terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Evitando que o relacionamento chegue ao fim....

Evitando que o relacionamento se torne um convívio desgastante ..


Ao longo dos meses e anos, os vínculos amorosos sofrem altos e baixos e tropeços naturais que os colocam a toda prova e, freqüentemente, os fortalecem. Mas, às vezes, a intensidade ou a repetição dos conflitos e desavenças impulsiona o casal a se fazer a fatídica pergunta: será que vale a pena seguir em frente?.
 

"No começo tudo era sensacional. Sentíamos que tínhamos nascido um para o outro, que estávamos predestinados a envelhecer juntos. Vivíamos uma história de amor maravilhosa, um conto de fadas. Mas ultimamente alguma coisa não vai bem. Antes sentíamos que estávamos muito unidos, mas agora, às vezes, enormes distâncias nos separam, abismos e silêncios, não sei o que fazer!", se queixa um homem em relação a seu casamento.

Testemunhos como estes, são cada vez muito freqüentes nas consultas dos terapeutas de casal, e põem em evidência a encruzilhada em que se encontram os relacionamentos, que parecem ter entrado em um vale de sombras que os  impulsiona a se perguntar: O que é que está acontecendo conosco? Nossa relação realmente funciona e é satisfatória?

Brigas freqüentes. Dificuldades no sexo. Rotina e aborrecimento. Que viram  Relações nocivas. Expectativas diferentes. Conflitos domésticos. Perante essa realidade, o dia a dia de muitos casais costuma oscilar entre o céu e o inferno, entre avanços, retrocessos e contradições, que os confundem e lhes dificultam de ver sua situação e tomar decisões.

É preciso decidir o que fazer e o quanto antes. Mas as coisas não costumam ser muito claras. Quais são os problemas de fundo que nos afetam? A solução é seguir em frente e corrigir o rumo?, ou não resta outro remédio do que seguir cada um seu próprio caminho?

Na verdade, a saída depende de cada situação, uma das táticas mais eficazes para esclarecer e sair do problema é ter em vista as opções disponíveis, analisar cuidadosamente a realidade vivida pelo casal, em vez  “da vida que ele gostaria de ter ou a que teve alguma vez".   Isso é muito importante, porque não se pode viver ‘eternamente’ de sonhos alheios, e menos ainda de anseios fora da realidade nua e crua do casal.

É preciso comprovar se a relação significa o mesmo para os dois; pode ser que para um “tenha o equivalente a estabilidade e compreensão, enquanto para o outro seja sinônimo de paixão, aventura, viver o dia"  Então é preciso definir as expectativas.

Para ela, se não há interesses ou objetivos que possam ser compartilhados, é preciso perguntar-se se vale a pena continuar juntos. É o caso do "namoro eterno", nos quais a expectativa de uma das partes, de consolidar a relação se casando ou vivendo juntos choca com a falta de compromisso do outro.

Essa palavrinha é extremamente importante: ‘compromisso”... pois implica  amadurecimento, enfrentar e aceitar a realidade no dia-a-dia.

Por outro lado, questões como os problemas de comunicação, as desavenças sexuais, a falta de estímulos e a rotina enfrentada por todos os casais, costumam ser resolvidas e corrigidas sem necessidade de se chegar à separação, basta estabelecer algo simples e a cada dia mais difícil de se fazer:  O Dialogo!..abra-se, conte seus grilos, as coisa que ‘voce acha’... e ouça, isso é importante, ouvir e compreender....

Ás vezes, uma boa medida pode ser se distanciar da situação e manter uma separação  temporária para dar um tempo para pensar se,  “se quer ou não continuar com a relação e assim poder ver as coisas com outra perspectiva".

Se após analisar a situação um dos membros do casal constata que está com uma pessoa "nociva", a pessoa errada, aquela com o Perfil de vida equivocada... o melhor, segundo os psicoterapeutas, é abandonar a relação sem maior perda de tempo porque ela será cada vez mais prejudicial.

Uma pessoa 'nociva' é aquela que quer possuir nosso amor com exclusividade, nos infecta com sua negatividade (ciúmes doentios, sempre discorda de tudo..etc), e nos aflige com sua atitude ou não nos deixa crescer. Não se mostra contente com nossos sucessos, impõe barreiras a nossos esforços para ser feliz ou que, como norma habitual, tenta nos vencer, nos contrariar, nos prejudicar ou nos desanimar, em resumo: tenta controlar totalmente nossa vida!.

Pensando em soluções, buscando saídas.
Para decidir se vale a pena continuar com a relação ou convém terminá-la, os psicólogos aconselham fazer-se algumas perguntas:

Estou disposto a fazer todo o possível para resolver os conflitos?

Se eu puser fim à relação terei possibilidades de estabelecer um novo vínculo sentimental com outra pessoa?

A deterioração da relação se deve mais a motivos práticos de convivência que a razões emocionais, como a falta de amor, carinho ou paixão?

Os benefícios de continuar com a relação superam seus entraves e problemas?


De qualquer maneira, antes de romper, deve-se tentar solucionar os problemas, podendo até a relação sair reforçada nisso tudo....

A maioria dos casais tropeça com problemas parecidos, que se transformam em bolas de neve que achatam a relação se progredirem, se não for tratado o problema, e se as partes insistirem em ficar caladas e anular o diálogo.

Embora tudo isso pode ser solucionado se forem resolvidos no começo, dialogando e trabalhando juntos.

Perante a falta de comunicação, é preciso aprender a escutar e informar de forma adequada, interessando-se pelo que o outro diz, sem ficar lembrando o passado. Sem ficar ‘jogando na cara’ isto ou aquilo,  nem recorrendo a generalizações, sem se queixar e nem tentar “ler” os pensamentos do outro",  insisto: basta abrir o verbo e conversar, conversar muito, porem com espírito construtivo.

Outro ponto que causa atritos é a divisão das tarefas domésticas. Por isso, é aconselhável que os dois colaborem, analisando primeiro que tarefas de ordem e limpeza, o que cada um gosta e quais detestam, para depois distribuir o trabalho, respeitando a maneira de agir de cada um.

Também é fundamental dedicar um tempo para cuidar da relação propriamente dita, fomentando alguns interesses compartilhados e outros individuais, e evitando cair sistematicamente no tédio, na rotina, na inatividade e principalmente no excesso de televisão. Para mim, a televisão está mais para desagregar relacionamentos que para acrescentar algo que o valha.

Quando os conflitos acontecem na cama, é necessário uma ação direta: é preciso falar claramente sobre as preferências, fantasias e freqüência sexual, sem pudor nem hipocrisia; muitas vezes a falta de desejo acontece por uma falta de conhecimento das necessidades mútuas. Lembremos que, na cama do casal Tudo é permitido, sempre que nenhum se veja obrigado a fazer o que não gosta. Desde que não implique em causar danos, ferimentos, ou aborrecimentos. Nada pode ser forçando, pressionando, insistindo ate chegar no ponto que o outro vira “um chato”

Para finalizar, se os problemas de casal se devem à rotina e ao aborrecimento, é preciso saber que depois do estado de graça inicial, ou paixão, o fogo todo que consume ao casal no início, segundo estudos, dura entre cinco meses até dois anos. Após esse tempo, costumam surgir a rotina e o tédio.

Neste momento tão importante, o ideal é fazer mutuamente pequenas surpresas, levar um perfume bacana para ela, comprar uma lingerie nova, passar na Locadora e pegar um filme pornô... e continuar descobrindo as facetas do outro, todos esses recursos podem ser bons remédios para a apatia e a inapetência.

Boa sorte!

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