É através de imagens perturbadoras como esta que mostramos aqui embaixo, de autoria do grande Salvador Dalí, que pretende inspirar aos que partem à descoberta das obscuras regiões do subconsciente humano. «Talvez tenha sido com Dalí», escreveu André Breton, «que, pela primeira vez, as janelas do subconsciente foram abertas de par em par.»
>> Imagem: Salvador Dalí, A Girafa a Arder <<

Ou, Como somos atingidos pela baixa-autoestima:
Olha pelo que eu entendo...
Maria (nome hipotético, de uma paciente hipotética), ao receber elogios, a ser reconhecida como pessoa na sua mais bela forma, ela se sente bem, o "ego " dela se eleva ao um certo clímax... (ai pode até mesmo surgir a figura da menina 'metida' que acaba procurando sempre o melhor para si mesma independente do conteúdo do melhor, fazendo dela querer apenas aparecer, pois o fato de 'estar em foco', faz do exibicionismo um alimento para o seu ego)
Quando Maria não é mais reconhecida ou é tratada meio que como 'quase despercebida' Isso não cai bem, Ela acaba se desvalorizando como pessoa, ou ate talvez venha á tona o seu ser, como uma pessoa reprimida, então ela perde a auto estima ou pode querer tomar atitudes: como revolucionar o seu ser para mudar a situação e voltar então á faceta 'de ser percebida' .... E para isso, ela lança mão de várias coisas, podemos citar: bebidas, (e porque não? drogas também), ritmos musicais tais como funk, emo, metal, e alguns ‘destaques fáceis e visíveis' como tatoos, piercings, etc... e, finalmente, mandar todos tomar no centro do cu (o super ego impondo ações para reverter uma situação que abalou o ”ego” dela ) .. Temos então em mero exemplo, que se atribui a algumas pessoas em ambas situações ... Quando eu falo algumas pessoas é por que essas coisas dependem da personalidade, do emocional, da maneira que ela foi criada, É nessas horas que um núcleo familiar sólido, onde exista a presença de carinho, compreensão e diálogo fazem a diferença. (aqueles que cedem facilmente a tudo isso, em minha opinião não passam de pessoas mimadas), enfim, é um assunto muito abrangente... E existem diversas teses a respeito dele.
Resumindo, tem certas palavras, acontecimentos, atitudes, rejeições, que podem causar grande emoção em Maria, E, elas podem ser positivas ou negativas.
As grandes emoções ficam alojadas em regiões especiais e de fácil acesso em nosso cérebro... Mesmo com o passar dos anos toda vez que Maria se deparar com situações que a lembrem das grandes emoções que a marcaram, automaticamente ela se lembrará do impacto que ela sentiu na época.
Ela pode até não lembrar exatamente das “palavras, acontecimentos, atitudes, e/ou rejeições” mais com certeza se lembrará da emoção, ai está o que chamamos de agir pelo “inconsciente”, se essa emoção foi dolorida para Maria e se ela a reprimiu, foi ai que surgiu um bastante complexo “complexo” (o qual eu acredito, chegue a ser de algum grau de inferioridade). Maria vai voltar a se sentir como no dia em que lhe causaram o tal ato , que levou-a ao desgosto... Todavia, se somarmos á este fenômeno, o fato de Maria estar em um estágio 'vulnerável', pois ela mudou fisicamente: está mais gorda, ou talvez mais magra, perdeu o seu apelo sexual, seu corpo não é mais o mesmo, o excesso de peso cobra constantemente isso, sua própria auto-estima esta constantemente na 'corda bamba'. Já que tocamos o ponto, pessoas assim são as que costumam embarcar facilmente em aventuras sexuais, namoros fugazes, pois elas acabam lhe trazendo, de alguma forma o retorno da auto-estima ("este cara esta louco por mim, puxa!. como sou 'poderosa' "). O excesso de apelo sexual traz de volta irremediavelmente o que considerava estar perdendo. Como resultado passa a agir ( de forma inconsciente), como uma pressa 'fácil'...para qualquer homem que passar a mostrar sinais que esta 'reconhecendo' nela uma mulher e tanto!.
Sem esquecer que, para o homem, tudo isso é apenas uma questão de agir como um 'garanhão', não importando idade, cor, tamanho, situação social, etc, etc...pois para ele, toda conquista amorosa, tem como objetivo certo a obtenção de algum favor sexual, por causa disso, as mulheres passam a ser vistas como as 'presas'..Dai a contexto de conseguir uma "presa fácil". Se Maria, se encaixar nesse contexto, por agir como pessoa alegre, de papo fácil, com o abuso de muitas frases e palavras que são tomadas, pelos homens a caça de presas fáceis, como de duplo sentido ... Então, Maria com certeza, vai conseguir um dos seus objetivos: elevar a sua auto-estima, mesmo que isso tenha um custo elevado. Pois ela passa de mão-em-mão, constantemente. Não conseguindo afirmar nenhum relacionamento estável e duradouro.
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Passamos então ao segundo denominador: o Complexo
O senso comum utiliza-se bastante do termo “complexo” para se referir a complexo de inferioridade, ou de superioridade e mais outros que são largamente utilizados, e, até de forma equivocada, relativo á este termo introduzido por Jung: Os complexos foram descobertos por ele durante seus experimentos com associações. Jung começou a perceber que algumas palavras indutoras provocavam reações perturbadoras que revelavam o contato com conteúdos emocionais ocultos e são estes conteúdos que Jung denominou “complexos”. Os complexos são agrupamentos de conteúdos psíquicos carregados de afetividade, de emoção, que estabelecem associações com outros elementos, formando unidades vivas que possuem existência autônoma e que atraem todos os fenômenos psíquicos que ocorram ao alcance de seu campo de ação. O complexo interfere na vida consciente, envolvendo-nos em situações contraditórias, provocando lapsos e gafes, perturbando a memória, arquitetando sonhos e sintomas neuróticos. A causa mais freqüente da origem dos complexos são os conflitos, especialmente aqueles do relacionamento interpessoal; mas choques e traumas emocionais também são suficientes para sua formação. O bem-estar ou mal-estar da vida de cada pessoa depende dos complexos, que têm maior ou menor autonomia, dependendo da conexão maior ou menor com a totalidade da organização psíquica. Apesar do mal-estar que os complexos podem causar, a psicologia junguiana não os consideram como elementos patológicos, mas como sinal de conteúdos conflitivos que não foram assimilados. Estão ainda ai, para serem 'resolvidos' Os complexos podem ainda significar uma nova possibilidade de atuação, podem funcionar como um estímulo para que o indivíduo se esforce mais para sua própria realização. A patologia só aparece quando os complexos exigem uma quantidade muito grande de energia psíquica para si. Para que um complexo seja assimilado é necessário que o indivíduo compreenda os conflitos em termos intelectuais, mas que também exteriorize os afetos envolvidos. Isso é obtido através de descargas emocionais que já eram realizadas pelos antigos através de danças e cantos sistematicamente repetidos. (é o que chamamos hoje de ''danças transe"...e cânticos repetidos incessantemente, tais quais os mantras. Por tanto, para aqueles que criticam essa prática de cânticos e danças, saibam que isso tem no fundo um objetivo específico: a ‘abertura’ de nossas válvulas de descarga naturais. Essa prática é largamente utilizada por certas práticas religiosas, onde a incessante repetição de frases (preces), músicas (até aquelas de cunho ‘gospel’), na verdade trazem um certo conforto, que é ‘aproveitado’ pelo orador, pastor ou quem seja que esteja na frente dessa prática, como sendo uma ‘experiência pessoal’ religiosa, quando na verdade estamos é experimentando um escape natural de nosso inconsciente. Tal qual os antigos faziam, desde longa data...
Por essas e outras, pode-se dizer que: Mesmo em algumas bibliografias do próprio Jung, o conceito de complexo pode aparecer de forma diferenciada, porque, afinal, é mais uma complexidade da psique humana que sempre está sendo estudada, incessantemente.
Realmente complexo este tema!
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