sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A Fome oculta

Fome oculta preocupa especialistas

Em nosso mundo global, interligado e dependente do ritmo de um cotidiano frenético, com o trabalho cada vez mais presente nos horários de lazer enquanto a vida social acontece por meio de celulares e todo tipo de laptops, computadores e engenhocas portáteis ou não, o tempo fica mais escasso até mesmo para uma das principais necessidades biológicas humanas: a alimentação.  Apesar da preocupação crescente com dietas e qualidade dos alimentos que devem ser ingeridos, a falta de tempo é o indicativo e a característica mais em pauta,  do que podemos chamar como um grande inimigo capaz de provocar a chamada fome oculta, um dos problemas nutricionais de maior prevalência no mundo. E que, em  alguns médios já é considerado como a praga do Século XXI.

Países Emergentes
Segundo dados do International Life Science Institute (ILSI), a fome oculta afeta uma em cada quatro pessoas no mundo, a maioria em países em desenvolvimento. Ela está relacionada com a necessidade do organismo de um ou mais micronutrientes (as chamadas vitaminas e minerais), e por conta disso, não tem o mesmo significado que a desnutrição.

Apesar de não apresentar sintomas claros, a fome oculta cresce intensamente a cada ano. "A síndrome não tem nenhuma relação com o poder aquisitivo e pode afetar tanto os ricos como os pobres, em diferentes regiões do Brasil e do mundo, e em qualquer faixa etária", afirma a nutricionista Lílian de Carla Sant'Anna do Hospital do Coração - HCor.

Nutrientes que faltam
Além disso, os sintomas podem passar de forma despercebida em um exame clínico, o que tem caracterizado uma das principais dificuldades encontradas pelos especialistas para a detecção do problema. "Nestes casos, foi possível verificar maior deficiência na quantidade de ferro, nas vitaminas A e D, ácido fólico e zinco", declara a doutora Lillian. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é recomendado um consumo de frutas e hortaliças de até quatro porções por dia, de acordo com as características individuais. "A prevenção da fome oculta deve abordar, principalmente, a educação nutricional a partir de um plano alimentar individualizado nutricionalmente e equilibrado em carboidratos, proteínas, lipídeos, vitaminas e minerais", conclui Sant'Anna.

Porém, quando as pessoas não conseguem adequar a sua alimentação às necessidades nutricionais é importante a orientação de um médico que indicará o suplemento vitamínico, capaz de auxiliar no fornecimento das necessidades diárias de vitaminas e minerais.  Evitando o desgaste precário de nosso sistema imunológico, e até o aparecimento de doenças oportunistas, que costumam aparecer justamente quando estamos com a imunidade baixa, coisa sempre presente nos casos da tal fome oculta.


Nenhum comentário:

Postar um comentário