sábado, 25 de abril de 2009

Basta de ciúmes, né?

Chega de ciúme

... Pare com isso antes que ele acabe com você:  Brigas à toa, vexames públicos, ligações insistentes no Celular,  e uma dor-de-cabeça que não passa nunca: sim: o ciúme é mesmo um in-fer-no. ‘Quando você percebe que o ciúme passou a ser quase um terceiro elemento na relação, provocando discussões e acabando com a harmonia, é um sinal grave’, afirmam as psicólogos ‘O ciumento obsessivo fantasia histórias com começo, meio e fim, tirando suas próprias conclusões e sempre acha que está certíssimo’.

Mas uma outra pergunta ainda fica no ar. O que fazer com o ciúme? Para responder, vejamos uma série de casos reais, de quem se viu em pânico por causa do problema, e dá até para montar um manual completo para você entender melhor esse sentimento e aprender a lidar com ele:

Tempestade de desaforos
Kleber de Souza Carmo, 30 anos, estava numa festa, rodeado de amigos e dividindo o tempo entre a cerveja e a namorada, Cristiane. Na hora de ir embora, ela foi buscar o carro dele na garagem e aproveitou a chance para vasculhar o porta-malas.

‘Ela acabou encontrando um guarda-chuvas e, na volta, fez o maior escândalo na frente de todos os meus amigos’, lembra Kleber. ‘Mas esse guarda-chuvas era mesmo meu, não sei de onde ela tirou que seria de alguma mulher’. O vexame foi a gota d água para pôr no fim no relacionamento.

Para os especialistas,   esse é um caso quase patológico. ‘Quando a desconfiança chega nesse nível, não há mais solução razoável, o ciumento já se transformou num verdadeiro seqüestrador do outro’. Segundo o médico, Kleber deveria ter ignorado os ataques da namorada. Relacionamento assim não dá certo e o Kleber percebeu isso, terminando a seguir. Ela parecia querer a confirmação de que o guartda-chuva era mesmo de outra mulher, validando o ciúme’.

O fantasma do ex
Fernanda Campos, 19 anos, sempre foi ciumenta e vivia interrogando até o porteiro do prédio sobre o comportamento do namorado. Mas o problema ganhou contornos de loucura num dia em que, por acaso, ela acabou cruzando com uma ex do rapaz. ‘Disse que não ficava ali, saiu pisando duro e esbravejando’, lembra o namorado Thiago. ‘Segui atrás e fomos embora. No caminho, ela ameaçava se jogar do carro, um sufoco. ‘A Fê fuçava nas minhas gavetas, reclamava das fotos dos meus relacionamentos antigos, foram dois anos cheios de brigas’. Na época, ele chegou a fazer terapia para tentar solucionar o drama. Mas não adiantou, porque, do outro lado, Fernanda não enxergava os delírios possessivos que vivia.
Thiago não deveria ter ido embora junto com a namorada. Se ele ficasse, Fernanda não ia sair de perto e, mesmo a contragosto, perceberia que todo aquele ciúme era infundado’. Na cabeça do ciumento, o passado atormenta tanto quanto as ameaças que ele mesmo cria. ‘Por isso que, ainda que haja muito amor, as brigas e a desconfiança prevalecem e o relacionamento termina em nome da tranqüilidade.

Dedo-duro na Internet
Ana Ramos, 21 anos, começou a sair com André e, um mês mais tarde, já estavam namorando. Logo depois, ele precisou passar dois meses na Argentina e Ana começou a entrar diariamente no orkut do namorado. ‘Ela tinha ataques ao ver os recados das colegas e de minha ex-namorada, fuçava nisso até durante o expediente’. A relação acabou na volta dele ao Brasil, sem chance de recomeço.

Palavra do Especialista : ‘Na internet é comum as pessoas serem carinhosas umas com as outras e mandarem beijos mesmo que, ao vivo, não haja intimidade’, e muitos vão além, embora nem sequer são de agir assim na vida real...diz a Psicóloga Olga Tessari. Para lidar com a situação, o melhor é entender o que está acontecendo e, até mesmo, analisar as intenções de quem deixa essas mensagens. ‘No Orkut, qualquer pessoa tem acesso ao scrapbook e pode colocar o recado que quiser, até mesmo com a intenção de gerar conflitos ou o fim do namoro’.

Ciúme, no masculino
Recentemente, os sites e as revistas sobre a vida das celebridades entraram em povorosa com o fim do casamento da estrela norte-americana Pamela Anderson e do músico Kid Rock. O motivo? O acesso de ciúmes que ele (isso mesmo, ele!) teve ao ver o último filme da atriz, com cenas mais íntimas. Pode parecer que o ciúme é um sentimento exclusivamente feminino, mas não: os homens também sofrem com esse mal, e muito.

O ator Pierre Bittencourt, 22 anos, assume que é ciumento. ‘É muito complicado, qualquer situaçãozinha já me deixa com a pulga atrás da orelha’, afirma. O incômodo começa com os 'ex' dela . ‘É impressionante, mas só você começar a namorar que aparecem um monte deles’, diz. Até do Ginásio aparecem...

‘Em geral, o ciúme masculino é mais de caráter sexual, enquanto o feminino tem características relativas ao afetivo ou a falta de mais carinhos dele’, constata o psiquiatra Eduardo Ferreira dos Santos. Alguns não concordam. ‘Só se o cara for muito psicopata, namoro não é só sexo’, diz. E para ele, as definições são mais abrangentes, alcançando ate o campo do simples pensamento: a traição não se resume a uma transa. ‘Traição acontece quando você está com uma pessoa, mas pensado em outra’. Um ator comenta:  ‘Meu último namoro foi difícil, durou apenas três meses. A meninas não agüentam o meu ciúme’, diz. ‘ Até tento esquecer, não falar na hora, só pensar quando estou com a cabeça fria, mas é difícil, incomoda’.

Então, como controlar? ‘Para os homens, é muito mais uma questão de autoconfiança, eles precisam exercitar melhor o diálogo e, numa situação que possa gerar de ciúmes, tentar entender a namorada por meio do jeito que ela olha e fala, num exercício observação que até ajuda a conter a raiva’.

Resumindo:

Os ciúmes podem ser vencidos se você souber o que fazer para se modificar

Dicas

  • Evite os pensamentos destrutivos. Substitua-os por outros que tragam segurança e confiança em si mesmo.
  • Esforce-se para ser positivo e saiba diferenciar os fatos reais dos que são fruto da sua imaginação.
  • Fixe-se nos fatos para ver se realmente há um conflito que você precisa solucionar.
  • Confie no(a) seu(sua) parceiro(a) e controle o ímpeto de interrogá-lo(a) sobre onde e com quem está a cada cinco minutos.
  • Quando você sentir esse impulso, pense imediatamente em si mesmo, em como pode estar ficando ridículo(a) e faça alguma outra coisa de que goste muito.
  • Converse com o(a) seu(sua) parceiro(a) sobre o que está acontecendo com você em um momento em que se sentir tranqüilo.
  • Assim você manterá o autocontrole e poderá explicar o que sente. Isso será impossível se você decidir falar bem no meio de sua crise de ciúmes.
  • Converse sobre a sua percepção atual. O que você está achando e veja se tem fundamento ou não.
  • Não justifique os seus ciúmes com fatos do passado que já foram esclarecidos.
  • Quando você sentir que a situação está saindo do seu controle, converse com uma pessoa discreta e de confiança sobre o que está acontecendo: um amigo, um terapeuta, um médico.
  • Muitos fantasmas desaparecem quando você consegue falar sobre eles e crescem quando você os esconde ou nega.
  • Não culpe ninguém pelo que você sente. É mesmo uma doença, então nem culpe a si mesmo.
  • Lembre-se de que você é responsável pelos seus atos, e que está tentando sinceramente superar esses ciúmes que fazem você sofrer.

Importante

Os ciúmes sempre nascem de alguma insegurança. Conheça-se melhor e valorize os seus pontos positivos.  Assim você conseguirá a força e a segurança necessárias para superar isso e viver seu relacionamento com mais liberdade e especialmente mais confiança.

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