A posição sexual mais comum no Ocidente é aquela em que o casal fica frente-a-frente, com ele por cima e a penetração vaginal. ë a famosa e velha conhecida como papai-e-mamãe. Quando os colonizadores chegaram ao que hoje é a Austrália, a posição natural entre os habitantes era o homem por trás, a mulher de joelhos e com as mãos se apoiando no chão. O frades missionários que lá chegaram, a primeira coisa que fizeram foi mudar isso e acabaram impondo a posição ocidental de papai-e-mamãe, por considerá-la correta. Desta maneira o povo nativo a chamou da 'posição do Missionário'
Em nossa cultura cheia de tabus e restrições, aqueles que se sentem mais livres, de pensamento mais aberto, e que procuram realmente o prazer, acabam desenvolvendo variações que fogem mesmo do comportamento 'convencional'. Mesmo porque, se o sexo não tiver nada de criativo se torna repetitivo, rotineiro e mecânico.
Desde a mais remota antiguidade, os chineses, indianos e árabes desenvolveram técnicas abertas e mais sofisticadas para o amor, que compõem até manuais sobre sexo. Os chineses registraram isso no Livro das Almofadas, onde o sexo e prazer é visto como uma arte a ser desenvolvida por ambos os parceiros visando o prazer mútuo. Já os árabes afirmam que o sexo é uma dádiva a ser desfrutada pelo homem e pela mulher, o que está relatado no livro O Jardim Perfumado. Mais de todos os tratados antigos sobre a arte de amar, nenhum teve tanto impacto como o livro indiano Kama Sutra. Nele existem conselhos detalhados até de como se aproximar do parceiro, como beijar, as carícias preliminares e inúmeras técnicas e posições para o ato sexual.
Algumas pessoas comentam com desdém, porque o sexo precisa de ensinamentos? se é algo da natureza humana. né?. A diferença é que realmente não precisa de nenhum ensinamento quando ele é praticado para procriação, ou para a satisfação efêmera, egoísta de uma das partes, o macho normalmente.
Mais quem tiver um sentimento de carinho pela sua parceira e quiser obter e proporcionar prazer, e ao mesmo tempo mostrar como se importa com ela, então o sexo é um longo processo de aprendizagem. Pois são muito amplas as possibilidades, e assim, podemos experimentar em conjunto um sexo extremamente prazeroso, capaz de nos transformar.
O elemento principal, e que tem que estar presente, é o carinho, o amor, muita paciência e sobretudo um diálogo aberto, de duas pessoas que se amam e sabem que é necessário ter um elo de comunicação aberto o tempo todo. Isto se aplica também a convivência diária. Desta maneira, as opções e posições vão sendo criadas a cada momento entre os parceiros envolvidos. Para que ele nao seja impessoal, estereotipado e tal, é importante que seja um ato de criatividade contínua e que, se experimentem sempre novas sensações. A liberdade de opinião é importante entre os parceiros, para que um possa comunicar ao outro suas áreas mais sensíveis, até encontrar a posição que proporciona mais prazer, ou seja: um diálogo fluente e harmonizado. Acredito que o sexo só é bom de verdade quando os movimentos acompanham as sensações e cada posição desencadeia uma nova emoção.
Um detalhe importante são as preliminares, a maneira de ir levando a parceira e o ato propriamente dito, e que, assim seja possível mostrar o carinho e satisfação de poder estar se tocando, acariciando, beijando, e finalmente a penetração, tudo com um ar de cumplicidade e companheirismo.
Por separado, e em outro Post, falarei do complemento natural para este assunto:
O “Sexo Tántrico”
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