segunda-feira, 3 de outubro de 2005

Ano Novo!!.. de 5766


Rosh Hashaná, o ano-novo do povo judeu


O Rosh Hashaná é o ano-novo para o povo judeu. Esse é o chamado “Dia do Julgamento” e quando Deus determina o destino de cada um para o ano que se inicia.  Este “Ano Novo”, tem sua Origem Segundo a tradição, quando o o mundo foi criado no sétimo mês no calendário judaico (o Tishrei) e foi quando Adam (Adão) e Chava (Eva) foram criados exatamente no primeiro dia desse mês, que coincidiu com sexto dia da Criação, (lembremos que quase todas as religiões falam que Deus criou o Mundo em seis dias, etc, etc) e é a partir de então que o ano se inicia.   Parte principal do serviço de Rosh Hashaná é o toque do shofar, um chifre de carneiro, que tem a função de “despertar”, chamar  as pessoas para o arrependimento. Cada Lua Nova é anunciada e abençoada na sinagoga no Shabat (o dia do descanso e de oração para o judeu) anterior. Porém, a Lua Nova de Tishrei é abençoada por Deus e dispensa sua menção nas preces fiéis. Outro motivo para não ser anunciada deve-se ao fato de que Satan não deve perceber a chegada de Rosh Hashaná, ou seja: o Dia do Julgamento.


Este primeiro dia de Rosh Hashaná jamais pode cair num domingo, quarta ou sexta-feira, embora, historicamente, o primeiro tenha sido numa sexta, o sexto dia da Criação. Então, Hoje (Segunda 3 de Outubro no calendário Gregoriano) se festeja então o Ano Novo, (no tempo do ano de 2005) o Rosh Hashaná acontece a partir do pôr-do-sol do dia 3, quando os judeus comemorarão o ano 5766.


Yom Kippur é o dia do perdão judeu


Dez dias após o ano-novo, os judeus comemoram o Yom Kippur, o Dia do Perdão (também chamado de “Dia do Arrependimento”), considerado o mais santo do calendário judaico.  Segundo a tradição, o povo judeu, após ter saído do Egito, fez um bezerro de ouro e o adorou, comportamento proibido pelos mandamentos do judaísmo, que não permite a adoração de imagens. Moisés, que guiava o povo escolhido pelo deserto, havia subido no Monte Sinai e quando voltou, vendo o que os judeus haviam feito, rezou pedindo perdão a Deus. No dia dez do mês hebraico de Tishrei, os judeus alcançaram o perdão divino.   Para os judeus, esse é um dia em que todas as promessas de arrependimento, amor e amizade são seladas no plano divino. É nesse dia que os judeus têm a chance de se desculparem pelos maus atos e de pedir perdão à pessoa contra a qual cometeu alguma injustiça. Se o pedido for de fato sincero todo mal que foi cometido anteriormente é anulado.  O Yom Kippur é o dia mais solene do ciclo festivo anual. Um dia dedicado à limpeza e recuperação da pureza espiritual através do jejum e celebrações religiosas.


 


Os costumes de Yom Kippur


O dia anterior ao Yom Kippur começa antes do sol raiar, com o antigo costume de Caparot. Um homem ou menino pega um galo, e uma mulher ou menina, uma galinha. Os animais são segurados na mão e recita-se prece Benê Adam, girando a ave nove vezes sobre a cabeça.


O ritual, que precisa ser feito com o máximo de arrependimento, deve ser concretizado para que não se tenha destino semelhante ao da ave. O valor correspondente ao da ave é doado aos pobres. Este costume pode também ser feito com dinheiro.


Na parte da tarde, é realizada a Minchá (uma oração), e, na Amidá (reza silenciosa) diz-se o Al Chet (uma confissão dos pecados que pode-se ter cometido, consciente ou inconscientemente, no decorrer do ano).


Ainda na véspera, é costume fazer apenas duas refeições, uma no almoço e outra à tarde. Antes de irem à sinagoga, também é tradicional o pai pôr as mãos sobre a cabeça de cada criança, uma por vez, e dar-lhe uma bênção.


Ao término do Serviço de Yom Kippur, o shofar (a trombeta de carneiro) é tocada para anunciar a vitória sobre os nossos pecados e tentações.


- Meninas a partir de bat-mitsvá, e meninos a partir de bar-mitsvá precisam jejuar o dia inteiro e cumprir todas as leis referentes a este dia. Pessoas doentes devem consultar um rabino ortodoxo.


O que é Bar Mitsvá
Bar Mitsvá quer dizer literalmente Filho do Mandamento. Trata-se da cerimônia em que um menino  ao completar 13 anos de idade (e menina aos 12), é levado geralmente para uma sinagoga, onde este é abençoado publicamente por seus pais, que o declaram independente religiosamente, ou seja, que a partir deste ato, o menino tem responsabilidade própria diante de D-us da prática dos mandamentos e de Sua própria santidade. É como relata a tradição oral dos judeus: "... aos treze anos já está sujeito ao cumprimento dos mandamentos [mitzvot]"  (Pirkêi Avót ou: Ética dos Pais). É interessante notar que este ato tão belo e emocionante, remonta a tempos bem remotos, pois a tradição de abençoar um filho vem dos tempos patriarcais: " tomou Yosef (José) a ambos, a Efraim na sua mão direita, à esquerda de Israel, e a Manasses na sua esquerda, à direita de Israel, e fê-los chegar a ele. Mas Israel estendeu a mão direita e a pôs sobre a cabeça de Efraim, que era o mais novo, e a sua esquerda sobre a cabeça de Manasses, cruzando assim as mãos, não obstante ser Manasses o primogênito... Assim, os abençoou [Yaakov - Jacó] naquele dia, .." (Génesis. 48:14,15 e 20).

O termo Bat-Mitsvá é o feminino de Bar-Mitsvá. As meninas fazem esta cerimônia, um ano antes dos meninos: porque é considerado que, por sua vez, chegam a idade da maturidade, inclusive a responsabilidade de assumir o cumprimento de todas as mitsvot, ao completar doze anos. O motivo é explicado por nossos sábios, pois D'us deu às mulheres uma sabedoria e compreensão a mais do que aos homens.  Também é mitsvá fazer uma refeição festiva no dia do Bat-Mitsvá, porém de forma discreta, pois, conforme nossos sábios, o recato é a maior virtude da mulher.

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