quinta-feira, 16 de abril de 2009

Soneto do SONHO

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Doce sonhar e doce agonia.
Quando estava sonhando que sonhava,
Doce gozo do meu engano,
Se mais um pouco dura o meu engano.

Doce não estar em mim, que me figura,
Podia quanto bem desejava,
Doce prazer, embora me importunava
Que as vezes chegava a acordar....

Oh sono, quanto mais leve e saboroso
Nem vá nem venha tão pesado,
Que assentar-se-á em mim com mais repouso!

Dormindo, no final, fui bem aventurado,
E é justo na ilusão ser feliz
Quem sempre na dura realidade foi infeliz.

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