A Música Gospel (que em inglês é "Gospel" mesmo; e em Português, "boas novas") é uma composição para expressar a crença de uma comunidade cristã ou nào, é considerada como uma alternativa, perante a música secular convencional. Como outros gêneros, a criação, a performance, a influência, e até mesmo a definição de música gospel varia de acordo com a cultura e o contexto social. Assim sendo, a música gospel é escrita e executada por muitos motivos, desde o prazer estético, e com motivo religioso ou cerimonial. Contudo, o tema principal das músicas gospel é o louvor e adoração a Deus, Cristo....
O início da música gospelAinda que o termo, "Música Gospel", possa abranger um campo da Música muito vasto, seus estilos, embora com nomes variados, possuem todos uma mesma essência e raiz ---a da música cristã negra nos Estados Unidos da América-- Talvez um dos velhos estilos da música negra que realmente se aproximou do Gospel, foi
o Spirituals, (em Português, as canções harmoniosas dos "Espirituais dos Negros").
O foco desta breve história é a música que fluiu da igreja Afro-americana e inspirou uma variedade enorme de corais modernos, artistas do mercado
R&D, Rhythm & Blues, e o atual Gospel contemporâneo, além de outros estilos musicais similares do gênero.
Alimentado pela gigantesca indústria musical nos EUA, a música Gospel pulou do seu berço humilde e cristão e atravessou as muralhas da igreja para um mercado bem diferente, o do mundo atual. E, assim o Gospel continua a crescer. De acordo com a revista Norte-americana, Gospel Today, dentre 2003 e 2008, sete gravadoras criaram até divisões especiais somente para tratar e lidar com artistas Gospel; as estatísticas da mesma publicação indicaram que os selos independentes cresceram 50%, e o rendimento das vendas só de música Gospel chegou a triplicar nas últimas décadas, de US$180 milhões de dólares em 1980 a US$500 milhões em 1990.
Origens Tommy Dorsey (1899-1993), compositor do sucesso "
There Will Be Peace in the Valley", é considerado por muitos, O Pai da Música Gospel. No início de sua carreira ele era um importante pianista de Blues, conhecido aliás por
Georgia Tom. Ele começou a escrever Gospel depois que ouviu
Charles A. Tindley (1851-1933) numa convenção de músicos na Filadélfia, e passou a abandonar as letras mais agressivas de outras canções, contudo, sem se afastar do ritmo de Jazz tão parecido com o de Tindley. A Igreja inicialmente não gostou do estilo de Dorsey e não achou-o apropriado para o santuário, naquela época. Lembremos que ele era um importante e mui querido parceiro de Frank Sinatra, que, sempre que podia, o elogiava. Em 1994, após o seu falecimento, a revista Norte-americana,
Score, publicou um artigo com o título: The Father of Gospel Music ( "O Pai da Música Gospel"); neste artigo a revista declara que quando Dorsey percebeu, no início de sua carreira , que muita gente era contra o seu "estilo" e brigava contra a música Gospel, ele estava "determinado á carregar a bandeira" a favor do Gospel, bem entendido. E assim ele o fez. Ele investiu em 500 cópias da canção dele,
If you See My Saviour ( "Se Você Ver o meu Salvador") e enviou para diversas igrejas do país. Levou quase três anos para ele conseguir mais pedidos da música e nesse meio tempo, ele quase retornou a tocar o Blues. Mas Dorsey não desistiu e com ajuda de outros bons músicos ele foi em frente. Trabalhou com as cantoras,
Sallie Martin (1896-1988) e
Willie Mae Ford Smith (1904-1994), escreveu centenas de músicas Gospel e testemunhou sua música subir no púlpito das igrejas --aonde, uma vez--, recusaram ele mesmo de aparecer! Dorsey também fundou a Convenção Nacional de Corais Gospel nos EUA , em 1932, uma organização que ainda existe até hoje
O Crescimento do GospelMuitos outros novos nomes apareceram, que talvez fossem "prisioneiros de velhos grilhões, mas agora estavam salvos" prontos para alimentar a nova corrente do Gospel, como
Mahalia Jackson, Clara Ward e James Cleveland.Mahalia Jackson (1911-1972) foi convidada para cantar na TV, no
Ed Sullivan Show, minutos antes do eternizado discurso pró-liberdade negra de Martin Luther King, onde ele disse as palavras certas na hora certa:
I have a dream ("Eu tenho um sonho"). Mahalia acabou sendo a convidada para cantar durante a cerimônia do funeral do Reverendo King; talvez, como num toque de mágica, ela escolheu uma canção de Dorsey:
Take My Hand, Precious Lord ("Segure a minha mão, Amado Senhor").
Clara Ward (1924-1973) junto ao The Ward Singers, foi uma artista Gospel com muita presença e substância. Sua canção
Surely God is Able foi comentada como o primeiro disco de platina após a Segunda Guerra Mundial. Mas esta informação não pode ser confirmada pois a RIAA sustenta que, Edwin Hawkins Singers foi o primeiro vencedor do disco de ouro com um Gospel, em 1968, com o famoso sucesso,
Oh, Happy Day, desde que a RIAA começou a manter as estatísticas nas vendas dos discos, mas Ward influenciou muitos artistas com seu estilo, incluindo nomes como
Little Richard e Aretha FranklinO Gospel modernoEste Gospel, em sua forma original era geralmente interpretado por um solista, acompanhado de um coro e um pequeno conjunto instrumental. Grandes intérpretes da música norte-americana começaram assim, como cantores de Gospel nas igrejas. É o caso de
Mahalia Jackson, Bessie Smith e Aretha Franklin, além de Ray Charles. O Gospel foi também se influenciando, assumindo formas às vezes surpreendentes em se tratando de música religiosa. É o caso dos quartetos Gospel, surgidos após a Segunda Guerra Mundial, com suas músicas gritadas, suas danças cheias de sacolejos e roupas extravagantes. "Nesta fonte fui beber", o Rock dos anos 50, desde
Bill Haley e seus Cometas, passando por
Jerry Lee Lewis, até
Elvis Presley nos anos da década de 1960.
Comercialmente e na forma que tem atualmente, a música cristã estourou nos Estados Unidos a partir dos anos 70. O rock, em mais uma volta da história, passa a ser o carro chefe da música cristã. Todavia, outros ritmos como o funk e o reggae também são por ela adotados. Bandas como Stryper (heavy metal), de Los Angeles, tocam música Gospel. Grandes espetáculos se organizam por todo o país e cada vez mais emissoras de rádio criam programações gospel. Hoje o prêmio GRAMMY, considerado o Oscar da música, inclui a categoria Gospel, além da música cristã para premiar seus talentos com o Prêmio Dove Awards.
Internacionalmente, destacam-se atualmente
Michael W. Smith, os grupos
Vineyard, Hillsong Music Australia, Kirk Franklin; e nos anos 90, os ministérios
Hosanna!Music, Maranatha; as bandas
Petra, Guardian, Bride; as cantoras Amy Grant, Crystal Lewis, entre outros
Elvis Presley e o Gospel Sem dúvida Elvis Presley foi um dos maiores divulgadores desse gênero musical durante todo o século 20. Elvis adorava esse tipo de música, inclusive, tanto quanto rock, blues, R&B, country e música erudita.
Desde a década de 50 ele já incorporava em seus álbuns e canções algumas influências desse gênero tipicamente americano. Como exemplo podemos citar, o acompanhamento vocal do grupo gospel "The Jordanaires", logo depois, no final da década de 60 até o começo da década de 70, vieram os "The Imperials" e durante a mesma década os "The Stamps", com a participação de J.D. Sunmer e até mesmo um grupo vocal feminino de nome "Sweet Inspirations" e de outra cantora chamada "Kathy Westmoreland".
Elvis lançou quatro álbuns gospel; Peace In The Valley em 1957, His Hand in Mine em 1960, How Great Thou Art em 1967, considerado um dos "divisores de águas" em sua carreira e He Touched Me em 1972. Para se ter a real noção do que Elvis representou para o gospel americano, ele ganhou três GRAMMYs por suas interpretações gospel, em 1967, 1972 e 1974. Já em 2001 ele entrou para o "Hall da fama" do gospel, deixando para sempre marcado o seu nome nesse gênero musical americano tão importante e influente.
Entre os seus sucessos gospel estão, "Peace in the Valley", "Crying in the Chapel", sucesso mundial em 1965, "How Great Thou Art" entre outras. Muitos o consideram um dos maiores intérpretes desse gênero tipicamente sulista nos EUA.
E os Beatles? Eles sozinhos no formam parte deste genero, mais um deles, George Harrison teve sim uma grande participaçao no género Gospel. E isso perdurou até sua morte.. Durante o auge da beatlemania, George ficou conhecido como o "beatle calmo" ("quiet Beatle"), devido a sua maneira introspectiva e tendência a falar pouco durante as entrevistas. Apesar da imagem de "beatle tranqüilo", a maioria dos amigos, como Eric Idle, membro do Monty Python, asseguram que na intimidade ele era muito falante, contradizendo a imagem que a imprensa tinha a seu respeito.
Foi só a partir de 1965 que George Harrison começou a contribuir freqüentemente com composições para o grupo. No álbum Help!, ele lançou duas composições próprias: "I Need You" e "You Like Me Too Much".
Então, algo diferente e importante lhe aconteceu: durante a tournê americana de 1965, David Crosby, do grupo The Byrds, apresentou à George a cultura indiana através do trabalho do
músico Ravi Shankar. George ficou fascinado pelo som indiano e se tornou um dos maiores responsáveis pela popularização da música indiana nos anos 60. Após comprar um
sitar, ele introduziu pela primeira vez na música pop um instrumento indiano, na canção "Norwegian Wood" do álbum Rubber Soul. Após essa experiência, George escreveu algumas canções que utilizaram outros instrumentos indianos como a tabla e o sitar. Entre essas canções destacam-se "Love you too", do álbum Revolver, de 1966 e "
Within you without you", do Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, de 1967. Ainda em 1967, ele foi responsável pela inclusão de Ravi Shankar no Festival Pop de Monterey.
Em 1966, ele e sua mulher Pattie Boyde foram à Índia, onde ele conheceu vários gurus, locais sagrados e estudou o
sitar. De volta a Inglaterra, George foi apresentado a Maharishi Mahesh Yogi e começou a desenvolver a meditação transcendental. Influenciados por George Harrison, os Beatles foram à Índia fazer meditação espiritual em 1968. Em 1969, produziu o single "Hare Krishna Mantra", interpretado por devotos do templo londrino de Radha-Krishna. No mesmo ano, ele e John Lennon conheceram Bhaktivedanta Swami Prabhupada, fundador da Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna (ISKCON). Pouco depois, Harrison abraçaria a tradição Hare Krishna, em particular o canto de mantra usado como meditação privada e chamado japa-yoga, tecnicamente similar ao terço (rosário) na tradição católica.
A partir do álbum Revolver, de 1966, George começou a compor cada vez mais e com mais qualidade. Mas só em 1968 uma composição sua atingiria grande sucesso, a canção "While my Guitar Gently Weeps", incluída no álbum duplo The Beatles (Álbum Branco). Curiosamente, o solo de guitarra de que fala a letra da música é executado pelo seu grande amigo Eric Clapton. No álbum de 1969, no disco Abbey Road, George lançou duas composições próprias: "Something" e "Here Comes the Sun" (provavelmente suas mais populares canções). "Something" foi a primeira canção de George a ser lado A de um compacto dos Beatles, "Something/Come Together". Ela é considerada sua mais bela canção e foi regravada por Elvis Presley e Frank Sinatra. Para Sinatra, esta era "a melhor canção de amor dos últimos 50 anos" entretanto, ironicamente, Sinatra pensava erroneamente que sua canção favorita tinha sido escrita por Lennon/McCartney. Posteriormente na apresentação "Concert for the Americas", Sinatra antes de fazer sua versão de "Something", finalmente dá os créditos respectivos, como graciosamente escrita por Harrison.
Após a separação do grupo, em 1970, ofuscado por anos por John Lennon e Paul McCartney, George Harrison com grande parte do material que havia acumulado, inicou sua carreira solo. O primeiro álbum de George foi um sucesso de crítica e de público.
All Things Must Pass, de 1970, é considerado por muitos como o melhor disco de um ex-beatle e um dos melhores discos da história. O álbum era triplo (quando lançado em vinil), o primeiro álbum triplo da história do rock (que em CD, se tornou duplo). O álbum atingiu o primeiro posto das paradas de sucesso britânicas e norte-americana, incluía sucessos como as músicas "
My Sweet Lord" , "
Isn't It a Pity" e "
What is Life".
Em 1971, pela primeira vez na história do rock, George Harrison organizou o que foi o primeiro Show de Música Beneficente e humanitário. O show aconteceu em 1º de agosto no Madison Square Garden, de Nova York, foi chamado de "The Concert For Bangladesh" (Concerto para Bangladesh) e reuniu mais de 40.000 pessoas e contou com a participação de Eric Clapton, Ravi Shankar, Bob Dylan, Ringo Starr, Leon Russell, Billy Preston e o grupo Badfinger. Ele foi feito exclusivamente com a finalidade de arrecadar fundos para os refugiados de Bangladesh. Mais de 30 anos depois, em 2005 o álbum foi relançado em CD e em DVD e as arrecadações foram doadas na sua totalidade à Unicef.
George costumava dizer: "Tudo pode esperar, menos a busca de Deus". George Harrison era espiritualista e muito ligado a Deus... que em PAZ esteja
Namasté
OU
Aleluia!!!