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Nas ruas do desejo se afoga a noiva esquecida,
E na esquina do desencanto, rios de pés descalços,
Caminham sem rumo para o nada.
E ninguém se olha nos olhos,
Por medo de contrair mal de amores,
Não consegui ver os seus
Por causa das lágrimas.
Nas sacadas descansam mil mulheres
E com o canto dos namorados,
salientes e destemidas,
tecem cortinas desdenhosas
onde escondem seu tédio.
Outras não descem do céu onde subiram
Pela escada dos elogios dos ingênuos
E os que procuram o amor fugaz
Chegam ate a porta seguinte
Onde relógios indolentes
Perfuram sua curta existência.
Tudo isso vi ao sair do teu coração,
No qual tinha entrado desaforado
E encontrei-o quase abandonado.
Hoje não sei como voltar á rua onde moravas
E apenas suspiro “vem até mim”
Enquanto cruza na minha mente a sua imagem
apressada, apagando o farol que me guiara até tua vida.
Bonito poema!
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