terça-feira, 27 de outubro de 2009

Miró

Joan Miró, além da pintura

“Sinto-me na necessidade de alcançar o máximo de intensidade com  um  mínimo de meios”, com essas palavras o artista definiu o movimento surrealista na Europa.... Joan Miró, nasceu em Barcelona,  em 1893, (mesma cidade onde eu nasci...) pintor, escultor, trabalhou com gravuras e cerâmicas e  mostrou nas suas obras a busca incessante por um mundo desconhecido e fascinante, pelo irracional do ser humano. 

Polivalente e inovador. Estampou com seus traços o magia do onírico na sua tentativa de retratar o imaginário coletivo, dando como resultado o fato dele ser unánimemente o maior expoente da  corrente surrealista.

Na sua obra,  destacam-se os simbolos com os quais acaricia a tenue barreira entre o real e o imaginário, com tudo, sem chegar a franqueá-la. Com o decorrer do tempo, Miro alcançou a maturidade artística, ao mesmo tempo que consagrava-se como um dos artistas mais relevantes da primeira metade do século XX.
Para alegria nossa, Este reconhecimento internacional está bem claro na exposición em sua homenagem, que se realiza na Bélgica no Château de Waroux um dos mais belos da Europa. sob o nome de “Au delà de la peinture”, que fui inaugurado em 29 Agosto 2009 e vai ate o dia 6 de Dezembro de 2009: . (www.expo-miro.be)
Nela,  estão expostas 60 litografías, pinturas e cerámicas explorando um dos aspetos menos conhecidos do autor: A votade de ir além da pintura e conquistar o grande público. Seguindo os pasos de Toulouse-Lautrec e Picasso, Miró usou essa técnica para produzir suas obras, de forma que todo o mundo pudesse acesar elas.

Em 1919, ao visitar Paris, entrou em contacto com as tendências modernistas como os fauvismo e dadaísmo. No início dos anos 20, conheceu o fundador do movimento que seria aquele ao qual ele daria a sua dedicação total.... e trabalharia nele toda a vida: estamos falando de André Breton, e outros artistas surrealistas. Logo a seguir, participou na primeira exposição surrealista em 1925. Em 1928, viajou para a Holanda, onde pintou as suas excelntes obras:  Interiores holandeses I e Interiores holandeses II...por falar nessa obra, O Interior Holandês I baseia-se no Tocador de Alaúde, de Sorgh (Hendrik  Martenszoon Sorgh)  um pintor Holandes nascido em 1610, e que, especializou-se em pintar interiores. Miró. Contudo, salientou as partes mais importantes e, por vezes, eliminou as menos importantes. Em oposição à obra de Sorgh, a tela de Miró possui um ritmo frenético e alegre. Nos seus primeiros trabalhos, nota-se a influência de artistas fauvistas e cubistas, cuja estética pregava a ruptura com os valores tradicionais. Nesta obra assim como noutras, Miró utilizou os elementos básicos de comunicação visual: o ponto, a linha, o contorno, a direcção, a tonalidade, a cor, a textura, a dimensão e o movimento. Nos seus inúmeros quadros o que mais chama atenção é a utilização da cor. A cor, sendo uma das técnicas básicas usadas na comunicação visual, é um factor importantíssimo nas obras deste surrealista. Nos seus quadros dá-se uma explosão de cor que é sentida por todas as pessoas que a vêem. A cor é o que mais me atraí nas suas obras.. Essas cores estão carregadas de informação, e é uma das experiencias visuais mais penetrantes que todos temos em comum.  Nas suas pinturas as cores dominantes são as cores primárias (azul, vermelho, amarelo), o verde, o preto e o branco. Dai que, a utilização destas cores fortes os seus quadros chamam muito à nossa atenção.
Aqui embaixo vemos os mencionados Interiores Holandeses I e II:

No ano de 1948, Miró començou sua incursão pelo mundo da litografía, graças a suas colaborações com, Fernand Moulot, um conhecidíssimo litógrafo.  A partir desta data,  os trabalhos gráficos se sucedem um após outro, dando lugar a uma prolífica obra composta de mais de mil peças.  Para el artista, a litografía era um medio de expressão com o objetivop de poder chegar mais perto do seu público.












Durante más de tres dácadas, essas litografías deram seu aporte de ritmo e cor nas suas  exposições.

Miró manifestou em mais de uma ocasião sua obsseção por abandonar os métodos tradicionais da pintura, ele dizia, que queria “matar-los, assasiná-rlos ou violá-los” os tais  métodos, para conseguir aproximarse de uma forma de expressão contemporánea. Nunca se permitiu ceder. Sua ánsia por fugir dos convencionalismos estéticos levou-o inclusive, a renunciar aos compromissos do Surrealismo.
Repare na explosão de CORES  nestas pinturas abaixo:

















Para Miró, a fase de conceição de uma obra era semelhante a um ritual religioso, enquanto que, a sua execução era comparado a um combate. Seu objetivo era despertar a emoção artística no espetador com o menor número de elementos. As formas geométricas, as linhas , e os arabescos representam, nas suas obras objetos dispares. Os desenhos ficam mais simples, e a composição nítida:   ”Apenas uma planta basta para representar o resto delas”, afirma Miró. Na sua obra se multiplican os simbolos  com uma premisa constante: evitar os tons escuros e monocromáticos.
Esta tem o sugestivo titulo de: 'Números e Constelações em Amor com uma Mulher"...

Com a criação da Fundação Joan Miró em 1975, o artista dava inicio a um dos seus grandes projetos, que logo viria a ser o centro cultural e artístico de referencia para a difusão da arte contemporánea. Etapa esta que, favoreceu a divulgação das obras de um artista que ja tinha conseguido o reconocimiento internacional

4 comentários:

  1. Muito boa sua postagem. Mesmo eu não sendo fã do estilo de pintura dele :-))
    Beijinhos

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  2. Tampouco sou 'fã'...apenas que fico encantado com o uso e abuso das cores...e formas....

    Sem contar que, ele vem a ser meu 'xará'....né?....rssss
    :-)

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