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Como se vão as horas,
e com elas os dias
e os anos floridos
de nossa doce vida!
Logo os anos chegam,
do amor inimiga,
e entre fúnebres sombras
a morte se avizinha,
com pálidos tremores
esvaziando as alegrias:
que esquálida e tremendo,
feia, disforme, amarela,
nos apavora, e apaga
nossos fogos e delicias.
O corpo se entorpece,
os ai! nos cansam,
nos fogem os prazeres
e deixa a alegria.
Pois se isso nos espera,
para qué, minha doce Rose?
deixamos os floridos anos
de nossa divina vida?
Para vinhos e festas
e amorosas delicias
Citeres os assinala
Cupido os destina.
Pois ai! que te detem?
Vem, vem, minha pombinha,
debaixo desta parreira
do Céfiro que suspira;
e entre suaves cantares
e saborosos vinhos
do momento gozemos,
pois ele voa tão depressa....
MIRO®2008
Emocionei-me muito quando li! Muito linda! Puxa!Beijos!
ResponderExcluirNão me canso de ler.Li várias vezes!
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