
O Mito da romena Nadia Comanesci começou em 31 de Julho de 1976: foi a única ginasta a conseguir uma nota 10 em Jogos Olímpicos, Ela estava então com apenas 14 anos! Sua apresentação nas Olimpíadas de Montreal foi tão marcante que é considerada sinônimo de perfeição na ginástica. O grande feito de Comaneci não foi simplesmente atingir uma nota 10 -pois sua principal rival em 1976, a soviética Nelli Kim, também o fez- mais a grande façanha foi conseguir repetir esta nota tantas vezes. Foram sete notas 10, contra “apenas” duas da rival soviética Kim. Aliás, essa comparação já dá uma boa medida do quão alto foi o nível técnico daquela competição. Nas apresentações válidas pela competição por equipes, Nadia Comaneci foi a melhor. Não era uma surpresa, pois a ginasta havia conquistado quatro medalhas de ouro no campeonato europeu da mesma modalidade no ano anterior; em 1975. Mas, somando a nota de seis ginastas da mesma equipe, a União Soviética ficou à frente de Romênia. Porêm a garota compensou com o ouro na prova Individual geral, batendo Nelli Kim e Lyudmila Tourischeva. Nas barras assimétricas, Comaneci recebeu o primeiro 10 da história da ginástica feminina em Olimpíadas. O placar do ginásio de Montreal não estava preparado para mostrar notas acima de 9,99 (só tinha uma casa antes da vírgula) e tiveram de improvisar com o 1,00. Na época, cada atleta fazia duas apresentações por aparelhos e vencia quem tivesse mais pontos somando as duas notas. A romena repetiu a nota 10 nas suas duas apresentações e atingiu os improváveis e inacessíveis 20 pontos! Na trave, a romena conquistou outra nota 10 e mais um ouro. Nos dois aparelhos restantes, Comaneci não foi muito bem, com um 4º lugar no salto sobre o cavalo e um bronze no exercício de solo. Mas já havia feito história. Sua imagem ingênua e infantil (lembremos: tinha apenas 14 anos!) correu o mundo. Milhares de meninas no mundo inteiro resolveram seguir os passos da romena e se matricularam em escolas de ginástica. Uma dessas “seguidoras” é nossa querida Daiane Dos Santos. Na Olimpíada seguinte, Em 1980, Comenaci já tinha o corpo formado. Com 18 anos, e não possuía mais a mesma leveza e flexibilidade de quatro anos antes. Ainda assim conseguiu o ouro na trave e a prata por equipes. No individual geral, ficou atrás apenas da soviética Yelena Davidova, conquistando a prata. Mas ainda teve capacidade de melhorar um dos resultados de Montreal. No exercício de solo, Comaneci empatou na primeira posição com Nelli Kim, conquistando um ouro que lhe escapara em 1976...
Nadia, nossa heroína e um verdadeiro Mito do mundo moderno, realizou assim um feito histórico, nunca antes conseguido por outra atleta. Assombrando ao mundo naquelas Olimpíadas de 1976. Ela uniu o que antes parecia impossível: audácia, vôos impressionantes e, principalmente, movimentos precisos. O mundo começava a acompanhar as competições olímpicas pela televisão, ao vivo, e aquela garotinha magra e graciosa mostrava sua intimidade com as barras assimétricas e paralelas. Foi perfeita em todos os exercícios. Nadia foi recebida como heroína em seu país, que fazia parte do antigo bloco comunista. Ganhou carro, apartamento e um bom salário do governo. A fama, porém, custou-lhe também a sua liberdade. Tratada como prisioneira de luxo, Nadia conseguiu fugir da Romênia exatamente um mês antes do ditador Nicolas Ceausescu ser deposto e posteriormente fuzilado (em dezembro de 1989). Obteve asilo nos Estados Unidos, onde hoje é uma pacata dona-de-casa e mãe de família
Muita perfeita...
ResponderExcluirUm mito, uma lenda viva. Nádia Comaeci
ResponderExcluirDigo Comaneci
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