Ajudando ao nossos melhores amigos

As grandes tragédias naturais costumam mobilizar exércitos de voluntários em socorro às vítimas. São pessoas que atuam como agentes de resgate que vasculham os escombros atrás de sobreviventes, médicos que fazem cirurgias de emergência nos feridos, quase que no local mesmo do desastre e pessoas que tem como tarefas encarregarse apenas da distribuição de água e comida.

Sendo que, recentemente, um aspecto igualmente importante nessas operações passou a merecer atenção: o auxílio aos animais. Há pelo menos uma dezena de ONGs que se dedicam a fazer pelos bichos o que a Cruz Vermelha e a Organização das Nações Unidas fazem pelas pessoas. Temos o exemplo do Peru, após o recente terremoto que destruiu 32 000 casas e matou 500 pessoas, em agosto deste ano, foram salvos 965 cachorros, 82 gatos e dois macacos. Temos também o caso da  Jamaica, depois da passagem do Furacão “Dean”, 25 voluntários participaram do resgate aos bichos, operação que consumiu 70 000 dólares. Pois um trabalho como esse envolve cirurgias de emergência e distribuição de medicamentos. Animais de estimação, como cães e gatos, também são recolhidos nas ruas e levados para abrigos até que seus donos apareçam. Tudo muito semelhante ao que é feito para os humanos.

O socorro aos animais, sempre realizado de forma precária, ganhou força após a imensa comoção no episódio do Furacão “Katrina”, nos Estados Unidos, em 2005. A tragédia, que matou mais de 1 000 pessoas, foi também a que causou o maior número de vítimas entre os bichos, com cerca de 100 000 espécimes mortos. Cães ficaram ilhados nos pontos mais altos da cidade, cercados pela água suja, sem comer nem beber durante dias. Devemos destacar que, qualquer centro urbano, é enorme a concentração de animais domésticos, mas nada se compara aos Estados Unidos, onde 63% das residências têm algum tipo de bicho de estimação. "O mais triste é que muitos sobrevivem ao evento mas morrem algum tempo depois por falta de curativos, fome ou doença", declara Gerardo Huertas, diretor para a América Latina da  WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal) ou World Society for Protection of Animals , entidade que sobrevive graças a doações, é acaba sendo financiada por mais de 500 000 doadores.

Até o Katrina, a WSPA, da Inglaterra, era uma das poucas instituições que prestavam socorro aos animais. Desde então, elas se espalharam pelo mundo. Nos Estados Unidos, a PetSmart Charities é uma das mais bem preparadas, com seis caminhões apenas para retirar os animais do local do desastre e levá-los a um ponto seguro. Cada veículo tem capacidade para 500 bichos e é equipado com um gerador de energia, macas para transportar feridos e medicamentos. Cães e gatos recebem até máscaras de oxigênio especiais em casos de incêndio, para serem protegidos da fumaça. O investimento é grande. No recente Tsunami da Ásia, pelo menos 1,5 milhão de dólares foram gastos na operação de socorro aos bichos. Pode-se pensar que é muito, mas, para quem ama os animais, não há preço que pague. Por isso, o socorro a animais nas grandes tragédias, como furacões ou terremotos, já mobiliza exércitos de voluntários....

 

RELATOS do ‘Katrina’

Após quatro meses do chegada do Katrina, e conforme as equipes de Resgate começavam seus esforços. Muitas historias de animais abandonados começaram a surgir. Muitas pessoas foram obrigados a deixar seus animais para trás, por causa das limitações de espaço quando o resgate. Enquanto outros se recusavam a ir embora, insistindo em ficar com seus animais, enfrentando os perigos de novos furações e mais enchentes....

Ouve também muitos outros animais, incluindo gado das fazendas, que foram abandonados apenas pela negligência humana, ou ate outras circunstâncias constrangedoras.

 

Após a imprensa ter ido embora, e dar começo a uma intensa controvérsia por causa disso, agentes de resgate continuaram seus esforços em New Orleans. Laura Brown, uma das lideres do PETA's Domestic Animal and Wildlife Rescue & Information (DAWRI) Department, fazia a contagem da sua experiência pessoal salvando animais nas áreas afetadas pelo furação e pelas enchentes provocadas posteriormente. Desde animais abandonados em suas gaiolas, ou acorrentados nos fundos de quintais  e ate aqueles obrigados a comer seus filhotes para sobreviver. A sra.Brown nos fornece uma importante visão do que acontece quando grandes desastres atingem os centros urbanos. As equipes de resgate do PETA's, é um dos poucos grupos equipados para regatar cães perigosos, eles patrulhavam as ruas diariamente procurando ouvir aqueles  latidos (mais parecidos com gemidos) distantes dos animais presos e angustiados. Conforme detectavam algum, e conseguiam chegar ate eles, forçando a entrada nas casas para conseguir administrar os primeiros socorros aos bichos, a sra. Brown testemunhou em primeira–mão a chegada ao seu fim do intenso sofrimento que alguns animais vinham sofrendo durante semanas.

Ainda, a traves destes esforços, ela pode experimentar muitas alegrias do centenas de cachorros agradecidos, e ainda encontros extraordinários desses animais com os seus donos.

Para informação sobre ajuda aos Animais afetados por desastres como o Katrina

1)) Serviço de Resgate de Emergencia Animal Emergency Animal Rescue Service (EARS)
http://www.uan.org/ears/
Fone: (916) 429-2457
Doações - http://www.uan.org/donate/index.html

2) Donações para Fundo de Desastres  HSUS Disaster Fund Donations - https://secure.hsus.org/01/disaster_relief_fund_2005
Perguntas e como fazer  sua doação - 1-888-259-5431
Snail Mail - Cheques para: HSUS Disaster Relief Fund ou pelo Correio para: HSUS, Dept. DRFHBM, 2100 L Street, NW, Washington, DC 20037
Informações Gerais sobre o HSUS - 202 452 1100