Porque os ‘Padrões’?
Temos constantemente em nossas vidas uma exigência certa: se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente o melhor para nós, e menos ainda, ele não é fácil de alcançar.
Quanto mais a vida se torna difícil, complicada e ate truculenta, mais necessidade temos de buscar paz de espírito, o que explica o interesse crescente por crenças como o budismo e práticas como a Ioga, que, cada uma a seu modo, procuram trazer a pessoa de volta para seu “eixo” interno, para um estado de relaxamento e de encontro com a felicidade através das coisas mais simples.
Uma vez ouvi uma palavra inventada por um professor de Ioga (ou Yoga), e que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de ‘normose’, a doença de ser normal. Todo mundo quer se encaixar num padrão. O sujeito"normal" é magro, alegre, belo, sociável e bem-sucedido. Quem não se '"normaliza" acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera muitas coisas indesejáveis e completamente inesperadas, tais como bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações que são exatamente reflexos do “de não enquadramento”. A pergunta a ser feita é: Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas? O que eles querem de nós?
A resposta é ate assombrosa: Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata, que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Uma invasão externa de nossas vidas intimas, mais uma vez eu digo: ate uma das doenças espalhadas pela Midia Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for "todos". Melhor se preocupar em ser você mesmo. A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a baixa auto-estima e a ânsia de querer algo que nos, particularmente, nem precisamos!. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar? Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se liberar dessas exigências fictícias. Um pouco da boa e velha auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente (gostou do termo?) isso mesmo que nem gado... e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais. Um estilo e forma de viver imposta pelo publicitário tal ou a campanha do Produto X, para que?..Apenas para alavancar suas vendas!..E eu?..Onde entrou eu?. Onde ficamos os meros mortais, que apenas queremos viver um vida mais sossegada e em paz com nós mesmos? E tem mais, Eu não sou filiado, seguidor, fiel ou discípulo de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a de viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Daí a minha menção ao budismo zen ou ate o Ioga: E, aqui divulgo o alerta: Esta tal de normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.
Imagem: Galatea of The Spheres, (1952)
Artista: Salvador Dali
Meu amor,
ResponderExcluirTocou em um assunto que é um pouco polêmico. O fato é o que vemos e desejamos fazerem a diferença.
O prazer de ser normal está nos padrões exigidos pela sociedade. Se na TV mostra pessoa magra, esse é o padrão de beleza. Mas não é só isso, cabelo, e tudo mais, principalmente a roupa.
Você não vê uma mulher sem bolsa, é raro. As que não usa, está fora do padrão, é a anti-social. Isso inclue também o fato de leitura e atitude comportamental.
Será que entendi perfeitamente seu texto??
Rs, é mais um dos padrões... se encaixar no contexto.
Bjs
Eu!!Deste jeito não dou normal mesmo!! Sou bem autêntica!Não estou nem ai para os padrões!Gostei muito deste texto!Adorei!!!
ResponderExcluirMiro...
ResponderExcluirHj a palavra da moda é inclusão..Inclusuaõ de tudo qu é tido como "fora do padrão de normalidade". Não existe um padrão, cada um tem seu tempo, seu ritmo e isto é tando no sentido . fisíco, emocional ou comportamental. Seguir ujm padrão pré estabelecido vai hj contra tud o que se apregoa. Viva as diferenças e que todos tenhamos o tato de conviver , respeita-las e entender que smos todos do mesmo barro.