
Rei da Inglaterra, da dinastia Tudor. Subiu ao poder em 1509. Este príncipe culto e inteligente utilizou seu brilhantismo contra a reforma protestante lançada por Lutero em 1520, mostrando-se um enérgico «defensor da fé» católica (título que lhe foi concedido pelo papa Leon X pelo "Tratado dos sete sacramentos" que escreveu em 1521). A pesar destes títulos, posteriormente, passou a ser chefe da igreja dissidente britânica (a Igreja Anglicana) e protagonista de um dos períodos mais turbulentos da historia inglesa. SIM! estamos falando de Enrique VIII
Ele foi um dos últimos REIS que governaram como um autentico monarca: fazia e desfazia conforme os seus interesses ou a razão do vento que ELE estivesse levando...
Casou com seis mulheres algumas ele mando matar para poder se ver livre e casar com outra... numa hora apoiou totalmente, com toda a sua força o Papado; na outra, foi contra, e para isso, ate fundou a sua própria igreja:
OS DETALHES:
Baixinho e gorducho, recentemente coroado e por estritas razões de Estado casou aos 18 anos de idade com Catarina de Aragão, viúva do príncipe de Gales, Arturo (morto em 1502). Catarina era filha dos Reis Católicos nascida em Alcalá de Henares (Espanha); já naquela época os nobres casavam por conveniência, no intuito de acumular e aumentar suas fortunas, deixando de lado o dever de governantes, pensando apenas na fama, poder e avasalhamento. Enrique iniciou sua política na sua confiante aliança com a Espanha dirigida contra França pelas já tradicionais rivalidades por causa de Flandes, Calais e Escocia. A preponderância imperial após a batalha de Pavia (quase 20 anos depois), em 1525, fez ele se aproximar da França para agora passar a enfrentar o crescente poderio espanhol especialmente nos mares, o qual já começava-se a sentir. (Era o início da conhecida "Armada Invencível").
Desde o inicio do seu reinado apoio o papado, e enfrentou a Reforma, lançada por Lutero, consta, que escreveu em 1521 um tratado "Assertio septem sacramentorum" (Defesa dos sete sacramentos) contra o credo luterano, pelo que recebeu o título de "Defensor da fé", mais a questão matrimonial (por querer casar-se novamente, sem que a esposa tivesse falecido) dei inicio ao seu distanciamento e posterior rompimento com o Papado.
Inician los problemas:
A falta de descendência masculina com Catarina de Aragão, Faz Enrique solicitar a anulação do seu casamento ao Papa, e ele é contra. A vida de Enrique VIII começa a dissiparse. O mesmo e começa a namorar quem estiver na frente dele. Na falta de filhos legítimos, Enrique VIII decide nomear duque de Richmond a um filho ilegítimo: Enrique Fitzroy, sobrepondo os diretos de este aos da sua esposa e filha, Mary Tudor (nascida em 1516).
Os problemas iniciam. Catarina é relegada a segundo plano. O Rei pede o divorcio, solicita ao papa a anulação. Em 1527 iniciam-se as negociações, alegando como pretexto, seu parentesco. (Lembremos que Catarina era a esposa de Arturo, irmão de Enrique).
Perante a negativa do Papa Clemente VII de conceder a anulação decide demitir ao seu Primeiro Ministro Wolsey, e substitui-lo por Thomas Cromwell. E para obter o controle do clero, convoca o Parlamento (1529-1536) que dita o cancelamento de muitos privilégios eclesiásticos. Catarina, pela sua vez apela ao tribunal pontifício e requer ajuda do seu sobrinho Carlos V. O papa Clemente VII tinha se mostrado indeciso e conciliador, mais dois anos depois: em 1529 proibiu Enrique VIII de obter outro matrimonio, embora não pronunciava-se sobre o seu pedido anterior de divorcio. Mesmo assim, o bispo de Canterbury, Thomas Cranmer, declara nulo seu matrimonio (em 23 de maio de 1533) e Catarina terminou seus dias reclusa em vários castelos, sim renunciar jamais aos direitos reais. Pela sua vez Enrique VIII recebia do bispo de Canterbury a aprovação (uma farsa!) para seu enlace com Ana Bolena. O rompimento com Roma acontece, e Roma o excomunga (11 de julho de 1533), enquanto o Parlamento aprova a chamada "Ata de Supremacia" (novembro de 1534), declarando a independência da igreja anglicana baixo a soberania do rei!
Embora tivesse vários opositores, entre eles Tomás Moro e John Fisher. Enrique VIII não suportava dissidências. Tanto Tomás Moro como John Fisher são executados em 1535. Entre 1536 e 1539, por razões financeiras, e em parte, política, passou a intervir nos monastérios e confiscar os bens da Igreja. Embora Enrique VIII impulsionou a formação de um estado moderno, um estado soberano, integrando os organismos feudais com as Marcas (províncias o distritos) em administrações reais, verdadeiras. Durante seu reinado anexou o País de Gales a Inglaterra (1536), e também a Irlanda, proclamando-se rei desse país em 1541.
Homem de princípios; enfrentado com o Papa, excomungado e brigando por um simples capricho amoroso, Enrique VIII jamais deixou de reconhecer as muitas das virtudes da religião. Durante seu reinado, o anglicismo não passou de um mero cisma religioso. Por um lado acolhia o luteranismo, por outro lado, o anglicismo e por último, perseguiu ferozmente os calvinistas no intuito de manter, a pesar de tudo, laços e benevolência com o catolicismo.
Um rei entre as mulheres
Enrique VIII não conformou-se com uma ou duas esposas. Parece que nosso simpático e gorducho personagem (dizem que era muito engraçado, ora avoado, ora caprichoso) e não ia se conformar com somente uma mulher. Mantinha romances com varias. As mulheres riam dele. Ele se zangava. Elas pela sua vez, tinham aventuras com cavaleiros mais jovens e formosos e contavam a eles todas as intimidades do monarca decrépito. Mesmo assim, muitas o queriam. Ao final ele era Enrique VIII rei de Inglaterra...
Após o matrimonio com Ana Bolena, teve uma filha que seria a futura Isabel I. A necessidade de um filho varão e o seu temperamento apaixonado, por vezes infantil, o conduziram a uma serie de novos matrimônios. Se desfez de Ana Bolena acusando-a de adulterio e mandando executar-la. Apenas para casar com uma terceira mulher, Jane Seymour (1536). Que veio a falecer de parto no ano seguinte. Assim o rei voltou a casar-se, desta vez com Ana de Clèves (1540) para fortalecer a aliança da Inglaterra com os protestantes alemães. Mais repudiou-a antes de um ano para tomar por quinta esposa a Catherine Howard, a quem mandou executar em 1542. Sua sexta mulher foi, desde 1543, Catherine Parr, que haveria de sobreviver-lhe. Deste modo teria até seis mulheres.
Vítima de gota, (doença que afeta o organismo inteiro e principalmente as articulações) o gordo Enrique VIII no tinha mais remédio que agüentar as suas dores, fofocas, deboches e insultos nada velados, embora ferissem e machucavam no tinha mais como homem, a possibilidade de defender-se. Reduzido a um fantoche do que era só tinha força para seguir lutando, seguir mandando e seguir vivendo.
Seus ultimos anos
Embora muito debilitado de força e caráter, Enrique VIII interveio nos seus últimos anos, muito ativamente, na política exterior.
Não conseguiu submeter a Escócia, e fez aliança com Carlos I para equilibrar a influência da Francia que queria tomar as terras escocesas. Em outros aspectos, deu inicio ao que seria uma grande potencia marítima, a poderosa frota naval Inglesa. Fez muito pelo seu pais, e a pesar de todo, o povo o reconhece como o grande monarca que foi: Enrique VIII, o rei das seis esposas
Ao morrer Enrique VIII subiu ao Trono seu único filho varão, Eduardo VI, do seu matrimonio com Jane Seymour, e que tinha apenas nove anos; morto em 1553, abriu-se um período de reação católica baixo o reinado de Mary I, filha mais velha de Enrique VIII (do seu matrimonio com Catarina de Aragão). Ao falecer esta em 1558, ocupou o Trono uma outra filha de Enrique VIII, Isabel I (nascida do matrimonio com Ana Bolena). E foi aonde voltou a estabilizar-se o reino da Inglaterra....
Nenhum comentário:
Postar um comentário