As Refens da Guerrilha na Colombia

O nome de Ingrid Betancourt centra as atenções da comunidade internacional nas selvas  colombianas, mas as FARC têm em seu poder tambem outras 784 vidas. Destas, apenas 44 -políticos, militares ou policias- estão incluídas no grupo que a guerrilha aceita trocar por pelo menos 500 guerrilheiros detidos nas prisões de Bogotá. Nos últimos oito anos, segundo a Ong "Fundação País Livre", foram sequestradas mais de 20 mil pessoas, a maioria civis com o objeto de extorquir dinheiro, mas também são sequestrados menores, que são aliciados para a guerrilha e passaram a integrar as fileiras das famigeradas Farc.

A refén franco-colombiana, que era candidata à presidencia, foi raptada em plena campanha eleitoral em 23 de Fevereiro de 2002 - faz 2150 dias. Ao contrário da sua colega de campanha, Clara Rojas, que aparentemente se encontra bem de saúde, Ingrid pode ser vista na última "prova de vida" muito fragilizada. São imagens chocantes, de uma mulher miúda, simples, abatida e doente, tudo apenas para satisfazer as ambições do narco-tráfico e do terrorismo das Farc. São esses indivíduos que Lula defende e sugere que a comunidade internacional conceda regalias... Ingrid, na carta que remeteu à família em meados de Novembro mostrava nas entrelinhas uma mulher deprimida e prestes a desistir. É muito provável que ela já esteja ate morta, dai a recusa dos terroristas a falar sequer em libertar ela.  A guerrilha tamem comete enganos e mente sistemáticamente: vejamos o caso do menina Emanuel, os guerrilheiros afirmavam que estava em poder deles, sendo que o menino já fazia tempo que nao estava mais nas mãos dos guerrilheiros.  Se isso nao é terrorismo, entao que alguem por favor me esclareça o que é terrorismo, (pois Lula nem eu entendemos isso direito!)....afffff

Consuelo González, de 57 anos, acabava de ser libertada após mais de seis anos nas mãos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), mas as suas primeiras palavras para os jornalistas foram sobre os que ficaram para trás: "Os homens têm sempre correntes ao pescoço. Tomam banho com elas, o que quer que façam sempre é com as correntes. Ainda, à noite, por razões de segurança, prendem-nos a uma árvore ou ao fundo de cada cama."

Este é o dia-a-dia dos reféns homens (já que, as mulheres não são submetidas as correntes durante o dia) pela guerrilha colombiana. "É doloroso e penso que este é o único lugar do mundo em que acontece", disse ontem à uma rádio em Caracas.

Ela conta ainda: A vida dos reféns é totalmente ditada pelos guerrilheiros, que lhes dizem quando está na  hora de tomar banho (recebem produtos de higiene somente a cada dois meses), ou é hora de ir ao chonto (a "casa de banho", o banheiro mesmo!). As doenças fazem parte do dia a dia - Ela mesmo teve por três vezes malária e duas vezes leshmaniose (provocada por parasitas) - e a ajuda médica é coisa que praticamente não existe. 
Para ser libertada os refens caminharam pela selva durante 20 dias, Clara e Consuelo festejaram na quinta-feira a liberdade, quando numa aldeia indígena junto da região conhecida como  'El Retorno', ouviram chegar os helicópteros de resgate.