
Para começar, por que 25 de dezembro? Um pouco de astronomia pode ajudar: Dia 21 de dezembro é o dia que se comemora o início do verão, no hemisfério sul. Para nós, é o solstício de verão. Desde o equinócio de primavera (ou seja desde o 21 de setembro), onde o dia tinha a mesma duração que a noite (equinócio = equi nox = noite igual), e com o avanço da estação, com a chegada do Verão, os dias tem ficado mais longos e as noites mais curtas. O solstício de verão é o auge dessa diferença (onde o dia é mais longo e a noite mais curta). Depois do dia 21, os dias começam a ficar mais curtos até se igualarem à noite novamente, no equinócio de outono, que acontece no dia 21 de março Perto da linha do equador não dá para notar grande diferença, mas longe dos trópicos essa variação é o que provoca as estações. Por essa razão, essas datas tinham para nossos antepassados grande importância na agricultura e nas religiões, e motivaram a criação de observatórios (como Stonehenge, na Inglaterra, as pirâmides dos Maias, etc) que fossem capazes de calculá-las com precisão. No atual calendário, os equinócios hoje caem nos dias 21 dos meses em que ocorrem, mas nem sempre foi assim.
Várias tradicionais festas religiosas contemporâneas acontecem nos equinócios e solstícios, principalmente nas religiões influenciadas de alguma forma por calendários solares. Os cristãos comemoram o Natal no dia 25 de dezembro como sendo a data de nascimento de Jesus, mas na verdade, ninguém sabe sequer o ano em que ele nasceu, quanto mais o dia e o mês. Os cristãos da Rússia, conhecidos como ‘ortodoxos’ por exemplo, comemoram o nascimento de Cristo no dia 6 de janeiro (que para nós é a festa dos Reis Magos). Já muitos Teólogos de diversas correntes do cristianismo calculam seu nascimento em março, coincidentemente próximo do equinócio de primavera (no hemisfério norte), que, para esses povos, marca o início do calendário produtivo de colheitas.
Há várias teorias sobre a escolha da data e, como se trata de um assunto religioso, há muita polêmica sem fim que nem adianta discutir. A mais interessante, no meu ponto de vista ..é esta aqui: Durante a Roma Imperial de Aureliano (270-275 d.C.) foi instituída uma festa da religião romana chamada Sol Invictus, que celebrava a volta do Sol (no hemisfério norte, os dias voltam a ficar mais longos depois do solstício de inverno, que na época caía em 25 de dezembro). Alguns religiosos que rejeitam as origens pagãs do Natal, defendem que Aureliano criou essa festa para coincidir com o Natal que já era comemorado pelos cristãos, já que ele era contra o cristianismo. Há poucas evidências que sustentam essa hipótese. Enquanto isso, durante o mandato do Papa Júlio I (337-352), este teria determinado que a data do nascimento de Cristo era 25 de dezembro, exatamente para aproveitar assa grande festa pagã em homenagem ao Sol e tornar a aceitação desta festa menos relutante para os romanos. Há muitas mais evidências, que sustentam esta segunda hipótese, inclusive discursos de Santo Agostinho e do papa Leão I.
Mas isto não tem nada a ver com a comemoração do Natal como a conhecemos hoje. Que nada mais que é uma grande máquina de marketing para alavancar vendas sazonais. Como hoje é ela estabelecida, começou muito tempo depois, na Alemanha (século XVI). Em Tempo: Não há, na Bíblia, nenhuma ordem ou sugestão para que se comemore o Natal. Antes disso, os cristãos só comemoravam a Páscoa. A festa alemã dessa páscoa acabou misturando-se com o dia de São Nicolaus (Saint Nicholaus, ou Sintra Klaus) que acontecia no dia 6 de dezembro, este personagem Noel ou Nicolau é o padroeiro dos desesperados e dos carentes. Ele foi um bispo da Igreja Católica e nasceu na Turquia, por volta do século V. É também santo padroeiro da Rússia, de onde vieram a ser acrescentados suas renas e trenós. A história mais famosa sobre Nicolau conta que ele teria ajudado um homem pobre a casar suas três filhas (naquela época, era preciso ter dinheiro para pagar a dote das filhas), e ele fez isso jogando um saquinho avermelhado contendo ouro pela chaminé da casa do homem sempre que suas filhas estavam na época de casar. Desta maneira, Nicolau tornou-se um santo muito popular. A história se popularizou no mundo todo, principalmente na Alemanha (desde onde foi difundida com o protestantismo, pelos seguidores de Lutero), depois passou pela Holanda. Quando finalmente chegou nos Estados Unidos, São Nicolau - que sempre fora retratado em trajes de bispo (onde a cor vermelha é predominante) popularizou-se no pais onde o comercio é a única coisa que movimenta multidões, então ele foi “lançado” com as cores dos seus atuais trajes pelo marketing de uma garrafa de Coca-Cola, onde ela era carregada como “presente” de Natal por este personagem, em um trenó voador puxado por renas e tal...Tanto é que, a cada ano já é esperada a vinheta de natal da bebida, com “Santa” nela aparecendo.... o resto da história vocês já conhecem!
(Santa é o diminutivo na língua inglesa para se referir ao Papai Noel)
É isso... Desejo a todos os leitores de todas as crenças ótimas festas de final de ano, seja qual for a história escolhida.
Um forte abraço e Felizes Festas para TODOS, e seus familiares...!!!!!!

Confesso que não sabia...Quanta informaçao! Caramba!
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