuidado de não estabelecer uma data exata. O que ocorreu é que o Dia do Juizo Final não veio; os maus não foram punidos, o reino ideal não foi estabelecido e aqueles que acreditavam que Jesus era o Messias tiveram que se contentar com a crença de que o Messias teria que vir uma segunda vez (a Parusia ou "Segunda Vinda") e que então tudo que havia sido previsto ocorreria.

Os cristãos foram perseguidos em Roma, sob Nero e, em maior escala, mais tarde, sob o imperador Domiciano. Exatamente como a perseguição selêucida tinha gerado as promessas apocalípticas (Apocalíptico: vem do grego e significa "revelação"). Assim, qualquer coisa que é apocalíptica revela um futuro normalmente oculto aos olhos dos homens.
O Apocalipse foi provavelmente escrito em 95 d.C., durante o reinado de Domiciniano. Neste livro, de forma confusa e detalhadamente, o Dia do Juizo Final é descrito. Narra-se uma batalha final entre todas as forças do mal e as do bem, num lugar chamado Har-Margedon, (ou Harmaggedon) contudo os detalhes não são claros (Apoc. 16:14-16). Finalmente, porém, "Eu vi um novo céu e uma nova terra, porque o primeiro céu e a primeira terra desapareceram..."(Apoc. 21,1).

RESUMO:
É bem possível, portanto, que qualquer que tenha sido a origem do mito nórdico de Ragnarok, a versão que chegou até nós esta claramente espelhada na batalha de Har-Magedon do Apocalipse, com sua visão de um universo renovado. E o Apocalipse, por sua vez , foi idealizado e deve muito ao Livro de Daniel.

terça-feira, 9 de novembro de 2004

MONNA GOSTANZA (Vó Gostanza) : Uma historia da Inquisição


No final do século 16, na cidade italiana de Bagno a Acqua, atual Casciana Terme, no coração da Toscana, vive Gostanza da Libbiano, uma camponesa de 60 anos de idade, viúva, que divide a casa com duas velhas amigas, também viúvas, e a neta Diadora, de apenas sete anos de idade.

Gostanza exerce, desde jovem, a prática da medicina popular para a cura de doenças, utilizando-se de ervas e óleos aromáticos, ajudando desta forma, os camponeses que a procuram. Uma das práticas que utiliza para diagnosticar doenças, é o de misturar miolo de pão aos doentes. Tais práticas põem em polvorosa as autoridades aclesiásticas locais... Estamos situados em plena Contrareforma Católica, e o fato de ser mulher, muito bela e carismática, fazia a sua existéncia ainda mais intolerável aos olhos dos (fervorosos..?) cristãos.

Mesmo a medicina oficial era, nos tempos de Gostanza, baseada em um terreno bastante empírico. Imaginem então a medicina popular, que faz parte de uma cultura milenar, praticada desde muitos séculos antes do nascimento do cristianismo, de forma que, ao longo dos anos, foram misturadas noções de medicina popular derivadas de conhecimentos práticos e junto com rituais mágicos. Infelizmente, na Idade Média, tudo o que ainda sobrevivia dos velhos cultos e ritos pagãos era considerado pelos cristãos e protestantes, como culto ao Demónio.

LEMBREMOS:
Em 1231 o papa Gregório IX edita a bula "Excommunicamus", na qual há procedimentos pelos quais inquisidores profissionais seriam enviados para localizar hereges e persuadi-los a se retratar. Em abril de 1233, o mesmo papa edita duas bulas que marcam o início da Inquisição, instituição da Igreja Apostólica Católica Romana que perseguiu, torturou e matou milhares dos seus "inimigos", ou quem quer ela entendesse como inimigo, acusando-os de heresia, isto aconteceu por vários Séculos. A bula "Licet ad capiendos", a qual definitivamente marca o início da Inquisição, era dirigida aos dominicanos, cruéis inquisidores, e tinha o seguinte teor: "Onde quer que os ocorra pregar estais facultados, se os pecadores persistem em defender a heresia apesar das adverténcias, a privá-los para sempre de seus benefícios espirituais e proceder contra eles e todos os outros, sem apelação, solicitando em caso necessário a ajuda das autoridades seculares e vencendo sua oposição, se isto for necessário, por meio de censuras eclesiáticas inapeláveis".

A Inquisição atuou barbaramente durante mais de SEIS séculos da nossa era, atingindo o nível político, económico, social, psicológico e cultural de toda a sociedade, atuando com mais força e eficácia na Espanha, Portugal, França, Alemanha e Itália. O Santo Ofício, durante toda a sua história, torturou e executou, principalmente na fogueira, mais de um milhão de pessoas, essencialmente mulheres, judeus e muçulmanos convertidos, e ainda com o agravante que, todos os bens das vítimas eram tomados pela Igreja. A inquisição queimou também milhares de cientistas e intelectuais, desde que houvesse uma oportunidade. Tudo mo intuito de "apagar" quaisquer ideias que tenham um nínimo de polémica com a 'fe'. Foram todos vítimas das autoridades eclesiásticas, de personalidades católicas que eram guiados exclusivamente pela vontade de ganhar notoriedade e poder (ou seja de 'aparecer'), ou ainda pior: movidos pela ignoráncia e o fanatismo popular.

Em 1252, o papa Inocéncio IV, através da bula "Ad extirpanda", autoriza o Tribunal da Inquisição a praticar a tortura nos acusados para quebrar-lhes a resisténcia. A prática de queimar hereges nos chamados "autos-de-fé" eram verdadeiras festas, onde os membros da Igreja e da Corte se vestiam de grande pompa, e geralmente a faziam em homenagem ao rei. Graças a esta brilhante idéia cristá, a obtenção das confissões de culpa era enormemente facilitada. Esta bula papal seria confirmada pelo papa Urbano IV em 1261. Em 1258 já havia acontecido o primeiro processo contra uma "bruxa", e a primeira vítima oficial seria queimada em Toulouse, em 1275.

Continuando a nossa Historia:
Na manhã do dia 4 de novembro de 1594, provavelmente depois de uma denúncia anónima (o Santo Ofício acolhia denúncias de quem quer que fosse, inclusive através de cartas anónimas), Gostanza da Libbiano é convocada pelo Monsenhor Roffia, vigário da igreja de San Miniato al Tedesco, por ordem do bispo da Repubblica di Lucca.

A primeira parte do processo contra Gostanza é realizada sob a responsabilidade do Monsenhor Roffia, um homem com quase 50 anos de idade, estimado e respeitado, e que pertencia a uma das famílias mais ricas da Toscana, e gozava de um poder civil e religioso - um poder praticamente sem limites para a época. No dia 4 de novembro de 1594, acompanhado pelo notário Viviani, Monsenhor Roffia interroga, no Palazzo dei Vicari, na pequena cidade de Lari, alguns testemunhos, e ordena imediatamente a prisão de Gostanza. No dia seguinte, já na cárcere eclesiástico de Lari, Gostanza é submetida ao primeiro interrogatório, onde é acusada de bruxaria!

Nos processos do Santo Ofício, a denúncia (mesmo sendo anónima) era prova de culpabilidade, cabendo ao acusado a prova de sua inocéncia. O acusado era mantido na cárcere, incomunicável, e ninguém, a não ser os agentes da Inquisição, tinha permissão de falar com o reu, e nenhum parente podia visitá-lo. Geralmente o acusado ficava acorrentado, e pasmem: era responsável por todos os gastos referentes a sua prisão. O julgamento era secreto e particular, e o acusado tinha de jurar nunca revelar qualquer fato a respeito dele, no caso de ser solto. Nenhuma testemunha era apresentada contra ele, nenhuma lhe era nomeada, pois os inquisidores afirmavam que tal procedimento era necessário para "proteger" seus informantes.

Monsenhor Roffia segue até a cidade onde vivia Gostanza, Bagno a Acqua, e interroga outras testemunhas, entre elas a pequena Diadora, neta de Gostanza, de apenas sete anos de idade. Em 7 de novembro o processo continua, em sede definitiva, a San Miniato.

Depois dos primeiros interrogatários exclusivamente verbais, Gostanza é "afetuosamente examinada", para a averiguação de uma possível "marca de bruxa", que poderia ser desde um mamilo excessivamente grande até uma simples pinta, mancha, uma verruga, ou uma outra anomalia física. O exame era sempre muito bem acurado, e frequentemente a prova era encontrada nas partes íntimas da vítima. Depois de examinada, Gostanza é submetida á "tortura da corda" (nua, pendurada ao teto da sala inquisitária, com os braços puxados por detrás das costas, através de uma uma corda amarrada firmemente aos pulsos). O corpo desta forma fica imobilizado numa posição dolorosa, enquanto o padre inquisidor faz as perguntas, que devem ser respondidas de acordo com o interesse do Santo Ofício.

Em 1376, o inquisidor Nicolau Eymerich publica o "Directorium Inquisitorum". Este é um verdadeiro Manual dos Inquisidores, é revisto e ampliado por Francisco de La Peña, onde encontram-se conceitos e normas processuais a serem utilizadas pelos cruéis inquisidores. Tanto Eymerich como La Peña são monges dominicanos, e fazem uma grandiosa codificação das práticas e das justificativas acerca do controle das doutrinas da Igreja que culminaram na instituição da Inquisição. O Manual ensina, de forma prática e direta, o bom exercício do ofício de inquisidor. Sua importáncia é tão grande para a Igreja que, depois da Bíblia, foi um dos primeiros textos a serem impressos, em 1503, em Barcelona.

A Santa Igreja dava uma certa autonomia para os seus representantes inquisidores. A inquisição espanhola, por exemplo, era conhecida pela crueldade e obscurantismo. Em 1483, Tomás de Torquemada é nomeado Grande Inquisidor de Castela, e esse monge dominicano faz uma ampla utilização da tortura e do confisco dos bens das vítimas, e estima-se em 20 mil o número de pessoas barbaramente torturadas e queimadas durante o seu mandato.

Em 1484, o Papa Inocêncio VIII torna pública sua bula contra as bruxas, "Summis desiderantes affectibus", na qual qualifica as bruxas como adoradoras de Satanás, e solicita uma ação mais enérgica contra as mulheres, através da tortura para obter confissões. Em 1487, os monges dominicanos alemães, Jacob Sprenger e Heinrich Institoris Kramer publicam o "Malleus Malleficarum" ou, Martelo das Bruxas, um livro de 400 páginas, que será o guia, aprovado pela hierarquia eclesiástica, de caça às bruxas. Neste guia, existem instruções para identificar as bruxas, a torturá-las para as fazer confessar, e como os inquisidores podem se absolver mutuamente, depois de uma cessão de tortura. Durante dois séculos e meio, na Alemanha, depois da publicação do "Malleus Malleficarum", negar a bruxaria podia levar à fogueira. A histeria criada pelos monges se espandiu por toda a Europa.

O manual dos dominicanos foi um verdadeiro guia de caça às bruxas. Tudo surgiu do medo que as mulheres que provocavam à Igreja. No "Malleus Malleficarum", se podem ler coisas como: "a bruxaria brota do apetite carnal, que nas mulheres é insaciável"; "quando uma mulher pensa por si mesma, pensa no mal"; "as mulheres intelectualmente são como crianças, pois são mentirosas, fracas de mente e necessitam do controle masculino"; "elas são responsáveis da impotência do homem, nos seduz e destroem a alma". Outras e muitas obras deixam claro o caráter misógino da Igreja Católica.

Durante muitos séculos uma forte aversão dos cristãos e protestantes contra as mulheres, nas quais sempre viam uma bruxa em potencial, assombrou a Europa. Foi uma época em que o terror dominou durante séculos. O resultado deste ódio foi que quase um milhão de pessoas foram brutalmente torturadas e executadas, sendo 85% mulheres. A maior parte das torturas que eram aplicadas às mulheres tinha caráter sexual, sempre encobertas pelo "sagrado". Alguns fanáticos inquisidores, reprimidos sexualmente pelo voto da castidade, eram obcecados pela agressão sexual, transformando alguns julgamentos em repugnantes depravações sadomasoquistas.

Muitas vezes a tortura era decretada e adiada na esperança de que o medo levasse à confissão. A confissão podia dar direito a uma penalidade mais leve e se fosse condenado à morte apesar de confesso, o sentenciado podia "beneficiar-se" com a absolvição de um padre para salvá-lo do Inferno. A tortura também podia ser aplicada para que o acusado indicasse nomes de companheiros de heresia. As testemunhas que se contradiziam podiam ser torturadas para descobrir qual delas estava dizendo a verdade.

Não havia limites de idade para a tortura; meninas de 10 anos e mulheres de 80 anos eram sujeitas à tortura. As penas impostas pela Inquisição iam desde simples censuras (leves ou humilhantes), passando pela reclusão carcerária (temporária ou perpétua) e trabalhos forçados nas galeras, até a excomunhão do preso e sua morte na fogueira. Estes castigos eram normalmente acompanhados de flagelação do condenado e confiscação de seus bens em favor da Igreja.

E nossa heroína?:
A dor e a humilhação é tanta, que após várias seções de torturas, Gostanza, que até então havia negado toda a acusação, desiste de proclamar a sua inocência, e finalmente, para o delírio da pequena platéia inquisidora, confessa de haver praticado feitiçaria.

"A verdade é que sou uma bruxa". Pensa que, com esta declaração, poderá por fim a toda a dor que estava sentindo. Talvez Gostanza espera obter, com a condenação - já que a morte pelas mãos da Inquisição era para ela, naquele momento, um fato mais do que certo - o status oficial de uma mulher dotada de poderes extraordinários, atestado pelos representantes do poder eclesiástico.

A Santa Igreja sempre teve medo daquele infinito poder, existente nos gestos mais simples e naturais, que toda mulher carrega, e Gostanza da Libbiano é apenas uma das ameaças para esta ordem religiosa. Monsenhor Roffia interroga Gostanza em tom severo, após sucessivas seções de torturas e humilhações. Ele acredita piamente que somente através da punição do corpo a alma pode ser salva.

Induzida pelo inquisidor, Gostanza começa a confessar as práticas diabólicas, construindo um seu mundo metafísico, entalhado em fortes fantasias, como feitiçarias, delitos macabros, práticas de vampirismo, metamorfoses, vôos noturnos e bacanais realizados na Cidade do Diabo, confissões estas fomentadas por uma inesgotável riqueza, oriunda do rico imaginário popular e fruto da fértil imaginação daquela velha senhora.

Para auxiliar Monsenhor Roffia no processo, a Igreja encaminha um representante do Santo Ofício, o franciscano Mario Porcacchi da Castiglione, doutor em teologia e guardião do convento de San Francesco. Porcacchi tem apenas 31 anos de idade, e apesar da pouca experiência num processo inquisitório, ele se convencerá rapidamente da culpa de Gostanza.
Quando não estava sendo torturada ou interrogada, Gostanza permanecia presa no porão do eclesiástico palácio, numa pequena, escura e fria sala, onde não podia nem ao menos ficar em pé. A pobre velha têm amarradas aos punhos grossas correntes que a prendem à parede. A única visita que lhe é permitida é a dos inquisidores. Gostanza não quer mais ser torturada, e confirma, fora da sala dos tormentos, tudo o que confessa durante os interrogatórios.

Nos dias sucessivos, os inquisidores voltam a fazer as mesmas perguntas dos dias anteriores, para se certificarem dos depoimentos, através das coincidências e contradições. As perguntas são repetitivas, e as seções duram horas, entre interrogatório, tortura e pausas para a higiene pessoal e alimentação dos inquisidores. A cada interrogatório Gostanza, no desespero e estresse de tanta dor e humilhação, inclui novos particulares e variações das suas fantasias, alimentando a tara dos inquisidores. Desta forma o interrogatório segue o percurso de uma espiral.

Gostanza encontra-se em condições de inferioridade perante os dois inquisidores, pois não possui fortes argumentos para a sua autodefesa, e desesperada, começa a contra-atacar os seus agressores. Age de forma diferente para com cada inquisidor, comportando-se de forma humilde e submissa em alguns casos, e em outros de maneira ameaçadora e insinuante. O tom de voz que usa ao falar com o jovem e curioso teólogo Porcacchi é quase que sedutor, para talvez conseguir obter deste um reconhecimento da sua importância como uma mulher com dons divinos. Porcacchi, embora possua um aspecto moderado, é intimamente agitado pelas obscuras questões às quais se encontra atado, e não se interessa pela Gostanza curandeira ou adivinhadora, mas pela bruxa Gostanza e seu envolvimento com o Demônio.

Monsenhor Roffia tenta fazer com que Gostanza se arrependa e salve ao menos a sua alma. - "O cristianismo é a corrupção das almas através dos conceitos de culpa, punição e imortalidade", escreveria um dia Nietzsche - Já o franciscano Porcacchi representa para Gostanza o perigo mais insidioso pois, diferente de Roffia, é inclinado a acreditar em todas as fantasias que no desespero da tortura Gostanza havia confessado. As perguntas que saem da sua boca, proferidas com voz melíflua, abrem as portas para as anedotas mirabolantes da velha, um imaginário populado daquelas belas figuras monstruosas, que deixou seus traços nas pinturas de Bosch e Bruegel.

Este rico imaginário, por sua vez objeto do interrogatório, na Idade Média era difuso não apenas entre as pessoas incultas, mas também entre muitas pessoas instruídas. Dos interrogatórios do processo se percebe como tal imaginário, no qual se juntam diabos e bruxas, não se limitasse a criar apenas a fantasia dos artistas ou nutrir as páginas dos livros especializados no assunto, mas penetrasse profundamente na vida das pessoas, condicionando a cada dia os seus comportamentos.

Os depoimentos fantasiosos de Gostanza passam por reuniões das bruxas sob uma imensa nogueira, vôos noturnos em galope sobre o dorso de estranhos animais, inúmeras visitas à Cidade do Diabo, descrita como o "jardim das delícias", até as suas relações carnais com o Grande Diabo, descrito como "um belíssimo jovem, bem vestido, com um rosto artisticamente esculpido e de cor avermelhada". Quando começa a contar das suas profanações às hóstias consagradas, é imediatamente interrompida por Roffia: "Quem lhe ensinou a fazer estes nefastos sacrilégios?" - grita o vigário, bastante irritado.

No dia 19 de novembro, chega de Firenze o inquisidor geral para o território do Granducato, o franciscano Dionigi da Costacciaro, que participará das audiências do processo até 24 novembro. Costacciaro era um homem bastante velho, e já havia sido ministro provincial da região da Umbria, inquisidor em Siena e, desde 1578 era inquisidor geral de Firenze. Nos últimos anos de sua vida, participará como juiz no processo de Giordano Bruno, em Roma.

Depois de oito anos de processo conduzido pela Santa Inquisição, em Roma, durante os quais lhe são arrancadas confissões, sob tortura, o filósofo italiano Giordano Bruno é condenado à morte como "herege obstinado e ímpio", e queimado vivo numa fogueira, na Piazza dei Fiori, em Roma, no dia 17 de fevereiro de 1600. Bruno havia ousado definir o Universo como infinito, e admitia a hipótese da existência de formas de vida fora da Terra. Tudo isso era demais para a Igreja. Bruno se defende, tentando mostrar que as suas idéias não estão em contradição com as doutrinas cristãs, mas tudo em vão. Conhecido como o filósofo da liberdade e da tolerância, firme defensor das teorias copérnicas e impulsionador da lei da Natureza, rejeitou a hipótese de se retratar, o que o teria livrado da morte. Tiveram o cuidado de lhe cortar a língua antes de enviá-lo ao local da execução, para evitar o risco de que as suas palavras pudessem emocionar a multidão que foi assistir ao espetáculo (segundo o papa Inocêncio IV, era "de fundamental importância cortar a língua dos condenados ou amordaçá-los antes de acender o fogo, porque, se têm possibilidade de falar, podem ferir, com suas blasfêmias, a devoção de quem assiste a execução"). O principal acusador de Bruno, o cardeal Bellarmino, será mais tarde canonizado e, em 1930, proclamado "Doutor da Igreja", enquanto que Bruno deixou para a humanidade 309 obras filosóficas, trabalhos de cosmologia, matemática e ciência, além de um maravilhoso exemplo de vida.

Costacciaro era um homem inteligente e eqüilibrado, conhecedor da cultura de seu tempo e muito respeitado no Vaticano. Chegando em San Miniato, procura imediatamente ignorar os dois juízes, que estavam mergulhados num mundo de medo e suspeitas alimentadas por invejas, mágoas e rancores, típicas dos pequenos borgos provincianos da Itália medieval. Nada destas particularidades poderia interferir no raciocínio pleno da ortodoxia teológica, colocada naqueles últimos anos em risco pela heresia que vagava por toda a Europa.

Quando se apresenta ao inquisidor geral, Gostanza muda de estratégia, vendo em Costacciaro uma última chance de escapar da morte na fogueira. Diz ao inquisidor fiorentino que havia fantasiado as suas declarações perante os dois juízes, que com várias seções de tortura, a haviam forçado a se autoacusar de horríveis crimes que jamais havia cometido.

É aterrorizada da idéia de que se iniciem novas seções de tortura: "pelo medo da corda e a dor que sentia ao ser torturada, juraria até que Cristo não vivesse no Céu", diz Gostanza a Costacciaro. Queria talvez blasfemar, diante daquele grosso crucifixo de ouro e ébano pregado na parede da sala, e talvez dizer, em alta voz, que a concepção de Deus é uma das coisas mais corruptas que apareceram no mundo, mas Gostanza fazia claramente o seu jogo, e parecia conhecer bem o campo em que estava jogando. Age de maneira instintiva, sem haver elaborado um verdadeiro plano de ação.

No âmbito de uma cultura prevalentemente oral, Gostanza é mestre no uso da palavra falada, e sabe muito bem que pode contar com alguns elementos que jogam a seu favor. Encontra na credulidade de Porcacchi, as quais as dúvidas de Roffia opõem uma fraca resistência, um terreno sobre o qual pode haver uma possibilidade de reação. A credulidade dos dois primeiros juízes lhe concede uma considerável vantagem, pois são os mesmos exageros contados durante as suas confissões que proporcionam ao terceiro juiz a possibilidade de inverter a rota do processo. Costacciaro não acredita nas fantasiosas palavras de Gostanza, e decididamente a situação muda, quando este experiente inquisidor entra em cena. Um fato bastante importante a se observar, é que Costacciaro é de Firenze, capital do Granducato no qual o território transgride a diocese de Lucca, capital por sua vez de um Estado independente e limítrofe. Uma situação como esta, particularmente propicia o surgimento de conflitos de todos os gêneros.

Costacciaro não encontra dificuldades, através de válidos argumentos teológicos, em desmontar o grande cenário criado pelos incompetentes e fanáticos juízes locais, com a colaboração ativa de Gostanza. "os Diabos" diz o inquisidor "vivem no fogo eterno e em contínuo tormento. Não como a imputada declarou, em tantas exaltações, festas e bacanais. No Inferno, não existe nada mais do que cruzes, tormento e fogo eterno; onde existem contínuas e eternas penas; onde não se desfruta nada, não se luxúria, não se faz bacanais de alegria. O Demônio é apenas um anjo caído. E todos os anjos, Deus criou incorpóreos, sem os órgãos efetivos para a procriação, como os fez aos homens. Tudo isto para mim é bastante claro, que você, Gostanza, depôs em falso".

A partir deste episódio, Costacciaro deixa bem claro que o verdadeiro processo é aquele por ele conduzido. As duas partes do processo correspondem a lógicas diferentes. Enquanto a primeira parte, conduzida pelo Monsenhor Roffia e padre Porcacchi segue uma lógica do tipo medieval, a segunda é animada de um espírito que pode ser definido como moderno.

Estamos no ponto de confluência entre duas épocas. Os tratados sobre os quais é formado Porcacchi estão para ser substituídos por novas tomadas de posições. O poder eclesiástico, adequando-se a nova visão do mundo, que se evolve graças às descobertas geográficas e aos progressos da ciência, muda de estratégia. Os autos-de-fé preparados para as bruxas, no obscuro período medieval, não se adequam mais às novas exigências, porém esta mudança será muito lenta, e muitas mulheres ainda continuarão, por muito tempo, a serem queimadas nas fogueiras, seja na Europa Católica como na Europa Protestante. A última "bruxa" será queimada em Poznan, em 1793, e em 1826 o último herege é queimado vivo pela inquisição espanhola.

Monsenhor Roffia e padre Porcacchi seguramente haveriam queimado Gostanza, pois reconheciam e temiam o poder feminino iluminado por aquela velha senhora. Cortacciaro, porém, é mais sutil e representa uma nova política do Santo Ofício. Aquela que, apesar de absolver as mulheres da acusação de bruxaria, impedia contudo que estas continuassem a exercer qualquer tipo de profissão e, tirando-lhes os instrumentos de trabalho, comprometia a autonomia econômica das condenadas, conseguindo desta forma negar a sua identidade.

Gostanza termina por contar a história da sua vida, deixando as suas fantasias de lado, que já não lhe servem mais. "Eu não sou uma camponesa como vocês acreditam que eu seja - diz Gostanza ao inquisitor geral, - eu sou filha de messer Lotto Niccolini, um nobre fiorentino. Minha mãe, monna Aquiletta, que era a sua serva, ficou grávida de mim". A partir deste dado anagráfico parte um reconhecimento das circunstâncias, entretecido de superações e violências, que caracterizaram, desde o início, a vida da acusada. "Um dia" prossegue Gostanza, - quando eu era apenas uma menina de oito anos de idade, e vivia em Fratta, na vila onde morava meu pai, enquanto eu estava sozinha em frente à nossa casa, três pastores que passavam por ali me raptaram, e me levaram até a casa de Francesco di Lorenzo, onde fui violentada por Lenzo, seu filho. Vós não imaginais o tormento que era dormir com este Lenzo, sendo eu de pouca idade".

Absolvida da acusação de bruxaria, Gostanza é contudo condenada a "não tornar mais a sua casa, nem ao menos se aproximar da região onde vivia, sob ameaça de prisão e castigo. Não poderá entrar mais em contato com parentes e amigos. É proibida de medicar homens, mulheres e animais, e deverá dizer aonde irá morar, para que possa ser observada de perto". Diferente do poder arcaico, que sentia a necessidade de ostentar a própria força praticando penas espetaculares, o poder moderno age de maneira mais eficaz, excluindo da sociedade a pessoa considerada perigosa, portadora de uma cultura diferente.

No final do processo, Gostanza é uma pessoa derrotada e humilhada, ferida na sua mais profunda intimidade. A sua individualidade, as características que a faziam uma mulher especial, são frutos de um conjunto de relações interpessoais, estabelecidas ao interno do grupo ao qual ela pertencia. Que esperança poderia ter Gostanza, que vivia em meio à uma sociedade misógina e falocrática, que considerava a mulher como um ser inferior? Ainda havia a pobre velha a tipologia clássica da bruxa: pobre, analfabeta, viúva, independente, pertencente ao mundo rural, e depositária de um conhecimento empírico da cura através das ervas. Era sem dúvida uma mulher diferente, e por isso era, de alguma forma, uma ameaça aos interesses nefastos da Igreja.

Gostanza havia criado, na região onde vivia, um tipo de associação de viúvas, junto às quais havia viabilizado uma verdadeira empresa herborística, que era a única via de sustento daquelas pobres senhoras. O faturamento de anos de trabalho era bastante considerável, e a Igreja, como de fato sempre fazia, seqüestrará o bom montante de fiorini das pobres viúvas.

Há quem afirme que ainda hoje o fantasma de monna Gostanza, inquieto de não haver encontrado a morte como devia de ser, percorre pelas noites adentro as grandes salas de tormento da igreja de San Miniato.