sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A Pintura Surrealista

Hoje, ao abrir o Google, me deparei com uma bela figura de Magritte, embora estava meio estilizada, mais nao deixava de ser..uma Homenagem a Rene Magritte.

Entao, hoje vou falar aqui dele...com a permissão de voces

Rene Magritte nasceu na Bélgica em 1898, aos 14 anos, em 1912, sua mãe suicídiou-se no rio Sambre. Magritte estava presente quando o corpo de sua mãe foi retirado das águas do rio. Em 1916, ingressou na Académie Royale des Beaux-Arts, em Bruxelas, onde ficou dois anos. Foi durante esse período que ele conheceu Georgette Berger, com quem se casou em 1922. Trabalhou em uma fábrica de papel de Parede, e foi designer de cartazes e anúncios até 1926, quando um contrato com a Galerie la Centaure, em Bruxelas, fez da pintura sua principal atividade. Nesse mesmo ano, Magritte produziu sua primeira pintura surrealista, "Le jockey perdu", tendo sua primeira exposição apresentada no ano seguinte. René Magritte praticava o surrealismo realista, ou “realismo mágico”. Magritte tinha espírito brincalhão, e, em "A queda" (que é esse quadro logo abaixo), seus bizarros homens de chapéu-de-coco despencam do céu absolutamente serenos, expressando algo da vida como conhecemos. Sua arte, pintada com tal nitidez que parece extremamente realista, caracteriza o amor surrealista aos paradoxos visuais: embora as coisas possam dar a impressão de serem normais, existem anomalias por toda a parte: A Queda tem uma estranha exatidão, e o surrealismo atrai justamente porque explora nossa compreensão oculta da esquisites terrena. Magritte morreu de câncer em 1967.
Este texto começa propositalmente com dados biográficos, já que Magritte os odiava, e irritar um artista já falecido é uma atitude que ele certamente aprovaria do alto de seu pedestal surrealista. Costumava falar assim:  "Detesto meu passado, assim como o de qualquer pessoa. Detesto a resignação, a paciência, o heroísmo profissional e os belos sentimentos obrigatórios. Também detesto as artes decorativas, o folclore, a publicidade, vozes anunciando algo, a aerodinâmica, os escoteiros, o cheiro de naftalina, os fatos do dia, e toda gente bêbada."

Ao ser classificado de surrealista, reagiu e disse fazer uso da pintura com o objetivo de tornar visíveis os seus pensamentos. Magritte foi de fato um surrealista, mas foi também um pensador. O seu trabalho é sempre complexo e obriga ao raciocínio, à interpretação e ao estudo.
Os quadros de Magritte não podem ser simplesmente vistos. Precisam ser pensados. Todo o surrealismo tem um traço de loucura que revela toda a genialidade do artista.

Ponte entre a psicanálise e a revolução social, pregando "Mudar a vida! Transformar o mundo!",  os surrealistas insurgem-se contra a "ordem" estabelecida que amesquinha e avilta o ser humano, proclamando, com firmeza, o inconformismo contra a todas as normas estabelecidas, a onipotência e superioridade do sonho e do inconsciente sobre o real, o desregramento de todos os sentidos, o poder redentor do humano existente em todas as formas de paixão - e quanto mais desmesurada e louca, mais bela será, a paixão.   (Será que agora, eu mesmo, sou um surrealista?...hummmm..) Outros pintores surralistas são Salvador Dali e Joan Mirô.

Sua obra já podia ser facilmente considerada parte do movimento, e passou a ser convidado com freqüência para expôr com o grupo. Mais tarde, na década de quarenta, Magritte faria incursões pelo impressionismo e pelo fauvismo, mas voltaria logo ao seu figurativismo surrealista.
Suas obras são metáforas que se apresentam como representações realistas, através da juxtaposição de objetos comuns, e símbolos recorrentes em sua obra, tais como o torso feminino, o chapéu ingles estilo coco, o castelo, a rocha e a janela, entre outros mais, figuras perfeitas, quase reais, porém de uma maneira impossível de ser encontrado na vida real.

Os melhores expoentes do movimento Surrealista, na Literatura, são: Andre Breton, Paul Éluard, Leon Trotski entre outros.

E na pintura, é claro!, Magritte é genial. Mesmo em seus momentos mais decorativistas, a obra de Magritte possui aquela provocação sutil, aquele estranhamento formado com objetos do cotidiano, aquela centelha que faz sorrir e pensar. Surrealismo do melhor.
Foi popularizado na década de 60 pois seus trabalhos e variaçoes do mesmo se espalharam no mundo inteiro pelas capas de Discos de artistas como Jeff Beck, Jackson Browne e Styx

Sua obra não contém objetos, mas somente representações pictóricas de objetos. "Isto não é um cachimbo" ("Ceci n'est pas une pipe"), provoca a frase pintada por ele debaixo de um cachimbo, que não era mesmo um cachimbo mas somente a pintura de um cachimbo.
   
E feita esta distinção, vemo-nos às
voltas não mais com um cachimbo (que nem era mesmo um cachimbo mas somente a pintura de um cachimbo) mas com vários cachimbos, a saber: o cachimbo que não estava lá (mas que considerávamos como se estivesse antes de vermos a frase), a imagem pintada do cachimbo (consciente depois do raciocínio provocado pela frase), a idéia do cachimbo (acesa em nossa mente graças à provocação do artista), e a saudade do cachimbo (com tantos cachimbos falsos, afinal não tínhamos um verdadeiro).


Nenhum comentário:

Postar um comentário