quarta-feira, 26 de março de 2008

Ao meu Amor

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Como se vão as horas,
e com elas os dias
e os anos floridos
de nossa doce vida!

Logo os anos chegam,
do amor inimiga,
e entre fúnebres sombras
a morte se avizinha,
com pálidos tremores
esvaziando as alegrias:

que esquálida e tremendo,
feia, disforme, amarela,
nos apavora, e apaga
nossos fogos e delicias.

O corpo se entorpece,
os ai! nos cansam,
nos fogem os prazeres
e deixa a alegria.

Pois se isso nos espera,
para qué, minha doce Rose?
deixamos os floridos anos
de nossa divina vida?

Para vinhos e festas
e amorosas delicias
Citeres os assinala
Cupido os destina.

Pois ai! que te detem?
Vem, vem, minha pombinha,
debaixo desta parreira
do Céfiro que suspira;

e entre suaves cantares
e saborosos vinhos
do momento gozemos,
pois ele voa tão depressa....



MIRO®2008

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