A Caça as Bruxas continua!

Em pleno século XXI, as bruxas ainda existem!..pelo menos para o governo britânico, isso é um fato..... oficial e registrado!

Esta é a historia de uma mulher nascida na Escócia, a sra. Helen Duncan, conhecida por ser a ultima pessoa a ser acusada formalmente de bruxaria, e que foi enviada a prisão por tal motivo, quando na verdade era uma pessoa normal, que tinha como único e grave defeito o de ser médium. Foi não muito tempo atrás, aconteceu  exatamente durante a Segunda Guerra Mundial. Ela era médium conhecida e atendia a inúmeras sessões com parentes de soldados na guerra, sobre as noticias, e  das mortes deles. Todas confirmadas uma e outra vez. Mas, em certa ocasião ela visualizou a figura de um marinheiro morto, usando um gorro da marinha escrito "H.M.S. BARHAM", um navio que, segundo comunicados oficiais da Marinha Inglesa, ele estava circulando, negando assim sistematicamente que ele já fora afundado, A noticia se espalhou e despertou pânico nos familiares dos tripulantes desse navio, e chegou até ouvidos de Winston Churchill. Então ele ordenou seu arresto como espiã primeiramente, mais uma exaustiva investigação do Serviço de Inteligência de Marinha declarou que ela nao tinha como ser uma espiã. Então, e simplesmente lançando mão de uma Lei de 1735 ela foi presa como bruxa! A lei era o Ato de Bruxaria da Lei Inglesa, e estava datada  de 1735.  Até hoje o governo britânico nega-se a falar dela, e não outorgou o perdão para essa senhora, que faleceu em 6 de Dezembro de 1956 com o estigma de bruxa.... Hoje em dia a sua filha tenta, já com 72 anos de idade, por todos os meios, conseguir o perdão para ela...

Ela era mesmo uma mulher com capacidades psíquicas, paranormais, pois consegui emitir ectoplasma de figuras de pessoas, e eram todas facilmente identificadas pelos parentes, como figuras autenticas dos mesmos... Em 1931 o método da sra Duncan chegou a ser examinado e analisado pelo grupo espírita inglês "London Spiritual Alliance" que no início constatou como fenômeno verídico, mais depois voltou atrás...

Em 1934 durante uma sessão em Edimburgo, uma 'cliente'  tentou agarrar o ectoplasma criando uma confusão e a polícia foi chamada, a sra Duncan foi multada em 1 Libra e recebeu uma admoestação.

Então durante a Segunda Guerra, e estando ela em Portsmouth, aconteceu a visão dela de que o navio HMS Barham tinha sido afundado. Como a notícia estava sendo mantida em secreto do público o Almirantado tentou desacreditar ela, e mandou arrestá-la  para 'explicações'  Ela primeiramente foi enquadrada do Ato de Charlatagem ria de 1824, sendo uma acusação menor e com penas leves. Mas, quando as autoridades perceberam que o caso poderia ser mais sério, decidiram que precisavam calar a mulher, e descobriram casualmente essa Lei de Bruxaria de 1735 e acusaram-na no Parágrafo 4 da mesma, pois permitia uma acusação formal por um Júri

Foi acusada de conspiração baixo esse Ato de 1735, e o governo contou com a ajuda Ernest e Elizabeth Homer, que dirigiam um Centro Psiquico em Portsmouth, e com a conivência de Frances Brown, que ajudou-a em algumas sessões conseguiram ao todo sete acusações: dois de conspiração baixo o Ato (Lei) da Bruxaria, duas de obtenção de lucros ilícitos, e três de desrespeito ao público (uma ofensa comum na lei britânica).  

Uma olhada no processo e seu conteúdo permitem observar uma saraivada de maluquices, e non-sense, talvez explicadas pela tensão e estresse beirando a paranóia que antecedeu ao Dia-D (a Invasão a Normandia, que foi o inicio da derrota dos nazis). Devemos perceber que, oficialmente o governo nao acreditava na bruxaria dela. Pois esse tal 'Ato de Bruxaria' abrange também atividades fraudulentas de pseudo-misticismo.  

O Julgamento da sra.Duncan foi uma causa célebre na Londres de II Guerra. Muitos cidadãos honestos e idôneos testemunharam á favor dela, tais como Alfred Dodd, um historiador e um líder freemason. Mesmo assim ela foi barrada por um Juiz fanático, evitando de ela mesmo testemunhar em seu favor, e fazer qualquer demonstração de suas capacidades. Um Juri popular deu na primeira votação o veredicto de culpada e a seguir, os membros foram dispersados e não participaram mais de nenhum outro júri. A sra. Duncan ficou na prisão por nove meses. Após o veredicto, Winston Churchill escreveu um memo ao Secretário do Interior Herbert Morrison lamentando o uso dos recursos do estado para conduzir um julgamento obsoleto.

Após sua libertação definitiva em 1945, a sra. Duncan prometeu parar com a suas práticas, porem ela foi arrestada novamente em 1956. Ela morreu pouco tempo depois, de desgosto.  No seu Tumulo esta escrito: Helen Duncan - 6th December 1956 - Medium e Mártir

O julgamento da sra. Duncan contribuiu para a rejeição popular dessa (Lei) Ato de Bruxaria.O movimento para a rejeição desse Ato foi liderada pelo Deputado Trabalhista Thomas Brooks, também um espiritualista. No entanto sua alegação original ainda se mantém,  e a campanha para a obtenção do perdão post-mortem ainda continua. O que falta para perdoar Helen Duncan?