Quem não ouviu alguma vez uma obra este grandioso musico?. Pode ate ter acontecido sem saber exatamente de quem se tratava....Johannes Brahms foi um musico do chamado Período Romântico, e segundo o maestro Hans von Bülow foi comparado com Beethoven e Bach, as três “B” da musica alemã e o melhor da época. Mas não nos enganemos, embora ele fosse contemporâneo de Beethoven, não queria ser comparado com ele,..e não é mesmo..pois acho que foi o Romântico por excelência, suas musicas tem um certo ‘corpo’, podem ser ate tangíveis, de tão profundas e harmoniosas, delicadas, belas...uma autentica ode ao amor.
Definitivamente, sou fã de Johannes Brahms, sua música me transporta, me inspira, me toca.
Quando conheceu Eduard Reményi, violinista húngaro, aprendeu sobre a intensidade da música cigana, o que acabou acrescentando novos acordes para sua música. Mais o melhor na sua vida aconteceu quando foi apresentado aos Schummam. Em sua casa em Düsseldorf, no ano de 1853, Robert e Clara Schumann o receberam como gênio. Robert além de renomado musico era o Editor de uma Revista Musical e logo escreveu um famoso artigo na Nova Gazeta Musical, intitulado Novos Caminhos, onde Brahms era chamado de "jovem águia" e de "Eleito". O que acabou impulsionando sua carreira e seu prestígio. Clara Schumman se destacou como uma notável influencia na vida dele, como musica e professora, sabia indicar caminhos e maneiras de conseguir acordes, o que fez dele um grande admirador dessa incrível mulher. Os dois artistas eram defensores ferrenhos da estética romântica ligada a um padrão mais formal, e opositores de estilos como os de Wagner e Liszt.
Ele sem dúvida alguma, compôs s suas melhores obras inspirado no amor que sentia por Clara. O que acabou nos trazendo as mais belas passagens da estilo conhecido como “Romântico”. Ele era metódico, um perfeccionista, podia demorar anos para acabar uma obra, pois ele mesmo não estaria satisfeito com este tom ou sobre tom, foi assim que sua Primeira Sinfonia só foi apresentada quando ela já tinha 40 anos, ansiosamente guardada. Foi um grande sucesso e Brahms ficou marcado como sucessor de Beethoven - o grande regente Hans von Bülow até apelidou a sua sinfonia de “Décima”.
Clara Schumann notou que a grande obra dele: sua Primeira Sinfonia refletia exatamente a sua natureza. Ela achava que o movimento final, era exuberante e excessivamente luminoso, asim como ficou encantada com esta obra, ao mesmo tempo, na epoca de Segunda Sinfonia dele, ela ficou meio que relutante
Ele era mesmo, tudo o contrário de Wagner, que era extremamente radical e até espalhafatoso demais.. De tão perfeccionista e dedicado aos detalhes que ele era, chegou a destruir obras inteiras, por achar que estavam ’inacabadas ainda’... Já imaginaram? uma Obra de Brahms imperfeita?, uma verdadeira pena!. Ele ficou amigo e companheiro do casal Schummam ate a morte de Clara, quem pela sua vez tinha ficado viúva recentemente. Após isso, permaneceu solteiro dedicando-se as suas viagens, especialmente á Itália.
A última obra orquestral de Brahms é o Concerto Duplo, para Violino e Violoncelo. É uma de suas obras mais apaixonantes. O diálogo entre os solistas no movimento lento é um dos pontos altos de toda sua produção, e vale como um resumo de sua obra: os mais complexos e contraditórios sentimentos são aqui pintados em delicados meios-tons. Como bem disse Romain Goldron, "nada é deixado ao acaso nessas páginas onde reinam as penumbras, os meios-tons, os mistérios da floresta, na qual, a todo instante, parece que vamos nos perder".
Grande parte de sua obra, ele se dedicou ao piano, na juventude e velhice. Belíssimo post!
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